Beyond The Barricade escrita por Fantine


Capítulo 5
DEUXIÈME PARTIE "Before The Barricade" - Éponine


Notas iniciais do capítulo

SOM: http://www.youtube.com/watch?v=KCPoIsi8m08 (aproveitem e vejam o video)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327977/chapter/5

Bastava uma palavra dele. Uma palavra de amor puro e ela seria sua. Ela não era má, apesar de tudo. Ela não odiava Cosette apesar de saber que ele a amava. Ela era apenas uma criança, no seu coração não havia lugar para ódio. Apenas para amor.

Ela nunca esperara reencontrar Cosette depois de esta partir de Montfermeil. Sobretudo agora. Tantos anos depois. Partia - lhe o coração pensar o quão mal a havia tratado. Não apenas a ela. Éponine havia desprezado também os irmãos. Estava na hora. Devia deixar por fim a casa Gorbeau.

O dia estava claro mesmo depois das cores da noite. Estamos no dia 5 junho de 1832, um dia negro para a França. O cortejo funebre de Lamarque dirige - se para a Ponte de Austerlitz. Uma vez lá pára. Estoura a revolta! Operários, estudantes e pobres erguem bandeiras e armas. Os soldados disparam. A população refugia - se nas ruas estreitas da cidade e ergue barricadas.

Fazendo – se passar por um rapaz, Éponine junta – se aos Amigos do ABC e fogem para a rua La Chanvrerie.

Uma vez lá, e com os soldados no encalço, o grupo grita aos prédios para que mandem tudo o que possam. A população entusiesmada rapidamete acede ao pedido e começa a atirar a mobilia pelas janelas. Mesas, cadeiras, pianos, armários e até caixões começam a voar pelos ares. O grupo começa a empilhá – los. A barricada começa, rápida e desordenadamente a erguer – se. As pessoas penduram as bandeiras de França e as bandeiras da revolução nas suas janelas. Os revolucionários sobem até ao cimo da barricada e apontam as armas. Todos esperam em silêncio.

Os soldados chegam à rua e vendo o inimigo resolvem ir embora. Alguns festejam. Éponine sabe que eles voltarão mais tarde. Ela já teve demasiados confrontos para saber que eles não desistem.

– Espião! – uma voz aguda faz – se ouvir no meio de todos eles.

Éponine olha e vê aquilo que mais temia. O seu irmão, Gavroche, no meio dos revolucionários.

– Onde? – perguntam alguns olhando em volta assustados.

Gavroche desce do amontoado de tábuas onde se encontrava e dirige – se a um homem alto, grisalho, com expressão decidida.  

– Bom dia Inspector Javert! – o pequeno sauda em jeito de troça.

O homem olha em volta e vê que está cercado. É inútil tentar escapar. Éponine aproxima – se mais para ver o que se passa. Javert tenta debater – se, mas é em vão.

– Bravo, pequeno Gavroche. – Courfeyrac diz, dirigindo – se depois a Enjolras. – Que devemos fazer com ele?

Não há um lider, pelo menos não um com um titulo, no grupo. No entanto é a Enjolras que todos se dirigem quando é necessário tomar decisões.Ele aproximou - se de Javert e revistou - lhe os bolsos. No seu bolso havia uma ordem para espionar os rebeldes e depois verificar a existência de um bando de malfeitores nas margens do Sena.

– Parece que o Sena vai ficar desprotegido. - disse sarcástico. - Amarrem - no e joguem – no na taberna. – Enjolras diz prontamente e ninguém se impõe. – O povo decidirá o seu destino, inspector Javert. 

– Disparem agora ou depois, cada um de vós se assim desejarem, mas eu irei renunciar ao vosso tribunal. – Javert disse calmamente para depois elevar a voz e proclamar bem alto. – Morte a todos os traidores!

Éponine afastou – se. Precisava de pensar. O seu irmão estava ali, mas o verdadeiro motivo, Marius... não.

Discretamente dirigiu – se para o exterior da barricada. Era fácil notar... Era tão simples sair dali, igualmente simples seria entrar. Qualquer inimigo se poderia introduzir dentro da barricada.

Onde estaria o seu amado, Marius? Ela vagueou um pouco pela cidade. Não tinha ideia, até que de repente lhe veio à cabeça. Cosette! Ela deveria ter ido prócurá – la. Dirigiu – se então à Rua Plumet.

Ela sabia que Cosette havia partido. Depois de ela saber que os seus pais tinham fugido da prisão e junto com os seus amigos planeavam assaltar a casa de Valjean, Éponine escrevera um endereço nas paredes do jardim. Quando o viu a passear vestido de operário. jogou um papel que tinha escrito em letras grande: "MUDE-SE!".

Cosette tinha – lhe dado uma carta para Marius com a sua nova morada. Mas Marius não sabia pois ela nunca lha havia entregado. Era egoísta da sua parte, bem o sabia. Mas, mesmo sabendo que mentia a si própria, ela achava que ainda poderiam ter uma chance. Ela amava – o.

Encontrou – o sozinho, sentado nos portados da propriedade adjacente à antiga casa de Cosette. Estava chorando, ela sabia, nem precisava de ver as lágrimas ou ouvir o soluçar baixo. Ela sabia que ele chorava e sabia que era culpa sua. Era sua culpa ele estar chorando. Como ela desejava que essas lágrimas fosse derramadas por ela e não por culpa dela.

– Os teus amigos esperam – te. – ela disse numa voz rouca e abafada. Depois disso fugiu, enquanto as lágrimas lhe escorriam pelo rosto. Fugiu em direcção à barricada. Rezava para que ele não a tivesse reconhecido. Rezava até para que ele nem a tivesse ouvido.

Mas ele tinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aqui está como prometido! Mistura de musical, romance e opinião pessoal é o que dá. Uma mistura confusa de factos e tempos cronológicos!
Ah, eu não sei mesmo como agradecer tantos comentários lindos. Vocês são uns anjos, eu adoro - vos imenso. In Love, muito obrigado pela recomendação, obrigado de coração mesmo, é a primeira recomendação que recebo no Nyah! Espero não desiludir ninguém e continuar a merecer os vossos elogios. Adoro - vos mesmo! Mais uma vez, obrigado por tudo. São vocês que me motivam a escrever.
Beijos ♥ e até breve!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beyond The Barricade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.