Todos eles morreram naquele Verão em França. Mas eu vivi. Vivi por vários anos. Uma vida ruim e amaldiçoada.

Casei, tive filhos, mas nunca pude esquecer aqueles tempo. E não esqueceria nem que vivesse mais uma eternidade. Mas, Deus me perdoe, felizmente não viverei assim tanto. 

Há um pesar que não pode ser falado, há uma dor que segue sem parar... Eles falavam de revolução, eles podiam ver um mundo renascido, eles cantavam sobre o amanhã...

Mas o amanhã nunca veio.

Deixai - os morrer. Deixai - os cair, para que outros se levantem e ocupem os seus lugares até que a Terra seja livre.

E é por isso que eu escrevo, para que, mesmo tanto tempo depois de se terem ido, ninguém se esqueça deles. Porque o seu sangue e os seus sonhos banharam os prados de França.

Ass. Marius Pontmercy