Can I Have This Dance? escrita por Dawseyride shipper


Capítulo 8
I Wanna Stay, But I Need To Go


Notas iniciais do capítulo

Galerinha, tô atrasada, eu sei! Mas tô compensando... O capítulo tá grande! õ é o maior até agora. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327958/chapter/8

–Olá, Peter. – argh! Sai daqui, garoto. Você vai irritar o Stefan quando ele voltar! – Estou esperando o Stefan voltar. Ele foi até o telefone lá embaixo para pedir uma pizza.

–Ouvi uma parte da ligação... – disse em um tom desdenhoso.

–Então, o que você veio fazer aqui, no quarto dele?

–Ele não te contou? De vez em quando faço umas excursões pelo quarto dele procurando algo interessante.

–Tipo...? – perguntei querendo saber logo onde ele queria chegar.

–Você, por exemplo, é um belo achado.

–Se toca, garoto! Já acabou? Porque eu acho que é melhor pra você não se meter comigo.

–Uuuuuuuuh, que medo! A loira é perigosa. Estou tremendo de medo. – mexia as mãos, mostrando-as para que eu o visse ‘tremendo’.

–Paga pra ver?

–Com toda certeza.

Avanço até ele antes mesmo que ele tenha tempo de piscar. Pego em seus cabelos com força e puxo sua cabeça para trás, expondo seu pescoço, as presas à mostra.

–Ainda acha que eu sou mansa?

–N-não. Você defini-nitivamente mostrou que é perigosa.

–Agora você vai esquecer o que acabei de mostrar, mas vai ficar longe de mim e do Stefan por saber que eu sou perigosa.

–Vou esquecer o que acabou de me mostrar e vou ficar longe de você e do Stefan porque sei que você é perigosa.

–E agora saia. Stefan já deve estar subindo.

Olho para as costas de Peter enquanto o assisto deixar o quarto. Recomponho a expressão e viro de volta para a cômoda de Stefan segundos antes dele aparecer na soleira da porta.

–Pedi pizza de pepperoni. Você gosta?

–Não muito, mas como uma fatia pra acompanhar você.

–Desculpe, não consegui imaginar do que você gostaria. E pepperoni é a minha favorita.

–Há alguns anos, antes da minha irmã morrer, eu costumava comer pizza de mussarela com ela. – Menti. Nunca comi pizza. No milênio passado ainda não existia. Mas é claro que você não vai saber disso nunca. Nem se ele quiser, sabendo o que você é?’ O pensamento tem um tom amargurado. Será que ele me aceitaria como sou?

–Por que você está tão quieta?

Sua pergunta me traz de volta da minha batalha interna.

–Falar sobre a minha irmã sempre me deixa um pouco reflexiva. Não é nada demais. Mas mudando de assunto, o que vamos estudar?

–Que tal um pouco de álgebra? Ou então podemos estudar o que você quiser. – disse ele ao ver minha careta para álgebra.

Matemática definitivamente não era a minha matéria.

–Podemos estudar um pouco de história ou literatura. Ou simplesmente não estudar. – disse sorrindo maliciosamente.

–E se não estudarmos, o que faremos? Tem alguma ideia?

–Ah, sim. Com certeza eu tenho. – disse, meu sorriso aumentando enquanto me aproximava dele.

Colei meus lábios aos dele e me deixei levar. Ele intensificou o beijo e nesse momento eu nem me importava com a porta aberta, tinha certeza de que Peter não incomodaria.

No momento em que Stefan pôs AA mãos na minha cintura, a campainha tocou, nos fazendo rir.

–Que conveniente, não? – resmungou ele.

O que eu estou fazendo? Se não me controlar, a situação vai ficar extremamente perigosa. E eu ainda não tenho estoque em casa. O que me lembra Henry. Onde será que ele está? Afasto rapidamente os pensamentos, focando-os para não perder o controle. Sinto o cheiro de pizza encher o ar. Parecia apetitosa. Mas não para mim. Segundos depois Stefan está de volta com a caixa em uma das mãos e um cooler na outra.

–Trouxe cerveja. – disse, mostrando-me o cooler. Ah, álcool. Isso vai me ajudar. Não é sangue, mas é melhor que nada.

–Que bom, eu realmente preciso de uma.

Ele dispôs a caixa de pizza e o cooler numa mesa retrátil que tinha no quarto de modo que ficasse ao lado da cama onde sentávamos.

Stefan e eu estávamos de frente um pro outro na cama e repentinamente ele pegou minha mão, acredito que para manter algum contato entre nós.

Usávamos apenas uma das mãos para segurar ora a cerveja, ora a pizza. A conversa estava tão empolgante que acabei comendo algumas fatias da pizza com ele. Não foi tão ruim, afinal.

Quando voltamos à realidade, já passava da meia-noite.

–Está tarde. E você está alcoolizada.

–Vou chegar viva a casa. Pode ter certeza. Realmente preciso ir agora.

–Eu a levo até a porta.

Descemos as escadas abraçados, minha cabeça no ombro de Stefan. Sinto-me muito confortável ali. Noto que me faz falta um pouco de carinho.

–Eu gosto disso. – digo, estranhando minha própria voz ao quebrar o silêncio que havia ali.

–Do quê? – perguntou Stefan confuso.

–De carinho. Faz tempo que ninguém se importa o suficiente comigo, me dá carinho... – sorrio tristonha.

–Fazia tempo. Agora você tem a mim, e carinho eu garanto que não vai lhe faltar. – sua voz era meiga e suave, mas ao mesmo tempo firme.

–Nunca se sabe o dia de amanhã. E você nem sabe de verdade quem sou.

–Não preciso saber toda a sua vida. Sei do aqui e do agora. – e completa com um beijo apaixonado. – Eu não queria que fosse embora agora. – diz olhando fixamente para o chão, após separar seus lábios dos meus.

–E eu vou dormir aonde, no telhado? – digo rindo, tentando quebrar o clima tenso que se formou entre nós.

–No meu quarto. Eu durmo no chão, ou no sofá, se preferir.

Considero por um instante. Mas decido não arriscar.

–Acho melhor não. Amanhã preciso resolver alguns assuntos e você deve ir para a escola. – pisco para ele, fingindo animação.

Mas a verdade é que eu não queria ir embora nunca mais. Chegamos à porta e eu me viro para dar um beijo de boa noite em Stefan. Mas ele me surpreende ao me abraçar bem forte e me empurrar até a parede ao lado da porta, me prensando contra a mesma e me beijando intensamente.

–Tef, não. – digo, tentando resistir. – Não essa noite.

Seus beijos continuam insistentes até que eu paro de lutar. Retribuo. Num momento em que paramos para tomar fôlego, ele parece recuperar o juízo e afrouxa o aperto ao redor da minha cintura.

–Desculpe, Bekah. Eu só não consegui me controlar. – disse ofegante. Afago seu rosto.

–Tudo bem. Por um momento também achei que fosse perder o controle. Mas agora é hora de ir. Boa noite. – dou-lhe um selinho demorado e viro-me para sair, mas repentinamente sinto-o segurar meu braço e me puxar para mais um beijo.

–Não consigo parar. – disse rindo para disfarçar seu descontrole.

–mas deve. Não vou negar que também gostaria de continuar aqui...

–Então não vá. – me cortou.

–... mas temos obrigações. – continuei como se ele não houvesse dito nada. – E o que vão dizer de mim na cidade se me virem saindo daqui no meio da madrugada? Ou pior: se me virem saindo de manhã, após meu carro ter passado a noite na sua porta? Sou nova na cidade, Tef. As pessoas falam. – abordei um novo ponto de vista, notando logo em seguida que minhas palavras faziam algum efeito sobre ele.

Não que eu me importasse. Mas eu precisava ir embora, mas sem magoá-lo. Precisava fazê-lo entender que não estava fugindo, apenas precisava ir resolver alguns problemas, como minha falta de bolsas de sangue. – E se eu vier aqui amanhã à noite e ficar mais algum tempo com você?

–Eu acho perfeito.

–Então me deixe ir. Amanhã nos veremos. – pisquei pra ele e me virei, andando até meu carro. Só me permiti olhá-lo novamente quando já havia dado a partida no carro. Acenei e fui embora.

Eu poderia resolver isso agora. Assim poderia estar com ele amanhã. É, é isso mesmo que eu vou fazer. Decido ir agora mesmo até o hospital da cidade vizinha.

Vou até o limite da cidade de Mystic Falls e deixo o carro ali. Vou ser mais discreta se estiver correndo. Começo a correr numa velocidade inumana e chego ao hospital sem ser notada em menos de um minuto. Deixo-me guiar pelo instinto até a sala onde se concentra o cheiro de sangue, a sala das bolsas. Hipnotizo a enfermeira e pego algumas bolsas. Não devo fazer uma grande retirada em um único hospital. Levanta muitas suspeitas. Ponho o pequeno estoque adquirido em uma mochila que peguei no carro, que fica guardada ali para essas ocasiões e vou embora na mesma velocidade que cheguei. Levou menos tempo do que esperava. Mas eu só peguei dez. Precisarei ir a outro hospital, mas não hoje. Agora eu apenas vou para casa e dormirei. Amanhã farei uma surpresa para Stefan chegando à escola sem que ele esteja me esperando. Enquanto dirijo de volta a casa, em Mystic Falls, reflito sobre o que se passou hoje. Quase perdi o controle com Stefan. Isso não pode se repetir. Arrisquei demais, e realmente quero protegê-lo. A última coisa que eu gostaria que acontecesse era ter de me afastar para protegê-lo de mim. Seria um inferno na minha vida ter de ir embora agora, justo quando encontrei alguém que se importa comigo. Nesse momento me vem à mente as palavras dele:

“-Não preciso saber toda a sua vida. Sei do aqui e do agora.”

Essa afirmação repentina me faz querer contar a ele sobre o que sou. Mas algo em mim pede que eu ainda não o faça. Chegando a casa, desisto da batalha interna e apenas faço a rotina diária ‘pré-sono’.

Quando chego ao quarto para deixar a mochila, acho outro bilhete.

*Você vai se arrepender. E seu humano é quem vai sofrer.*

Droga. Henry! Estou tão preocupada com salvar Stefan que esqueci completamente de tomar precauções para me proteger. Sei que sou uma vampira antiga e muito forte, mas Henry é capaz de tudo. Inclusive de me atacar enquanto eu estiver inconsciente. Começo a andar pela casa pensando em uma solução. Todas parecem ser inviáveis, até que algo me vem à cabeça.

–É isso! Tudo o que eu preciso é procurar alguém que more sozinho, uma mulher, especificamente, e oferecer a ela um emprego como governanta. Depois eu apenas preciso hipnotizá-la a me convidar para entrar e, uma vez aqui dentro, dar verbena a ela para que meu irmão furioso não faça o mesmo.

Traço um plano em voz alta, preparada e alerta, caso algum ataque venha a acontecer. E levo um tremendo susto quando meu celular toca, sinalizando uma nova mensagem.

*Bekah, adorei nossa noite. Queria tê-la aqui agora, mas entendo que você tenha motivos para não estar comigo. Então, até amanhã à noite. Bj, Tef.*

A mensagem me surpreende. Ele é tão fofo. Preparo-me para dormir. Ah, Tef. Espere até me encontrar amanhã de manhã na escola. Você não me espera por lá, não é?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo, que vai ter surpresas no POV do Tef. ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Can I Have This Dance?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.