Can I Have This Dance? escrita por Dawseyride shipper


Capítulo 6
One Day I'll Go Crazy With My Thoughts


Notas iniciais do capítulo

A partir de agora vai ser difícil postar com frequência. Aulas e tudo mais. Quando der, eu juro que tento atualizar.
Mas boa leitura. ;)
Ah, esse cap. é no POV da Rebekah!



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Após a conversa com Stefan, sentia-me um tanto tranquila. Ele não vai convidar Henry para entrar e vai tomar verbena, o que me tranquiliza ainda mais. Preciso pedir a ele que dê verbena a Peter também. Mas sei que eles estão a salvo por ora.

Quando chego a casa, encontro-a revirada, como se um furacão houvesse passado por ali. Mas antes de pensar em quem ou o quê, já sabia que aquela era a demonstração da fúria de meu irmão. Vou até a geladeira e encontro-a inteira, mas quase vazia. Ele bebeu meu estoque por vingança. ‘Tudo isso apenas porque eu quebrei o pescoço dele.’ Mas no entanto, nem me importo muito com esse detalhe. Isso me faz ter de ir até a cidade vizinha buscar mais bolsas no hospital. Não posso correr riscos com Stefan. Não posso NUNCA perder o controle com ele. Com a verbena, não poderei hipnotizá-lo, o que diminui os riscos. Mudo rápida e um tanto nervosamente essa linha de pensamento.

Volto até a porta da pequena sala e observo o interior de minha nova casa. Listo mentalmente o que terei de substituir e o que terei de consertar. Abaixo-me para pegar algo aos meus pés e noto que é um bilhete.

Isso não vai ficar assim! Vou infernizar a vida do seu humano! Aguarde e veja do que sou capaz!

‘Ah irmãozinho, eu sei bem do que você é capaz. E é por isso que venho tomando todos os devidos cuidados contra quaisquer umas de suas façanhas. Convivo consigo há séculos. Tive tempo suficiente para acostumar-me com tuas vinganças.’

Continuo pela casa, pegando os objetos espalhados ora para guardar, ora para jogar fora. Graças a minha velocidade inumana, em pouco tempo já terminei de arrumar os estragos. Fui até o meu quarto, separei uma calça jeans, uma camisa polo preta, uma sapatilha da mesma cor e a verbena que prometi a Stefan. Decidi mandar para ele uma mensagem avisando que a tinha comigo e que levaria para ele amanhã, porém notei que passava da meia-noite. ‘A essa hora ele já deve estar dormindo.’

Como não havia mais nada a ser feito, resolvi ir tomar um banho relaxante, que levasse embora toda a tensão do dia, e deitar. Não demorei muito a pegar no sono. A noite passou tão rápida, que a sensação era de que eu havia apenas piscado os olhos. Algo me despertou por volta das seis da manhã. ‘Hora de me arrumar. Em pouco tempo estarei junto dele.’ O pensamento me faz sorrir abobalhada, o tormento de Henry momentaneamente esquecido.

Começo a andar pelos cômodos da casa. Vou até a cozinha, abro a geladeira e pego meu café da manhã: uma das bolsas de sangue que restou após o ataque de Henry. Sigo para o banheiro, onde abro as torneiras, deixando a banheira encher e acrescento alguns sais marinhos para banho. No corredor, pego um roupão macio no armário onde ficam as roupas de cama e toalhas. Volto ao banheiro, tiro lentamente a roupa e deito na banheira, onde fico confortavelmente por um tempo considerável me permitindo relaxar, afinal, acordei e comecei a me arrumar muito antes da hora necessária.

Terminado o banho, volto ao quarto, pego o secador, seco meu cabelo lentamente, me visto e passo um pouco de gloss e uma sombra perolada. Pego a mochila, o celular e as chaves do carro. Hora de sair de casa. Vou até a antiga garagem. Dentro do carro, ligo o motor e saio a caminho da escola, ansiosa para chegar logo e finalmente poder vê-lo novamente.

No pátio, procuro por Stefan entre os poucos alunos que já chegaram, mas não o encontro. ‘Ainda não deve ter chegado à escola ou deve estar lá dentro.’ Entro na escola e ando pelos corredores até chegar ao meu armário. Nele há um papel fixado com fita adesiva, e logo imagino ser mais um recado ‘carinhoso’ de meu irmão. Mas ao me aproximar, noto que aquela não é sua caligrafia. Pego o papel e leio, curiosa para saber quem o escreveu.

Bom dia, anjo! Enquanto te esperava chegar, passei por aqui e decidi deixar um breve recado que lhe fizesse sorrir do jeito que só você faz. Um sorriso lindo e cheio de vida, que ilumina o dia.

Tef.

–É, Tef, sinto que você cumpriu seu objetivo. Estou sorrindo igual a uma boba! – noto que pensei um tanto alto demais. Chamei a atenção de alguém no corredor que passa a me observar de longe. Quando me viro para olhar para a pessoa, reconheço Stefan, que sorri calorosamente para mim, parado a alguns armários de distância.

–Você não é nenhuma boba! É uma menina linda, com um sorriso cativante e maravilhoso. – vindo em minha direção com os braços abertos, Stefan se aproxima, me abraça e beija-me a bochecha.

–Bom dia, Tef.

–Bom dia, Rebekah. Dormiu bem ontem à noite depois que eu lhe prometi não convidar ninguém a entrar?

–Dormi sim. E adorei o bilhete, a propósito. Conseguiu o que queria?

–Consegui, sim. Mas então, aula?

–Sim, aula. Mas antes... – tiro da mochila um pote com a verbena e entrego a ele. – Verbena. – explico diante de sua expressão visivelmente confusa.

–Ah, sim. Agora vamos para a aula?

–Sim, vamos para a aula. – sorri, concordando.

Abri o armário, peguei o material que precisaria e dei a mão a Stefan, que me oferecia a sua.

Durante a aula, trocamos diversos olhares e mensagens. Sorríamos distraidamente um para o outro, como duas crianças que aprontaram.

O sinal do almoço tocou. Stefan se levantou e veio até a cadeira onde eu estava.

–Vamos almoçar?

–Eu não almoço. – sorri amarelo. ‘Só se o almoço for você!’ pensei ironicamente, me estapeando mentalmente por me permitir cogitar a possibilidade. – E você, vai almoçar?

–Podemos ir até o pátio, lá fora. Sobrevivo um dia sem almoçar. – seu sorriso era o de uma criança em dia de Natal. Ele realmente queria passar todo o tempo comigo.

–Não deixe de almoçar por minha causa. Vai me fazer sentir culpada.

–Então eu vou até o refeitório comprar qualquer coisa. Te encontro no seu armário e então vamos para o pátio, fechado?

–Fechado! – ao sair da sala, Stefan encontrou alguns amigos no corredor e começou a conversar enquanto seguia para o refeitório. ‘Ele pode perder isso se escolher você um dia.’ O pensamento amargo me deixou momentaneamente irritada, mas descartei-o logo. ‘Não vou deixar qualquer coisa estragar meu momento com ele. Eu vou resolvendo certas situações com o passar do tempo.’

Fui andando calmamente até meu armário. Os grupos de alunos iam se dispersando conforme os minutos passavam. Enquanto arrumava todo o meu material de volta no lugar, alguém passou os braços ao redor de minha cintura, abraçando-me.

–Sentiu minha falta? Eu disse que voltaria. – sua boca estava próxima ao meu ouvido. A voz baixa e calma, causando-me arrepios ao longo da espinha.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima!



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