Can I Have This Dance? escrita por Dawseyride shipper


Capítulo 10
The Most Important Night Of My Life


Notas iniciais do capítulo

Como será que a Rebekah se sente na noite em que o Stefan a pede em namoro?



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POV Rebekah

Na manhã seguinte, acordei com a ideia de arranjar uma governanta. Pela janela, entravam fortes raios de sol. Fui até o meu closet e escolhi um vestido florido bem leve com uma sandália anabela. Tomei um banho morno, me vesti e tomei minha bolsa de sangue matinal.

Juntei meu material, peguei o celular e minhas chaves e fui para o carro. Hora de ver o Tef. Andava um tanto ansiosa para vê-lo. Foi um pouco incomodo ir embora da casa dele ontem à noite. Gostaria de ter ficado, mas precisava de algum estoque, por menor que fosse.

A caminho da escola, tudo em que conseguia pensar era nele. Queria abraçá-lo, tê-lo comigo, ter a certeza de que ele está bem. Chego ao meu destino em alguns minutos, meus pensamentos a mil. Caminho lentamente até meu armário, esperando encontrar Stefan lá, mas me decepciono ao não vê-lo ali. Estranho. Ou não. É isso! Ele não espera me encontrar aqui hoje, então ele não deve ter passado aqui. Durante a aula eu o encontro.

Peguei o material das aulas que teria naquele dia e me dirigi até a sala, sentando-me a carteira usual. Os alunos vão adentrando a sala e minha apreensão torna-se quase palpável.

-Oi, você é a Rebekah, certo?

-Sim, sou eu. – quem puxava assunto comigo era uma menina muito bonita, de pele clara, olhos castanhos, algumas sardas nas maçãs do rosto e cabelos cor de mel.

-Sou a Pam, amiga do Stefan. Ouvi dizer que ele está caidinho por você. Meus parabéns. – disse sorrindo e se afastou indo sentar-se em um canto afastado.

A turma estava completa agora, com exceção de Stefan, que não apareceu. Será que devo ligar? Ou mandar uma mensagem? Não. Longe de mim parecer grudenta ou coisa do tipo.

Deixe-o em paz um pouco, Rebekah! Sabe se ele não veio porque precisa de um tempo sozinho? – manifesta-se meu subconsciente.

Decido não incomodá-lo. A aula começa. Nunca na vida eu ouvi os professores falarem tanto. A cada pergunta dirigida a mim, uma resposta brilhante, o que era de assim tão estranho, pelo menos não pra mim, afinal, a maioria desses ocorridos eu presenciei. E também já estive em muitas escolas ao longo dos últimos séculos, sempre estudando as mesmas matérias.

Preocupada, mando uma mensagem para Stefan pouco antes do almoço.

*Por que você não está na escola? Se minha companhia o tornar um irresponsável, me afastarei de você.*

Sabendo o quanto me preocupo quando não tenho notícias, ele prontamente me responde, levando menos de dois minutos.

*Estou em casa. Não precisa se preocupar. Apenas perdi a hora. Amanhã recuperarei o dia.*

Com muito custo, o primeiro período de aulas daquela sexta-feira acaba. Hora do almoço. Argh! E agora, o que eu faço se Stefan não está aqui? Decido aproveitar esse tempo, sozinha, para explorar um pouco mais a escola. Perambulo pelos corredores vazios e deparo-me com o Espaço Bibliotecário da Mystic High School. Hum... Deve ser interessante. Não tenho nada para fazer e aí dentro deve haver novas edições de histórias as quais eu conheci os autores. Adentro a biblioteca e mergulho no mundo dos livros. Fico tão absorta que nem reparo no mundo ao meu redor. De repente sinto alguém tocar meu ombro. Sobressaltada, me viro verificando quem me chama atenção.

-Rebekah?

-A própria. E você é...? – pergunto desconfiada.

-Sou Danny, amigo da Pamela – devo demonstrar confusão, pois ele se apressa em explicar. – a Pam, e de Stefan. – ele relaxa ao notar que eu sei de quem ele fala. – É um enorme prazer conhecê-la.

-Igualmente. – aperto sua mão estendida.

-Estou indo almoçar. Até mais. – disse despedindo-se.

Estranho. Logo hoje que Stefan não veio à escola, os amigos dele têm vindo se apresentar. Será que está acontecendo alguma coisa que apenas eu ainda não notei? Desisto de perder tempo pensando nisso e volto à leitura. Infelizmente, não muito tempo depois, o almoço acaba, o que me deixa um tanto desanimada.

Levanto indo até a prateleira e pondo no lugar a edição mais ante de um dos livros das irmãs Brontë. Ler parece ser a única coisa que me distrai quando não estou com Stefan. O que é estranho, visto que já li esses livros inúmeras vezes, nos mais variados idiomas. Vou me arrastando de volta para a sala de aula e assisto mais algumas horas de puro tédio, respondendo o que me é perguntado sem nem ao menos prestar a mínima atenção aos professores, deixando muitos alunos boquiabertos.

Nem me importava com o que pensavam ou diziam de mim. Só queria poder estar com Stefan. Meu celular vibra, é ele. Sorrio enquanto abro a mensagem.

*Bekah, pensei em irmos jantar fora hoje. É por minha conta, mas antes de vir me encontrar, que tal passar na sua casa e ficar ainda mais linda? Bj, Tef.

PS: passe aqui às 20h00min, ok?*

Após ler a mensagem-convite, permito-me ficar um pouco mais animada.

*Se é assim, tudo certo. Passo aí às 20h00min. Quero te ver bem bonito, viu?*

Começo a pensar numa roupa pelo menos apresentável para a noite e decido que o melhor será passar na única loja de vestuário formal que há na cidade. A ocasião pede uma roupa mais sofisticada. E por conseqüência, sandálias e acessórios que combinem.

A aula finalmente acaba e me sinto nervosa. Preciso encontrar algo que o impressione. A noite está parecendo promissora. Dirijo até a loja, que é, na verdade, consideravelmente grande, se comparada às outras lojas locais.

Sinto-me intimidada ao olhar as araras. Tantos vestidos coloridos, alegres e sérios, festivos e fúnebres, chamativos e comportados. Pego três e vou ao provador. O primeiro, de seda turquesa, era lindo, porém não muito confortável. O segundo era de tafetá lilás, nem um pouco parecido com meu estilo. O terceiro ficou perfeito. Um vestido delicado, com um corte que parecia ter sido feito com as minhas medidas. O cetim verde esmeralda vestia meu corpo perfeitamente, contrastando com o azul de meus olhos e apertando nos lugares certos. E o decote nas costas era provocante, porém não ficava vulgar. Perfeito! Agora só preciso de um par de sapatos e acessórios que combinem.

Por pura sorte, a loja oferecia tudo o que eu precisava. Escolhi um par de sandálias douradas com salto agulha, brincos de ouro com pequenas esmeraldas e um anel com uma pedra combinando. Vou para casa me arrumar. São seis da noite, tenho apenas duas horas para tomar banho, fazer um penteado caprichado e uma maquiagem impecável.

Chegando a casa, corro até o quarto, largo as bolsas de compras sobre a cama e dirijo-me rapidamente ao banheiro, pondo a banheira para encher. Preciso relaxar um pouco. Ou melhor, mereço! Lavo cuidadosamente o cabelo e a pele. Terminado o banho, seco os fios com o secador, enrolando duas mechas finas em ambas as laterais da cabeça com o babyliss, e prendo o restante do cabelo em um coque alto. Maqueio-me com um blush levemente rosado, um gloss transparente, uma sombra preta em degradê e muito rímel. Estou linda! Pensei ao verificar o resultado no espelho. Saio de casa às sete e meia. Dirijo bem devagar, a fim de atrasar-me alguns minutos para que Stefan não pense que estou ansiosa ou desesperada. Sem sucesso. Chegando a casa dele com quinze minutos de antecedência, verifico cabelo e maquiagem no espelho retrovisor e saio do carro.

-É ela! – ouço alguém sussurrar.

Quem será? Essa voz não é de Peter ou de Stefan. Será que há mais alguém com eles?

-Vão todos vocês até o canto da sala, o mais longe possível. Vou abrir a porta. – essa sim é a voz de Stefan. Por que e pra quem ele está sussurrando? O que está acontecendo lá dentro? Consigo distinguir várias respirações distintas vindas do interior da casa.

–Oi, Tef. Sei que cheguei um pouco mais cedo, mas...

–SURPRESA! – gritaram todos em uníssono, Stefan acendeu a luz e então pude perceber toda a decoração.

–Uau, o que é tudo isso?

–É uma festa. Pra nós dois.

–Quem está comemorando o quê? – sussurro, desconfiada e confusa em seu ouvido enquanto nos abraçamos.

–Ninguém, ainda. Mas essa nossa festa tem um propósito.

–E qual seria esse?

Vejo quando ele respira fundo antes de começar a falar:

–Rebekah, desde que você chegou, eu fiquei impressionado com tamanha beleza e delicadeza. Desde o primeiro momento em que falei com você, não consigo tirá-la da cabeça. Durmo e acordo pensando em ti. E tudo isso – gesticula ao redor da sala, mencionando a festa – é uma comemoração para este momento. Você quer namorar comigo?

Fico sem palavras, tamanha a emoção. Abro e fecho a boca sem parar, sem encontrar as palavras certas. Até que finalmente digo:

-Stefan, eu realmente não sei o que dizer... Isso tudo está lindo, todo o trabalho que deve ter dado... Mas ficou incrível. E tudo isso foi por mim. Nunca antes alguém fez algo assim pra mim. Obrigada. – abraço-o, mas sinto que Stefan está desconfortável.

-Hã... Bekah... Não... Consigo... Respirar... – fico constrangida, e o solto um tanto assustada. Será que o machuquei?

-Desculpe-me.

-E então, quanto a minha pergunta?

-Não sei o que dizer. Ainda não consegui absorver toda essa informação.

-Que tal ‘sim’? – gritou alguém que tentava se esconder no grupo que estava no fundo da sala, fazendo com que todos nós ríssemos.

-Sem pressão. – sussurrou ele apenas movendo os lábios diante da minha demora.

-Eu aceito! Sim, sim, sim! – seguiu-se uma chuva de aplausos e ovações. Gritavam ‘É isso aí, Stefan!’ ou ‘Parabéns, casal!’. Meu agora namorado, ignorando a todos, apenas me abraçou e beijou calorosa e apaixonadamente. Depois de separar relutantemente nossos lábios, ele disse:

-Então, pessoal... Música, comida, bebida?! A noite acabou de começar.

Stefan pega minha mão, guiando-me pela casa e sobe as escadas o mais discretamente possível.

-Há algo que eu gostaria de lhe dar.

-E o que seria?

-Espere e você vai saber.

Assisto enquanto ele vasculha a gaveta procurando por algum objeto que é aparentemente importante.

-Feche seus olhos e estenda uma de suas mãos. – ele põe um objeto parecido com uma pequena caixa aveludada em minha mão direita, que está estendida. – Agora já pode abri-los.

-O que tem aqui? – pergunto ao chacoalhar a caixinha.

-Por que você não a abre? – ele me assiste atentamente enquanto abro a pequena caixa.

-Ah, Stefan, é lindo! Quer pôr ou eu o faço?

-Dê-me a honra. - esclarece ele estendendo a mão em um pedido silencioso.

Entrego o pequeno e delicado anel prateado a ele, que pega minha mão e o põe cuidadosamente no meu dedo anelar.


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Notas finais do capítulo

Então... Quem aí acha que está na hora do clima esquentar???



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