Um dos monitores da base mostrou um trecho do noticiário:

"O Super Mercado Falcone está sendo assaltado por um grupo armado. Tudo indica que são membros da CGR. A polícia já se encaminha para o local"

- É agora. - é o que eu digo. - Hum. Mas e a polícia? - diz Harry. - Cara, se temos esses poderes devemos usar. - Hum. Não sei. Não é arriscado? - Eles já devem estar atrás de nós também. Só faremos eles terem outro motivo para isso.

Após esse argumento, reparei que Harry ficou estático, como se procurasse uma resposta e não encontrasse.

- Vamos lá! - é o que digo. Entramos no carro e nos direcionamos ao Super Mercado Falcone.

Estamos levando armas. Uma AK-47 para mim e uma pistola simples para Harry. Acredito que não devemos mostrar todo nosso potencial em nossa primeira aparição. Não agora. Nos aproximamos do Super Mercado. Ele é gigante. Próximos à entrada estavam 3 viaturas de polícia.

- Três viaturas? Quantos caras tem aí? - pergunta Harry. - Devem ser poucos. Só em casos extremos a CGR convoca muitos terroristas. Mas os poucos que devem estar aí são muito perigosos. Tenho certeza. - respondo.

Paro o carro no lado da rua oposto ao Super Mercado. Colocamos as máscara que trazemos. Eram totalmente vermelhas, contendo apenas a região dos olhos preta.

- Você vai pelos fundos. Eu fico na linha de frente. - eu ordeno. - Ok! - diz Harry, já correndo para contornar o Super Mercado.

Fico de frente para a porta principal. Nem imagino o que me espera do outro lado. Só sei que quero acabar com isso logo. De um jeito que EU goste. Ouço o barulho de balas. É o sinal. Eu entro.

Tudo parecia tranquilo. Eu não via ninguém. Aliás, aquele local realmente era colossal. Gigante. Ouço mais uma vez o som de balas. "Sigo" o som, mas antes que eu ande um pouco mais, recebo um belo soco no rosto.

- Quem é você? - diz o policial, visivelmente nervoso enquanto aponta a arma para minha cabeça. - Não importa! Eu estou do seu lado. - é o que digo.

Ele fica imóvel. Eu vi medo em seus olhos. Imaginei o que haveria do outro lado do corredor. Então vejo outro policial cair no chão, morto, com um tiro na cabeça. O policial atrás de mim entra em desespero.

- Deixa comigo. - é o que eu falo, me virando para o corredor.

O que é que eu tenho na cabeça? Por acaso acho que posso enfrentar um cara forte da CGR? Não, eu sei que eu posso. Não posso desistir. Eu então vejo o que havia do outro lado do corredor: um homem alto e forte com uma pistola na mão.

Antes que eu pudesse levantar minha arma, o homem forte levanta sua pistola e puxa o gatilho. Nada acontece. Reparei que Harry estava atrás dele à uma boa distância, "segurando" a bala com os seus poderes psíquicos. O homem então larga a arma e diz:

- Hum. Não preciso disso. Meus punhos são BEM melhores. Aliás, deixe eu me apresentar. James Thomas... - eu o interrompo com tiros.

Mas nada ocorre. Ele parecia sentir balas como se não fossem nada. 

- Então que brincar!? - diz James, correndo em minha direção e acertando um soco em cheio no meu estômago. Eu voo e bato com tudo numa das prateleiras. Sinto minhas costelas se quebrando. - Argh! - gemo de dor.

Ele então começa a andar em minha direção. Entro em pânico. Até que Harry mais uma vez "segura" ele, mas não por muito tempo. Ele ganha da "força" de Harry e volta a andar em minha direção.

- Então você tem um amiguinho, né? - diz James

Eu tento me levantar, mas a dor é grande demais. James me agarra e me arremessa contra Harry. É um forte impacto.

- Strike! Tô adorando isso! - é o que James diz.

Mas o azar não acabou. Caímos bem em frente a dois membros da CGR. Um deles aponta a arma para mim. Harry então usa seu poder, fazendo com que a mão do atirador levantar-se levemente, fazendo-o atirar em seu companheiro, o matando. Logo após isso, Harry faz com que a estante caia sobre o assassino. James vê tudo e, andando em nossa direção, diz:

- Não esqueceu de alguém?

Ele então começa a correr.

- Deixa comigo! - diz Hary, confiante.

Essa foi a primeira vez que vi o meu recém-amigo confiante. Ele sempre esteve com um pé atrás. Até mesmo pouco antes da gente vir pra cá. Fico feliz com a confiança dele. Só espero que garanta nossa sobrevivência.

Harry então coloca as mãos no chão e lança seu poder. O chão sobre o qual James pisa se destrói totalmente. Ele então cai no esgoto que sob o mercado passava. Com a forte corrente, ele é levado e deixa de ser visto.

- Incrível! - é o que eu digo, me recuperando aos poucos dos ferimentos. - Valeu cara! - agradece Harry.

Olhamos para o lado e, para nossa surpresa, o membro da CGR que deveria estar preso embaixo das estantes não está mais lá. Havia fugido.

- Espero que isso não dê problemas. - diz Harry. - Aposto que dará. - é o que digo, enquanto saímos silenciosamente do local.