Project Forgotten escrita por Júlio Oliveira


Capítulo 16
Capítulo 16- O cerco


Notas iniciais do capítulo

Episódio narrado por James Thomas.
Comentem pra incentivar :DD



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- Vamos nessa! - diz Harry.

Estávamos todos dentro do carro. Na direção, Walter Stacy, o cientista. Ao lado dele estava Emily. E atrás, comigo, Harry e Robby.

- O que vocês pretendem fazer? - eu pergunto.

- Salvar Drake. Agora me diga, onde ele está? Onde é o centro da CGR?! - Harry pergunta enfurecido.

- De que adianta você saber se, quando chegar lá, morrerá?

Ele então olha para mim e estende a mão. Começo a sentir uma dor terrível. Sinto como se meus pulmões estivessem sendo esmagados.

- ARGHHH!!!

- Que droga você tá fazendo?! - pergunta Robby a Harry.

- Apenas dando o que ele merece!!! - responde Harry, intensificando minha dor.

- PARA! - Robby o repreende – Nós não somos assassinos!

Harry então para de vez. Ele respira fundo. Eu sinto um imenso alívio.

- Aproveite enquanto eu tenho paciência. - adverte Harry.

A viagem continua sem rumo. Observamos as ruas da cidade. É uma paz armada. Policiais por todos os lados. E a expressão de insegurança estampada no rosto das pessoas.

- Afinal, pra onde vamos? - pergunta Emily.

- Vamos sair da cidade. É mais seguro. - Harry responde.

Robby olha para mim.

- O que te motiva a fazer tudo isso? Você mata pessoas. Você é um assassino. - diz ele.

- Para a paz ser restaurada, sangue deve ser derramado. - eu respondo.

- Você é louco. Estávamos todos bem até a CGR surgir.

- Vocês pensam que estavam bem porque não viram a realidade. Eu a vi.

- E o que ela revela?

- Esse governo que você tanto elogia matou meus pais. Esse governo que você ama usou centenas de pessoas como cobaias em experimentos fatais. Essa droga de governo me moldou. Entende?

Um silêncio invade o carro. Até que Emily se pronucia.

- E você se vinga do governo matando inocentes? Você matou meu bisavô no assalto ao banco. - ela diz.

Eu não digo nada. Será que eles estão certos? Sou um assassino? Terrorista. Confesso que às vezes nem eu mesmo sei o que sou.

- Não era pra ser assim. - eu respondo.

- CUIDADO! - diz Harry, apontando para frente.

Walter bate o carro em algo e capota. Desmaiamos.

Acordo dentro de uma jaula. Ao meu lado estava Harry. Na jaula ao lado estava Emily, Robby e Walter.

- Ei, acorda. - digo para Harry.

- Argh! Que dor. Onde estamos? - pergunta Harry.

- Não sei. Ei, olha lá. - digo apontando para uma cabana (estávamos há uns 2 km da cidade) – Ali deve estar o responsável por isso.

- Mas que droga. Espero que seja só um mesmo.

Harry então usa seu poder para abrir as jaulas. Ao dar um passo para fora, ouvimos uma voz.

- Parados! - diz um homem.

O homem se aproxima. Ele tem um porte atlético apesar dos cabelos grisalhos. Está com uma metralhadora na mão.

- Quem é você? - pergunta Harry.

- Isso é forma de um visitante se comportar? Não importa. Chamo-me Marcus Winter. - diz ele de forma sarcástica.

- Se liga, somos cinco. Já você... - eu falo.

Harry olha para mim como se pensasse algo.

- E vocês pensam que estou sozinho? Aparecem amigos... - Marcus fala.

Da cabana saem quatro pessoas com corpos e faces totalmente distorcidos. Eram horríveis. Todas estavam com os bolsos cheios do mineral usado para adquirir poderes. Ao menos pareciam minerais.

- O mineral?! - diz Harry, espantado.

- Não exatamente. Digamos que eu apenas peguei a essência e implementei na droga mais cara do mundo. - responde Marcus.

- Seu monstro! Você transformou essas pessoas em coisas horrendas!

- Eu apenas tento ganhar o meu dinheiro. E afinal, eles agora têm poderes. Tem algo mais útil?

Harry fica sem palavras.

- Agora, vocês tem a opção de pagar o passe e sair da cidade. Ou também podem virar um dos meus lacaios como estes quatro. - ameaça Marcus.

Ao olhar para a droga, eu me sinto atraído.

- Não temos dinheiro. - responde Harry.

- Então sofram! Ataquem! - diz Marcus.

Os lacaios então correm em nossa direção.

- Cuidado! - diz Harry.

Um dos lacaios ataca Robby. Ele tenta defender, mas não consegue. O lacaio perfura o abdomen de Robby com sua garra. O amigo então cai no chão, tremendo.

- Mas que droga! - eu digo, quando um lacaio me ataca, mas eu desvio com sucesso. Eu então acerto um forte chute na sua cabeça, o fazendo ser arremessado para longe.

Um pouco da droga cai no chão. Eu não resisto e consumo algumas rapidamente.

- Não faça isso! - diz Harry enquanto arrebenta um dos lacaios.

O lacaio que eu havia acertado se levanta e corre até mim. Eu então o chuto novamente. Só que dessa vez, eu me sentia forte. Como se meus poderes tivessem voltado. Como se a droga fosse outro "Adaptador". Eu, de fato, tinha recuperado meus poderes.

- Emily!- diz Harry enquanto ataca um dos lacaios que tentava ferir Emily.

Então vejo que Walter estava sendo atacado. Eu corro e acerto um poderoso murro no lacaio. Era o último.

- O-obrigado. - diz Walter, tremendo de medo.

Harry olha pra mim com estranheza. Ao mesmo tempo, noto que Marcus não estava mais lá.

- Por que salvou Walter? - ele pergunta.

- Por que estávamos lutando pelo mesmo objetivo. E eu não traio meus aliados. - eu respondo.

Harry fica pensativo. Acho que ele não esperava isso de mim. Nem eu esperava.

- Robby! - grita Emily, se dirigindo a ele.

Ele estava em um estado terrível. Estava pálido com a pele "rachada". Ele então age. Empurra Emily com força, fazendo-a cair no chão. Ele então corre em direção aos corpos dos lacaios e começa a retirar a droga do corpo deles e consumi-la. Era isso que eu iria me tornar?

- Vamos embora. Já o perdemos. - diz Walter, triste.

- Embora pra onde? - pergunta Emily.

- Ainda temos que salvar Drake. Fale James, por favor. Onde fica o centro da CGR? - diz Harry com a mão em meu ombro.

- Tire sua mão de mim. Não somos amigos. E eu não entregarei a CGR. Eu não traio. - eu respondo.

- Beleza. Mas você pode ao menos falar com seus amigos para devolverem Drake? - ele insiste.

- Saia do meu caminho. - eu então vou embora.

Reparo que Harry não faz nada para me impedir.

- Você vai o deixar ir embora assim? - pergunta Walter.

- Sim. Mas não se preocupe. - Harry responde.

Eu então me afasto o suficiente para não ouvir a conversa. Voltarei para a CGR.


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Notas finais do capítulo

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