Jogos Vorazes - Glimmer escrita por Triz


Capítulo 2
Capítulo 2 - O presente de Gary e os tributos


Notas iniciais do capítulo

Muitíssimo obrigada pelos reviews, fico agradecida.
Já tenho até um leitor! Bom, muito obrigada mais uma vez, espero que curtam o capítulo (que ficou curto).



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A primeira coisa que fazem comigo é me levar ao Edifício da Justiça, onde me despedirei das pessoas de meu Distrito. Os Pacificadores me levam a uma sala muito bonita, para falar a verdade.

Aproveito para chorar agora, já que não há câmeras no lugar. O fato de que Marvel lutará comigo em uma Arena não me deixa nada feliz. Um de nós terá que morrer e não há outra escolha.

Acomodo-me no sofá de veludo e vejo os meus pais entrando, orgulhosos de mim, mas não deixo de notar que há um pouco de tristeza em seus olhares.

— Parabéns, Glimmer, você conseguiu! — diz minha mãe, sentando-se ao meu lado e me abraçando. Ela limpa minhas lágrimas com a manga de sua jaqueta. 

Meu pai permanece em pé e pousa sua mão em meu ombro.

— Filha, eu sei que você estará nos Jogos com seu melhor amigo, mas não desista de nada. — ele diz. Olho fixamente para o chão, sem conseguir dizer nada.

— Confiamos em você. — diz minha mãe.

— Cuidem-se enquanto eu estiver fora. Irei voltar por vocês. — prometo a eles, mesmo sabendo que há uma grande chance de eu morrer. Apesar disso, estou bastante confiante, mas ao me lembrar de Marvel com suas lanças fico um tanto confusa.

Ficamos em silêncio durante um tempo e o Pacificador nos indica que o tempo acabou. Meus pais saem da sala e imagino que ninguém mais entrará. Me levanto para examinar o lugar e Gary entra.

Pego uma almofada que está no sofá e a jogo em sua direção. O Pacificador corre em minha direção e toma a almofada de minhas mãos, como se eu fosse matar o garoto com ela. 

— O que faz aqui? — grito para ele, ainda chorando, mas dessa vez de frustração. — Não percebe o erro que cometeu? 

— Desculpe-me, Glimmer. — ele diz com uma expressão de arrependimento e segura as minhas mãos. Hesito, mas por fim, o deixo segurá-las. — É que eu simplesmente travei. Não queria ter feito isso com você.

— Mas você fez.

— Me desculpe mais uma vez, eu não sei o que deu em mim.

— Pensei que você fosse forte, Gary.

— Eu não sou tão forte quanto pareço. — ele diz e vasculha algo no bolso. Ele tira de lá um belo anel com uma pedra preciosa. É um topázio rosa, e o conheço porque entendo muito bem de jóias. Ele me entrega o pequeno objeto e o coloco no dedo. — Use-o na Arena para lembrar se de seu Distrito.

— Obrigada. — digo olhando para seus olhos castanhos. — Mas ainda tenho raiva de você.

Ele se levanta sem dizer mais nada e sai da sala, mesmo que seu tempo não tivesse acabado. Como esperado, Gary é minha última visita. O Pacificador me guia até a estação de trem, onde me econtrarei com Marvel e serei fotografada e filmada por repórteres.

O caminho não é longo até a estação e a sensação de ser paparicada é muito boa. Marvel também parece estar se divertindo, mesmo com a nossa situação difícil. Depois de uns minutos sendo engolidos por câmeras, entramos no trem.

O lugar deve ser maior que a minha casa. É todo arrumado com perfeição e com luxo, o que me deixa muito feliz. Examino o lugar delicadamente, prestando atenção em todos os detalhes. É simplesmente maravilhoso, e acho que Marvel achou a mesma coisa porque ao olhar para ele, vejo um certo brilho em seus olhos azuis.

Lyla, a mulher da Capital, está nos aguardando em uma mesa. Ela nos convida a nos sentar e é isso o que fazemos.

Na mesa estão Lyla e nossa mentora. Seus cabelos são loiros como os meus e acho que a vi ganhando um dos Jogos há algum tempo.

— Glimmer, Marvel, essa é a mentora de vocês, Cashmere. — Lyla apresenta.

— Sejam bem-vindos, sortudos! — ela saúda. Não sei se realmente sou sortuda, mas cumprimento a mentora e Marvel faz o mesmo. — Prefiro dar as dicas de sobrevivência apenas na Capital, já que o caminho daqui para lá não é longo. Mas quero saber, no que vocês são bons?

— Eu sou bom com lanças. O melhor do Distrito. — Marvel diz, confiante. Me pergunto o que se passa na cabeça dele agora.

— Ótimo, ótimo. E você, Glimmer?

— Me dou bem com machados.

— Perfeito, vocês irão se dar muito bem no Centro de Treinamento. A propósito, Glimmer, adorei seu anel. — ela me diz e agradeço, tentando esconder a raiva que sinto por Gary. — Agora, que tal assistir às Colheitas dos outros Distritos? — ela sugere. Concordamos e Lyla liga a televisão.

A primeira Colheita é a nossa. Eu e Marvel parecemos fortes na frente das câmeras, o que é bom. Ambos os tributos do Distrito 2 tem uma aparência cruel. O menino loiro é alto, forte e assustador. A menina morena é baixinha, mas lança um olhar ameaçador. Ótimos Carreiristas, penso.

A maioria dos tributos não me interessa muito, mas os que me chamaram mais atenção foram a garota do 4 que aparenta ser bem forte, a ruiva do 5 que me lembra uma raposa, a menininha de doze anos e o enorme garoto do 11 e por fim, a menina do 12, que se voluntariou como tributo para salvar sua irmã.

Beleza, isso vai ser interessante. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanharem!



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