Cap 3 - What does in my room?

Algum tempo depois, eu tentei descrever o que eu senti ao ver uma garota, ali, encostada na parede do meu quarto no meio da noite. E eu realmente não consegui, acho que o principal sentimento que eu senti foi confusão. Eu sentei rápido na cama e olhei atentamente para ela, ela era bonita e tinha cabelos castanhos ondulados, mas não tinha aquele cabelo cheio de química ou qualquer coisa assim, aquele cabelo era lindo naturalmente e a franja caia insistentemente nos olhos da garota, que parecia não se importar pois estava ocupada demais me observando com os olhos arregalados. Eu tentei ler as expressões dela, que como eu expressavam confusão, mas não só isso, expressavam descrença, e principalmente felicidade.

Seus cílios eram longos e negros, fazendo os seus olhos azuis-gelo ainda mais hipnotizantes, se isso fosse possível. Minha cabeça já estava doendo de tanto pensar no porque dela estar ali. Uma garota que eu nunca vira, mas que parecia me conhecer tão bem. Logo eu percebi o que ela usava. Por um segundo eu a vira com um vestido longo, parecido com o de uma princesa. Mas quando eu pisquei e olhei novamente, pareciam somente roupas normais. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=77437259&.locale=pt-br) Eu juntei todas as minhas forças para falar alguma coisa.

–Quem é você? O que faz no meu quarto?

Ela pareceu tomar um choque de realidade ao perceber que eu havia falado com ela. Ela respirou fundo.

–Helena – A voz dela saiu como um sussurro e eu quase não a ouvi. Mas a voz dela me deu uma paz. E eu me perguntei se já não havia ouvido antes.

–O que faz no meu quarto? - Voltei a perguntar.

Ela parecia indecisa, como se estivesse num conflito interno. E eu fazia de tudo para entender o que se passava ali. Ela parecia prestes a correr o mais rápido dali. Mas não foi isso que ela fez. Ela se aproximou de mim e tocou o meu rosto. Eu realmente estranhei o gesto. A pele dela era macia, e fria, mas continuava sendo acolhedora e numa estranha sensação eu queria que ela deixasse a mão ali para sempre. E ela sorriu. Mas era um sorriso aberto, quase saindo do rosto. Ela se distanciou novamente.Ela continuava sem responder minha pergunta.

–Precisa voltar a dormir. – Eu quase dei um pulo ao ouvir a voz dela de novo, mas dessa vez bem mais alta. E ela continuava com seu pensamento longe. Ela tentava encontrar respostas, assim como eu, mas não eram para as mesmas perguntas.

Então ela saiu pela janela.

E eu me aproximei da janela. Ela andava em direção ao parque, aonde eu ia quando era pequeno. Eu voltei pra minha cama, pensando que não conseguiria dormir, mas logo que deitei adormeci.