Diga que me quer. escrita por Nathalia Alves


Capítulo 67
(..) É que eu morro de vontade de você.. ♪


Notas iniciais do capítulo

www.facebook.com/brunoefatinhaoficial
www.facebook.com/FatinhaSinceraOficial
www.facebook.com/LiaeVitorOficial



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327767/chapter/67

POV Bruno

Não entendo porque a Fatinha não consegue mais falar comigo direito. Eu sei que vacilei com ela, mas custa ser minha amiga? Ela vive me ignorando, fingindo como se eu não existisse. Ela me provocou, a gente acabou ficando e agora ela fica nessa? Essa garota é complicada demais. 

Depois daqueles pingos de chuva, continuei sentado na pracinha pensando na minha vida, esqueci que deixei o Nélio e o Rasta sozinhos no Misturama.

- Qual foi cara, vai ficar aí sentado pensando na Fatinha? - o Nélio disso rindo.

- Que pensando na Fatinha cara, não viaja não. – eu falei me levantando.

- Vamos sair hoje?

- Não to com cabeça pra sair não Nélio. Vou pra casa estudar um pouco. Tchau. – eu disse e fui andando em direção ao prédio. Mas antes parei no hostel pra falar com a Fatinha.

Cheguei lá e ela estava sentada com o computador no colo. Rindo de algo que eu não sabia o que. Tentei abrir a porta, mas estava trancada. Acho que assustei ela.

- Abre a porta aqui, por favor. – eu disse num tom baixo pra não fazer muito barulho.

Ela abriu a porta e saiu do hostel. Ficamos parados em frente a porta. Um olhando pro outro. Eu nem sei porque eu fui atrás dela. Não sabia o que falar.

- O que você quer? – ela perguntou

- Se for pra ficar me tratando mal, avisa que eu vou embora.

- Não era nem pra você ter vindo aqui, Bruno.

- Eu sei.

- Então porque você veio?

- Não sei. Eu só queria saber como você estava, sei lá..

- Eu estou bem.

- Que bom.

- Se era só isso, agora você já pode ir.

- E se eu quiser ficar? – eu disse e me aproximei dela.

- Problema é seu. – ela disse tentando se afastar de mim e eu agarrei ela pelo braço.

- Vamos conversar por favor. – eu pedi calmamente e ela aceitou.

- Vamos sentar aqui fora mesmo e conversar.

- Se você prefere aqui, tudo bem.

- Comece a falar.

- Então. Porque você está me tratando assim?

- Assim como? – ela perguntou se não soubesse como.

- Você tá estranha comigo. Eu sei que ultimamente não tenho te dado muitas alegrias, mas acho que poderíamos ser amigos.

- Amigos?

- Sim, Fatinha. Amigos.

Ela abaixou a cabeça. Parecia estar pensando em algo pra falar, ou sei lá. Eu sou idiota em achar que a Fatinha aceitaria ser minha amiga. Eu sei que ela gosta de mim. Ela me olhou e por alguns segundos ficou sem falar nada.

- Tudo bem, Bruno. Eu aceito ser sua amiga. – ela disse e pude perceber que seus olhos encheram de lágrimas.

- É difícil dizer isso?

- O que? – ela disse tentando disfarçar o olhar.

- Dizer que aceita ser minha amiga.

- Não. Difícil é olhar pra você e acreditar que me entreguei tão de coração pra alguém que nunca ligou pro que eu estava sentindo.

- Não é bem assim. Eu me preocupo com você, Fatinha.

- Eu te odeio por te amar tanto. – ela disse abaixando a cabeça e passando a mão nos olhos, me senti culpado por estar vendo ela chorar.

- Olha pra mim. – eu disse segurando o queixo dela.

- Eu quero ir dormir.

- Posso te abraçar? – eu perguntei espontaneamente.

- Melhor não. – ela disse se levantando.

- Por favor. – eu disse quase que como suplica.

Ela me abraçou tão forte. E eu não tive como não retribuir. Nunca abracei a Fatinha desse jeito. Na verdade, nunca abracei ninguém assim. Deixei minha cabeça no ombro dela e foi como se eu tivesse adormecido ali. Ficamos abraçados por alguns minutos até alguém chamar por ela.

- Fatinha!!

- Oi Vitor. – ela disse me soltando e indo em direção à ele.

- E aí Bruno, tudo bem? – ele veio até mim e apertou minha mão. Não vou com a cara dele.

- Tudo. – eu disse apertando a mão dele só pra não parecer falta de educação. – Então, já to indo embora. Tchau Fatinha! – eu disse e virei as costas e ela nem me deu tchau.

Fiquei da porta do prédio observando os dois e pude ver que ela o abraçou forte, que nem havia acabado de fazer comigo. E mais uma vez voltei a sentir raiva dela. Não me permiti ficar perdendo meu tempo vendo a Fatinha abraçando aquele cara e fui pra casa. Quando cheguei lá a Ju estava deitada no sofá.

- Tudo bem? – eu perguntei.

- Tudo e com você?

- Estou bem. – eu disse desanimado.

- O que houve que você está com essa cara?

- Nada não Juliana. Vou dormir.

- Bruno, dá pra ver pela sua cara que você não tá bem. O que houve?

- Já falei que não foi nada. Eu vou tomar um banho e dormir. E por favor, amanhã não me acorda cedo.

- Tudo bem. Boa noite.

- Boa noite pra você também.

Eu nem sei por que me senti daquele jeito. Meio desorientado, triste, cabisbaixo. Talvez porque eu estivesse carente e precisando de um pouco de atenção. Sei lá. Tomei meu banho e fui deitar. Não conseguia dormir de jeito nenhum. Ficava virando de um lado pro outro na cama. Fui pra sala estudar.

Eu me dei conta de que eu precisava estudar muito pra prova da faculdade do mês seguinte e eu não sabia de quase nada do conteúdo. Minha atenção estava em outro lugar, menos ali nos livros. Eu realmente não conseguia me concentrar. Acabei dormindo em cima dos livros.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diga que me quer." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.