Diga que me quer. escrita por Nathalia Alves


Capítulo 65
(..) Tá na cara. O meu sentimento. ♪




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POV Bruno

Quando eu cheguei em casa, tomei um banho e depois fui deitar no sofá pra ver televisão. A Juliana já tinha ido dormir e eu era o único acordado, porém, sem sono algum. Liguei a TV e fui passando os canais e não encontrei nada de interessante, e então desliguei a TV e fui pegar o notebook.

Tentei estudar para uma prova da faculdade que seria no próximo mês, mas foi em vão, não consegui me concentrar. Não sei o que de fato estava tirando a minha atenção, mas eu lia, lia, lia e não conseguia entender nada. Peguei a playlist que tinha numa das pastas do meu computador e fui ouvir as músicas. Eu não sei porque, mas não estava afim de ouvir nenhuma música animada. Então, escolhi a pasta com músicas calmas. E pra que. A primeira música que tocou foi IRONIC. Logo eu fiquei sorrindo e veio a imagem da Fatinha deitada e eu massageando as costas dela. 

Rapidamente caí na real e tirei aquela música. Nada a ver eu ficar pensando na Fatinha. Não quero nada com ela, até porque nós dois nunca daríamos certo. Eu tenho vergonha dela e nunca namoraria uma garota com o estilo que ela tem. Gosto de meninas mulheres, e a Fatinha é uma criança pra mim.

No meio de todo aquele pensamento alguém me chamou no Skype. Era o Pablo. Meu amigo. Aquele cara era como um irmão pra mim.

Chamada: Pablo → Bruno

P: - E aí, cara beleza?

B: - E aí, pegador. Como vai as coisas por aí?

P: Pegador não. Já saí dessa vida. Por aqui tudo bem e aí?

B: - É, tudo indo.

P: - Aconteceu alguma coisa?

B: - Nada não. Mas me fala aí, o que manda?

P: - Então, queria te chamar pro meu aniversário. Vai ser em Dezembro. Tu lembra né?

B: - Lógico que lembro cara. Vou sim. Vou estar de férias mesmo. Vai fazer bagunça aí na sua casa?

P: - Pretendo cara. 

B: - Vai chamar muita mulher? A sua cara fazer isso nas festas que você dá.

P: - Posso até chamar, mas a melhor de todas vai estar comigo.

B: - Sério que eu to ouvindo isso? Tá apaixonado assim cara? É aquela lá que te tirou da vida de garanhão?

P: - Ela mesmo. Chamei ela pra vir e ela disse que vem. To louco pra vê-la logo. Sei lá, bateu uma saudade irracional dela.

B: - Nossa, confesso que to assustado vendo você falar assim. Mas quero conhecer quem é essa daí e pedir obrigada por ter te tirado daquela vida, porque haja paciência pra te aturar assim, e só eu sei o que eu passei contigo quando tu era daquela vida.

P: - Vou apresentar sim. Ainda vou me casar com ela, você vai ver só.

B: - Boa sorte cara. Te desejo tudo de bom. E se você acha que ela é a mulher da sua vida, corre atrás.

P: - Valeu irmão. Tu sabe que eu também te desejo tudo de bom. Mas agora me fala de você. E aquela garota que você disse que tava gostando?

B: - Eu não falei que tava gostando de ninguém não.

P: - Não falou, mas pela cara que você fez quando falou dela, eu percebi que sim.

B: - Sei lá. A gente ficou junto algumas vezes. Eu não consigo me controlar quando eu to perto dela, nunca senti isso antes sabe? Ela consegue me tirar do sério, me irritar e ao mesmo tempo me fazer bem. Mas sei lá..

P: - Sei lá o que cara? To vendo na sua cara que tu ta apaixonado por essa garota, tá esperando o que pra ficar com ela?

B: - Nunca daria certo.

P: - Porque?

B: - Porque ela não faz meu estilo.

P: - Não faz seu estilo? Ela é rockeira e você gosta de MPB? Tipo isso?

B: - Não. 

P: - É o que então?

B: - O jeito que ela se veste, as atitudes dela, não me agrada em nada.

P: - E o que ela fez com o teu coração, cara. Não conta, não?

B: - Como assim?

P: - O que ela faz você sentir de bom. Do quanto você fica feliz quando tá com ela. Vai deixar isso passar?

B: - Eu decidi que é melhor assim. Não vou lutar por uma coisa que eu sei que não vai dar certo.

P: - Então tá. Se você tá dizendo, vou respeitar. E já que você quer assim, quando vier pra cá, vou arrumar uma amiga minha pra você. Pode ser?

B: - Pode ser.

P: - Agora vou dormir. Amanhã tenho trabalho. Depois a gente se fala lek, abraços.

B: - Valeu pela força aí. E pode deixar que em dezembro eu to aí pra gente zoar. Até mais.

Fim da chamada.

Depois daquela conversa com o Pablo eu fiquei me sentindo meio estranho. E voltei a sentir raiva da Fatinha por estar me sentindo daquele jeito. Eu nunca deveria ter ficado com ela. Eu odeio aquela garota. 

Eu estava irritado, sei lá com o que. Guardei o notebook e fui deitar. Dormir era a melhor solução naquele momento.


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