Diga que me quer. escrita por Nathalia Alves


Capítulo 59
Estamos indo de volta pra casa ♪




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Eu estava deitada quando senti a claridade tomar conta do meu quarto. Mal conseguia abrir os olhos. Olhei para a cabeceira da cama e a mamãe estava lá, sorrindo pra mim. Dei um sorriso de volta, cobrindo meus olhos com o braço esquerdo e me levantei devagar, sentando na cama.

- Bom dia, minha princesa. - a mamãe disse vindo até a mim e me dando um beijo na testa.

- Bom dia mamãe. 

- Como está se sentindo?

- Bem. Quando vou pra casa? - perguntei ansiosa.

- Não sei. Quanto tempo mais você quer ficar aqui?

- Nem mais um minuto. Me leva embora, por favor. - eu disse fazendo bico e ela sorriu.

- Então vamos embora. 

- Sério? Não acredito. - eu disse me levantando da cama com cuidado e indo tirar aquele roupão estranho que os pacientes usam.

Enquanto saí pra me arrumar, a mamãe ficou me esperando do lado de fora da sala. Quando entrei no banheiro que havia no meu quarto, me olhei no espelho e me senti diferente. Como se aquele pouco tempo que fiquei no hospital, eu tivesse envelhecido uns 10 anos. 

Minhas pele estava branca, minha boca havia perdido a cor rosada que sempre teve. Talvez por eu não ter comido nada ainda, por conta do soro que tomei a noite inteira. Não vejo a hora de voltar pra casa, pra escola e ver os meus amigos.

De repente me veio na cabeça a imagem do Bruno e eu rapidamente fiz questão de lembrar de outra coisa. Não sei o que aconteceu, mas na primeira vez, me senti muito mal ao lembrar dele.

Me voltei para o espelho e comecei a pentear meu cabelo, enquanto me olhava, senti as lágrimas descerem devagar pelo meu rosto. Eu não entendia o que me trouxe pra esse lugar. Eu sei que passei mal, mas porque? Lembro de perguntar a mamãe e vê-la chorando. O que será que aconteceu comigo?

Terminei de me arrumar , limpei meu rosto e voltei para a sala e me encontrei com a mamãe. Eu não quis perguntar nada, decidi esperar chegar em casa. Eu ainda estava me sentindo um pouco fraca. Falei com os médicos que me ajudaram e agradeci por todo o apoio que me deram. 

A mamãe me ajudou com a bolsa e fomos até o táxi. Ao entrar no táxi eu deitei minha cabeça no banco e fechei os olhos. Foi como se um filme com a minha vida inteira tivesse passando na minha cabeça.

- Filha, você está bem? 

- Estou sim. Quero chegar em casa logo. - eu disse com a voz meio triste.

- Tem certeza? - ela insistiu.

- Mamãe, você promete me contar o que houve, sem me esconder nada? - perguntei e meus olhos já estavam cheios de lágrimas.

- Prometo. 

- Eu te amo. Obrigada por estar aqui. - eu disse segurando e apertando a mão dela forte.

- Eu te amo minha princesa. - ela disse me dando um beijo na testa.

Voltei a olhar para a janela. Observando aquele caminho até a minha casa. Olhava as pessoas andando na rua e sentia uma vontade de sair daquele carro e andar também. Sair por aí sem destino. Fechei os olhos e senti minha memória indo embora de leve.. quando eu estava quase cochilando, o táxi parou em frente ao prédio.

A mamãe saiu do carro  e o Severino veio me ajudar. Eu me senti estranha com todo aquele 'mimo'. Dei um breve 'Oi' para o Severino e fui até o apartamento. Enquanto estava esperando o elevador, soltei a respiração forte e comecei a chorar. Um choro silencioso, mas que a mamãe logo percebeu ao olhar pro meu rosto, que estava triste. Mesmo sem poder olhar pra mim mesma no espelho, eu podia sentir que ele estava triste.

- O que houve? 

- Nada mamãe. Só senti saudade da minha casa. 

- Não fica assim. Sei que deve estar passando mil coisas na sua cabeça agora, mas não pensa em nada. Você passou por um momento complicado no hospital e depois eu vou te explicar tudo. Mas vamos esperar chegar em casa. Tenho uma surpresa pra você.

- Surpresa? O que é? - eu disse me animando, quando o elevador chegou ao andar onde eu morava.

- Vamos até o apartamento.

Eu estava ansiosa demais. Chegamos na porta do apartamento e a mamãe ficou me olhando e sorrindo.

- Não vai pegar a chave? - perguntei. 

- Não, tem gente aí.

- Como assim? Quem está aí? - eu perguntei abrindo um sorriso. Quem seria? Já não aguentava mais de curiosidade.

- Toque a campainha. 

Ela disse e na mesma hora eu toquei a campainha, uma 5, 7 vezes. Tentei virar a maçaneta, mas percebi que a porta estava trancada. Até que por alguns segundo de tortura, por fim, senti a porta se abrindo. Quando olhei eu nem acreditei que ele estava ali.


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