Quando a Fatinha caiu no chão eu fiquei desesperava. Achei até que fosse brincadeira, mas quando eu percebi que não era fiquei apavorada. Gritei pedindo socorro e veio todo mundo pra cima dela. Fiquei pior ainda. Rapidamente ela ficou com a boca roxa e ficou mole no meu colo. Eu gritei a Marcella desesperada.

- Amiga acorda. Fala comigo. Pelo amor de deus. – eu disse aos prantos e batendo de leve no rosto dela.

A Marcella com a ajuda de outros professores a levou pra enfermaria. Não me deixaram ir com a Lia, e eu fiquei desesperada.

- Amiga ela vai ficar bem. – a Lia disse me abraçando e chorando muito também. Ela tentava me acalmar e eu fazia o mesmo, embora soubesse que seria impossível. Fui até a sala pegar o celular da Fatinha e avisar o Vitor ou alguém da família da dela, mas quando cheguei lá ouvi meu celular tocar. Era o Bruno.

Chamada: Bruno → Ju

Eu nem consegui falar alô. Só sabia tremer e chorar.

B: - Juliana?

J: - Oi Bruno. – eu disse chorando.

B: - Que voz é essa Juliana? O que aconteceu com você?

J: - Comigo nada.

B: - Porque você tá chorando então? Me fala Juliana, to ficando preocupadao.

J: - A Fatinha.. ela...

B: - O que que tem a Fatinha, Juliana? O que aconteceu com ela?

J: - A gente tava na quadra. Ela passou mal e caiu. Do meu lado. Ela ficou roxa e toda mole no meu colo Bruno. Eu to. Desesperada. – eu disse soluçando e chorando.

B: E ela tá aonde? Como ela tá?

J: Os professores levaram ela pra enfermaria. Bruno eu to com medo. Se alguma coisa acontecer com ela eu vou ficar muito mal.

B: - Não vai acontecer nada. Fica calma.

A Lia trouxe um copo d’água e eu me acalmei um pouco.

J: - Me ligou por quê?

B: - Pra avisar que amanhã eu vou voltar pro Rio.

J: - Mais já? O que houve?

B: - Amanhã quando eu chegar a gente conversa. Assim que você tiver notícias da Fatinha, me liga na mesma hora, por favor.

J: - Tá bom maninho. Eu ligo.

B: - Beijos, se cuidem aí.

J: - Você também.

- fim da chamada.