May - Parte V escrita por PaulaRodrigues


Capítulo 12
Infinito!


Notas iniciais do capítulo

May foi pedida em casamento e sua resposta é a mais esperada de todas, qual terá sido a resposta de May?



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- Sim!

Foi a minha resposta, meu sorriso se alargou e o dele acompanhou o meu, ele se levantou, me abraçou e me rodopiou uma vez. Nos beijamos, aquele momento era perfeito, era uma típica cena romântica, uma cena que só vivi quando não tinha ideia de meus poderes e na verdade ela nem se compara com esse momento, ele sabia de meus poderes, sabia como eu era e me queria assim mesmo. Eu sabia que John envelheceria um dia e o que eu mais queria era estar ao lado dele até que a morte nos separe.

Buscamos os garotos no baile, estávamos sorridentes, deixamos cada garota em casa, os meninos as acompanharam até a porta e lhes deram um beijo na boca rápido e tímido, John e eu nos olhamos e sorrimos. Aquela noite decidimos dormir na minha casa, entramos e os garotos estavam eufóricos, fora um dia emocionante para ambos, eles comentavam coisas do baile e quando subiram para o quarto de Max nós os chamamos para nos dar atenção. John me abraçou pela cintura e comunicou que iríamos nos casar. os garotos olharam para o outro e sorriram, correram e nos abraçaram e depois comemoraram super felizes que seriam irmãos pra sempre e subiram para o quarto com mais essa novidade.

Nas férias de verão dos garotos, viajamos para o Hawaii e fizemos nossa cerimônia de casamento na praia, não tinha ninguém para dirigi-la, foi feita apenas por nós quatro. Meu vestido era branco, leve e ia até o joelho, prendi uma fitinha branca no meu cabelo de maneira bem delicada e segurei algumas flores. Max me acompanhou até John, que estava perto do mar vestindo um terno completo e descalço. Seu sorriso que enxia seu rosto de covinhas estava lá, enorme, mostrando todos seus dentes perfeitos, eu sorri também, era  momento mais emocionante da minha vida, um momento que com certeza eu guardaria para sempre. Demos as mãos, Max segurou meu buquê e olhamos um para o outro.

- May - ele começou com um suspiro longo de excitação -, quando te conheci em frente à escola de nossos filhos, não acreditei que você era uma mãe, mas depois de me explicar percebi que você era a mãe mais linda que eu já tinha visto, tão rebelde, tão jovial, pensei que combinaria comigo - ele deu uma risadinha. - Então com o passar do tempo, percebi que você é a mulher que quero ter pra vida toda, a mulher a quem quero dar meu sobrenome, a mulher que eu amo quando eu achei que jamais conseguiria amar alguém novamente de maneira tão forte - ele pegou a aliança da mão de Nick e colocou no meu anelar da mão esquerda e enquanto colocava ele dizia: - May Parker, prometo amá-la e respeitá-la, na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, para todo o sempre, até que a morte nos separe - ele terminou de colocar a aliança e beijou o topo de minha mão.

Oh meu Deus, era isso mesmo? Eu estava chorando? Chorando de alegria? Esse é o melhor choro que tive na vida, um choro de emoção e não te tremenda tristeza, era a primeira vez que experimentava esse choro e ele é muito bom. 

- John - comecei a dizer ainda com as lágrimas saindo, dei uma risadinha, era muita felicidade dentro de mim -, você foi um presente pra mim, eu jamais achei que poderia ser feliz com alguém sem estragar a vida da pessoa e você me mostrou que eu posso fazer parte da sua vida sem estragá-la e isso me deixa muito feliz. Achei que você seria mais um cara que me decepcionaria assim que descobrisse que eu era mutante mas, pelo contrário, você me amou da mesma maneira e agora me transformou na mulher mais feliz do mundo que agora tem um sobrenome - dei uma risadinha ainda chorando e ele também me acompanhou. - Eu te amo e finalmente sinto que posso falar e sentir isso sem medo algum. - Pego a aliança com Max, ele está sorrindo, animado com nossa união, começo a colocá-la no dedo anular da mão esquerda de John e digo: - John Parker, prometo amá-lo e respeitá-lo na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, para todo o sempre, até que a morte nos separe. - Terminei de colocar a aliança.

John pegou minha nuca e me beijou, de repente sinto pingos de água cair sobre nós, paramos o beijo e olhamos em direção ao mar. Max e Nick estavam jogando a água do mar para cima em nossa direção. Corremos em direção à eles e começamos a brincar na água. Aquele momento seria inesquecível, o momento mais feliz da minha vida. Max brincava com John da mesma forma que Nick brincava, éramos uma família agora, eu tinha um sobrenome digno, um sobrenome de uma pessoa que me fez sentir a pessoa mais feliz do mundo. John era meu marido agora e eu vou amá-lo para todo o sempre, mesmo quando todos acharem que sou neta dele.

--------------

Quatro anos após nosso casamento, decidimos nos mudar do subúrbio para um outro subúrbio com casas mais ricas, minhas lutas rendiam bastante dinheiro agora, pois comecei a mudar de bar e poucas pessoas apostavam em mim, sobrando mais dinheiro para minha parte.

Nossa nova casa ficava na esquina, ela tinha um enorme jardim na frente cheio de florzinhas delicadas e o caminho da entrada tinha marcações de flores. A casa era grande e marrom com detalhes brancos, a porta era branca, tinha dois andares e uma pequena cerca bege clara que marcava o terreno da frente. Atrás havia um enorme quintal com piscina e uma churrasqueira, uma porta transparente de correr nos dividia do enorme quintal atrás, o terreno era marcado com altas cercas de madeira bem firme. Os meninos correram para o que seriam seus quartos, eles escolheram um de frente pro outro e eu e John ficamos com o quarto do outro lado da casa. Havia um espaço lá embaixo que seria minha academia para treinamento de luta e um quarto vago em cima seria o escritório de John. A cozinha era enorme e muito bonita, armários marrons, fogão preso à bancada. A sala tinha uma lareira enorme, muito bonita que decidimos acender a noite para conversamos até o sono chegar. John e eu estreiamos a casa de maneira digna e sexy, foi uma das melhores noites com John, seus lábios era magníficos, sua língua e seu cabelo macio em que eu passava minha mão. Eu não o arranhava, sabia controlar muito bem minha força agora, aprendi graças a Pietro.

De manhã, estávamos tomando café. John e eu já estávamos à mesa quando os garotos desceram prontos para irem à escola nova. Max e Nick estavam com quinze anos agora, já estavam maiores que eu - como se isso fosse impossível com meus míseros um metro e sessenta. Max estava a cada dia mais parecido com Pietro, tanto em suas ações quanto em sua aparência. Adotara o mesmo penteado que o pai e a única coisa que o diferenciava eram os olhos, que eram completamente meus olhos. Meus três garotos conversavam à mesa e riam. Eles pegaram carona com John para ir pra escola e antes sempre me davam um beijo de despedida. Max era o único da casa que tinha o Maximoff, porém, ele quis adotar o Parker, e falei para colocá-lo no meio e agora ele se chamava Max Parker Maximoff.

Era meu primeiro dia sozinha na nova casa gigantesca. Não me incomodava, tinha muita coisa pra fazer, muitas coisas pra cuidar e isso me distraía enquanto ficava sem meus garotos. 

A campanhia tocou e fui atendê-la. 

- Olá! - uma mulher muito sorridente, tipo aquelas mulheres de propagandas bem antigas, me saudou com uma torta. - Bem vinda ao subúrbio querida! Me chamo Clarice, Clarice Smith e sou sua vizinha ao lado - ela ainda sorria. 

Confesso que me assustei, ela parecia ter trinta e poucos anos.

- Olá - respondi depois de processar as informações que ela me passou. - Sou May, May Parker.

- May, que nome diferente.

- Pois é... meu irmão que escolheu, então...

- Ah, claro, irmãos que escolhem nomes são uma piada.

Rimos um pouco e ela riu exageradamente e histericamente. Peguei a torta e a convidei a entrar, ela me fez umas perguntas, algumas menti e algumas disse a verdade. Clarisse me contou que tinha duas filhas. Melissa, que era a mais velha e tinha quinze anos, ela disse que a teve muito nova, que foi um acidente, mas o melhor acidente da vida dela; e a mais nova, Trudy, que tinha cinco anos, ela foi completamente planejada e ela e Melissa não se dão tão bem. Ela disse que Melissa é meio rebelde. Quando disse a ela que tinha um filho de quinze anos também, ela me perguntou se ele me dava trabalho e eu disse que nenhum. Max sempre fora um doce de menino, desde quando era bebê. Melissa e Max eram bem diferentes, Melissa a desrespeitava constantemente, enquanto Max me honrava sempre, Max e eu cuidávamos um do outro, por mais que não fossemos sensíveis.

Max e Nick chegaram em casa e ainda estávamos conversando. Clarisse era uma pessoa legal.

- Mãe! - ele gritou, parecia ofegante e assustado.

- Max, o que foi?

Nick estava logo atrás de Max e também parecia assustado.

"Conversa privada mãe, é sobre meus poderes" ele disse mentalmente. Eu compartilhava com ele só quando ele queria, era diferente da conexão que tinha com Logan e Max me ouvia apenaas com um simples sussurrar.

- Am... Clarisse, é melhor você ir agora, me desculpe, preciso resolver isso.

- Ok, tudo bem. Depois conversamos mais.

Acompanhei Clarisse até a porta, os garotos estavam ofegantes. Nos despedimos e voltei a eles.

- O que aconteceu? - perguntei olhando para os dois.

- Chegamos na escola e agimos do nosso modo sabe? - começou Max.

- Aí as garotas começaram a cochichar nos cantos sempre que passávamos, o que é comum pra gente. - disse Nick.

- Sim, aí um carinha lá, que era o mais popular até a gente chegar e virar a novidade da escola, ficou com raiva e decidiu puxar briga com a gente no final da aula...

- Ele nos encurralou na rua...

- E me jogou contra o muro mas...

Ambos ficaram calados, esperavam a minha conclusão. Max havia entrado no muro e desaparecido. Coloquei a mão na testa e comecei a esfregá-la olhando pro chão.

- Mas quem dera ter terminado aí... - começou Nick e eu os olhei novamente.

- Eles pegaram Nick, querendo saber onde eu estava...

- Eu disse que não sabia, mas eles me jogaram no muro também e quando ia ameaçar me dar um soco, Max me pegou pelo ombro e me colocou dentro do muro também.

- Mãe, eu não podia ficar quieto e deixar que batessem em Nick! Você disse que devíamos evitar brigas o máximo possível por minha força ser exagerada e preferi vir pelo subterrâneo pra casa.

Ambos me olhavam preocupados e eu fiquei séria, olhando para os dois.

- Mãe, não foi por querer, foi um acidente, sei que acabamos de chegar, eu também gostei daqui, eu não queria ir embora e...

- Olha, ainda tem um jeito de consertar as coisas - ele me olharam atentos. - Vocês vão pra aula amanhã e vão fingir que nada aconteceu, que não teve briga, que nem conhecem o garoto que encurralou vocês ok?

- Mas tiveram muitas testemunhas e...

- Não importa, faça o que eu digo e vai dar tudo certo ok? - eles assentiram.

Começaram a subir pro quarto, peguei Max pelo colarinho e o joguei com força contra a parede. Nick arregalou os olhos, Max saiu da parede sem entender nada.

- Mãe! Você ficou louca? - ele berrava.

- É isso, treine isso hoje Max, treine a não passar das paredes...

- Mas aí vai doer...

- Max querido, dói mas você se cura rapidamente lembra? Treine isso, peça ajuda ao Nick, tenho que arrumar umas coisas e depois, no fim do dia, faço o teste de novo com você. Mas não contra a parede, ou vou quebrá-la.

E assim aconteceu, Max treinou muito com Nick até que no final do dia eu o joguei contra uma chapa de malhar e ele bateu nela, fazendo-a cair toda sobre ele, o ajudei a se levantar e a concertar seus ossos, ele gritou porque doía muito, mas era o melhor pra ele, para que provasse que o garoto e todos os outros tinham imaginado coisas, que entrar em paredes era impossível. 

- Adoro ter uma família de super-heróis - disse Nick no fim do dia.

Max e eu começamos a rir e Nick se juntou a nós. Sim, ainda éramos super-heróis para Nick e aposto que sempre seremos.

John e eu estávamos na cama, conversando, até que toquei no assunto dos garotos sendo marcados na escola e o treinamento que fiz, rimos um pouco depois que disse o que Nick disse ao encerramos o treinamento. Eu estava deitada de lado, apoiando minha cabeça em minha mão e John fez o mesmo.

- May, você não tem saudade daquela sua vida cheia de emoções, missões, lutas... ?

- Não. Sabe John, eu nunca pedi pra nada disso acontecer, por mim eu viveria minha vida medíocre naquela cidadezinha que nasci, casada com o estúpido do Robert, filhos, teria netos e depois morreria. Mas essa não é minha vida, jamais terei o prazer de me desligar do mundo, jamais esquecerei por tudo o que passei, não tenho esse privilégio que vocês humanos tem. 

- É porque... eu fico com medo de estar te privando das emoções da sua vida e essas coisas...

- Jamais, você, Nick e Max são as melhores coisas que aconteceram na minha vida, você me tornam humana do jeito que eu sempre quis ser.

Sorrimos para o outro e nos beijamos, deitamos abraçados.

- Eu te amo John, para sempre.

- Para todo o sempre meu amor - ele respondeu.


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