Amor Platônico


Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que o admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível
E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
É a minha angustia
Ao anoitecer
Você é o brinquedo caro
E eu a crianca pobre
A menina solitaria que quer ter o que não pode
Dona de um amor sublime
Mas culpada por quere-lo
Como quem o olha na vitrine
Mas jamais podera te-lo
Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
É como um filme banal
Entre a figurante e o atror principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final.

CrashOver

Bella´s POV
Acordei hoje sem vontade nenhuma de enfrentar o dia que me esperava, minha mão pousou no coração e se fechou em punho, me pergunto como ele ainda conseguia continuar batendo, mesmo despedaçado, mesmo pela metade e mesmo assim ainda batendo forte por um cara que nunca será meu.

Eu queria sentir raiva de Edward, raiva não. Pior. Ódio, rancor, nojo. Mas eu só conseguia sentir dois sentimentos.

Amor.. e mágoa, pra mim acho que a mágoa é mil vezes pior que ódio, porque o ódio é fogo, que queima todos os outros sentimentos, que te deixa tão consumido por ele que só pensa em faze-lo mais forte dentro de si. Mas a mágoa não, a mágoa é dor, e a dor era o que me destruía lentamente nesse momento. Mas não dor física, pior.

Dor na alma.

Bateram na minha porta e levei um pequeno susto por esta tão distraida.

Minha mãe abriu uma fresta e quando viu que eu estava acordada entrou com o meu celular na mão, tratei de recompor a minha cara e não deixar transparecer meu mau estar.

–Estava lá embaixo e não parava de tocar.

–Viu quem era, mãe? - perguntei com o coração acelerado.

–Não, acho que eu teclei em uma tecla que não devia e acabei deligando ao invés de ligar - falou rindo - Esses celulares de agora não são pra mim.

Dei um sorriso fraco pra minha mãe enquanto pegava o celular.

–Obrigada, mãe.

De repente o celular começou a tocar de novo, o atendi sem nem mesmo ver quem era.

–Alô? - atendi cheia de esperança.

–Oi Bella! - Angela falou com uma voz animada, vi minha mãe pela minha visão periférica saindo do quarto.

–Oi Angela. - falei tentando disfarçar meu desapontamento.

–Bell, você não vai acreditar na novidade que eu tenho pra te contar.

–O que foi? - falei, duvido que qualquer noticia que ela me trouxesse iria me deixar um pouco mas feliz ou mas triste do que eu estava.

–A Rosalie vai dar uma festa do arromba de aniversário amanhã, e convidou a gente! Dá pra acreditar num negócio desses?

–Nossa, que incrível Ang. - falei fingindo empolgação.

–É mesmo incrível não é! Eu não sou muito ligada nas festas que rolam entre os alunos mas nessa o Ben vai estar. - admitiu tímida - A festa vai começar umas 8 horas, que horas eu passo na sua casa pra gente se arrumar?

–Érr, Ang eu não sei muito bem se eu vou nessa festa.

–O que? Porque Bella?

–Eu não estou muito bem.

–O que você tem? - falou com uma voz preocupada.

–Eu to.. com um.. pouco de dor de cabeça. - menti.

–Mas não dá pra tomar um remedinho Bell?

–Acho que ele não vai resolver. - admiti triste.

–Ah poxa, sem você não tem graça ir na festa. - falou com um muxoxo na voz.

–Não, vai sim, você ta tão animada, não deixa essa chance ser desperdiçada com o Ben, eu sei que você gosta muito dele. Eu concerteza não vou ser uma boa companhia pra ir com você.

–Que nada Bella, você sempre é uma boa companhia! Que tal eu ir na sua casa e te ajudar a melhorar, eu posso fazer tudo que você precisar.

–Você deve gostar muito desse Ben enh - dei uma risadinha.

–Ah, que isso Bella! Eu to fazendo isso por você amiga. - falo a Angela fingindo perplexidade do outro lado da linha.

–Sei..

–Ta resolvido amiga vou passar na sua casa depois do almoço.

–Mas Angela..

–Thau, até mais tarde. - ela falou desligando na minha cara.

Não acredito que a Angela estava fazendo isso comigo, eu não queria ninguém do meu lado por um tempo indeterminado, eu falei sério quando disse que eu não era uma boa companhia hoje. Quando você esta no fundo do poço não quer ninguém por perto pra ver o quão terrível você está, a única companhia que agora é agradável pra mim é a solidão e uma festa conceteza não era onde eu iria encontra-lá.

Edward´s POV

Eu estava em casa comendo o almoço com a minha família. Estavam á mesa minha mãe, meu pai meu irmão e Jacob. Todos entusiasmados com a volta dele e o enchendo de perguntas sobre como estava sendo sua vida na Flórida.

Admito que também estava curioso, mas só conseguia pensar nas coisas que Jacob me disse no carro á caminho de casa.

Eu queria falar com a Bella, ir na casa dela e tentar entender um pouco o que tinha acontecido naquela campina, porque eu sinceramente não sei o que aconteceu comigo. Tenho que admitir que Bella é uma garota linda, mas nunca á enxerguei assim, com esse desejo que senti na campina, como se ela fosse uma droga, e acada beijo que nós trocávamos fosse uma tragada, e a cada tragada mais viciante aquilo se tornava, mais irresistível. E eu não consegui resisti. Eu deveria ter resistindo mais eu fui um fraco, cai num mar de sentimentos e desejos completamente desconhecidos por mim. E a conclusão disso não poderia ter sido melhor, pensei ironicamente.

Mágoei Bella, trai Jane e me tornei o cafajéste mais estúpido que eu conheço.

Parabéns Edward Cullen, feriu os sentimentos das suas duas melhores amigas e ainda por cima, uma delas ainda não tem o conhecimento disto, sim porque a Jane ainda não sabe da minha estupidez e ainda nem sei como vou contar pra ela. Passei a mão no rosto e me levantei da mesa, quase não toquei no prato, estava feliz que pelo menos as atenções não estavam sobre mim nesse momento. Subi para o quarto querendo me arrumar pra ir ver Bella quando ouvi umas batidas na porta.

–Entre.

Era Jacob.

–Aonde vai cara? - Jacob perguntou, ele já sabia de tudo, tinha contado pra ele tudo que aconteceu entre mim e Bella.

–Eu vou pra casa da Bella, vou tentar falar com ela.. -Suspirei - Sei lá Jake, mesmo que ela bata a porta na minha cara pelo menos eu vou tentar.

–Eu não acho uma boa ideia Edward.

– Porque não? - perguntei confuso.

– Não acho que é uma boa hora pra você falar com ela, as coisas ainda estão muito recentes, tem que dar tempo ao tempo.

–Eu não sei.. Ela pode pensar que não estou me importando com ela e com tudo isso que aconteceu. - falei passando a mão nos cabelos.

–Pra mim isso pode causar o efeito contrario, ela pode pensar que você esta querendo algo á mas, porque alem de tudo, vocês transaram.

– Eu sei, sei disso, mas agente já falou sobre isso no carro, a Bella sabe que eu amo a Jane, sabe que aquilo foi um erro e que não..

–Mas as coisas aconteceram Edward, as mulheres tendem a levar isso a sério, principalmente vocês que eram amigos e se conheciam a bastante tempo, mesmo que ela não sinta nada por você ela pode que pensar que você sim.

–Será que, será que ela pode mesmo estar pensando assim? -felei me sentando.

–Provavelmente. - Jacob se sentou ao meu lado - Isso não é qualquer coisa Edward, então se você não quer que a Bella fique pensando que o que houve entre vocês na campina foi planejado e que você não quer mas que a amizade dela você tem que se distanciar, pensa na Jane e principalmente pensa na Bella, não quer que ela fique pensando que você sente por ela uma coisa que não sente, não é?

Edward olhou para baixo decidindo melhor a fazer e assim decidiu.

–Acho que você tem razão, eu não quero machucar a Bella mas que eu já machuquei, e se o único modo de não deixar tudo confuso entre a gente é me distanciar, assim eu farei.

Jacob me deu abraço batendo nas minhas costas.

–Essa foi a melhor escolha que você fez primo.