O Ladrão De Sol escrita por M R B L A C K P E A R L


Capítulo 15
Jake XIV - Somos Atacados Por Parentes Voadores


Notas iniciais do capítulo

Podem começar uma caçada contra minha pessoa, estou sendo um péssimo escritor e um péssimo leitor, estou me odiando Ç__Ç
Enfim, tenham uma boa leitura e espero que gostem e perdoem os erros .



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Capitulo 14

Somos Atacados Por Parentes Voadores

Jake

 Tudo estava correndo bem, havíamos acabado de nos despedir de duas amigas e eu havia ganhado um beijo de uma delas, estávamos a caminho do Alaska, o lugar onde os deuses não tem domínio, o lugar onde Gaia começava um segundo plano caso o primeiro desse errado. O céu estava calmo, haviam poucas nuvens e o sol brilhava intensamente, Atlantis e Cassie conversavam em cima de seus grifos, eu não entendia muito bem o que os dois falavam pois o vento levava suas palavras embora antes de chegarem aos meus ouvidos.

-Ei Atlantis, o que você acha que encontraremos no Alaska ? – Perguntei para quebrar o silêncio, tive que falar em um tom mais alto para minhas palavras não se perderem no ar.

-Eu não tenho a mínima ideia Jake, porém tenho toda certeza que não serão coisas legais.

-Sabia que você diria isso, mas como você sabe de tudo isso ?

-No chalé de Atena tem muitos livros interessantes, e meus irmãos sabem de muitas cosias.

-Desse jeito até parece que você passou a vida inteira no Acampamento, já aprendeu um monte de coisas – Eu disse espantado.

-Quase ninguém dorme naquele chalé – Disse ele com um sorriso no canto da boca.

-E vocês ficam fazendo o que ? –Perguntou Cassie tentando esconder a curiosidade.

-Ah, eu conversei com vários irmãos meus, tivemos algumas discussões sobre algumas teorias e li alguns livros.

-Tudo isso em tão pouco tempo – Tentei esconder minha surpresa mais era impossível, como ele pudera descobrir tanta coisa em tão pouco tempo ? Ele realmente era um filho de Atena e ainda tinha como companheiros de chalé vários irmãos tão inteligentes quanto ele, aquilo devia ser bom. Melhor do que ser o único em um chalé vazio.

 Atlantis deu risada da minha cara e de Cassie, realmente ser filho da deusa da Sabedoria era um pouco estranho. Voltamos a ficar em silêncio e eu comecei a olhar a terra lá em baixo, tudo passava tão rápido que era como se estivéssemos vendo a paisagem através da janela de um trem que andava na velocidade máxima, porém ali em cima do grifo não dava para notar o tempo a nossa volta, a velocidade em que voávamos. Depois de mais algum tempo calados eu resolvi quebrar o silêncio novamente.

-Atlantis, agora eu estive pensando algo aqui, Atena podia ter filhos ?

-Esquece isso Jake – Disse ele seco e grosso, não entendi o por que mas percebi que ele não queria falar sobre aquilo, sua pele esverdeou levemente e seu rosto não indicava alguém afim de trocar mais palavras, ele olhava apenas para o horizonte.

 O sol começava a se por e nossos grifos começaram a descer lentamente em direção ao solo, era uma pena ter entregado Bilo as garotas, assim não poderíamos mais ter nosso telefone sem fio com os animais. Os dois aterrissaram em uma campina inteiramente florida que ficava no meio de uma floresta com árvores gigantes, a luz do sol ia abandonando tudo que tocava segundos antes lançando o mundo debaixo de uma enorme capa estrelada, aquele momento era lindo e sem querer Jennie veio a minha mente, aquele beijo rápido antes da partida me deixara curioso e eu queria mais, agora eu tinha mais um motivo para acabar com os planos de Gaia.

-Acho que eles estão cansados – Disse Cassie descendo do grifo, Atlantis e eu também descemos dos animais e nos jogamos deitados em meio as flores que exalavam um leve e doce aroma  – Podemos deixar eles descansarem um pouco mas temos que partir antes mesmo do sol nascer, parece que a velocidade em que eles voam é diferente da nossa velocidade normal.

-Também percebi isso, o que é muito bom, nos poupa tempo, só espero que eles não se cansem tanto e precisem de muito tempo para recuperar suas forças – Atlantis se levantou e foi até as mochilas que as meninas encheram para nossa viagem – O que trouxemos ?

-Tem água, salgadinhos, biscoitos e refrigerantes – Disse Cassie que havia preparado as mochilas junto com Sam – E néctar e ambrosia para situações perigosas.

-Bem, temos bastante coisa, vou dar um pouco de água para os grifos e ai comemos alguma coisa.

 E foi isso que Atlantis fez, com um pouco de dificuldade em fazer os grifos beberem da garrafa como se fossem mamadeiras mas acabou tendo sucesso no final, depois da tarefa um pouco estranha nós três nos sentamos comemos salgadinho e bebemos refrigerante, estávamos profundamente pensativos e não trocávamos quase nenhuma palavra enquanto comíamos. Logo depois que terminamos estávamos prontos para um breve descanso mais um perfume intenso e doce invadiu o ar a nossa volta, o cheiro não parecia com o das flores que nos cercavam, era algo que lembrava biscoitos recém assados misturado com flores e cheiro de casa limpa, mas mesmo sendo uma coisa boa aquilo não estava me agradando, pelo contrario, o perfume estava me entristecendo.

-Vocês estão sentindo esse cheiro ? – Cassie perguntou e logo depois arregalou os olhos em direção as flores na nossa frente – Vejam, tem algo ali, as flores estão se mexendo !

 E elas realmente estavam, as flores pareciam se curvar para algo passar, porém não era possível se ver nada nem ninguém, o cheiro só parecia aumentar e nossa ansiedade e medo também cresciam, as flores continuaram a se curvar até chegar perto da gente, nós vimos as plantas deitarem e nada sair do meio delas. Os grifos se lançaram em direção ao céu nos deixando ali parados no meio do nada e sem nossas caronas, estávamos definitivamente perdidos. Todos entramos em posição de ataque, Cassie tirou rapidamente sua tiara da cabeça e eu e Atlantis sacamos nossas espada a espera de um ataque.

-Calma gente, eu não vou fazer mal a vocês !

 Uma voz doce, feminina e calma falou do além, não havia ninguém ali para dizer aquelas palavras.

-A, me desculpem, esqueci que estou invisível – E como um passe de mágica uma mulher se materializou na nossa frente, ela era extremamente pálida, sua pele era quase transparente, seus cabelos negros quase roxos bruxuleavam a sua volta como se ela estivesse debaixo da água, ela usava um vestido curto de renda e um grande chapéu de praia, sua maquiagem era impecável e estava descalça, se não parecesse um fantasma seria uma menina muito bonita – Me desculpem, eu me chamo Macária, deusa da boa morte filha de Perséfone e Hades, meia irmã de Jake.

 Todos nos calamos e ficamos petrificados olhando para a deusa, nossos grifos haviam partido e a deusa da boa morte estava nos visitando, coisa boa não seria mas pelo menos teríamos uma morte boa, isso era bom ? E ainda por cima ela era minha irmã !

-O que você quer com a gente ? – Perguntou Atlantis com muito cuidado – Vai levar um de nós ?

-Lógico que não vou levar ninguém agora – Minha meia irmã disse dando muita ênfase no agora, isso não queria dizer que ela não nos levaria depois – Eu vim para ter uma conversa com meu irmãozinho e com vocês também !

 Um frio percorreu minhas costas até meu ultimo fio de cabelo, a voz dela era doce e fria ao mesmo tempo, ela podia ser bonita e ser deusa de uma coisa “boa” mas ainda sim a morte assustava de qualquer lado que fosse vista.

-Comigo ? –Perguntei – O que eu fiz ?

-Relaxa Jake, é só que mamãe anda um pouco ocupada e não queria encontrar com você novamente, os deuses do submundo também não podem interferir tanto assim na vida dos seus filhos,  então pediu esse favor para mim. E eu também não posso conferir como está indo a missão dos meus favoritinhos ? Meu outro irmão está em sérios apuros neste momento e eu nem posso ajuda-lo.

-E que favor seria esse ? – Aquela menina estava me deixando um pouco confuso, era tanta coisa que ela falava com sua voz morta e calma que eu não estava entendendo quase nada – E que outro irmão ? Tenho uma família tão grande assim ?

-Primeiramente mamãe disse que está muito orgulhosa de você ter aprendido a usar tão bem uma de suas habilidades, pediu para que não se esquecesse de usar seu presente e suas outras habilidades quando o momento certo chegar e se preparar para tudo que houver, não sei nem que milagre Zeus não nos explodiu ainda, Perséfone já interferiu demais nesta missão, ela costuma fazer isso com quem ela gosta, pergunte ao seu pai depois. E sobre meu outro meio irmão ele não é nada seu, mas vocês poderiam ser grandes amigos – Ela fez uma pausa colocou o dedo no queixo e faz cara de quem estava pensando seriamente, será que eu me parecia com Perséfone desse jeito ? Minha mãe divina fizera a mesma cara quando me presenteara ainda no Acampamento – E entenda uma coisa, quando se é um semideus família é uma coisa muito confusa.

-Se algo de errado acontecer nesta missão por causa dessa intromissão dela eu não sei o que seria capaz de fazer – Macária me olhava como se soubesse de algo a mais porém não poderia nos contar – Entendi sobre esse lance de família e nunca mais questiono nada, mais alguma coisa fora tudo isso ?

-Você acha isso pouco ? Se você morasse  no mundo inferior e tivesse que aguentar sua avozinha o forçando a comer cereais matinais pois sua pele está clara demais, que plantas precisam de energia e luz do sol, que seu padrasto é um imprestável e coisas assim tenho certeza que estaria grato de seu recado ser só isso.

-Então eu não vou morrer agora ?

-Agora não, mas um dia sim e eu espero que seja uma morte boa, adoraria levar meu irmãozinho aos juízes, eu posso sou uma boa advogada.

-Bom saber disso, tentarei ao máximo ter uma morte agradável. Muito obrigado Macária.

-Por nada – Disse ela sorridente, aquilo era estranho pois parecia uma foto alegre e antiga de alguém que já partiu, você se sentia bem pela pessoa pois imaginava que ela estivesse em um lugar melhor mas ainda sim sentia uma pontada de dor por saber que ela nunca mais voltaria – E Atlantis e Cassie aproveitem todo tempo do mundo que vocês tem junto.

-Espere, e nossos  grifos ? – Perguntou Cassie assustada – Foi você que os fez partir ? E qual o sentido desse conselho ?

-Saber demais sobre o futuro pode ser ruim as vezes, e seus grifos só foram caçar, não gostam muito da minha presença, na verdade ninguém gosta – Macária exibiu uma expressão séria, seus lábios se contraíram e seus olhos pareciam encher de lágrimas, agora seu rosto não parecia uma fotografia e sim a tristeza de alguém que perdeu alguém importante – Mesmo representando o lado bom a morte sempre assusta.

 Do jeito que apareceu sumiu, não era mais possível enxergar minha irmã que mais parecia um fantasma, era possível apenas sentir seu mortal e adocicado perfume com um leve arrepio na coluna, sua ultima frase me lançara em um profundo pensamento de aceitação do pior que se pode acontecer, seria bom aceitar a morte de braços abertos, afinal aquele poderia ser o nosso destino .

-Isso foi no mínimo estranho – Resmungou Cassie bem baixinho até se assustar com nossos grifos que pousaram ao seu lado bruscamente – Ai que susto !

 Os dois grifos pareciam felizes e de barriga cheia, se esfregaram na gente e não se deitaram o que nos fez acreditar que não estavam afim de descansar, subimos em nossos animais alados e dourados e alçamos voo, aquela sensação era mágica e ótima, o vento passando pela pele, as vibrações de todos os movimentos do animal, aquilo era fantástico. Atlantis tirou do bolso a chave mágica do carro do sol para consultar onde estávamos.

-Bem gente, parece que já estamos no nosso destino – A tela de luz mágica mostrava o sol sorridente em cima do estado de Alaska e nós que éramos a pequena seta que estava atravessando a fronteira do estado.

 Realmente consultar o mapa teria que ficar para outra hora pois assim que Atlantis terminou de falar nossos grifos fizeram manobras incríveis diante de um ataque de pássaros negros gigantes que tinham cabeça de corvo e corpo de pantera, o nosso GPS solar saiu voando das mãos de Atlantis junto com duas mochilas que não amarramos direito, agora sim estávamos em solo inimigo e abandonado pelos deuses, olhei para baixo e só via água e gelo, a pressão e o ar eram diferentes, meus pelos se eriçaram e eu sabia que estava em território hostil. E aqueles animais negros eram apenas nossas mensagens de boas vindas, da onde eles vieram muitas coisas piores nos esperavam. 


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam ? Finalmente nossos semideuses chegaram ao seu destino, espero que tenham gostado e que continuem esperando pelo próximo capitulo, isso se eu ainda tiver algum leitor rsrsr'



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