O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 9
Educação física


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez cenho agradecer a todos que tem lido e comentado minha história, muito obrigado, e quero agradecer também a Jackson Miranda que favoritou minha história...
Boa leitura...



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Capítulo 9: Educação física, confusões.


– Finalmente a aula de educação física! Demorou uma eternidade pra chegar! – Mário falou, ele esperava uma resposta de Jaime, mas o mesmo não disse nada, apenas observava de longe Maria Joaquina.


Os jovens estavam numa grande quadra coberta, peculiar é o fato da arquibancada ser grudada com a quadra propriamente dita, os meninos iam jogar futebol enquanto as meninas iam fazer outras várias coisas como jogar vôlei ou pular corda.


– Terra pra Jaime... Jaime saia desse momento Adriano, esse momento Adriano não te pertence! – Nicholas falou estalando os dedos na frente de seu colega.


– Han...? Oi...? – o garoto de cabelos desarrumados responde.


– O futebol Jaime? Lembrou? – Mário fala em tom de ironia.


– Vamo jogar então, já dividiram os times? – Jaime responde.


– Já, sou eu, você, o Paulo e o Nicholas. – Adriano falou.


– Isso, e eu, os gêmeos e o Mário. – dizeres de Daniel. – O Rafael ta na de fora.


– Sorte dele, quando ele entrar vou partir ele em dois! – Paulo fala.


– Só porque sua irmã conversa com ele? – Mário pergunta.


– Já é motivo suficiente! – de repente algo chama a atenção de Paulo, Lúcio acenando pra Valéria e ela retribuindo. – Tem outro que vou partir no meio também!


– Ei Rafael! Por que você não ta jogando com os meninos? – Marcelina se aproxima e pergunta.


– Oi Marcelina, é que só tem nove meninos, alguém vai sempre sobrar e esse alguém fui eu.


– Mas por quê? Por que justo você?


– Acho que é porque eu sou baixinho... – falou olhando pra baixo.


– É bem a cara desses meninos, eles não me deixam jogar porque sou menina! – Alicia fala se aproximando, de repente ela recebe um aceno de Bernardo e retribui com um sorriso.


– Uhmmmm... – Marcelina fala com um sorriso malicioso.


– Não viaja Marcelina! – a jovem de boina fala um pouco alterada.


– Olha lá aquele salva vidas de aquário conversando com a minha irmã de novo! – Paulo fala pra si mesmo visivelmente nervoso.


– Paulo... Fica esperto! – Nicholas fala tocando a bola pra ele pra começar a partida, entretanto, como uma flecha, Lúcio passa por Nicholas e, antes que Paulo encoste na bola, ele a alcança e dá um pequeno toque, o suficiente pra passá-la entre as pernas do adversário. Lúcio avançou rápido e tocou para seu irmão que passava na lateral, Bernardo deu um corte seco em Adriano e tocou a meia altura para Lúcio, ele já recebeu a bola tocando a tocando, num chapeu, por cima de Jaime que estava no gol, um a zero pro time dos gêmeos.


– Olha o gol que você toma Jaime! Pelo amor de Deus! – Paulo fala furioso.


– Eu?! Vocês que não seguraram esses gêmeos aí na frente e a culpa é minha? – o gordinho falou inconformado.


– espera aí gente, não briga... A culpa foi minha, eu não sabia que eles eram bons e toquei a bola de qualquer jeito, mas agora vai ser diferente... – Nicholas falou, depois tirou sua cartola e colocou na cabeça de Rafael, voltou ao círculo central e falou. – Adriano toca pra mim. – o gordinho loirinho tocou a bola pro garoto de cabelo cacheados, com dois toques rápidos ele passou no meio de Mário e Bernardo, depois seguiu meio que ziguezagueando pra cima de Lúcio, o gêmeo vai se afastando instintivamente até que Nicholas toca a bola na esquerda e passa pela direita de seu adversário, depois desse drible o garoto de cabelos cacheados fica sem ângulo, então olha rápido, levanta a bola e a lança na cabeça de Adriano que, meio desconjuntado, consegue mandar pro gol, um a um.


– Que isso? De onde vieram esses novatos? – Mário fala surpreso.


– Eles são muito rápidos! – Alicia opina.


– Agora eu fiquei com medo de jogar! – Rafael fala igualmente surpreso.


– Vamos jogar gente, o tempo ta passando! – Paulo opina, todos concordam com ele e voltam a jogar.


O jogo continuou, um time ganhou umas, o outro ganhou outras, Rafael entrava e saia do jogo o tempo todo. Interessante notar foram todas as vezes que Paulo entrou pra rachar Lúcio em dois e a única coisa que recebeu foram dribles desconcertantes.


– Tenta entrar na moral ao invés de entrar quebrando, quem sabe assim você não pega a bola? – comentou Nicholas para Paulo.


O fato do irmão de Marcelina não ter conseguido quebrar Lúcio o frustrou bastante, e o fato dele e Rafael nunca estarem em times diferentes num mesmo jogo também o perturbava, porém essa frustração passou, Daniel saiu e Rafael entrou, agora Paulo teria a chance de rachar o garoto ao meio como ele planejou.


– Vai Rafael! – Bernardo falou ao tocar a bola para o baixinho, foi só o menino encostar na bola que Paulo entrou com tudo, fez uma espécie de alavanca com a perna e o empurrou com o braço, o garoto caiu feio nos primeiros degraus da arquibancada.


– Ai meu joelho... – ele falou visivelmente com dor, como num impulso Marcelina se levantou e foi até ele desesperada.


– Rafael! – falou quase gritando e se abaixando. – Você ta bem? Claro que não né, olha esses machucados?! – ela fala muito preocupada olhando o braço do menino e seu joelho. A cena do garoto caindo por si só já chamaria muita atenção, entretanto a atitude de Marcelina atraiu mais olhares para a cena.


– Eu to bem, só ralei um pouco. – o baixinho falou.


– Tem certeza? – a garota continuava preocupada. – Paulo seu grosso! Por que você fez isso?


– A ó...! Marcelina não enche...! Futebol é pra macho se ele não aguenta não joga!


– Típico comentário do Paulo. – Alicia fala.


– Parabéns Paulo, dez a zero pra você. – Nicholas falou ironicamente.


– E você cala a boca, não se intromete no que não é da sua conta senão você vai acabar igual o salva vidas de aquário! – aquelas palavras do irmão de Marcelina fizeram o sangue de Nicholas ferver, ele se aproximou de Paulo e o segurou pelo colarinho.


– Ta me peitando moleque?! Acha que eu tenho medo de você? Acha que você vai me intimidar como ta tentando fazer com o Rafael? Eu te quebro em vinte pedaços antes de você tentar!


– Quê isso cara não precisa ficar nervoso assim. – Paulo fala visivelmente com medo.


– Pára com isso vocês dois, violência não leva a nada! – Daniel fala.


– Vocês dois parem já com isso! – o professor chega separando os dois.


– É esse garoto poste que fica se intrometendo onde no que não é da conta dele! – Paulo fala.


– Não é da minha conta?! Você é doido?! Se você não percebeu você acabou com o futebolzinho seu otário! E tudo só porque o Rafael conversou com a irmãzinha dele... Preocupa não Paulo eu tenho certeza que vou ser o padrinho desse casamento! – Nicholas falou provocando, Rafael e Marcelina coraram.


– Parou com isso aí vocês dois agora! – Jaime falou de forma imperativa.


– Acabou, chega de conversinha, se vocês voltarem a brigar se considerem suspensos! Se querem se comportar como selvagens façam isso em suas casas! – o professor tentou impor sua autoridade. – Marcelina, leva o novato pra enfermaria.


– Não precisa professor, eu só ralei um pouco...


– É só pra garantir novato, vai Marcelina leva ele. – o professor falou novamente, Rafael se levantou com ajuda dela que também o ajudou a chegar à enfermaria.


– Que tenso. – Adriano fala.


– Meio que cortou o clima do futebol... – Mario opina.


– Será que o Paulo fez de propósito? – Irene perguntou se aproximando de Valéria, as jovens acompanharam toda cena de longe.


– Pior que foi, eu vi tudo... Não sei por que o Paulo faz essas coisas... E o que foi aquele surto de raiva do Nicholas hein? Eu pensei que ele ia bater no Paulo mesmo!


– Ficou preocupada?


– Com o Paulo?! L-lógico q-que não... – respondeu gaguejando.


Mesmo com toda essa confusão a aula continuou, realmente não tinha mais clima pra continuarem jogando, a maioria das pessoas estava preocupada com Rafael. Paulo mostrava, mais uma vez, ter o dom pra perturbar todo mundo.


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Notas finais do capítulo

Futebolzinho na educação física, outro momento épico das escolas, e o Paulo tentando quebrar o povo talvez fosse previsível mas não deixou de ser inusitado...
Até o próximo!