O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre
Notas iniciais do capítulo
Uma colega pediu pra eu ajudá-la numa fic que ela ta fazendo, tomara que dê certo...
Boa leitura!
Capítulo 72: Introdução à peça
- Boa noite a todos, estou muito agradecida aos que vieram prestigiar a festa de fim de ano da escola Mundial. – a professora Helena falou em cima do palco a toda plateia. – É com muito orgulho que venho convidar vocês a se deliciarem com a peça que os alunos da turma 9-b prepararam, divirtam-se com: “O nome não é importante”! – ela falou com um leve sorriso e saiu do palco devagar.
De repente as cortinas começaram a se abrir e o ambiente começou a ser revelado, lembrava muito um quarto, alguns móveis, enfeites, quase tudo era feito de papelão e material reciclável, exceto pouquíssimas coisas. Havia no fundo um grande telão branco pra projeções, abaixo dele uma cama, nela Adriano estava sentado lendo.
- Boa noite, ou seria tarde? Não vem ao caso! – ele falou se levantando, usava uma roupa casual. – Venho aqui pra lhes contar uma história, que se passa num reino muito, muito distante... – as imagens de castelos de histórias infantis iam aparecendo no telão. – Um reino além de nossa imaginação, local onde pessoas viviam calmamente seguindo suas vidas e...
- Não, pára com isso! Ta muito chato! Ta me dando sono aqui! – Valéria falou entrando em cena, também se vestia casualmente, a cortada dela e a feição de Adriano despertaram alguns risos na plateia. – Coloque algumas coisas mais divertidas nessa história e menos batidas né? “Há muito tempo atrás”, “Num reino muito distante” que coisa clichê! – ela falou indignada.
- Mas eu ia falar agora da princesa e de... – Nesse instante apareciam imagens de princesas no telão.
- Já começou errado, se você quer que as pessoas gostem faça algo diferente... – ela falava gesticulando bastante. – Por exemplo, ao invés de princesa um príncipe, o que acha? – depois de tais dizeres a imagem da princesa no telão sumiu e a de Nicholas apareceu, uma foto dele fazendo graça.
- Mas que príncipe esquisito! – Adriano olhou falando pro telão, aquela foto de Nicholas sumiu e uma foto dele triste apareceu, como se não tivesse gostado do comentário. A pleteia riu.
- Então, que tal se o reino fosse em outra dimensão? Uma dimensão paralela que corre junto a nossa?! – Adriano falou.
- Sua mente viajou pra longe em garoto?! Mas eu gostei!
- Eu é que não to gostando! – Paulo falou adentrando a cena. – Em uma palavra: CHATO! Cadê a ação, cadê o movimento, essa história não tem nada! – ele falou inconformado. Paulo também trajava roupas casuais suas.
- Mas a gente ainda ta criando um universo... – Valéria comenta. No telão figuras de explosões eram passadas.
- Na verdade eu já tinha criado um universo, mas aí vocês modificaram... – Adriano falou.
- Porque tava muito chato! Se eu não tivesse aparecido então coitada da pateia! – Paulo se pronunciou.
- E o que você sugere? – Valéria perguntou.
- Nesse reino havia uma terrível bruxa que detestava tudo e todos! – ele falou e imagens de bruxas apareceram no telão.
- Sei, tipo você né? – Valéria falou, muitos risos foram ouvidos.
- E essa bruxa jogou uma maldição nesse reino todo! – Paulo completou seu raciocínio.
- Mas que maldição, o que essa maldição fez? – Adriano perguntou.
- Mas eu tenho que pensar em tudo?! Pensem vocês também! – ele falou indignado, os três então colocaram suas mãos no queixo como se tentassem buscar uma ideia.
- Já sei! O reino era todo de excelentes dançarinos e o rei era o melhor deles! – Adriano comentou, nesse instante fotos de dançarinos começaram a aparecer no telão.
- Isso mesmo! E a maldição impedia todos de dançar! – Valéria falou.
- Mas isso não faz sentido nenhum! – Paulo falou muito inconformado, seus dizeres causaram muitos risos. – Qual é a lógica disso?
- Você é voto vencido! Afinal são dois contra um! – Valéria fala e Adriano concorda.
- Ah é seus sabem tudo?! E o rei também era dançarino é?
- Não era só dançarino, era o melhor e mais épico dos dançarinos! – Adriano falou fazendo um pequeno suspense. – O rei era o Michael Jackson! – nesse instantes uma foto de Michael Jackson apareceu no telão e sua música Billy Jean pode ser escutada em toda extensão da quadra, muitos risos foram ouvidos.
- Essa é a coisa mais retardada que eu já escutei! – dizeres inconformados de Paulo.
- Né não, eu gostei! Agora sim a história ta ficando divertida! – Valéria falou.
- Mas ainda falta movimento... Essa maldição da bruxa deixou o reino pobre, porque, porque... – Paulo falava.
- Porque a dança era a fonte de renda deles, sem dança sem renda... – dizeres de Adriano.
- Isso mesmo! – Paulo concordou fazendo a plateia rir.
- Faz todo sentido né? Se eles vivem da dança daí param de dançar ficam na miséria. – Valéria falou de modo engraçado.
- Além disso, essa bruxa também sequestrou o príncipe... Ele também era dançarino? – dizeres de Paulo, a foto de Nicholas voltou ao telão.
- Sim né? Era um reino de dançarinos esqueceu? – Valéria repreendeu.
- Mas ele dançava o quê? Balé? – Paulo perguntou, de repente apareceu no telão uma montagem da cabeça de Nicholas num corpo de bailarina, muitos risos puderam ser escutados vindos da plateia.
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- Esse lado do Nicholas eu não conhecia! – seu Rafael falou em tom de piada.
- Não fala assim do menino Rafael! – Eloísa repreendeu.
- Nem eu conhecia esse lado dele... Vish... – A mãe do jovem entrou na brincadeira fazendo os pais de Jaime rirem.
- Eu gosto de balé... – Larissa disse também fazendo piada.
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- Que Balé garoto?! Esqueceu, ele é filho do Michael Jackson! – Valéria falou brava.
- Isso, o Michael Jackson ensinou pra ele todos os passos dele... – nesse instante a foto de Nicholas no telão mudou pra uma em que ele está caracterizado como o rei do pop. – Assim ficou melhor. – Adriano falou olhando o telão.
- Daí o rei juntou seus melhores guerreiros numa última investida pra salvar seu filho das garras da bruxa! – Paulo falou muito empolgado olhando pra plateia, no telão passavam imagens de batalhas épicas.
- Ou, menos garoto! Baixa a bola! Esqueceu que o reino ta falido? Eles não têm dinheiro pra mandar os melhores guerreiros, isso não existe! – Valéria falou gesticulando de forma engraçada.
- Não leva a mal, mas ela tem toda razão... – Dizeres de Adriano.
- Então o rei mandou quem pra salvar o filho dele? – Paulo perguntou.
- Os novos talentos de seu reino, aqueles que surgiram após a maldição da “não dança” se abateu sobre o lugar! – Valéria falou.
- Maldição da não dança, gostei desse nome! – Adriano falou.
- Verdade?! Demorei tanto pra pensar nesse nome impactante: maldição da não dança! – tal diálogo dos dois gesticulando e cortando o raciocínio da conversa anterior despertou muitos risos da plateia, ainda mais quando as palavras “não dança” apareceram no telão.
- Ei vocês dois, foco no nosso espetáculo... Esqueceu que estamos fazendo uma história? – Paulo falou. – Quem são esses talentos que vão salvar o príncipe?
- Uma garota viciada em futebol e esporte radicais... – Adriano falou pro público e uma foto de Alicia apareceu no telão. – Um prodígio que ganhou vários torneios de devorar comida... – a foto de Alicia sumiu e a de Jaime apareceu, risos foram escutados.
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- Isso não é ficção não, isso é verdade! – Seu Rafael falou sobre seu filho.
- Não fala assim do nosso gordinho! – Eloísa repreendeu.
- Isso foi muita maldade! – dizeres da mãe de Nicholas.
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- E um talento que está despontando, alguém que deseja vencer no mundo com sua beleza! – Adriano continuou, a foto de Jaime saiu e deu espaço a foto de Maria Joaquina fazendo feição de super modelo, mais risos foram escutados.
- Mas que coisa insana! Como eles vão salvar o príncipe só com isso? – Paulo falou indignado.
- Pensando bem né? Tinha que colocar alguém forte... – Valéria refletiu e falou.
- Coloca dois orientais... Esses orientais entendem tudo de ação e porrada! – Paulo falou convicto, nesse instante a foto de Maria Joaquina deu lugar a foto de Rafael e Tereza, ela vestida como um samurai ele como um lutador de kimono e faixa na cabeça.
- Esses são os orientais é? – Adriano perguntou confuso olhando pro telão, muitas risadas tomaram conta da plateia.
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- Nosso Rafael é um oriental?! – Lia falou rindo muito.
- Ele tem aquele cabelo enrolado e o olhão verde que todo oriental tem! – Ju falou ironicamente fazendo piada da situação.
- O quê?! O irmão de vocês passa batido de oriental, olha só a minha filha com essa pele morena! – a mãe de Irene, que estava sentada atrás das irmãs de Rafael, comentou com elas as fazendo rir mais.
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- Eles não têm muita cara de oriental... – Valéria falou.
- Mas como vocês são preconceituosos! Quer dizer que porque eles não seguem os padrões não são orientais? Que vergonha! – Paulo falou repreendendo.
- Verdade, não podemos ser preconceituosos... – dizeres de Adriano.
- E depois o mundo é nosso... Os orientais do nosso mundo podem ser do jeito que a gente quiser! – Valéria falou convicta despertando mais risos.
- Tem mais uma coisa importante, pra eles chegarem ao esconderijo da bruxa eles foram guiados pelo melhor farejador do reino! – Adriano falou e a imagem de Rabito apareceu no telão. – Agora sim a equipe ta completa.
- E podemos começar a história finalmente! – Valéria apoiou falando empolgada.
- Então vamos logo com isso! Já ta me enchendo ficar explicando essas coisas todas aqui! – Paulo falou.
- Mas meninos, a gente ainda precisa decidir o nome da história. – dizeres de Valéria.
- O nome não é importante! – Paulo falou caminhando sentido a sair de cena, foi seguido por Valéria e Adriano.
- Gostei desse nome! – Adriano falou com um sorriso bobo.
- Como assim? Isso não foi uma sugestão... Ei me espera! – Valéria falou antes das cortinas se fecharem. Com as cortinas fechadas a professora Helena subiu ao palco mais uma vez.
- Garotos bem divertidos esses... Peço que aguardem alguns módicos minutos pra que comecemos o primeiro ato do espetáculo: O nome não é importante! – ela falou com um leve sorriso enquanto, por trás das cortinas, os jovens se moviam mudando o cenário, ainda há muita peça pra ser apresentada.
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Eu sei, não tem nexo nenhum, mas não é pra ter nexo mesmo... Esperem pra conferir os atos da peça...
Até o próximo!