O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 39
Sentimento que nasce e sentimento que ainda vive


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 39: Sentimento que nasce e sentimento que ainda vive

- Como é que é? Você gosta de outra garota?! – Mário fala se levantando e quase gritando.

- Fala baixo, quer que a Evellin escute? – dizeres preocupados de Jaime.

- Mas isso não ta certo Jaime! A Evellin gosta de você e você ta enganado ela! – Mário falou se alterando um pouco.

- Eu sei que não é direito, mas quando eu to com ela eu não penso na outra garota que não gosta de mim... Eu sei que não gosto da Evellin como gosto da outra, mas eu vou gostar, eu vou aprender a gostar da Evellin como ela merece!

- Eu não sei se as coisas funcionam assim Jaime, não sei se dá pra aprender a gostar de alguém...

- Tem que ser! Eu quero e vou gostar da Evellin mais do que eu gosto dessa outra menina! Por mim e pela Evellin!

- Quem é essa outra menina? Por que você quer tanto esquecer ela?

- Porque ela só quis brincar comigo, ela falei que gostava dela e ela só tirou onda com a minha cara... É uma história complicada!

- Mas quem é ela?

- Ainda não to pronto pra contar, ainda fico com vergonha em pensar que gostava dela...

- Gostava?! – Mário questiona.

- Sim gostava, vou ficar me repetindo isso até minha droga de cabeça aceitar!

- Então meninos, o que acharam da pesquisa? – a voz de Evellin chama a atenção deles, ela acabara de voltar e perguntou inocentemente.

- Ela parece que vai ser muito boa... Não é Mário?

- Sim... Sim... – Mário tinha dificuldade em assimilar o que havia escutado.

...................................

- Será que ela ta on? – Tom se perguntava ligando seu computador, se referia a Rebeca. – Ta sim, to vendo o ícone dela, vou chamá-la pra conversar. – falou mandando uma solicitação.

- Oi Tom! – ela falou respondendo a solicitação dele, os dois ligaram suas webcams e começaram a conversar.

- Só to passando pra perguntar se os dados que eu te enviei foram úteis pro seu trabalho... – o garoto falou.

- Foram excelentes! O Lúcio, que faz dupla comigo, achou impressionante o tanto de coisas que você tinha!

- É porque eu já tinha feito um trabalho parecido e mais de uma vez.

- Você adiantou muito a nossa vida Tom! Agora a gente só precisa fazer a entrevista e se aprofundar mais nos dados que você mandou.

- Que bom que eu pude ajudar né?

- E muito! Será que seria pedir demais se você ajudasse o Paulo também? É que o lindinho ta com um pouco de dificuldade sabe? – por algum motivo que Tom não entendia o fato da Rebeca citar o Paulo o fez se sentir mal.

- Eu posso ver o que dá pra fazer, eu também tenho exercícios de escola pra fazer e tem a fisioterapia...

- Não faça nada que atrapalhe sua vida Tom, se você tiver um tempo, se você quiser você procura.

- Você deve gostar muito do Paulo né? – pergunta com um pouco de tristeza.

- O Paulo é um sonho! Eu sei que ele é mal às vezes com os outros, mas comigo ele é tão doce!

- Você merece alguém que te trate bem Rebeca. – o garoto fala.

- Ai, obrigada! Eu também acho que mereço alguém que me trate bem! – ela fala em tom e piada fazendo o garoto rir. – mas me conta Tom e meu pai?

- Vi ele ontem mesmo, eu contei pra ele que te conheci e ele ficou muito animado, apesar dele não entender como eu conheci você pelo computador.

- Meu pai é meio anti-tecnologia mesmo... Mas como ele ta?

- Não sei o que dizer, eu não conhecia ele antes pra comparar sabe? Mas ele disse que a quitandinha dele ta começando a dar lucro, ele falou que as portas dele estão abertas pra você... – Tom pára de falar ao perceber que sua colega chorava. – Que foi Rebeca? Eu falei algo de errado? – perguntou preocupado.

- É que, às vezes, eu sinto tanto a falta do meu pai... Na verdade, como eu já te disse, eu sinto falta da época que ele e minha mãe eram casados. – falou limpando as lágrimas.

- É que o divórcio foi muito recente, com o tempo você se acostuma... Eu consegui me acostumar com a falta do meu pai.

- É mesmo, seu pai é falecido... Deve ser bem pior que divórcio!

- Eu não sei comparar, mas eu sentia muita fala do meu pai, até hoje eu sinto, mas não é algo insuportável e monstruosamente forte entende?

- A vida não foi tão justa com a gente né? – observação da ruiva.

- Nem tanto, eu acho que a vida foi bem legal comigo, eu conheci pessoas excelentes depois que meu pai morreu, meus colegas da escola Mundial são exemplo, e você também... – falou sem pensar, depois raciocinou em suas palavras e corou.

- Muito obrigada! Tem razão, muitas coisas legais aconteceram e eu não posso ficar somente observando as ruins! – afirmação contundente de Rebeca. – Escuta Tom, eu vou ter que sair agora, depois a gente se fala mais, é sempre divertido falar com você!

- Tchau então, até amanhã?

- Sim, até amanhã. – ela responde com um sorriso e desliga a webcam, o garoto sai do bate papo e desliga seu computador, pensa: “O que ta acontecendo comigo? Ela é namorada do Paulo...”

......................................

- Ótimo, já demos uma boa adiantada no trabalho! – Evellin fala com seu tablet em mãos.

- Verdade, duvido que nós sejamos os mais atrasados como você pensou Mário. – observação de Jaime.

- Oi...?! Sim claro... – Mário fala meio disperso, sua cabeça ainda estava naquela conversa com Jaime.

- Acho que por hoje ta bom né? Não vamos mais perturbar o Mário. – Evellin falou segurando a mão de Jaime, ato que incomodava o anfitrião.

- Certo então, o próximo encontro vai ser lá em casa, só temos que marcar o dia. – Jaime fala.

- Por mim... – Mário opina.

- Então ficamos nessa... – Jaime fala se levantando com Evellin.

- Muito obrigada pela hospitalidade Mário. – Evellin agradece.

- Eu levo vocês até a porta... – o anfitrião fala se levantando, como havia dito leva seus colegas até a porta.

- Até amanhã Mário. – a garota se despede.

- Até... – dizeres de Jaime.

- Juízo pra vocês dois, principalmente pra você Jaime! – Mário se despede fazendo clara menção a conversa que tivera com Jaime, o gordinho se assusta.

- Ta vendo? Até seu amigo sabe que você não tem Juízo! – Evellin comenta em tom de piada com seu namorado. Nesse instante uma figura parecida adentra o campo de visão deles.

- Pai?! O senhor chegou cedo... – observação de Mário ao ver o senhor.

- Oi. – Jaime o cumprimenta.

- Tudo bem senhor? – Evellin também o cumprimenta.

- Oi meninos... Vocês fizeram o trabalho que o Mário me falou ou vão fazer ainda? – o senhor pergunta.

- A gente já tava de saída. – Jaime comenta.

- Bom descanso senhor! – Evellin fala, se despedem mais uma vez e se vão, enquanto isso o pai do garoto adentra a casa e se senta no sofá.

- O senhor ta diferente pai, o que ta acontecendo? – o garoto pergunta.

- Eu tenho uma notícia... Talvez não seja tão boa...

- Pode falar pai, o que ta acontecendo?

- A gente vai se mudar Mário. – o pai falou de forma direta, não sabia e nem queria fazer rodeios com seu garoto. – Eu recebi uma ótima proposta pra trabalhar fichado com transportes lá no Espírito Santo, vou trabalhar menos e ganhar mais...

- Entendo... – o garoto falou surpreso.

- Eu sei que vai ser um recomeço, nenhum recomeço é fácil... Mas vamos estar juntos meu filho! Teremos mais tempo um pro outro... – o pai falou abraçando seu garoto.

- Sim pai, vamos pra lá e vamos ser muito felizes! – o garoto falou deixando escapar umas lágrimas, se lembrou de tudo que havia passado ali todos esses anos, pensava também que se havia um bom momento pra sair dali seria aquele, não se sentia confortável perto da Evellin e sabia o quanto a jovem gostava de seu melhor amigo. – As coisas vão ser até melhores lá pai, eu tenho certeza! – o garoto falou abraçando forte seu pai.

......................................

- O Mário é uma pessoa legal, nem dá pra acreditar nas coisas que você falou que ele fazia... – Evellin comentou com seu namorado, eles caminhavam rua acima.

- Pois é... Ele sofreu muito quando a mãe morreu, depois o pai dele se casou com uma mulher que detestava ele, mas aconteceu um divórcio e a relação dele com o pai melhorou... O Mário mudou bastante! – Jaime falou feliz.

Do outro lado da rua duas pessoas desciam, duas meninas que também voltavam de seus trabalhos, conversavam despretensiosamente assim como Jaime e Evellin.

- E você acredita que ele falou isso? O Rafael é muito engraçado! – Marcelina falou com Maria Joaquina.

- Mas ele ta certo! Eu teria feito diferente por que sei como agir nessas situações, mas acho que ele tenha feito errado. – foi a resposta com ar de superior de Maria Joaquina.

- Mas você é muito metida mesmo! – Marcelina comenta.

- Marcelina! – ela fala quase gritando, não gostou das palavras de sua colega.

- Olha só, são as meninas da sala! – Evellin falou. – Ei Maria Joaquina, ei Marcelina! – cumprimentou acenando as duas garotas do outro lado da rua. Assim que Jaime escutou o nome de Maria Joaquina estremeceu, parou e olhou fixamente pra ela, mesma atitude que a garota rica teve.

- Oi Evellin, Jaime... – Marcelina cumprimentou de volta com um sorriso disfarçado, pensou: “Que tenso!”

- Oi Jaime... – Maria Joaquina falou com dificuldade.

- Oi Maria Joaquina... – Jaime falou também com muita dificuldade, era nítido que por mais que tentassem se esquecer não conseguiam, parecia que o que sentiam um pelo outro era forte demais.


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Notas finais do capítulo

Quanta tensão no ar... Tem gente se mudando, gente que não consegue esquecer sua paixão, gente começando a se apaixonar... Hiper tenso!!!
Até o próximo!