O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 33
Conhecendo um novo amigo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 33: Conhecendo um novo amigo

- É mesmo? Não acredito! – Marcelina falou, estava conversando com alguém pelo computador.

- Sério, é verdade! É engraçado, mas é verdade... – a pessoa do outro lado fala.

- Qual é o motivo de tanta felicidade? – Paulo fala adentrando o quarto dela. – Aposto que você ta conversando com aquele Rafael! – falou nervoso.

- Deixa de ser chato Paulo! Nossa mãe e nosso pai deixaram eu namorar com ele! Pára de implicar!

- É lindinho eu tenho que apoiar sua irmã... Deixa ela namorar! – Rebeca fala adentrando o local. – Ai amiga, desculpa entrar no seu quarto assim... Fiquei com medo do Paulinho te maltratar.

- Se ele fosse me maltratar faria isso com você aqui ou não. – Marcelina comentou. – Só que eu não to conversando com o Rafael, ele ta fazendo o trabalho da professora Helena com a... Tereza... – falou com um pouco de dificuldade, não tinha nada contra a jovem de olhos azuis o que não a impedia de sentir ciúmes de seu namorado com ela, até porque Tereza é uma garota muito bonita. – Eu to falando com o Tom, ta bom Paulo?!

- O Tom?! O Tom que estudou com a gente? – o jovem falou animado, rispidamente ele entrou na frente da webcam tomando a frente de sua irmã. – Fala carinha! Como é que ta? – ele pergunta o ver seu colega cadeirante.

- E aí Paulo? Fiquei sabendo que as coisas aí em São Paulo tão pegando fogo! Você, a Marcelina e o Jaime tão namorando umas pessoas...

- Pra você ver, fomos fisgados! – Paulo falou em tom de piada.

- O Paulo era amigo desse Tom? Pelo menos é o que parece... – observação de Rebeca.

- O Paulo é um grosso! Eu tava conversando com o menino! – Marcelina fala indignada. – O Tom era colega de todo mundo lá na sala, todos gostavam dele.

- E ele ta morando aonde agora? É aqui perto?

- Não, ele ta lá no Rio de Janeiro...

- Lá na minha terra! – Rebeca exclama.

- É mesmo, eu esqueci que você nasceu lá, sente saudades?

- Quem nasceu no Rio de Janeiro nunca esquece o Rio de Janeiro... Eu e meu pai costumávamos fazer caminhadas quando entardecia, a gente caminhava a beira da praia... Só que aí veio o divórcio, meu pai se mudou pra outro lugar, minha mãe se mudou pra São Paulo...

- E estamos aqui né? – Marcelina comenta.

- Será que seu irmão deixa eu conversar com esse menino? Eu quero saber as novidades do Rio!

- Você ele deixa, você é a única pessoa que ele trata bem.

- É o amor! – ela falou em tom de piada com seu sorriso inocente. – Mas minha preocupação é se ele vai sentir ciúmes de mim sabe?

- Será? Aí eu não sei...

- Vou lá, vou tentar falar com o garoto... – dizeres de Rebeca a Marcelina antes de ela ir até seu namorado.

- Foi muito loco Tom, você tinha que ter visto! – Paulo comenta feliz.

- Não leva a mal, mas eu não queria ter visto você e o Mário quebrando janelas... – o garoto comenta.

- O Paulo às vezes faz algumas coisas erradas, mas ele ta melhorando sabe? – a ruiva fala aparecendo no campo de visão da webcam.

- Essa é sua namorada Paulo?! Mas é uma garota muito bonita!

- E você esperava menos de mim? – falou fazendo graça.

- Seu bobo! – a moça falou pra seu namorado. – Escuta lindinho, será que você não se importa de eu conversar com seu amigo? É que eu quero saber umas coisas sobre o Rio... – ela fala o beijando carinhosamente.

- Sem problemas minha pequena, fica a vontade... – ele fala pra ruiva. – E você garoto nada de cantar minha namorada! – falou pra Tom fazendo piada.

- Oi Tom, meu nome é Rebeca, prazer...

- O Paulo me contou sobre você... O prazer é meu...

- E então colega, o que você tem achado do Rio? Sabia que eu já morei aí?

- É mesmo? Eu moro em Xerém, conhece?

- Xerém! Não acredito?! – a ruiva falou surpresa. – Meu pai mora aí também, conhece o seu Giovano?

- Da quitanda?

- Isso mesmo! Legal você conhece meu pai!

- Só de vista... Minha mãe compra muita coisa lá...

- Parece que essa conversa vai render... Vem Marcelina, você vai me ajudar num exercício da escola.

- Como assim? Eu tava conversando com o Tom... – ela falou com um pouco de indignação.

- O que tem deixar a Rebeca conversar com o garoto?

- Não... Nada... Não tem problema, ela pode conversar com o Tom, mas eu não quero fazer seu exercício!

- É só me ajudar Marcelina, não vai demorar...

- Então ta, mas eu quero vinte reais pra fazer esse exercício! – ela fala de modo direto.

- Meu deus, vinte reais?! – falou assustado. – Mas só pago depois do resultado, por vinte reais quero tirar total!

- Metade agora e metade depois! Se você não tirar total você desconta da segunda metade! – ela falou.

- Fechado! Você é uma negociadora difícil...

- Perto de você a gente tem que ser... – nesse instante o raciocínio dos dois é cortado por risadas de Rebeca. – Escuta Paulo, você não sente ciúme da Rebeca conversar com o Tom?

- Ciúme é coisa de menininha Marcelina! E depois eu tenho certeza que a Rebeca gosta de mim, não preciso sentir essas coisas! – falou de modo quase ríspido. – Agora vem que você tem que fazer meu exercício... – falou a puxando.

- Não precisa me puxar assim Paulo! Deixa de ser grosso!

Enquanto os irmãos se acertavam Rebeca continuava a conversar com Tom, uma conversa que fluía naturalmente.

- Mas você ainda não me respondeu... Ta gostando do Rio?

- É legal, mas é quente! Tipo eu fui na praia algumas vezes, não posso ir em todas por causa da cadeira de rodas, só posso ir naquelas que tem aqueles suportes, não sei se já viu...

- Já... Agora que voce falou tem poucos desses suportes mesmo nas praias daí... Na verdade, pensando direitinho, tem pouca coisa aí feita pra facilitar a vida de um cadeirante.

- Não só aqui, em todo lugar que eu morei... Pra me matricular na escola foi muito tenso, tipo que eles não me queriam matriculado porque a escola não tinha suporte pra cadeirantes, não tinha rampas e essas coisas... Daí minha mãe teve que entrar na justiça pra eles me matricularem lá, eles tiveram que fazer um monte de rampas...

- Às vezes as coisas são tão injustas né? Um garoto legal igual você passando por essas dificuldades...

- Mas a sua situação também não é das melhores, seus pais se separaram e você mora longe do seu pai, pelo que a gente conversou eu percebi que você sente muita falta dele...

- Eu não sinto falta propriamente do meu pai, eu sinto falta da vida antiga, de quando meu pai e minha mãe eram casados e a gente morava aí no Rio... – ela fala com um pouco de pesar.

- Sei como é, também sinto falta da época que meu pai era vivo... – o garoto comenta. – Também sinto falta desse povo doido da escola Mundial! Me diz, tem muito doido aí ainda? – ele fala em tom de brincadeira, tentava amenizar a tensão da conversa.

- O quê? Doido é o que mais tem naquela sala! – falou sorrindo o fazendo rir também, naquela noite aqueles dois começaram uma amizade duradoura, tinham muitas coisas em comum e gostaram de conversar um com o outro, meio que um ajudava o outro a esquecer os problemas.


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Notas finais do capítulo

Então né? o que dizer desse capítulo?
Até o próximo!