O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 27
Descoberta acidental


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 27: Descoberta acidental

Durante o intervalo aqueles jovens estudantes estavam na mesma disposição de sempre, se bem que tal comentário ficou vago a essa altura, os casais estavam juntos, os garotos solteiros perto da arquibancada com exceção de Adriano, Nicholas e Daniel, e as meninas solteiras estavam perto do muro com furos, exceto Tereza e Irene, o mais curioso é que essas duas não estavam juntas, Irene estava numa das arquibancadas olhando de longe sua amiga que conversava e ria muito com Nicholas.

“A Tereza ta tão feliz! Essa história desses dois... Podia dar certo!” pensou colocando um sushi em sua boca.

- O-oi Irene, tudo bem com você? – a voz de Daniel chega até ela.

- Ham...? Oi Daniel, eu to bem e você? – ela responde com um meio sorriso, um gesto que fez o coração do menino palpitar muito mais rápido.

- Bem... É... O que você tem achado da nossa escola? – ele pergunta meio sem jeito.

- E de repente uma pergunta como essa... – falou em tom de piada. – Eu gostei daqui, as pessoas são legais, e depois os meninos são bonitos! – ela falou novamente em tom de piada e o garoto corou, pensou: “Será que ela ta falando de mim?”, nesse instante ela é chamada pelas outras garotas.

- E-eu... Sabe eu... Você talvez... – ele tentava dizer, mas as palavras teimavam em não sair.

- Daniel a gente pode conversar depois? Vou ali com as meninas fofocar um pouco... Eu te chamaria, mas você não é do tipo que faz fofoquinhas... Também a gente deve falar de garotos e você não parece do tipo que gosta de garotos! – fala novamente fazendo piada e sorrindo de leve, se levanta e segue até suas amigas.

- Queria ver se você não gostaria de sair comigo, a gente pode comer alguma coisa e conversar um pouco, o que acha? – ele falou com ela já longe. – Sem ela por perto é muito mais fácil... – concluiu, nesse instante ele percebe que Adriano está próximo dele, estava no degrau mais inferior da arquibancada, ele desce pra fazer companhia a seu colega.

- Por que eu não consigo estar feliz? – o loirinho falou consigo mesmo.

- E aí Adriano? Ta olhando o quê? – Daniel pergunta.

- Nada demais... – ele responde, o gordinho observava Nicholas e Tereza juntos.

- O Nicholas ta faturando... – Daniel observa. – A maioria dos garotos da escola gostaria de estar no lugar dele agora.

- Pois é... – Adriano fala com tristeza, nesse instante Nicholas curva seu rosto e beija o rosto de Tereza, o gesto invadiu os olhos do loirinho e foi direto ao seu coração causando uma dor indescritível. – Eu tenho que ir no banheiro Daniel, depois a gente conversa! – falou saindo dali.

- Acho que minha conversa deve estar muito ruim hoje... – Daniel conclui observando seu colega se afastar.

O loirinho não foi até o banheiro, foi até um banco mais afastado, um lugar onde pensou que ficaria sozinho, se sentou e colocou as duas mãos na cabeça, pensava em Nicholas e Tereza, as cenas deles juntos perturbavam sua cabeça.

- Algum problema Adriano? – uma voz masculina chega aos seus ouvidos.

- Professor Renê? – falou surpreso ao ver o professor. – Eu to bem... Eu só to...

- Você não parece bem, você ta chorando garoto... – nesse instante o menino passa a mão em seus olhos e percebe que realmente estava chorando.

- Professor não conta pra ninguém, por favor... – ele pede.

- Pode deixar, mas eu só conseguirei te ajudar se você me contar o que está acontecendo. – um pouco antes dessa conversa começar Nicholas e Tereza terminaram sua conversa, ela foi conversar com suas colegas e o jovem de cabelos cacheados procurava Adriano pra contar suas novidades, ele viu o garoto caminhando praquele lado e o seguiu.

- Professor... É... Sabe a Tereza e o Nicholas? – o loirinho fala, nesse instante o jovem de cartola passa próximo a parede lateral que fica ao lado do banco onde Adriano e Renê estavam, escutou o seu nome e o de Tereza e parou sua caminhada.

- Sei, os dois novatos que são bem altos, o Nicholas gosta de fazer piadas e a Tereza é aquela menina bem bonita né? – o professor fala.

- Sim... Eu acho que eles vão começar a namorar...

- Legal, você deve estar feliz pelo Nicholas, ele parece que se dá muito bem com você.

- Esse é o grande problema professor, eu queria muito estar feliz por ele, mas tudo o que eu sinto é tristeza e raiva! – falou desabafando. – Eu gosto da Tereza, gosto muito, e também gosto do Nicholas, mas vê-los juntos me causa muita dor... Eu sei que eles fazem um casal legal, sei que ela nunca olharia pra um garoto como eu... É só comparar, eu sou gordo, vivo viajando nas coisas, não sei fazer nada legal, já o Nicholas é alto, sabe dançar e cozinhar, é engraçado, tem estilo, tem papo pra conversar com qualquer pessoa... – nesse momento começou a chorar mais.

- Adriano eu...

- Eu devo ser uma pessoa horrível professor! Eu sinto raiva da pessoa que mais me deu moral só porque ele ta junto da menina que eu gosto... Que tipo de amigo que eu sou? Que tipo de ser humano baixo eu sou?

- Calma garoto... – o professor fala passando seu braço sobre os ombros do menino. - Sentir ciúmes é comum, mas tenha certeza isso vai passar, você vai encontrar uma garota legal que goste de você e vai esquecer a Tereza. O Nicholas gosta de você, eu já vi ele te chamando de irmãozinho muitas vezes, eu sei que ele não ta com ela pra te fazer raiva ao algo do tipo.

- Isso eu sei, ele não ta com ela pra me prejudicar, ele só gosta dela e ela dele! Se fosse o contrário eu sei que ele tava me dando o maior apoio e estaria feliz por mim... Já eu não consigo aguentar de raiva toda vez que ele me fala dela! Sou um péssimo amigo!

- Não Adriano, você não é um péssimo amigo, é só um menino aprendendo a lidar com os próprios sentimentos, mas vai passar, o tempo vai te curar garoto... – dizeres do professor. Nesse instante Nicholas voltou pelo mesmo caminho que veio, não conversou com ninguém, apenas se situou em seus pensamentos.

- Ei Nicholas... – Mário chamou, mas o jovem de cartola seguiu reto. – Acho que ele não me ouviu.

- Deve estar pensando na Tereza, realmente se eu tivesse nesse “love” que os dois estão ficaria com a cabeça nas nuvens também... – dizeres de Lúcio, o jovem tentava puxar uns acordes num violão.

- Vei, a Tereza é muito gata!

- Né?

- Mas sei que você prefere uma menorzinha, tipo a Valéria! – Mário falou provocando, causou gargalhadas em Lúcio.

- A Valéria é gente boa pra caramba e muito divertida! Mas não é meu tipo, a Tereza seria meu tipo! – o jovem de violão fala.

- Sério que você e a Valéria não têm nada? Vocês parecem “tão próximos”...

- Te juro que não rolou nada entre a gente, pra mim ela é uma irmãzinha, e depois ela gosta de outra pessoa.

- Quem? – Mário pergunta curioso.

- Só conto sobre tortura! – falou em tom de piada. – Mas fica de boa, não é você... Por falar nisso e você? Tem alguma garota que perturba o seu sono? – Mário olhou para Evellin junto ao Jaime, depois olhou de volta para Lúcio e respondeu:

- Lógico que não, além do que gostar dos outros é muito complicado...

- Uma resposta não justifica a outra. – Lúcio fala sorrindo.

- A gente ta com conversinha demais, você não queria que eu te ajudasse num acorde?

- Verdade, já que o Bernardo não ta mais aqui você vai me ajudar, olha só se ficou bom...

...........................

Num outro canto do pátio Alicia apenas observava os casais, Jaime e Evellin, Paulo e Rebeca e Marcelina e Rafael, olhava com um pouco de reprovação.

- Gente que absurdo... – ela fala pra si mesmo, porém um passante a escuta.

- É absurdo não deixarem andar de skate na escola? – Bernardo fala se assentando ao lado dela.

- Isso também, mas falo dos casaizinhos ali...

- O que têm eles?

- Tipo eles não se conhecem há tanto tempo assim, aí de repente tão namorando... Sem falar que, às vezes, parece que a Rebeca e a Evellin tão mais interessadas do que o Jaime e o Paulo.

- Será que isso não é um comentário ciumento? – Bernardo fala com um leve tom de piada.

- Olha até queria que fosse mesmo, mas não é, é preocupação, agir precipitadamente pode causar muita tristeza depois... Eu nunca namoraria alguém que conheço a duas semanas... – ela afirma.

- Que pena... – Bernardo comenta pra si mesmo.

- Oi? O que você falou? Não entendi...

- Que pena se eles se precipitaram, não seria legal com né? – fala disfarçando.

- É mas... Fazer o quê? Tomara que eu esteja errada e esses namoros deem certo. – a jovem fala sorrindo pra seu colega que sorri de volta, de certa forma ela não está errada, precipitações não costumam dar certo na maioria dos casos.


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Notas finais do capítulo

Só tenho a declarar que é muito tenso!
Até o próximo!