Rusty System Of Love escrita por Maniac


Capítulo 4
Capítulo 4.


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoal? Tudo bom cocês? Tomara que sim! Porque, hoje eu acordei com uma vontade imensa de postar um capítulo dessa fic, sei lá. Mas enfim.
Não vou falar muito pra não tomar o tempo de vocês, tá bom? :3
É isso, fiquem com o capítulo 4!
Espero que gostem e boa leitura! ♥



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De 'não tão ruim' para 'péssimo', e de 'péssimo', para 'desgraça total'.

Como poderia ter aceitado algo do gênero? Aquilo realmente era uma catástrofe. E, justamente o aluno novo, que a levou pra casa?

'Desgraça total' para 'catástrofe mundial'.

Ela realmente estava naquele local?

Encolheu-se, tentando lembrar como foi parar naquele lugar, sem ao menos ter feito um escândalo.

─ Hn... ─ ele coçou o queixo, olhando melhor para o rosto dela, como se o analisasse. ─ Acho que... ─ parou, aproximando-se mais para ver algo. Ela olhou para o lado, ajeitando os óculos, colocando a franja sobre sua testa, como se quisesse escondê-la. ─ Acho que conheço você de algum lugar.

Espere. Ela precisava pensar. Ela precisava digerir o que ele havia dito.

...Ãhn?

Aquilo realmente saiu da boca dele?

Ele era algum idiota? Ou tinha amnésia? Ou era um idiota com amnésia?

Que se dane, ele não a reconheceu! Era seu dia de sorte!

─ P-pois bem, eu não conheço você. ─ ela suou frio, olhando para baixo. ─ P-preciso ir, passar bem. ─ virou-se para ir embora, já um pouco aliviada pelo fato dele não ter reconhecido-a.

─ Espere um pouco! ─ o róseo segurou o braço dela, ainda com uma expressão dura, como se quisesse lembrar de seu rosto. Ele franziu a testa, até que suavizou-a, ainda segurando o braço da loira. ─ Vou ficar com você até que lembre de onde você é. Eu quero saber quem é você.

─ M-mas eu não posso! Tenho uma casa, e preciso voltar pra lá! ─ ela disse, talvez um pouco desesperada.

─ Se eu não lembrar do seu rosto, e me convencer disso, deixo você ir. ─ sorriu de um jeito tão ofuscante, que ela quis fechar os olhos para isso.

─ ...Não.

Foi parada por um olhar meio ameaçador por parte do rosado.

─ Bem, o que você faria se eu dissesse isso? Só uma dedução.

Ele deu uma risada no mesmo instante.

─ Pensei que você tinha dito 'não', de verdade! Eu teria que bater em você! ─ deu mais uma risada, puxando-a pelo mercado, fazendo a cesta onde estavam todas as suas compras, caírem.

Sorte? Se essa palavra fosse dita em seu cotidiano, teria um efeito contrário. E, exatamente isso houvera acontecido.

Ah, sim. Agora houvera lembrado-se do que havia acontecido. E, realmente, apenas lhe fizera mal lembrar disso novamente.

E estava esperando o 'jantar deliciosamente delicioso' - palavras dele -  que estava fazendo, cantarolando ali, cantarolando aqui.

Estava sentada no sofá, imóvel.

Aquela casa era habitada por um garoto irresponsável, porém, independente, que morava sozinho. Nada de adultos para repreendê-lo de coisas irresponsáveis, tais como trazer uma garota pra sua casa e mantê-la presa, apenas porque ele pensava conhecê-la de algum lugar.

─ Eu não acredito que estou aqui... ─ a loira sussurrou, abraçando as pernas, apoiando a cabeça nos joelhos.

─ Heeeeeeeeeeeeeey! ─ uma figura de cabelos róseos surgiu, chutando a porta da sala, com um enorme sorriso. ─ O jantar está pronto!

Aquilo estava realmente muito estranho. E se ele fosse um estuprador qualquer, que sequestrasse garotas desconhecidas, dizendo conhecê-las de algum lugar, apenas como desculpa para levá-las para sua casa?

─ Ah, eu esqueci de perguntar o seu nome. Talvez eu possa me lembrar de você se souber seu nome. ─ ele sentou-se no sofá, ao lado dela, observando-a.

─ Meu nome? ─ murmurou, olhando para os lados, nervosa. Não poderia dizer seu nome verdadeiro. ─ Meu nome, bem... É... Hikari. Sim, Hikari.

─ Hikari? Nome legal. ─ disse ele, um pouco menos desanimado, coisa que não passou despercebida pela loira, que, no entanto, permaneceu calada. ─ Fiz o jantar. Gosta de ramen?

─ Espere, você demorou esse tempo todo fazendo ramen? ─ ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

O rosado fez uma expressão meio 'óbvia'.

─ É claro. Ramen é coisa de especialistas.

─ Não, não é. É muito simples, se for ler a receita.

─ Não tenho a receita.

─ Mas você tem um computador.

─ ...Você quer comer ou não?

A loira suspirou, revirando os olhos.

─ Tudo bem, vamos lá. ─ disse.

Ela seguiu-o pelo apartamento que aparentava não ser tão pequeno quanto ela pensava, na verdade, era bastante grande para ser um apartamento sob domínio de um adolescente do tipo. Chegou á cozinha em poucos segundos, sentando-se na cadeira próxima ao balcão que dividia a mesa dos utensílios de cozinha.

E sua primeira reação, fora de espanto ao deparar-se com o prato que ele havia colocado á sua frente.

─ Você disse que ramen era coisa de especialistas.

─ Claro, mas eu não disse que era um.

A loira sentiu uma veia saltar na testa.

─ Você queimou o macarrão inteiro. ─ fuzilou-o com o olhar.

─ Então coma só a parte de cima. Que estranha. ─ ele resmungou.

Ah, então ele fazia o ramen queimado para ela, e quem era a estranha?

Optou por ficar calada, no entanto.

Ficar com idiotas, lhe dava uma sensação de... Também fazer parte de sua idiotice aguda.

E ela não precisava disso.

**

─ E então, o que achou do meu double kill, hein? Aposto que não esperava por isso! ─ ele disse, empolgado.

Depois de terem jantado, logo em umas 7:45, foram jogar videogame. O jogo se tratava de dois jogadores, com diversas armas. Os dois tinham que se 'achar' em aleatórios mapas, que não não tinham conhecimento sobre. Era como um jogo de esconde-esconde, e pega-pega.

─ Cale a boca, eu nunca joguei isso. Você deve jogar com seus amigos estúpidos. ─ falou-o. Se ele não a olhasse, pensaria que ela estava num tédio imenso, apenas jogando por não ter nada para fazer. Mas...

Costas curvadas, olhos vidrados, expressão desafiadora, e um sorriso de canto meio ameaçador.

Normalmente, Lucy nunca teria feito isso em seu estado normal. Onde já se viu, se encontrar em rendição á um videogame?

Tanto faz. Estava como Hikari, não era? Então, que seja.

─ Te dei um direct shot. Quem disse que eu não sei jogar? ─ perguntou, desafiadora.

─ Eu estava desprevenido. ─ tentou formular uma desculpa.

─ Sei.

Foram muitas jogatinas, até que a loira pareceu dar-se conta de algo.

─ Kami-sama... ─ falou á si mesma, olhando para o celular do garoto, jogado no chão, bem ao seu lado. O relógio indicava 8:30, em ponto. ─ Eu vou morrer!

Erza e Levy deveriam ter chamado bem os policiais, os bombeiros, detetives, e até mesmo os caça-fantasmas. Do jeito que eram impulsivas... Se bem que ela faria o mesmo.

─ O que foi? Tem algum compromisso mais importante do que me fazer lembrar quem você é? ─ ele perguntou, ironicamente.

─ Sinceramente?

─ Sinceramente.

─ Todos os compromissos do mundo são mais importantes que isso.

─ QUÊ? COMO VOCÊ DIZ ISSO? ─ questionou.

─ Não tenho tempo pra você! Por que não fica careca, e para de me encher? Preciso ir! ─ indignada, rebateu, procurando a carteira. ─ Onde diabos eu meti isso? ─ apalpou os bolsos. ─ Diabo!

─ Ai, o que foi?

─ Eu não te chamei!

─ Você disse 'diabo'!

─ Você percebe que está se xingando? Seu estúpido!

Os dois gritaram ao mesmo tempo, indignados.

─ Você é irritante! ─ falaram, também ao mesmo tempo.

E nesse momento, uma loira e um rosado saíram pela porta que dava no corredor, indo até o elevador, pisando forte.

O rosado voltou, bufando. Bateu forte a porta, após ter entrado no apartamento.

─ Eu moro aqui!

**

Depois de tanto praguejar mentalmente, enfim, conseguiu deparar-se com sua casa. Quase derramou uma lágrima de felicidade ao vê-la.

─ M-minha ca- ─ foi interrompida de sua frase, pois havia caído no gramado, devido á um peso anormal.

Ou melhor, um peso duplo.

Uma ruiva e uma azulada se encontravam por cima de si, a envolvendo com os braços pelo pescoço, choramingando - menos a ruiva, que fez questão de limitar-se apenas á fungar o nariz.

─ L-Lu-chan, onde você se meteu? ─ esbravejou a azulada, repreendendo-a ─ Eu e Erza ficamos preocupadas!

─ Com licença, por que não pode ser 'Erza e eu'? ─ perguntou a ruiva.

─ Não é hora disso, Erza! ─ gritou. ─ Lu-chan, sua sumida! Da próxima vez, eu afogo você na piscina e depois faço você engolir a água da privada! Entendeu? ─ abraçou-a mais uma vez.

É, era isso. Se elas não chamaram a polícia, os bombeiros, os detetives, nem os caça-fantasmas, fariam ameaças do tipo.

A loira sorriu diante disso. Pelo menos, havia quem se preocupasse com ela.

Só o que não sabia, era que o tempo todo, fora enganada. Afinal, o quão 'difícil' seria reconhecer uma garota que odeia garotos, só por estar de óculos?

O quão ingênua, Lucy Heartfilia poderia ser?


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Notas finais do capítulo

Com esse capítulo, aprendemos muitas coisas.
Que se você for pego de jeito desleixado num supermercado, pode passar de estranha para conhecidos.
Que existem pessoas que realmente se importam com você.
Mas principalmente, que o Natsu é um tremendo de um troll. -qqq
Reviews, elogios, críticas, pauladas, dicas? Aceito tudo, só peço que "manerem" ou sei lá, nas pauladas, falou?
Qualquer erro gramatical, avisem, o-k?
Beijinhos, e até o próximo! ♥