Rusty System Of Love escrita por Maniac


Capítulo 15
Capítulo 15.


Notas iniciais do capítulo

Hey golfinhos ♥ Tudo bom cocês? :3
Seguinte, a RSOL está chegando ao final. Não, acalmem-se, não vai vir tão rápido, até porque eu enrolo bastante, mas enfim. Tinha dito que ela era uma shortfic, por isso... D:
Mas, eu farei outra fic pra ocupar o lugar de "shortfic em andamento" no perfil da Maniac-san ─ eu! 83 (deu pra falar like a juvia agora?)
Whatever, eu quero logo dizendo que vocês são as melhores leitoras do mundo! u-u E vocês que não deixam review, eu amo vocês também, mas amaria ainda mais se vocês postassem um review. *assobia* n
Enfim, chega de enrolação! Mais um capítulo saindo do micro-ondas. c: ~ser diferente é normal~ /apanhando/
Boa leitura!



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Com passos pesados mas ainda assim ágeis, o róseo passava em disparada por entre os alunos que tinham que desviar-se da direção do garoto, como se aquilo fosse uma pista e eles tivessem que sair do meio dela para não acabarem atropelados sem dó algum e estatelados no chão, apenas para ouvirem um praguejo sem-noção por parte dele ─ e todos já tinham deduzido isso porque havia acabado de acontecer com um garoto aleatório míope.

“Pobre garoto míope”, foi um dos pensamentos predominantes em muitos ali.

— Tsc. — reclamou internamente pelo fato de que não saíam de sua frente, e isso dificultava a sua passagem. Só queria falar com a loira, mesmo que para isso, fosse faltar aula ou algo do gênero. Era realmente... Estúpido. — Sai da frente! — resmungou, recebendo um xingamento em troca, o qual retribuiu com o dedo do meio, e surpreendeu-se consigo mesmo por ter o feito. Aquele era o efeito da loira sobre si...?

Num momento o qual não conseguiu distinguir, acabou por trombar-se com um projétil de pessoa, o qual ele só conseguiu denominar assim quando conseguiu ver o rosto dela, que estava sendo coberto pela pilha de livros a qual anteriormente segurava; agora, estavam jogados pelo chão.

— Ô, tenha cuidado! Agora vou ter que ajuntar tudo... — levantou o olhar e identificou o garoto. O amigo retardado que incrivelmente, sua amiga teve que conquistar. Revirou os olhos. — Ah, Natsu.

— Você que andou despreocupada por aí, Levy! A culpa não foi minha! — rebateu ele.

— Mas é um cavalo mesmo! Além de me jogar no chão, a culpa é minha! Só por isso vai me ajudar á levar esses livros pra biblioteca! — cruzou os braços, empinando o nariz com um sorriso debochado, já de pé. Ao menos havia conseguido alguém para lhe ajudar com isso.

Pouco depois, ambos estavam andando solitários no corredor que iria dar na biblioteca. Era incrível como a maioria dos alunos não passava por lá apenas pelo fato de que diziam que a biblioteca tinha uma "aura nerd" que contagiava os que passavam lá perto.

“Um bando de babacas”, na sincera opinião da baixinha.

— Mas então — começou, mas parou quando fez uma careta ao chegar na frente da porta de entrada da biblioteca, tentando abri-la com os pés, sem sucesso. O rosado apenas encostou o ombro e impulsionou para que a mesma abrisse, revirando os olhos pela falta de força na garota. A mesma tossiu algumas vezes para disfarçar. — Por que você não está com a minha amiga Lucy? Pelo que escuto, vocês vivem grudados... Alguns até dizem que ela está namorando com você... Ela enfim desencalhou?

Levy jurou perceber o rosado ficar um pouco mais desanimado, mas se ficou, não quis deixá-la perceber.

— Ah... Que diabos você fez? Se você a magoou, eu quebro o seu pescoço... — ameaçou, estreitando os olhos.

Natsu pareceu indignado diante disto.

— Olhe só pra você, se acha que vai conseguir me machucar, tire o cavalinho da chuva! — resmungou ele, suavizando a expressão logo depois. — Mas, é que eu pedi a Luce em namoro. Sabe, eu realmente achei que ela ia aceitar... Tipo, passamos por algo realmente comprometedor faz um mês!

— O quê?! Você tirou a virgindade dela?!

— Que diabos você está falando! — o rosto do rosado corou, e ele quis disfarçar aquilo á todo jeito. — Mas, o fato é que ela rejeitou dizendo que estava gostando de outro cara. Eu fingi comprar essa, mas, fala sério! Gostar de outro cara? Justo ela que odiava garotos?

A azulada coçou o queixo, entortando o lábio, como se estivesse pensando.

— Natsu, considerando que a Lucy é sincera quando vê que um sentimento é recíproco... — foi interrompida.

— Ela é tsundere.

Ignorou a afirmação idiota por parte dele. Como cargas d'água Lucy fora gostar dele? Poderia gostar de alguém mais inteligente... Mas justo um débil mental? Não conseguia entender.

Suspirou.

— Considerando isso... Natsu, você fez alguma cagada. — confirmou. — Ela não é de fazer isso. Mas, diz logo, que cagada você aprontou dessa vez?

Ele comprimiu os lábios. Sim, tinha feito uma cagada. E a suspeita de que ela tivesse visto aquilo foi comprovada.

— É... Fiz merda. — assentiu desanimado e decepcionado consigo mesmo. — Eu beijei a Lisanna.

— ...O QUÊ?! — gritou a azulada. — QUE MERDA É ESSA, NATSU? PUTA QUE PARIU, QUE CAGADA MASTER! — xingou a baixinha, mas o outro pareceu não surpreender-se com a perda de delicadeza muito abalante que a mesma sofreu.

— Mesmo que eu queira acreditar do contrário... A culpa foi minha.

[...]

— Natsu! — uma voz que já estava sendo reconhecida pelos ouvidos do rosado pronunciou.

Virou o rosto para trás e conseguiu ver a albina balançando os braços com um sorriso radiante nos lábios. Ele retribuiu o sorriso.

Depois de alguns segundos, eles já estavam próximos, e ela abraçou o mesmo.

— Não tenho te visto mais... Nem mesmo no almoço... — reclamou ela, fazendo um bico mimado entristecido, ainda com os braços ao redor do tronco do rosado.

— É que eu almoço com a Luce. Com ela e mais as duas amigas dela. — respondeu, mexendo nos cabelos.

O sorriso da albina sumiu de seus lábios e os olhos perderam o brilho recente de ter visto o rosto de Natsu.

— Ah... — recompôs-se. — Vocês vivem juntos né...? E você ainda a chama de Luce... — ela riu, não um riso de deboche ou coisa do tipo, simplesmente um riso. — Soa realmente estranho. Porque soa como você!

Ele riu também.

— Não, não soa como eu! Soa como a Luce. Ela sim é estranha. — disse ele.

Lisanna engoliu em seco.

— Bem, já que você está aqui, não quer andar um pouco comigo? Só hoje, e juro não tomar muito do seu tempo. — falou, olhando para ele com um sorriso enorme nos lábios.

O róseo ponderou sobre isso, mas sobre pressão não conseguiu negar. Seguiu a albina, e ao contrário do local onde achou que iriam ─ para a sala de aula onde os amigos dela estavam ─, ela foi para outro.

Chegaram no corredor parcialmente vazio, logo completamente, quando o garoto que estava comprando uma lata de refrigerante se retirou do local.

— Então, vai querer refrigerante de laranja ou uva? — perguntou.

— ...Lisanna, por que não fomos com os seus amigos? — questionou ele por cima da pergunta dela.

— Ah, eles são realmente barulhentos. Mas então, como é que vai indo seu desempenho escolar? Aposto que você se dá muito mal na maioria das provas, assim como eu... — riu ela.

Natsu balançou negativamente a cabeça.

— A Luce é uma ótima professora, ela me ajuda em coisas assim. Graças á ela, eu consigo me dar bem... Nas provas de recuperação. Ela é prestativa, apesar de odiar ser elogiada... — disse ele.

Lisanna soltou uma risada fraca por entre os lábios secos e claros.

— De novo... Por que o assunto sempre se torna a Lucy? — ela questionou, levantando o olhar e levando as mãos para o rosto. — Por que ela e não eu, Natsu? Por quê?

O rosado ficou imóvel diante da cena. O que estava acontecendo, mesmo?

— Se você tivesse me conhecido antes, Natsu, diga... Você iria gostar de mim tanto quanto gosta dela? — perguntou ela, tirando as mãos do rosto e inclinando o corpo para a frente, para olhar melhor o rosado nos olhos. Seus olhos azuis estavam lhe fitando de uma maneira que ele não conseguia deixar de ser sincero.

— ...Eu acho que não. — respondeu, com um fraco sorriso. — Isso é aquilo que eles chamam de destino, não é? E, mesmo que não fosse... De algum modo, eu só sei que me sinto estranho perto da Luce. Deve ser porque ela é uma estranha também...

Lisanna permaneceu em silêncio por poucos segundos.

— Você a ama?

...

Dessa vez, silêncio por parte de ambos, não somente dela. Era difícil falar sobre isso, uma vez que não tinha experiência alguma com isso.

— Quando eu vejo você sendo importunada por algum garoto, geralmente, você age falando alto e ás vezes brigando com ele. Eu rio, você pode se proteger. — riu. — Mas quando eu vejo a Luce sendo importunada por algum garoto, ela simplesmente olha ele como se fosse matá-lo, e se ele não para, ela começa á ameaçar ele. Ela também consegue se proteger. Mas mesmo assim, eu ainda sinto que tenho que estar do lado dela toda hora, pra poder proteger ela. Talvez seja mesmo pra protegê-la ou simplesmente porque eu quero estar perto da Luce. Ou os dois. É bem estranho, na verdade...

— ...Assim como ela. — disse a albina, completando a frase antes que o rosado o fizesse. Prendia as lágrimas que queriam transbordar. — Mas, Natsu... Você sabe que ela não é muito de se aproximar dos garotos, quanto mais pra ter relações assim...

— É, eu sei. Mas mesmo assim, eu quero ficar perto dela, mesmo sendo visto como um amigo. Essa droga de "friendzone". — "Apesar de que já não estou mais nela, acredito", completou mentalmente. — Mas, acho que eu nunca me senti assim. Desse jeito, podemos chegar á conclusão de que... Eu sinto amor pela Luce.

A albina já não se importava em deixar as lágrimas rolarem livremente pelo rosto. Mesmo que ela pensasse que não valia á pena... Sim, valia. Não queria deixar Natsu infeliz.

— Sim... Você a ama... — ela murmurou. — Natsu, eu posso te pedir algo? — esperou ele assentir para continuar. — Por favor... Me beije. Por favor. Só peço isso, enquanto você ainda não namora a Lucy... Eu só te peço isso, por favor, realize o meu único desejo agora.

Ainda que relutante, o rosado assentiu, colocando a mão direita delicadamente no rosto da albina, colando seus lábios nos dela, lentamente.

A mesma deslizou as mãos para seu pescoço e apertou seus lábios contra os dele. Eles eram como tinha imaginado ─ quentes. Mesmo que ela soubesse que não havia sentimento algum naquele beijo, á não ser pena, ela sentiu por instantes como se fosse a dona do coração do rosado.

O mesmo sentiu uma angústia em certo momento do beijo, que continuou em seu peito, irritante.

O beijo durou mais do que ela esperava que fosse durar. E percebeu que Natsu não se separava apenas porque estava relutante e não sabia o que fazer.

Separou seus lábios dos dele com um pequeno riso. Era ridiculamente adorável o modo como ele conseguia ser bobo e fofo.

Você é muito idiota, Natsu. — ela sorriu, limpando o canto dos olhos. — Bem, estou voltando para a sala. E é bom que você faça o mesmo.

O róseo assentiu, vendo a albina sumir no meio dos corredores.

E não teve este outra opção, se não ir atrás de Lucy. Aquela conversa com a albina tinha lhe dado mais coragem do que o necessário; agora, ele realmente falaria com a loira. E não a deixaria esperando.

[...]

Levy encarava o rosto de Natsu, perplexa. Não tinha lhe passado que isso podia ter acontecido. Bem, não esperava que tivesse uma história toda atrás daquilo tudo.

— Uau... — encostou-se na mesa, com a face em pura confusão. — Nunca me passou pela cabeça que a Lisanna fosse se apaixonar alguma vez... Estou realmente surpresa, agora. — mordeu o lábio inferior. — Mas você fez merda. Beijou uma garota gostando de outra. Isso pode ter deixado ela feliz de certa forma, mas e você? Ficou feliz? — indagou, balançando a cabeça ao ver que o rosado não dizia nada. — Está claro que não. Você não pensa na sua felicidade, Natsu? E justamente quando pensou na sua... Foi, e fez uma merda dessa. E deu decepção para a garota a qual você queria dar felicidade. Isso é irônico.

Mais uma vez, o rosado não pronunciava-se.

— Isto é realmente uma bosta. Estou mesmo te deixando mais pra baixo, te fazendo se sentir um lixo, mas, foda-se! Por agora, você tem que se sentir um merda por fazer a minha amiga sofrer! — disse a azulada, suspirando. — Mas, Natsu. Se você tirou a felicidade dela, você pode muito bem dá-la de volta. E, eu vou te dizer uma coisa, não vai ser preciso contar essa história toda pra Lucy...

— ...Porque se eu só falar honesto com ela...

— ...Ela vai ver a sinceridade no fundo dos seus olhos. E do seu coração. — sorriu a baixinha.

Natsu surpreendeu-se com o que ele mesmo havia dito. Parecia como se eles tivessem combinado aquilo. Mas, preferiu sorrir também.

— Obrigada, Levy! — agradeceu ele, começando á ir para a saída do local. — Vou te ajudar com o Gajeel, por isso!

Quando a azulada viu-se sozinha, percebeu o rosto ficar quente ao extremo. Estava vermelha, comprovou, ao olhar para o vidro da janela e conseguir ver a coloração de seu rosto com bastante opacidade.

— É assim que você me retribui, idiota?

Preferiu suspirar quando viu o rosado já lá fora do prédio da escola, correndo como um louco.

Agora, era só ele correr atrás do prejuízo.


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Notas finais do capítulo

E então, galerê? ♥ O que acharam?
Cara, eu admito que fiquei até tocada com o flashback do Natsu (sim, aquilo é um flashback, para os que não entenderam) e tals.
Antes de tudo, queria dizer: PQP, eu fui muito burra em não esclarecer as amizades. Fiz logo pular um mês, que idiota. Enfim. Quis só esclarecer as amizades, Natsu fez diversos laços com algumas pessoas da escola, por isso, não estranhem se ele agir como um cavalo com alguns, hehe (assim como foi com a Levy).
Whatever.
Desculpem quaisquer erros de ortografia.
Desculpem o capítulo quase que encima do outro, porque eu estava realmente ansiosa pra postar esse capítulo.
Enfim.
Espero que tenham gostado e que postem um review lindo e fabuloso pra eu ler com alguns sorrisos contentes nos dentes (?), porque cada review me deixa assim; imensamente feliz.
Até o próximo, golfinhos ♥