Rusty System Of Love escrita por Maniac


Capítulo 11
Capítulo 11.


Notas iniciais do capítulo

HEYHEY GENTE! VOLTEI, I'M BACK, TÔ DE VOLTA!
Me senti na necessidade de continuar essa fic primeiro, ao invés da outra. Mas, desculpem mesmo, eu me confundi de novo... Não tem nada mais ~romântico~ nesse capítulo e...
MENTIRA MENTIRA MENTIRA SEGURA A PEDRA NÃO SOLTA É MENTIRA
Vocês me matariam se eu fizesse isso, er. Enfim! Eu adorei fazer o capítulo, tive que limpar o teclado de arco-íris umas mil vezes. uehueh
Mas enfim, chega de enrolação! Espero que gostem e enjoy!
Boa leitura~



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Sentia que seu estado deplorável não podia ficar pior. Claro, ela não deveria estar reclamando disso, mas, sinceramente, quem se sentiria bem ao estar usando a blusa do garoto que gostava?

Ela deveria se sentir. Mas não, era enjoada demais para isso, xingou-se mentalmente. A blusa era branca de mangas curtas, que no entanto, o comprimento era realmente de assustar. Natsu não era tão grande assim, por Deus, se ficava um pouco mais longa nele, nela ficava como um vestido de “princesa”.

— Eu realmente não me sinto bem usando isso agora. — falou consigo mesma, abrindo os braços em frente ao espelho do banheiro, que ela fez questão de trancar, a propósito. Não queria certos acidentes, por mais que Natsu fosse um completo idiota em relação á isso. Talvez ele nem percebesse. Ou percebesse. Bah.

Perguntou-se como é que a mãe de Natsu, Madry, havia lhe dado justo aquela roupa para usar. Afinal, como seria de se esperar, apenas garotas que tivessem um relacionamento sério como ele, tal como relações amorosas, pudessem usar.

Ou talvez estivesse ficando louca por ficar vendo tantos animes shoujos, realmente.

— Arghh, porque a família de Natsu é tão estranha! — resmungou consigo mesma enfiando as mãos no cabelo entupida de desespero, com as bochechas coradas. — Certo... Estou pronta, eu acho.

Saiu do banheiro após destrancar a porta e desligar a luz, dando de cara completamente com o próprio dono da blusa bem a sua frente, e, pelo seu olhar, ele não parecia muito satisfeito vendo-a com aquela roupa.

— Oe, essa blusa é minha, sabia? — disse, como se estivesse claramente revelando á ela algo surpreendente e nem um pouco perceptível.

— Ah, sério? Meu Deus, Natsu, você é um gênio, como é que em todo esse tempo eu não percebi que essa blusa é sua? — questionou, irônica, de braços cruzados com uma falsa expressão de espanto no rosto. — Qual é, não seja tão babaca e egoísta.

— Sabe, a sua aparência está bem erótica. — comentou ele como se não soubesse o perigo que corria ao dizer isso.

Levou uma cotovelada na barriga, cambaleando para trás até apoiar as costas na parede, colocando a mão onde fora atingido, praguejando de dor.

— Eu estou usando um short por baixo, seu idiota! — esbravejou, levantando a blusa á um ponto que ele pudesse ver a peça de roupa que ela usava por baixo, que no entanto era oculta por culpa da blusa. — Mas, vamos, pode levar as suas coisas como travesseiro e edredom lá pra baixo...

Ele rapidamente recompôs-se, olhando para ela com uma expressão de dúvida, contendo ficar boquiaberto, já que de certa forma, esperava o que ela fosse dizer.

— Como assim?

— Ah, não ficou sabendo? Sua mãe disse que eu podia dormir no seu quarto, mas eu obviamente não vou dormir lá com um garoto na cama. Você vai pro sofá. — disse, com um sorriso inocente nos lábios.

O rosado pareceu entrar em desespero nesse exato momento.

— C-como assim!

— Você já falou isso e eu já respondi. — a loira sorriu, indo para a outra porta naquele corredor, a que estava um pouco distante da porta do banheiro. Com um sorriso malvado, já dentro do quarto, olhou para fora, mandando o olhar pousar em Natsu, e feito isto, soltou uma pequena gargalhada. — Boa noite, Natsu. Sonhe com os anjos~ — fechou a porta por completo, logo após, jogando-se na cama, rindo baixo da expressão que o rosado tinha no rosto.

Segurou o lençol entre os dedos, afundando o rosto no travesseiro, fechando os olhos.

Afinal, todo aquele quarto tinha o cheiro de Natsu.

**

Lucy remexia-se na cama de uma forma um tanto desesperadora, apertando os olhos cada vez mais, gemendo palavras sem nexo. Provavelmente estava tendo um pesadelo, e todo o seu desespero parecia escorrer em forma de suor por seu pescoço, e permanecer em si, não deixando-a acalmar-se.

Aos poucos foi acalmando-se na cama, e de repente, abriu os olhos.

Apoiou o peso do corpo nos braços que fizeram-na se levantar de forma que ficasse sentada na cama com o lenço cobrindo apenas das pernas para baixo.

Balançou a cabeça, os lábios num traço meio trêmulo, e a testa franzida.

— Qual o problema, Lucy? — surpreendeu-se com uma voz que veio do seu lado e quase bateu a cabeça na parede, após ter caído da cama ao lado oposto o qual supunha que a voz vinha. — Oe, Luce!

Pôde ver claramente ver Natsu jogado na cama, olhando para o lado o qual ela tinha caído.

— Mas que merda você tá fazendo aqui... — murmurou, corada. 

— Eh? — tombou a cabeça para o lado. — É, bem. Eu achei que estivesse óbvio, no entanto. Eu estava dormindo. Não dava pra perceber? — indagou, e a loira ficou incrédula com a enrolação que ele fizera. Mas, mais incrédula ainda com a calma a qual ele disse isso.

— N-não é isso...! — começou, ficando de joelhos no chão, coçando os olhos. — V-você estava dormindo... na mesma... cama que eu... — a voz foi diminuindo gradativamente, cada vez mais, o rosto entrando em chamas.

— Devo corrigir isso, você, dormiu na mesma cama que eu. A cama é minha, sabe? — disse ele, fazendo uma careta.

— De qualquer forma! Eu sou uma garota. Você é um garoto. Não pode, entendeu?

Ele ficou em silêncio por segundos, com a mão no queixo.

— Por que não? Você pode ser gorda, mas eu consigo deitar. Você gosta de se xingar? — arqueou a sobrancelha.

— Não é isso! — ela suspirou logo depois. Era impossível conversar com Natsu estando dopada de sono. Pegou o celular jogado num canto qualquer na cama e viu; duas e meia da madrugada. — Eu vou lá pra baixo, se você faz tanta questão de dormir na sua cama...

Levantou-se, batendo as roupas para tirar a sujeira delas, ou ao menos tentar. Quando iria começar á andar, sentiu braços envolvê-la e puxarem-na para a cama de volta. Aconteceu tudo muito rápido, e de repente, se pegou olhando para a imagem de uma fênix dourada num fundo preto — o design da blusa de Natsu.

Respirou fundo, e quase como se tivesse pausado o momento, parou para recapitular.

Primeiro: Estava deitada na cama com Natsu, mas dessa vez, ciente disso.

Segundo: Estava praticamente abraçada á ele, seu braço direito estava jogado por cima dele também.

Terceiro: Ele estava envolvendo a cintura dela.

Quarto: Quem precisa de quarto?! Que merda estava acontecendo, sinceramente?

O rosto ficou vermelho, mas mesmo assim, ela não ousou dizer nada, muito menos tentar sair de onde estava. Preferiu ficar em silêncio. Afinal, se ele não estava protestando, quem seria ela para fazê-lo?

— Luce, com o que você estava sonhando? — a voz agora baixa e um tanto rouca de Natsu soou em seus ouvidos, cortando o barulho do vento soprando.

— ...Um sonho estranho. — riu baixo. — Sonhei que estava em casa conversando com a Virgo e de repente, escutava um barulho vindo do quintal. Eu e Virgo fomos lá ver o que era, mas quando cheguei, Virgo não estava mais do meu lado. E aí... — tossiu algumas vezes, tentando ganhar tempo para substituir a parte que não queria dizê-lo. — Apareceu um etêzinho saindo de uma mini-nave espacial. Ele era bem fofo... Mas, muito estranho! Então, ele começou á morar em casa. Mas aí, quando começamos á nos gostar, apareceu um monte de naves querendo levar ele de volta. Foi muito estranho mesmo.

— Uh, que estranho. E como era esse etêzinho? — perguntou o rosado. — Ou melhor, qual era o nome dele?

Lucy desenterrou o rosto do peito do garoto, olhando diretamente para ele, com o rosto meio sem-graça.

— Eu acho que você não vai gostar de saber, sinceramente... — diante do olhar dele, ela soltou um suspiro. — Era “Summer”.

— Lucy, você deve achar que eu sou burro. — riu o rosado. — Eu sei como é a palavra verão em inglês, certo? — riu mais ainda do rosto vermelho dela.

— Então tire notas boas nessa disciplina, seu idiota! — resmungou ela, rindo também.

Aos poucos, o riso de ambos foi cessando conforme o tempo que os olhares permaneciam cruzados, cada vez mais penetrante.

Natsu segurou o rosto da loira lentamente e segurava-o como se fosse algo frágil, que ao mínimo toque descuidado, pudesse quebrá-lo.

Aproximou ambos os rostos, enquanto a loira fechava os olhos fortemente, o rosto em chamas. Percebendo a hesitação dela, depositou um singelo tocar de lábios na testa dela, voltando a pousar a cabeça no travesseiro, apertando-a mais contra si.

— Natsu... — murmurou ela, olhando para o rosto dele.

— Não precisa se apressar. Eu vou estar aqui. Eu juro. — concluiu, fechando os olhos.

Surpreendentemente, sentiu a loira se mexer anormalmente em seus braços, e só pôde abrir os olhos depois que sentiu-a beijar sua bochecha. E, ele queria abrir os olhos e ver a mesma imagem todos os dias — a imagem de sua Lucy sorrindo de uma forma tão singela e inocente, que ele não poderia conter-se.

— Boa noite, Natsu. — disse a loira, fechando os olhos e permitindo-se dormir.

— ...Boa noite, Luce. — respondeu-a, fechando os olhos, com o rosto vermelho.

Por céus. Se Lucy continuasse assim, ele realmente não conseguiria conter-se.

Mas não importava. Porque, se ele continuasse esperando-a, ele sabia que ela também aguardaria por si mesma. E, algum dia... Simplesmente... Aconteceria.

Naquela noite, a única coisa que ambos pediram, foi sonhar um com o outro. Apesar de que aquilo não seria necessário, já que verdadeiramente... Um tinha o outro.


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Notas finais do capítulo

E então? *-* Mesmo que o esperado beijo ainda não aconteceu, vocês gostaram? :3 Espero de todo coração que sim.
Erros de gramática, por favor, me digam que eu consertarei o mais rápido possível.
Capítulo dedicado á TODAS as minhas leitoras (todas mesmo, até á vocês, que não comentam ç-ç) queridas. Sério, achei que nunca aconteceria de eu enfim escrever isso, enrolei até a mim mesma!
Mas, tudo bem~ Até o próximo, beijinhos á todas e... bem, novamente, até o próximo.