Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 51
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Olá flores!!
Antes de qualquer coisa, desculpem-me por ter demorado tanto para chegar a reta final. Isso mesmo: reta final.
Gente, eu estive escrevendo e pensando, só recentemente me dei conta de que: hoje faz um ano que eu postei o primeiro capítulo da fic. Andei pensando... Está mais do que na hora de por um ponto final nisso, não?
Então, andei escrevendo visando esse propósito. Daqui por diante irei adiantar tudo ao máximo. Senão, não chegarei ao final nunca ¬¬
Boa leitura...



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Naquele fim de semana, na noite da festa...

A mansão estava repleta de convidados, todos animados com as músicas mixadas pelo DJ e a bebida que rolava à vontade. Todos espalhados pela casa, mas a grande maioria se encontrava no jardim dos fundos, na área da piscina.
Paulo e Carla não demoraram a chegar e logo se juntaram a um dos anfitriões que estava cercado de alguns amigos no jardim.
–E aí Vinícius?! - Paulo o cumprimentou.
–Fala aí. Ei, Carla! - ele acenou para a moça.
–Oi, oi!
–Cadê o Vitor, você viu ele?
–Olha, já faz um bom tempo que não o vejo, e quando eu o vi pela última vez ele estava com uma cara que mais parecia uma tromba. Novidade né?! - ele revirou os olhos.
–Certo. Vamos ver se o encontramos então.
Paulo pegou a namorada pela mão e saiu com ela pelo local. Instantes depois, Vinícius deixou a companhia dos amigos com quem conversava para ver o porque da demora da esposa em descer e se juntar aos demais. Chegando no quarto do casal, ele abriu a porta devagar e ali ficou, admirando a amada esposa de longe.
Emily sorriu ao perceber a presença do marido ali.
–Por que está aí parado me olhando assim?
–Por que eu te amo, é por isso.
Ambos permaneceram aonde estavam e sorriram um para o outro. Emily deu uma última ajeitada em sua franja lateral e no cabelo, que estava todo solto.
–Pronto. - afirmou a loira anunciando que havia terminado mas, como o marido não reagiu, ela se viu obrigada a questionar. - O que tanto você olha em mim hein?
–Nada amor, é que acho que eu não vejo a hora de poder te ver com uma barriga enorme de grávida. - ele sorriu enquanto sua esposa franzia o cenho com o comentário dele.
–Ai, para né Vinícius.
–Tenho certeza que você vai ficar linda quando sua barriga começar a aparecer.
–Você é um bobo, sabia?
–Sabia. - ele afirmou e se aproximou para abracá-la. - Vim até aqui para ver se você já está pronta para descer. Vamos? - chamou laçando-a com carinho pela cintura, e tendo o pescoço envolvido pelos braços dela.
–Para falar a verdade eu não estou afim de participar da festa não. - confessou ela fazendo bico.
–Ué?! Então porque você se arrumou toda?
–Porque pensei em te chamar para irmos a outro lugar, não precisa ser nada especial ou planejado mas tem que ser só nós dois. O que você acha?
–Concordo. Afinal, passamos tanto tempo longe um do outro. - ele beijou a esposa. - E aonde você pensou em irmos? - perguntou ainda abraçado a ela.
–Não sei. - ela riu, e Vinícius se viu obrigado a rir também. - Mas não importa porque, eu te amo, vou com você para qualquer lugar Vinícius, não me importa aonde. Desde que esteja sempre com você, para mim é só o que importa.
O casal se beijou, um beijo apaixonado. Depois, desceram na intenção de jantarem e aproveitarem o restante da noite para darem um passeio, conversarem e passarem esse tempo juntos.
...
Paulo chegou sozinho ao encontro do amigo, que estava, também sozinho, à beira da piscina.
–Ué?! O que é isso, uma festa ou um velório? Que cara é essa Vitor?
–Acho que a única que eu tenho.
–Nossa, e o seu humor está melhor ainda. - ironizou. - E a Amanda, aonde está?
–Com o Gustavo. Não vai vir.
–Com o... Como assim? Espera, uma festa na casa do namorado dela e ela sai com o amigo?
Vitor nem se deu ao trabalho de responder a tal pergunta, fechou ainda mais a cara. Paulo fitou o amigo e fez suas observações.
–É bem feito.
–O que? - Vitor não pode definir o quanto irritado ficou depois de ouvir aquilo.
–Pois claro que sim, o namorado a deixou na mão outro dia, natural que ela peça ajuda ao amigo, não?
Vitor estava pronto para responder quando...
–Oi pra vocês!
Carla chegou até eles, trazendo um copo para si e outro para o namorado.
– Cadê a Amanda Vitor? - perguntou olhando em volta.
–Ela não vai vir.
O rapaz respondeu apenas, já dando às costas e deixando o casal de amigos para traz.
...
Faziam pouco mais de meia hora que haviam chegado e Gustavo estava mais do que incomodado com a constante distração da amiga.
–Amanda, o que é que está acontecendo? Você olha para o relógio a cada cinco minutos. Vai, me fala, você não gostou de ter vindo, ou por acaso você tinha que estar em algum outro lugar?
–Desculpa. Não é isso, claro que eu gostei de ter vindo mas, é que, o Vitor me chamou para ir a casa dele. Ele e o irmão vão fazer uma festa mas...
–Por que não disse nada?
–Por que nós d...
–Ele é seu namorado não é? Você devia estar com ele.
–E você meu amigo, melhor amigo. Jamais iria trocar nossa amizade por um relacionamento Guto.
Ainda mais por se tratar de um relacionamento que não passava de uma farsa, uma mentira.
–Obrigado, eu te agradeço mas, é melhor você ir.
–Eu é quem agradeço por você ser tão compreensivo comigo. Mas, só vou se você vir comigo.
–Essa não. - jogou os ombros numa expressão de desânimo. - Não vai adiantar dizer que não, não é?
A moça confirmou com a cabeça e Gustavo suspirou derrotado. Ele não teria coragem de dizer não a ela e a moça sabia muito bem disso.
–Anda, antes que eu mude de ideia.
...
Evitou qualquer um ali, não queria falar com ninguém. Raiva. Era só o que o Navarro conseguia sentir. Por que ela o tratou daquela maneira? Vitor achava agora que havia se precipitado quanto ao fato de estar gostando de Amanda. Na verdade, Vitor não sabia se podia deixar aquilo acontecer, primeiro por não ter certeza se Amanda aceitaria, se ela concordava, se também sentia o mesmo. E segundo por não ter certeza se devia deixar as coisas seguirem esse rumo e correr o risco de se decepcionar e sofrer novamente. E, mais uma coisa o incomodava. Será que Amanda gostava mesmo do amigo? Será que sentia algo a mais por Gustavo?
Tudo isso o fazia desistir de levar essa história a diante.
Pensando bem, não se importava com nada disso, ela podia ficar com quem quisesse, afinal era livre, apesar de haver um acordo entre eles. Assim como ele também, concluiu fitando o local.
Deu uma boa olhada em volta e pode ver mulheres bem bonitas pelo lugar. Esse sempre foi o combinado quando o irmão e ele organizavam as festas em sua casa. Convidavam os amigos e cada um deles devia convidar pelo menos duas moças para irem a festa. Desta vez, eles tinham se superado, pois dois terços do número total de pessoas ali eram compostos por mulheres. Belas mulheres, pensou ele enquanto servia-se de mais bebida.
Enquanto o fazia, viu uma moça se aproximar e parar a alguns poucos metros, estava falando ao celular. A olhou melhor. Era muito bonita, cabelos lisos e castanhos, na altura dos ombros e sorriso simpático. Parecia ser bem simples, devido a maneira como se vestia. Diferente das de mais ali, todas muito maqueadas, muito arrumadas, resumindo, extravagantes de mais.
A jovem continuou por ali e Vitor também, ainda a observando à certa distância. De certa forma algo nela despertou sua atenção, mesmo que não soubesse ao certo o que, já que ele sempre se interessou por mulheres ousadas até na hora de se vestirem. Vitor chegou pensar em ir até ela mas ao ver a moça sorrir, isso por perceber que estava sendo observada, o rapaz mudou de ideia.
Quem ele queria enganar, não era aquela ou qualquer outra que ele queria a atenção e companhia. Aquela quem ele queria agora não estava dentre nenhuma daquelas ali. Pensou ele ainda no mesmo lugar e olhando em volta.
–Oi!
A moça se aproximou e Vitor apenas virou o rosto ao ser abordado.
–Oi.
–Você é o Vitor, não é?
–Sim. E você?
–Sônia. Então você é o dono da festa?
–Sim, eu e o meu irmão. - assim como pensou, a tal moça lhe pareceu bastante simpática, tentaria ser também. - E você, está se divertindo?
–Claro! Já havia ouvido falar das festas de vocês mas, essa é a primeira vez que venho a uma. Uma amiga me trouxe com o namorado dela. Estou gostando muito!
Ela sorriu simpática e ambos ficaram em silêncio.
–E você Vitor? Não parece estar se divertindo.
–É. - suspirou, numa expressão de claro desanimo. - Parece que não. - não fez questão de esconder, foi obrigado a concordar.
Estava sentindo-se um completo idiota agora.
–Talvez por que a sua namorada não esteja aqui. - ela afirmou com tamanha certeza.
O rapaz franziu o cenho e encarou a moça que continuou.
–Com certeza ela não pode vir e você está sentindo a falta dela. Normal. - ela sorriu.
Vitor não entendeu o por que da conversa ter ido parar nesse assunto mas decidiu deixar pra lá. A moça despediu-se educadamente e saiu deixando-o sozinho mais uma vez. E Vitor, se viu obrigado a admitir, era certamente isso, sentia a falta da namorada, a queria ali consigo mas... Pensar aonde ela estaria agora e acompanhada de quem ela estaria agora, o fizeram ficar possuído de raiva. Tomou metade da bebida em seu copo, desistindo de prosseguir com aqueles pensamentos.
Caminhou, voltando para perto da piscina, de onde viu Gustavo aparecer por entre os convidados.
–O que esse cara está fazendo aqui? - se perguntou com certa irritação, que também o impediu de raciocinar.
Viu o loiro parar, isso por que estava a espera da amiga que vinha logo atras. Vitor não percebeu mas uma certa alegria tomou conta de si ao ver que Amanda estava ali. Foi como num passe de mágica, de repente ele já não estava mais bravo e toda aquela raiva havia desaparecido. Havia agora um sorriso estampado em seu rosto.
De onde estava, Amanda pode ver e reconhecer o namorado. Não foi difícil, ele estava usando uma de suas camisas sociais escuras, num estilo mais despojado, mangas dobradas como sempre, uma calça jeans e cabelos bem alinhados.
–Vai lá falar com ele. - disse Gustavo.
–Sim, eu vou.
A jovem deixou o amigo ali e foi ao encontro de Vitor. Na verdade ela não queria ir até lá pois, ele com certeza estava zangado e Amanda sabia que o humor dele estaria péssimo. Imaginava ela à medida que se aproximava de Vitor.
–Oi. - a moça chegou permanecendo na defensiva.
–Pensei que você não viria.
–Eu nunca disse que não queria vir, só não podia e nem queria desapontar o Gustavo.
–Eu já entendi, ele é muito importante pra você. - afirmou com descaso.
Foi a vez de Amanda franzir o cenho por não entender o comentário de Vitor. Se ele havia entendido os motivos dela, então por que ainda estava emburrado?
–E aonde ele está agora? - perguntou desinteressado.
–Foi pegar alguma coisa pra beber. E parou para conversar com a Carla e o Paulo no caminho.
–E você não quer nada?
Amanda respondeu balançando negativamente a cabeça, como se não quisesse conversar. A jovem deu alguns passos enquanto olhava o local, sem perceber que o namorado a fitava dos pés à cabeça.
–Onde vocês dois estavam mesmo?
–Nós? Fomos a um bar dos amigos do Gustavo, eles sempre tocavam lá nos finais de semana. - respondeu tentando imaginar o por que da pergunta, qual o interesse dele em saber.
Vitor então reparou melhor na roupa que Amanda usava e aquela não lhe pareceu ser apropriada para uma mulher comprometida usar longe do namorado. Muita falta de pano, pensou ele franzindo o cenho. As pernas grossas e torneadas da moça estavam totalmente à mostra devido ao shortinho jeans, de cintura mais alta que usava e uma blusa tomara-que-caía num tom de azul caneta, deixava o colo da moça bem destacado. Os cachos esvoaçantes, negros como a noite, estavam soltos e caindo como cortina pelas costas da morena. Concluindo, para ele ela estava arrumada de mais, bonita de mais. E pensar que ela saiu assim, mesmo que acompanhada por um amigo, o fez sentir uma pontada de ciúmes.
Mas ele não se via no direito de reclamar ou falar qualquer coisa sobre isso.
–Vem, vamos pegar algo para eu beber então.
O casal saiu de mãos dadas pelo local, logo encontrando-se com Carla e Paulo ainda de papo com Gustavo. Ao se deparar com Amanda, Carla pulou no pescoço da amiga para cumprimentá-la. Conversaram um pouco mas, Gustavo logo deu um jeito de sair do grupo e não demorou para que Carla arrastasse o namorado para a pista de dança. Amanda e Vitor se viram sozinhos de novo.
E ele se via novamente ansioso e indeciso. Falar ou não falar com Amanda, o rapaz ponderava enquanto fitava a moça ao lado. Tanto tempo já havia se passado desde que se conheceram e, aqui estava ele nessa situação, apaixonado por aquela a quem propôs um acordo mais que absurdo.
Seria esse o momento para confessar a Amanda o que descobriu sentir por ela?
–Vitor.
Ouvir a voz suave dela lhe chamar fez com que despertasse.
–Você está tão calado, por que? - questionou temendo que ele estaria assim ainda por conta da ex namorada, afinal eles tinham conversado e ela não sabia qual resultado desse encontro.
–Não, não é nada. Esquece isso, tudo bem?
–Se estiver sendo sincero, tudo bem.
–Você e essa velha mania de preocupar além conta, não é?
–Fazer o que? - ela cruzou os braços. - Você da motivo.
Amanda desviou o olhar por um instante mas, ao sentir a aproximação de Vitor ela voltou o rosto para ele.
–Você não sabe como eu fiquei feliz por você ter vindo. - fez questão de confessar encarando profundamente os olhos da moça.
Apesar de estar com as bochechas coradas, agora era Amanda quem se via tomada por uma alegria que a dominava por dentro e transparecia num sorriso bobo em sua face.
Ver aquele sorriso no rosto delicado dela fez Vitor sorrir também.
O casal parou e se entreolhou. Até que a batida da música seguinte soou alto e começando a tocar.
–Vem, vamos dançar. - pediu ele sem pensar.
–Mas...
Ele a pegou pela mão e a levou para a pista de dança. O rapaz parecia contagiado por alguma coisa. Amanda nem teve tempo de questionar mas, achou a música que tocava um tanto lenta de mais. Ao chegarem, Vitor se posicionou de frente ela, levando as mãos a cinturas de Amanda e assim, a trazendo para mais perto. Logo estavam dançando assim como alguns outros casais ali. E, com toda aquela proximidade entre eles, era impossível que um não sentisse o perfume um do outro.
Amanda se pegou pensando no que vinha sentindo com relação ao rapaz. Mas não podia ser assim, pensava ela confusa. A jovem desceu as mãos do pescoço do rapaz, que estava concentrado da dança, e fez menção de sair dos braços dele. Não conseguiu. Foi impedida pelas mãos de Vitor, que a seguraram com certa força em sua cintura.
–Nós apenas começamos, o que foi? - ele questionou por não entender.
–Nada. - respondeu sem mirar o rapaz.
Ela tentou sair de novo e mais uma vez Vitor a impediu.
–Amanda...
–Eu só não quero mais dançar.
E parecia não queria olhar nos olhos dele também, pensou o rapaz.
–Mas porque? - perguntou erguendo o rosto dela com uma das mãos, mas mesmo assim ela não o encarou.
–Não é nada, eu só...
–Amanda você é péssima mentindo. Me fala o que é. O que te deixou assim?
Ouvir aquela pergunta a fez focar na reposta. Era por ele, por ele que estava assim. Pelo que estava sentindo por ele.
–Não é nada, mesmo.
Amanda levou os olhos até os dele finalmente só que não conseguiu dizer mais nada.
–Tudo bem, não precisa falar. O que eu não quero é te ver triste.
Ele ainda tinha a mão no queixo da moça e, sem perceber, acariciou de leve o rosto dela.
–Tem alguma coisa que eu possa fazer ou dizer para que você melhore essa carinha?
Ela não o respondeu, apenas voltou para os braços do namorado, sentindo-o a abraçar novamente. A música parou e logo em seguida uma outra começou, tão lenta quanto a anterior só que mais envolvente. A música seguiu. Amanda se deixou levar pelo ritmo daquela calma melodia. Parecia que só haviam os dois ali. Tudo estava tão calmo, perfeito. Se pudesse ficaria ali com ele a noite toda, pensou ela se dando conta de como gostava de estar nos braços dele. Era incrível como estar ali a fazia se sentir acolhida e protegida.
A música terminou e eles se entreolharam sem conseguirem se afastarem ou dizerem nada um ao outro, o que vinha acontecendo com certa frequência, pensou Amanda sem conseguir se mover um centímetro para longe dele. Já Vitor reparou em outra coisa, a vontade inexplicável que sentia de tomar os lábios da morena sempre que estavam assim. O rapaz respirou fundo voltando a si, precisava resistir. Mas, ficava difícil tendo a boca dela tão próxima a sua.
Vitor levou o rosto até o dela e selou a boca da morena, mirou aqueles olhos que tanto admirava antes de selar os lábios da moça novamente. O fez uma terceira vez só que demorando um pouco mais para encerrar o contato. E na quarta vez em que os lábios do casal se encontraram, nenhum dos dois quis deixar que aquilo acabasse. E o inocente selinho se transformou em um beijo cheio de paixão.
Depois um tempo, Amanda interrompeu aquele beijo. Tudo isso que sentia por ele, todo esse sentimento, era de mais para ela poder compreender ou administrar. Ela estava confusa. Poderia deixar isso acontecer? A moça se perguntava ainda nos braços dele, ainda bem próxima.
Proximidade essa que facilitou para que Vitor alcançasse os lábios carnudos da morena novamente. Ele a beijou, um beijo breve e a mirou nos olhos. Sim, eram só aqueles lábios que Vitor queria provar a partir de agora.
O silêncio entre eles durou apenas uma troca de olhares, Vitor queria ter certeza de que ela também queria aquilo e esperou um momento para ver qual seria a reação dela. Mas, assim que viu os lábios dela se entreabrirem novamente, Vitor não resistiu. Nem ela e nem ela. Amanda viu a boca de Vitor vindo em direção a sua e fechou os olhos à espera dos lábios dele, que não demoraram. Sim, ela queria. Amanda apenas o sentiu agarrar os cachos de sua nuca antes ser beijada por ele. Mais uma vez um beijo repleto de vontade e paixão.
Eles já tinham parado de se beijarem, beijo esse capaz de retirar todo o fôlego e até o gloss labial que Amanda usava. O Navarro não esperou e mais um beijo aconteceu. Sem se conter, Vitor levou a boca até a da moça novamente, grudando-se nela. O rapaz sessou o contato por um breve instante, passando a segurar o rosto dela com as duas mãos, então passou a língua nos lábios da morena para umedecê-los, sugando-os e tomando-os em seguida. Parecia que somente o beijo dela era capaz de satisfazê-lo agora. Amanda se deixou levar pelas sensações causadas por ele e tudo aquilo. Foi um beijo demorado e cheio de desejo por parte de ambos.
Eles enfim param, entretanto Vitor não a soltou de maneira nenhuma.
Realmente, aquelas palavras que disse a Érika sobre Amanda eram reais, ele não as tinha dito apenas pelo calor do momento. E se ele não falasse iria enlouquecer com isso.
Amanda não reagiu e Vitor, por sua vez, só pode sorriu diante da face envergonhada dela. E não era para menos. Vitor esfregou os cabelos criticando-se mentalmente. Onde estava com a cabeça para beijá-la daquele jeito. Por mais que tivesse sido muito bom, ele tinha com certeza exagerado. Amanda era uma garota tímida, ele não podia partir para cima dela da mesma maneira como fazia com qualquer outra. O problema foi que, na hora, até tentou ser mais sutil, cuidadoso e ir com calma mas, aquele jeitinho tímido que ela possuía conseguia deixá-lo... Espera. Só que, tudo estava começando a passar dos limites. Não devia pensar desse jeito, com desejo, não podia. Ou será que podia? Será? Ela era uma linda mulher! Gostava de tê-la por perto, não só gostava como queria tê-la por perto.
Logo uma música eletrônica começou a tocar e quebrou o clima entre o casal.
–Eu... Eu preciso falar com a Carla.
–Agora? - a perguntou frustrado?
–Sim.
A jovem fez menção de sair mas, Vitor foi mais rápido e a impediu. Sim, ela realmente era péssima em matéria de contar mentiras, porque estava na cara que aquela pressa toda dela em sair era por estar fugindo.
–Depois. Antes eu tenho que te falar uma coisa. - ele começou antes que ela partisse. - Eu não cheguei a te pedir desculpas por ter te deixar sozinha naquela noite em que fui falar com a Érika - Vitor pode ver o rosto dela mudar na mesma hora, continuou. - mas, foi importante ter ido até lá.
Amanda sentiu um nó na garganta ao ouvir aquilo. Se ter ido falar com ela tinha sido importante, certamente seria por que a ex namorada ainda era importante. Isso a fez sentir medo do que ele poderia dizer a seguir.
Vitor continuou.
–A Érika foi a primeira garota que eu amei e, acho que foi por isso que fiquei tão frustrado quando o nosso quando namoro terminou. Tanto que eu me fechei para tal sentimento.
Até aqui o que Amanda queria era que ele parasse de falar, que a poupasse, senão, talvez o coração dela não conseguiria suportar.
–Por isso que ter ido falar com ela foi importante pra mim.
Amanda evitou olhar para ele e o deu às costas.
–Ela queria voltar pra você, não queria?
–Sim. - confirmou e se aproximou dela. - Ela me disse que foi por isso que ela voltou. Confesso que quando soube disso fiquei um pouco dividido.
Amanda calou-se e queria que ele fizesse o mesmo, não queria que Vitor dissesse mais nada. Queria poder ir embora.
–Mas ir lá, falar com ela me fez ver que...
–Vitor, chega. - o interrompeu por não querer escutar o que ela já sabia.
–Não, Amanda, eu tenho que falar com você. Espera.
Amanda deu as costas e saiu. Vitor ficou para traz, dividido entre ir ou não atras dela. Mas, ele tinha começado e independente de como tudo iria terminar ele iria dizer a ela o que sentia. Ele começou então a procurá-la pelo local pois, em meio a tanta gente, a tinha perdido de vista. Mas sua atenção foi direcionada para uma loira que adentrou a área da piscina. Sua ex, Érika. A loira, tendo um largo sorriso no rosto, acenou para ele de longe e se perdeu por entre as pessoas.
–Mas que raios ela está fazendo aqui?
Vitor irritado e possesso por raiva, passou a mão pelos cabelos se perguntando o que ela ainda podia querer. Céus! Será que nunca mais teria paz?
Saiu apressado a procura dela.
...
Amanda ainda estava em modo de fuga quando ouviu seu nome ser chamado. Virou-se mas não reconheceu a pessoa que pronunciou seu nome. Uma bela loira de cabelos curtos e sorriso largo.
–Sim, sou eu. E você é?

Continua...


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Notas finais do capítulo

É impressão minha ou o Vitor fez tuuudo errado?
Essa não parece que a Érika vai conversar com Amanda antes do Vitor. Isso não é bom u.u
Tipo assim, não sei dizer ao certo quantos capítulos terão até a fic acabar mas, daqui por diante é caminhada rumo ao fim.
Essa não, pensar nisso me fez entrar em estado de "sofrimento por antecipação". Não dá para evitar por que já estou com saudades aqui!! (será que acordei melodramática hoje???)
Me vou, e fico esperando pelos comentários de vocês se possíveis. Ok?!
Beijoss meuss :*
P.S; E obrigada pela paciência ^^