Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 44
Capítulo15


Notas iniciais do capítulo

CONSEGUI!!!
Eu estava quase tendo uma CRISE de ansiedade antes de postar tal capítulo ^^ Por que será?? Terão que ler para saber :)
Espero que gostem!!
Boa leitura...



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Ainda não tinha desistido, queria e iria tê-la de volta. Saiu cedo para ir até a casa de Gabriela para conversar com Emily novamente. Chegando a casa da moça, ficou sabendo que a esposa já não estava mais ali e voltou sem saber aonde procurar por ela. Tentou ligar para ela várias vezes, porém Emily não o atendeu.
Decidiu voltar para casa e pensar um pouco.
...
–Tem certeza que não tem problema você ficar aqui sozinha?
–Não Carla, é justamente o que eu preciso agora. - afirmou enquanto encolhia-se no sofá da sala.
–Mas Emily...
–Tudo bem. E eu agradeço por você ter deixado que eu fique aqui no seu apartamento por enquanto.
–Que isso, fique o tempo que quiser amiga.
–Obrigada Carlinha! - forçou um sorriso. - Mas agora vai, senão você não vai chegar a tempo de sair com o pessoal.
–Tá, eu vou, mas só se você me prometer que vai ficar bem.
–Pode deixar, eu vou.
–Estou indo então e volto na segunda.
–Tá. Está bem.
...
O grupo de amigos saiu naquela noite mais cedo do que de costume. Foram a um barzinho no centro. Somente saíram por que já haviam marcado a tempos que iriam sair no fim de semana em que Carla pudesse vir à cidade. Porém, ninguém ali parecia estar com astral ou ânimo para curtir balada. Isso por conta do que estava acontecendo com Emily e Vinícius. Todos estavam chateados e sentidos pelo casal.
Decidiram não ficarem por muito tempo.
–E o Thomas Carla? Ele não tinha dito que vinha com você?
–É mas, na última hora ele disse que não poderia vir. Sei lá, acho que mudou de ideia.
Na verdade, o loiro havia sim mudado de ideia quanto a vir passar o fim de semana com os amigos. Tudo isso por que Carla acabou soltando para ele que Emily estava ficando em sua casa, o que o fez mudar seus planos imediatamente e deixar uma certa pessoa na mão. O loiro não estava a fim de perder essa oportunidade.
Ficaram por mais uns quarenta minutos depois de chegarem, e logo depois decidiram pedir a conta e irem embora.
Antes de saírem Carla e Amanda foram até o toalete, enquanto Paulo e Vitor ficaram perto da saída. O celular de Paulo tocou e ele saiu para etendê-lo, Vitor ficou sozinho ali mesmo, esperando, até ser abordado.
–Oi Vitor!
O rapaz virou o rosto ao ouvir seu nome, ficando boquiaberto ao ver uma loira parada ao seu lado, a qual reconheceu imediatamente.
–Érika! - exclamou estático.
–Eu! - afirmou ela sorridente. - Estava passando por aqui, te vi e, resolvi parar para dizer um oi. - continuou, fitando nos olhos o rapaz que a mirava desacreditado. - Desculpe mas, tenho que ir agora. - encarou o rapaz ainda sem reação lançando-lhe um de seus perfeitos sorrisos. - Foi bom te ver de novo. - aproximou-se do rapaz e depositou lhe um beijo no canto da boca. Tchau Vitor! - sussurrou ainda próxima aos lábios dele.
Érika deu um passo para traz e sorriu mais uma vez ao vez que Vitor parecia querer dizer alguma coisa mais sem conseguir pronunciar palavra nenhuma.
–Tomara que a gente se veja de novo Vitor.
Vitor não reagiu e a moça saiu.
Não sabia descrever o que estava sentindo. Levou umas das mãos ao rosto e respirou fundo. Estava em choque por reencontrá-la.
De onde estava, Paulo viu a cena que julgou ridícula e, assim que terminou a ligação, partiu para falar com o Navarro. Porém, Amanda e a namorada o alcançaram primeiro, antes que chegasse até o amigo.
–Vamos, já podemos ir. - disse Vitor quando todos reuniram-se novamente.
–Então tá. - concordou Carla saindo na frente.
A jovem pegou na mão do namorado, saindo na frente com ele e ao dar dois passos para fora do local.
–Espera, aquela lá não é a Érika? - questionou ela. - Ali, de vestido preto, entrando no táxi. - apontou para a loira do outro lado da rua.
Ninguém respondeu nada. Paulo apenas passou os olhos somente para confirmar, e Vitor, já sabia a resposta. Amanda foi a única a virar-se para olhar na direção em que Carla estava mostrando.
–A loira Carla? - Amanda perguntou ao ver uma loira de cabelos curtos entrar no veículo.
Paulo voltou seu olhar para o amigo que estava sem saber o que dizer.
–Era ela sim. Conheço aquele cabelo oxigenado de longe. - insistiu Carla. - Por acaso ela estava aqui?
–Não faço ideia. - Vitor respondeu rapidamente.
Paulo deu de ombros.
Amanda viu o clima estava ficando um tanto estranho, resolveu se manifestar.
–Amiga de vocês? - perguntou inocente.
–Não.
A jovem ouviu seu namorado responder e mais que depressa passar a mão na sua e praticamente a puxar para fora do lugar, levando-a para o carro. Amanda se perguntava o por que de toda aquela pressa.
O outro casal despediu-se dos amigos que voltaram para casa na moto de Paulo.
...
–Alô!
–Aonde você está seu incompetente?
Não tinha visto quem o ligou antes de atender porém, reconheceu na mesma hora aquela maneira mal educada de sempre dela.
–Érika...
–Você não disse que viria com a insuportável da Carla? Era para você estar aqui com eles, na mesa, para que eu tivesse como me aproximar. Lembra? Foi o que combinamos.
–Você vai ter que se virar sozinha por que eu tenho outras coisas pra resolver agora.
–Como?... Você disse que me ajudaria Thomas.
–Só que não vai dar, hoje não.
O loiro desligou o telefone e ajeitou os óculos na face. Tinha apenas chegado a seu destino mas, ligou o carro de volta assim que avistou Emily sair da casa de Carla e entrar em um táxi. Seguiu o veículo até o destino da loira.
...
Sua mente estava em total desassossego. Na direção de seu carro, Vitor tentava decifrar o que estava sentindo depois daquele reencontro inesperado. Tinha sido a primeira vez que o ex casal se viu depois que o namoro deles terminou. Érika estava ainda mais bonita do que se lembrava, mesmo que ainda tivesse os cabelos com o mesmo corte. Gostava deles assim, sempre gostou. Mas, o que ela estava fazendo aqui? O rapaz se perguntava com tamanha curiosidade.
–Sabe Vitor, - começou distraída em suas próprias palavras. - pensei em comprar um presente para a Kim, já que o aniversário dela está chegando, mas queira que você me ajudasse a escolher algo bem especial para ela. Você, me ajuda?
Esperou pela resposta mas ela não veio.
–Vitor? - chamou, mas ele ainda não lhe deu atenção.
Estava tão concentrado em seus pensamentos que não ouviu uma palavra sequer dita pela moça.
Amanda o chamou porém, ele não a respondeu.
Ele a estava evitando? Não. Era outra coisa certamente. A moça deu uma boa olhada para o rapaz aparentemente ansioso ao volante. Amanda pensou em deixar, mas se questionava o que poderia estar acontecendo. Já o tinha visto assim uma vez. Não iria se segurar, queria saber o que o fez ficar assim. Iria perguntar com certeza, afinal, ele já havia demonstrado confiança para falar com ela uma vez.
–Vitor! - tentou mais uma vez e mais alto.
–O que foi?
Ele enfim despertou, um pouco impaciente por sinal.
–Eu é quem pergunto. - ficou irritada com o tom de voz dele. - Você estava bem e agora está assim...
–Impressão sua. - desdenhou daquela cobrança dela, tentando encerrar o assunto.
Amanda se calou. A maneira ele a tratava a machucava às vezes e ele parecia não se dar conta disso. Mas o que realmente a estava machucando era vê-lo daquela maneira, ainda mais por querer ajudá-lo e vê-lo se afastar. Estava começando a se cansar disso, de toda essa inconstância na personalidade complicada dele.
–Para Vitor, de se esconder e esconder o que você sente.
Ela esbravejou num excesso de fúria que desconhecia existir em si.
–O que? - ele questionou, não conseguindo evitar de ficar perplexo com a cobrança dela.
–Isso mesmo que você ouviu. Se você está mal, então fale.
–Olha, talvez pra você seja fácil se abrir com os outros mas pra mim não é, entendeu?
–Que?
Como assim? Do que ele estaria falando?
Mal sabia ela que naquele momento o Navarro estava se referindo a Gustavo quando exagerou dizendo "outros".
–Pra mim também não é. - ela o interrompeu antes que ele pudesse continuar. - Eu só faço isso com você. - encarou o rapaz, que estava ainda mais surpreso agora, tanto ele quanto ela. - Só com você. - ela o encarou séria. - Não, não sei explicar o por que mas, eu, confio em você Vitor. De tal maneira que sinto que posso te contar qualquer coisa.
Ambos se calaram por um instante.
Era sim inexplicável para a jovem compreender como ela, que sempre teve dificuldade em se aproximar das pessoas assim como deixá-las se aproximarem de si, permitir que Vitor soubessem de coisas tão pessoais sobre ela, coisas que só dividiu com Gustavo, isso por serem amigos de longa data.
–Amanda...
–Não estou te cobrando nada mas, só achei que... Por favor, pelo menos tenta desabafar com alguém quando ficar assim. Apenas, fale.
Não disse mais nada. Nenhum dos dois durante a volta. Amanda ficou a fitar a chuva fina que queria cair do lado de fora. O clima lá fora estava tão ruim quanto ali dentro do veículo, pensou ela.
...
Cansada de ficar em casa se lamentando de tudo o que tinha acontecido entre ela e Vinícius na última semana, Emily decidiu sair um pouco de casa. Não foi muito longe, parou no primeiro barzinho que encontrou aberto e mais movimentado naquela noite. Barulho, era isso que queria para distrair sua mente um pouco.
Entrou, sentou-se sozinha em uma mesa próxima a porta mesmo. Tinha a intenção de beber um pouco e sair logo. Tentou focar seus pensamentos e atenção no local em que estava.
E, entre um copo e outro.
–Emily, é você?
A moça virou-se para ver quem chamou por seu nome.
...
Ao chegarem a casa da moça, Amanda retirou o cinto e começou a sair sem sequer olhá-lo ou despedir-se como sempre fazia. Ao ver a cena, Vitor a chamou.
–Amanda.
–O que? - respirou profundamente, estava mais calma agora.
–Posso falar com você um minuto?
Agora ele queria falar? Agora já não tinha mas sentido falarem. Amanda enfim olhou para ele e o respondeu esmorecida.
–Não.
Respondeu, abriu a porta e saiu do veículo.
–O que?... - ele questionou enquanto a via sair.
A jovem continuou seguindo em direção de sua casa.
–Por que? - Vitor abriu a porta, saiu também.
–Por que... - ela parou mas não olhou para traz, estava desanimada com tudo, com ele. - Por que eu não quero falar com você. É por isso. - voltou a caminhar.
–Eu imagino que não. - fechou a porta rapidamente e correu até ela.
Ele a alcançou e a segurou pelo braço a fazendo parar.
–Mas espera, eu queria te pedir desculp...
–Não. - voltou-se para ele. - Eu não quero que me peça desculpas.
Vitor parou assim que foi interrompido, calou-se com a atitude dela.
–É sempre assim que acontece, você age e fala sem pensar, depois se arrepende e vem me pedir desculpas. Eu não quero mais isso.
Se ouvisse aquela palavra mais uma vez, se ele agisse assim mais uma vez, Amanda enlouqueceria com certeza.
–Amanda...
–Eu prefiro que você me ignore como sempre. Como você faz com tudo toda a vez que fica assim.
Vitor ficou a escutá-la. Deixou que ela falasse, mais parecia que estava desabafando. Mas ele também precisava falar. A segurou com as duas mãos para então começar.
–Olha, eu...
–Por isso não, não se incomode, já faz tempo que estamos nessa e, sei que devia estar acostumada... - tentou se livrar das mãos dele, porém Vitor não deixou, não a soltou. - mas, eu vou me acostumar. Quer seja ignorando tudo como você faz ou... - puxou os pulsos ainda tentando tirá-los das mãos dele e, sem sucesso.
Começaram a discutir sem se importar com a chuva fina que começava a cair sobre eles.
–Eu não queria ter falado com você daquele jeito, mas eu...
–Por favor, esquece, deixa isso pra lá, é melhor... - tentou se soltar mais uma vez, o que fez com que ele a segurasse com mais força, mais perto e a fazendo olhar diretamente em seus olhos.
–Espera. - encarou a moça. - Eu não queria ter que fazer você passar por tudo isso. - ele fez uma pausa. - É um pedido sincero, me desculpe Amanda.
As nuvens não mais seguraram a chuva que queria cair. O casal se pôs em silêncio por um breve instante.
–Droga Vitor. Por que você faz isso? - ela parou de lutar e tirou seus olhos dos dele, baixando o rosto cansada. - Por que você esconde quase que profundamente essa pessoa boa e gentil que e sei que você é? - levou uma das mãos ao lado esquerdo do peito do rapaz.
Naquela hora, as mãos de Vitor fraquejaram ao ouvir aquelas palavras vindas dela. Já não tinha mais forças para segurá-la, a soltou. As mãos dele escorregarem lentamente pela silhueta da morena, enquanto as dela repousaram-se sobre o peitoral do rapaz. Vitor sentiu uma enorme vontade de abraçá-la na hora mas, não o fez. Estavam frente a frente, tão concentrados um no outro e tão envolvidos, que nem perceberam ou importaram-se com a chuva que começava a molhá-los.
Amanda então ergueu o rosto, e os olhos do casal se encontraram.
A pequena diferença de altura entre os dois fazia com que a jovem tivesse que inclinar a cabeça para poder olhá-los nos olhos. Vitor a mirou enquanto a chuva caia e molhava o rosto de Amanda. A água escorregava pela face da morena e assim fazendo parecer que ela estava chorando. Depois de tudo que Vitor já tinha descoberto da vida de Amanda, o quanto ela sofreu, naquele momento, prometeu a si mesmo que não iria ser mais um motivo de fazê-la derramar lágrima alguma.
–Amanda... - murmurou repousando a testa na dela. - Me perdoa por favor.
–Você me deixa louca, sabia?! Quando faz isso, quando age assim. Ora indiferente ora super cuidadoso. Eu, fico sem saber com qual Vitor estou lidando... Sem saber como agir. - respirou fundo, agora mais calma, antes de terminar. - Confusa.
–Amanda... - levou uma das mãos ao rosto da morena.
Vitor fitou os olhos verdes de Amanda. Aproveitando que sua mão esquerda estava ao alcance da bochecha dela, a levou até a nuca da moça, trazendo o rosto dela de encontro ao seu. Porém ela foi mais rápida.
–Não... - ela soltou em meio a um suspiro.
Amanda agarrou a camisa, já molhado do rapaz, com as duas mãos, o impediu de continuar e parou, porém ele não. O fato dela ter parado não o impediu. Vitor então levou lentamente os lábios de encontro aos dela. Amanda mais uma vez resistiu, mas ele insistiu. Queria sentir lábios dela nos seus, precisava.
Manteve a mão onde estava, entre meio aos cabelos da nuca de Amanda, aproximou o rosto e, ao ouvi-la sussurrar seu nome, roçou o nariz no dela e entreabriu os lábios. Afastou-se, recuando só o suficiente para ver que ela havia feito o mesmo. Depositou um longo selinho na boca de Amanda, grudando-se a ela, enquanto acariciava a cintura da mesma, colando o corpo dela ao seu.
Param mas, sem que ele a soltasse. Mais uma vez roçou o nariz no dela. A morena ofegou e Vitor selou demoradamente os lábios carnudos de Amanda a convencendo de deixar aquele beijo acontecer. Amanda rendeu-se e o deixou invadir sua boca. Vitor, por sua vez, não se apressou em fazê-lo, saboreou cada instante daquele contato entre eles enquanto a abraçava com mais vontade. E, a medida que acontecia, o beijo deles se tornava mais intenso.
A chuva caía com um pouco mais de força, molhando o casal que se beijava em total sintonia e entrega. Vitor segurou o rosto de Amanda com as duas mãos a beijando com vontade, enquanto a sentia abraçá-lo. Nenhum dos dois pensou em nada que não fosse aquele momento.
Chegada a hora de pararem, sessaram o beijo mas não se soltaram.
–É melhor você entrar. - disse ele um pouco ofegante.
Os dois estavam completamente molhados.
–Mas, você...
–Eu vou embora.
Elevou umas mão que seguram firmemente a cintura da jovem e retirou uma mecha caída em frente a face daquela linda morena de encantadores olhos verdes em seus braços. Sim, era melhor ir embora, concluiu ele soltando a moça.
Os dois enfim se separam, Amanda entrou em casa e Vitor em seu carro.
...
A moça virou-se para ver quem chamou por seu nome.
–Oi Thomas! O que você está fazendo aqui?
–Esqueceu? Eu moro aqui. Você é quem parece estar na cidade errada. - brincou.
–Não, é, é que...
O rapaz a reparou por um instante e, como ela não terminou a frase.
–Está tudo bem?
–Eu já nem sei. - encheu o copo a sua frente, logo em seguida desistindo de continuar a beber.
–O que aconteceu? Cadê o Vinícius?
–Thomas, eu posso te pedir um favor? Me leva pra casa.
–Sim, mas... Quer dizer que você está aqui sozinha?
–Sim. - respondeu ainda sentada. - Não só aqui mas, sozinha de uma vez. - disse com olhar vago.
–Emily, como assim?
–Eu vou me separar do Vinícius.
–O que?... - estava tão surpreso que nem conseguiu prosseguir.
–Descobrir que ele estava me traindo. Sai de casa.
O rapaz sentou-se puxando a cadeira ao lado para si.
–Tem certeza de que é isso o que você quer? - perguntou seriamente.
–O que... Que pergunta é essa? É isso o que tenho que fazer.
–Você ainda o ama?
–Que? Eu não estou te entendendo. Você quer que eu o perdoe, é isso?
–E você não acha que isso seria o certo a ser feito? (Já que você o ama)
–Thomas, eu realmente não estou te entendendo.
–Se você o ama Emily, se realmente o ama, você seria capaz de perdoar o que ele fez, qualquer coisa, mesmo sendo o que foi.
–Não... Espera, você está dizendo que eu não amo o Vinícius?
–Foi o que eu te perguntei, você o ama?
Fitou a loira esperando a resposta dela.
–Para! Chega, assim eu vou ficar confusa.
–Eu só quero te ajudar Emily, por que você parece estar sofrendo sem motivo. Se você não o ama, esqueça-o. Um cara como o Vinícius não merece que uma mulher como você sofra por ele.
A loira se viu ainda mais confusa agora. As palavras dele lhe pareceram durar mas também verdadeiras. Será?
–Thomas, eu,... É sério, quero ir embora.
–Vem, eu te levo.
Os dois saíram do bar e seguiram para o apartamento de Carla, assim como Emily informou. Ao chegarem no endereço, os dois subiram a pedido da loira.
–Você vai ficar aqui com a Carla por quanto tempo?
–Não. É por pouco tempo. - respondeu a loira voltando da cozinha trazendo um copo para ele e outro para ela. - Eu não tinha outro lugar pra ir e não queria voltar para a casa dos meus pais. - sentou-se no sofá e ele fez o mesmo. - Até decidir o que faço, fico aqui. - virou metade de sua bebida garganta a baixo.
–Você não devia beber tanto assim, sabia?
–Que isso Thomas, acho que estou no meu direito.
–Tudo bem, entendi. Mas mesmo assim, você não devia se deixar abater pelo que aconteceu. - tomou um curto gole e fitou a loira.
–É engraçado sabia?! Você parece estar querendo me fazer ver as coisas de maneira diferente, como se tudo o que houve tivesse um lado bom no fim das contas.
–Você não merecia o que ele te fez. Mas pelo menos assim, agora você está livre dele. Pode fazer o que quiser da sua vida.
–Eu sei, mas...
Emily suspirou frustrada. Não é tão fácil saber que a pessoa que você ama te fez uma coisa assim. Como superar algo assim?
–Mas uma coisa você não pode fazer, sofrer por causa dele.
–Acontece que não é tão simples assim.
–Emily, você é uma mulher inteligente, sabe que o que eu digo é o certo a se fazer. - aproximou-se sentando-se mais perto.
–Mas Thomas...
–O Vinícius é um idiota Emily. E você é jovem, independente, não precisa dele.
–É... talvez você tenha razão. - esticou o braço e deixou o copo sobre a mesinha de centro.
–O que você precisa agora é pensar em você, cuidar de você.
A loira se calou com toda a franqueza do rapaz ao seu lado. E de onde vinha toda aquela preocupação dele? Ela se perguntava um tanto acanhada.
–Sim, entendi. Concordo com você. - sorriu de leve.
–Não quero mais ver seu rosto sem esse sorriso lindo! - acariciou a bochecha da loira com uma das mãos.
–Obrigada!...
–Eu sempre achei que o Vinícius não era o cara certo pra você.
–O que? Como assim?
–Você merece alguém que te ame de verdade, que se importe e cuide de você Emily.
A loira paralisou com as palavras do rapaz e principalmente com a constante aproximação dele à medida que falava.
–Thomas... - ela sussurrou.
E sem dar chance para que ela pudesse dizer mais nada, colou os lábios nos dela. Ele a beijou. No início não, mas depois Emily o correspondeu. Até tomar consciência do que estava fazendo.
–Não. - se livrou dos braços dele. - Thomas eu não posso fazer isso. - levantou-se afoita.
–Emily. - ele levantou-se também.
–Não Thomas, está tudo errado. Eu não tô com cabeça pra isso...
–Me desculpa, eu não devia ter te beijado. Desculpe.
–Tudo bem mas, me deixa sozinha agora, por favor.
–Eu... Está bem, eu vou.
O rapaz despediu-se e saiu, deixando para traz uma Emily muito confusa.
Emily fechou a porta e a trancou após o rapaz ter saído. O que foi tudo aquilo? Por que aconteceu? Eram algumas das perguntas que rondavam sua mente naquele momento.
Voltou para o sofá ligando a televisão mas não conseguindo tirar aquele pensamentos da cabeça. Decidiu pegar outra dose para si e beber até conseguir esquecer.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO??? O que acharam??? Nem pensem em não me dizer ^^ Não esqueçam que sou curiosa de mais para ficar só tentando imaginar até a reação de vocês!!
Ah!!! Eu sei que é muuito clichê mas eu não não resisti em escrever uma cena na chuva *-* Eu simplesmente A-M-O!!!
Oh God, Érika voltou ô.Ô E agora???
Minha nossa, Thomas não perdeu tempo hein?! Essa não, parece que ele conseguiu confundir minha doce Emily :( Será??
O que será que vai acontecer???
Me vou, mas logo logo eu volto!! Prometo não demorar ^^
Beijoss meuss!!!