Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 38
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá e Bom Dia :) Acordei cedo hihi Awn!! Acreditem ou não, estava com saudades de vocês ^^
Já era para eu ter postado esse capítulo maas meu computador me deixou na mão... de novo... ¬¬ Sério máquina, por que não EXPLODE de uma vez u.û
Enfim, um muito obrigada a todas as fofas que comentarão o último capítulo!! Foi até difícil para mim favoritar apenas um, mas acabei escolhendo o da Pequena Sonhadora, a mais recente flor do meu jardim. Que luxo!!!!
Boa leitura lindas!!!



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Passou no banco para retirar o dinheiro que precisava para para o empréstimo feito e seguiu para o cassino.

Ao chegar no lugar foi direto para dentro. Aquela seria a última vez que estaria ali, foi o que decidiu. Iria mesmo parar de ir ao cassino.

Sentiu-se estranho. Olhou em volta, viu aquela agitação e sentiu-se eufórico com todo aquele barulho e movimentação. Adorava aquele lugar e toda sensação que estar ali lhe proporcionava. O lugar era sempre animado e barulhento, cheio de gente e com muito falatório.

Talvez fosse sentir falta de ir até lá de vez em quando.

Fitou a mesa ao lado, estavam jogando e vibrando por terem ganhado. Sentiu uma vontade enorme de participar, um desejo quase incontrolável. Levou a mão a nuca, olhando fixamente as cartas sendo lançadas à mesa. Estava hipnotizado.

Não resistiu e sentou-se para jogar.

O fato de ter ganhado lhe incentivou a continuar, mas o fato de perder as três próximas rodadas seguintes foi o que o fez ficar e continuar jogando.

Perdeu mais uma vez e, assim, ficando com menos da metade do dinheiro que trouxe consigo. Pediu um prazo maior para que pudesse acertar a dívida e lhe deram dois dias. Sendo assim, usou o dinheiro que ainda tinha para continuar jogando. Jogou até ficar com quase nada.

É, parecia que já era hora de parar. Teria que voltar para casa e retornar um outro dia.

...

Depois da conversa que teve com Paulo, Vitor ficou a pensar no assunto.

Sim, Amanda era diferente das outras com quem saiu ou ficou, o oposto, e Vitor sem dúvidas não iria se aproveitar dela, ainda mais.

Desistir. Essa era a coisa certa a fazer, desfazer o acordo que tinha com ela até por que Vitor já começava a desconfiar que toda aquele sentimento de gratidão de Amanda para com Gustavo fosse outra coisa.

Voltavam para casa. Amanda percebeu que Vitor parecia mais calado do que o comum. Mas se bem que, depois de tudo o que andou acontecendo nos últimos dias, nem ela estava com ânimo para falar sobre qualquer coisa que fosse.

Tinham apenas saído e teriam tempo para conversarem. Achou melhor perguntar de uma vez.

–Vitor? - perguntou um tanto receosa. - Por que você está assim?

–Hãn?... - despertou de seus pensamentos. - Eu, nada. - finalizou.

Decidiu não insistir e deixar por isso mesmo. Se ele não queria falar, ela não iria forçá-lo.

Ficaram em silêncio por alguns instantes. Amanda olhava pela janela do carro, quando ouviu Vitor chamar seu nome.

–Sim. - respondeu sem tirar os olhos da janela.

–Eu posso te fazer uma pergunta?

Ela virou o rosto, esperando que ele falasse.

–Você já namorou alguém antes?

–O que?... - a moça engasgou.

–Então?...

Manteve-se atento a estrada mas esperando pela resposta dela.

–A..., não eu, nunca namorei antes. Q-Quer dizer... o que está acontecendo entre a gente não é real, nesse caso eu acho que não conta, então, então não.

Ela terminou mas estava surpresa com o assunto iniciado por ele. Por acaso era nisso que ele tanto pensava? Amanda se questionava por dentro.

Vitor pensou por alguns segundos, o que a deixou ainda mais curiosa. Mas antes que ela pudesse esclarecer suas dúvidas.

–E o Gustavo?

–O que tem ele? - agora estava ainda mais confusa.

–Ele já namorou?

A moça não soube como reagir. Pensou em perguntar, mas achou melhor apenas responder a pergunta.

–Bem... - ela começou. - me lembro de duas namoradas que ele teve no ensino médio.

Ouviu tudo calado.

–Eu me lembro melhor da segunda. - ela continuou. - Nos tornamos amigas, mesmo depois que eles terminaram.

–Você sabe o motivo?

O que ele pretendia com aquelas perguntas? Amanda se questionava. Quase coçou a cabeça confusa.

–Eu não cheguei a saber. - parou pensando. - Não sei. Nós duas nos falávamos mais antes deles terminarem. E depois que ela foi embora da cidade ficou ainda mais difícil o contato entre a gente.

–E foi ele ou ela quem terminou?

–Não sei mas,... espera... Pensando bem, acho que foi o Gustavo. Sei que ela era apaixonada por ele e não acredito que ela romperia com ele. Mas, confesso que não imagino o que poderia ter sido o motivo deles terem terminado, eles pareciam se darem super bem.

O rapaz se calou e focou em seus pensamentos. Será mesmo que Paulo havia lhe dito fazia sentido?

–Mas por qu...

–Antes que você pergunte, não, eu não perguntei por nada.

Só então ele se deu conta do questionário que havia lançado sobre a moça.

Amanda escorou-se no banco do carro indignada, voltando o olhar para a janela. Soltou um suspiro desanimada. Como ele podia enche-la de perguntas e depois negar-se a responder a sua. E afinal, qual o por que de todas aquelas perguntas?

E mal sabia ela que as dúvidas dele ainda não haviam sido totalmente sanadas.

–E você? - ele perguntou até com certa curiosidade. - Por que você nunca namorou antes?

Como assim? Amanda virou o rosto espantada com a pergunta dele. Quer dizer que as perguntas ainda não haviam acabado?

–Por que, você está me perguntando isso?

–Eu não iria perguntar mas, fiquei curioso para saber o por que de uma garota bonita como você nunca ter tido um namorado.

Amanda apenas ouviu o elogio enquanto sentia o rosto corar.

–Até entendo que talvez você nunca tenha se importado com o assunto, mas acho que seja impossível que ninguém nunca tenha se interessado por você.

–Bem,... - ficou em silêncio por alguns segundos, o que o deixou ainda mais curioso. - É um pouco complicado. - deixou seu olhar focado na estrada.

–Tudo bem se você não quiser responder. - deixou por isso mesmo, mesmo desconfiando que algo pudesse ter a ver com Gustavo.

–Não é isso, é só que, é uma história meio chata. - soltou um leve suspiro. - A minha tia diz que não mas, eu sei que a minha mãe morreu de desgosto também. Ainda grávida ela adoeceu, tudo não passava de um quadro de anemia mas, acabou piorando já no final da gestação. Depois que eu nasci, as coisas pra ela ficaram ainda mais difíceis, ela tinha que trabalhar, cuidar de um recém nascido mas não tinha saúde para nada. Minha tia a ajudou no que pode mas... ela não resistiu.

Vitor espantou-se ao ver para onde a conversa estava indo parar.

–Ela tinha a minha idade quando eu nasci. - continuou, ainda olhando para o nada. - O meu pai simplesmente nos rejeitou. - ela olhou para Vitor. - Você lembra-se do dia do temporal? - o rapaz assentiu confirmando. - Eu cheguei a fazer terapia psicológica para tratar daquele trauma. Depois que fiquei sabendo sobre a história dos meus pais... Nossa, foi difícil suportar. - respirou fundo. - Depois eu acabei descobrindo que tinha dificuldade de me relacionar com outras pessoas, era introspectiva, não tinha amigos. Isso meio que me afastou de tudo e de todos.

Mais ou menos na metade da história, Vitor já havia parado o carro e se pôs a escutar atentamente a moça, que continuou.

–Na época, acho que tinha mais ou menos a idade da Kim, a psicologa me disse que o motivo, a origem disso em mim teria sido todo o sofrimento e a frustração que a minha mãe passou durante a gravidez, sem falar que saber do abandono do meu pai não ajudou muito. - entrelaçou os braços em volta de seu corpo numa reação de auto defesa. - Ela disse que os bebês são capazes de sentir essas coisas tanto quanto a mãe e que era por isso que eu era assim. Tinha dificuldade de confiar e de me aproximar das pessoas. - respirou fundo, tinha enfim terminado.

Vitor estava chocado com a história que acabara de ouvir. Não imaginou que algo assim pudesse ter acontecido com ela. No fundo, Amanda não era só uma pessoa tímida, mas sim sofrida e torturada pelos problemas da vida. Agora entendia o por que de Amanda ser assim tão acanhada e frágil. Sentiu na hora ser tomado por seu instinto nato de proteção.

–A minha sorte foi Gustavo. - afirmou num tom calmo e com o olhar sereno. - Eu melhorei muito depois que o conheci. Ele sempre me ajudou muito quanto a isso e, sempre esteve ao meu lado. Talvez, o fato de nós dois termos crescido sem pais serviu para nos aproximar ainda mais.

A voz de Amanda estava mais calma e terna do que de costume, observou ele. Vitor pode perceber um certo alívio nas palavras dela, e também que o amigo parecia ser, ou melhor, era sem dúvidas muito importante para ela. Mas, quão importante assim ele seria para ela?

–Desculpa, eu fiquei falando, falando... Tá tarde, né?! - ajeitou-se no banco.

–É, vamos pra casa. - o rapaz ligou o veículo novamente e a levou para casa.

...

Depois de chegar em casa, foi direto para o quarto. Ao entrar, foi recebido por seu mascote. Fez um cafuné no bichinho, que já não era mais tão pequeno como no dia em que o ganhou, retirou a jaqueta que usava e jogou a beira da cama.

Tudo o que Amanda havia lhe contado ainda estava em sua mente. Parecia não acreditar que Amanda já havia passado por tudo aquilo. E ainda, no jeito como ela falou de Gustavo.

Também se perguntou o porque dela ter se abrido consigo daquele jeito. Para ele chegava a ser sem sentido, até por que ele não falaria sobre seus sentimentos com ninguém. Muito raramente com Paulo, e, ainda assim não lhe contava tudo. Até por não saber falar com os outros sobre o que sentia. Suspirou e acomodou-se na cama. Era muita coisa pra pensar.

Mirou a janela e as palavras de Paulo vieram a sua mente. Realmente era o que parecia. Ciúmes, era isso que Gustavo estava sentindo, e tanto que não conseguia esconder. E depois de ouvir a história contada por Amanda, podia entender melhor. Seria o primeiro namorado da moça e isso com certeza o estava incomodando.

Levantou-se, apagou as luzes deixando o cômodo em completa escuridão. Abriu a janela de seu quarto deixando a brisa calma da noite entrar e suspirou devagar, voltando a pensar, nela.

–Droga!

Esbravejou ele se perguntando o por que daquilo, estar incomodado daquele jeito. Retirou a camisa que usava e seguiu para o banheiro, precisava de um banho. Relaxar.

A caminho, passou a frente ao espelho e olhou involuntariamente. Parou por algo ter lhe chamado a atenção, algo em seu pescoço brilhava refletido pela luz da lua cheia que iluminava o céu daquela noite. Olhou com mais atenção, pois a única luz que clareava o quarto vinha de fora. Aproximou-se e descobriu que se tratava da discreta correntinha prateada que ganhara da falsa namorada.

Ponderou por um breve instante. Eram somente isso, um falso casal de namorados. Mas, já não tinha certeza se queria se afastar dela.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram???
Por hoje é só isso mesmo!! Vamos esperar para ver o que mais essa autora (surtada, rs.!) está aprontando com nossos queridos Navarros ^^

Beijoss!!!