Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 36
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Melhorei e voltei :)
Olá Olá!!! Como estão vocês? Espero que, muito bem!!
O capítulo ficou pronto... (acho que alguém disse: ATÉ QUE ENFIM!!) eu seu, eu sei, demorei.! AH!! Vocês não sabem como eu ri aqui das fãs do Vitor preocupadas com o bem estar dele kkkkk
Taisalmeida, minha flor, o capítulo de hoje é especialmente pra você *-*
Então, confesso que ainda estava meio indecisa... Hey, não vou mentir u.u Não ficou do jeito que eu queria mas espero que pelo menos agrade a vocês!!
Me vou deixando mais um capítulo para vocês ^^
Boa leitura!!



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As vozes das duas amigas foram caladas por mais um tiro vindo do lado de dentro da arena de shows. Carla agarrou o volante com força. Amanda arregalou os olhos ao ouvir o segundo tiro, um pressentimento ruim tomou conta de si e a única coisa que veio a sua mente na hora foi.

"Vitor..."

Ambas sentiram o coração apertado e aflito.

–Carla...

Amanda olhou para a amiga emudecida. Carla não reagia, parecia estar em algum tipo de transe.

–Carla, o que a gente faz agor...

–Eu vou atras do Paulo. - afirmou decidida. - Dane-se o Vitor e o que ele disse. A gente tem que voltar. - girou a chave com vontade e o veículo ligou.

E com toda a habilidade que tinha, Carla engatou a marcha e pisou no acelerador, arrancando com o carro de volta para o portão de entrada. Amanda apertou o cinto apreensiva e com uma enorme agonia em seu coração.

Teria acontecido alguma coisa com ele? Não, não. Estava se precipitando. Por que logo com ele? Não devia ter acontecido nada. Ela tentava se acalmar enquanto retorcia os dedos em plena angústia.

"Por favor, esteja bem." Pedia a morena em pensamento.

Carla corria como louca. Buzinava descontroladamente enquanto desviava de uns e outros que estavam pelo caminho. Também estava preocupada com o namorado.

A poucos metros de distância, Amanda avistou os três saindo correndo pelo portão, um atras do outro.

–Carla, são eles lá! - apontou a direção.

Respiram aliviadas por ver que eles estavam aparentemente bem.

–Já vi.

A moça pisou com tudo no acelerador arrancando e ao chegar em frente de onde os três haviam parado para respirarem.Carla puxou o frio de mão, virou o volante com tudo para a esquerda, dando um cavalo de pau que fez os pneus cantarem no asfalto, freando e parando bem em frente a eles.

Foi ouvido um terceiro tiro do lado de dentro da arena e ninguém teve tempo de falar.

–Entrem no carro agora. - Vitor ordenou já dando a volta e entrando no veículo.

Paulo e Gustavo entraram em sequência. Carla nem esperou que fechassem a porta direito e meteu sua plataforma no acelerador, saindo rasgando pela estrada.

O carro parecia desgovernado. Carla cortava tudo que era carro em sua frente. Os rapazes eram jogados de um lado para o outro quando ela passava pelas curvas da estrada.

Na reta, a moça arrancou mais uma vez e os três foram levados para traz com o solavanco que sofreram com o impulso da arrancada do carro.

–Carla! - Vitor a chamou.

Ele estava apreensivo por ter a amiga ao volante de seu carro, e mais ainda pelo fato dela estar visivelmente nervosa. A moça tinha as mãos cravadas no volante e olhava de um lado para o outro.

–Carla, vai mais devagar. - alertou Vitor.

–Eu... eu não sei. E se a polícia chegar, aparecer por aqui, e quiser levar a gente com eles...

–Calma Carla. - pediu a morena.

A jovem respirou profundamente e relaxou ao sentir Amanda tocar seu ombro.

–Tá, está bem. - a voz suave da amiga a fez se acalmar um pouco.

Amanda olhou pelo retrovisor procurando pelo namorado. Respirou aliviada ao ver que ele estava mesmo bem e que não havia lhe acontecido nada.

–Se for por isso Carla. - Gustavo começou. - Não precisa se preocupar, a polícia raramente vem até aqui, não importa o que aconteça.

–Está falando sério? - Carla questionou incrédula. -Tá explicado então o porque desse lugar ser assim.

–Ai!... - Paulo gemeu baixo ao tentar se acomodar melhor entre os dois amigos.

–O que foi? - Carla perguntou apressada. - Paulo, você está bem?

–Paulo, o que foi q... - Vitor perguntou parecendo um tanto preocupado.

–O que foi?

Carla e Amanda perguntaram uma após a outra.

–Não foi nada. - ele respondeu e levou a mão ao braço direito.

–Você, está sangrando. - relatou Vitor ao ver a manga da camisa manchada com o sangue do amigo. - Você levou um tiro?

–A meu Deus! - Carla exclamou em pânico. - Como assim?

–Acho que não foi nada grave.

–Como não?... - Carla questionou nervosa e quase perdendo o controle do veículo.

–Pelo jeito foi só de raspão...

–Tem certeza? - questionou Amanda.

–Sim mas, está doendo pra caramba is... Carla presta atenção na estrada. - avisou ele a namorada.

–Como foi que isso aconteceu?

–Eu... me perdi no meio da multidão na hora daquela confusão e m...

–Para o carro. - Vitor praticamente ordenou.

–Pode deixar Vitor, eu estou atenta aqui, nã...

–Eu disse pra parar. - estava sério e impaciente.

Carla o olhou para o amigo do retrovisor e pisou no freio. Todos esperaram para saber o por que daquela atitude do Navarro.

–Vocês fiquem aqui. - disse ele. - Gustavo, sai do carro. - disse, abriu a porta e saiu fechando-a em seguida.

Gustavo franziu o cenho, mas assim o fez. Amanda respirou fundo e olhou pela janela tentando ver o que ele faria.

O loiro fechou a porta e deu a volta por de traz do automóvel logo depois de ver Vitor fazer o mesmo.

–O que f... - o loiro parou ao ver Vitor vindo pra cima de si, agarrando a gola de sua camisa.

–O que você tinha na cabeça pra trazer a gente para um lugar desses? - perguntou jogando o tatuado contra o carro.

Amanda arregalou os olhos com a cena, abriu a porta e saiu apressada. Vitor estava nervoso e parecia descontrolado. Carla e Paulo saíram também.

–Você ficou maluco?... - o loiro tentou se recompor mas Vitor partiu para cima dele novamente. - Espera aí, e como eu iria saber qu... - o sentiu cravar ainda mais as mãos em sua camisa.

–E se o tiro não fosse de raspão? E se fosse uma das meninas que levasse o tiro? - sua voz estava alterada.

–Vitor, para. - Amanda tentou convencê-lo mas ele a ignorou.

–Vitor, esquece isso. - pediu Paulo. - Sério cara.

–Já falei, não tinha como saber que isso tudo iria acont... - Gustavo estava começando a perder a paciência com a insistência do Navarro ainda agarrado em sua camisa.

–Você conhecia o lugar, já sabia como as pessoas daqui são. - Vitor parecia se irritar mais a cada segundo. - E mesmo assim deixou que viéssemos para nesse lugar.

–Qual é cara, acho que é melhor você me soltar e falar direito comigo. - avisou também perdendo a paciência e se alterando.

Vitor encarava Gustavo firmemente e o loiro, por sua vez, também retribuía o olhar frio e intimidador.

–Vitor por favor. - Amanda tentou mais uma vez. - Eu tô te pedindo. - apertou as mãos contra o peito preocupada em como aquilo podia terminar.

Os dois rapazes encaravam-se sem nem ao menos dar atenção aos pedidos aflitos da morena. Por fim Vitor soltou Gustavo, que ajeitou a camisa bruscamente e virou-se saindo sem dizer nada senão, talvez não conseguisse segurar a vontade que estava sentindo em acertar a cara do Navarro.

–Gustavo espera. - Amanda chamou por ele ao vê-lo sair. - Gustavo, aonde você vai?

–Embora. - respondeu sem olhar para traz.

–Mas... Não, você não pode ir assim... É muito longe e aqui é perigoso... Gustavo!

Ele continuou. A moça deu dois passos na direção do amigo mas parou ao ouvir Carla chamar seu nome. Amanda olhou para o lado e viu Vitor entrar no carro, sentando-se a frente do volante. A moça correu até o namorado.

–Aonde você vai? - Amanda perguntou antes dele fechar a porta.

Vitor não a encarou apenas a respondeu.

–Primeiro vou levar o Paulo até um pronto socorro e depois vamos todos pra casa. - respondeu ele bastante sério.

–Não podemos ir e deixar o Gustavo para traz. Vitor...

–E eu não posso obrigá-lo a vir. - fechou a porta batendo-a e ligando o carro.

–Então, - Amanda o fitou por um instante. - podem ir. - ela deu dois passos, afastando-se do veículo.

–O que? - Vitor questionou irritado encarando a moça pela janela do carro.

–Eu vou ficar com ele. - olhou para o tatuado que já ia mais a frente.

–Como é que é? - desligou o carro e fitou a namorada.

Vitor achava que depois de tudo que já havia acontecido naquela noite não teria como ficar ainda mais nervoso, mas depois de ouvir aquilo o Navarro sentiu uma raiva enorme crescer dentro de si.

–Eu não vou deixar você aqui. - sentenciou ele.

–O Paulo é seu amigo e você está preocupado com ele. É a mesma coisa entre mim e o Gustavo.

–Desisti. - abriu a porta e saiu do carro. - Eu já disse que não vou deixar você aqui sozinha nesse lugar. Se eu for, você vai comigo Amanda.

Vitor parou na frente da namorada já imaginado que não hesitaria em jogá-la nos ombros se fosse preciso para fazê-la entrar naquela droga de carro.

A moça permaneceu onde estava, parecia decidida, o que só serviu para piorar o humor de Vitor.

–Amanda, por, favor, - ele pediu pausadamente e tentando mostrar uma paciência que ele sabia que não era sua e nesse momento já não existia em sim. - não me faça ser grosso com você. - terminou calmo enquanto encarava a namorada.

Por que realmente não queria chegar a esse ponto.

–Vitor! - Paulo chamou sua atenção.

Um carro cinza que havia passado por eles segundos antes, agora estava parado ao lado de Gustavo. O rapaz entrou no veículo sem nem sequer olhar para traz.

Todos encararam a cena.

–Pronto. - disse Vitor. - Agora podemos ir. - entrando de volta no carro.

Amanda deu a volta, entrou e sentou no banco do carona. Paulo fez sinal para Carla e entraram em seguida.

Seguram de volta completamente em silêncio. Param apenas no hospital, para que fosse feito um curativo no braço de Paulo.

O rapaz foi rapidamente examinado,o tiro havia mesmo sido somente de raspão. Lhe fora feito um curativo e aplicado uma injeção para dor.

Na sala de pronto socorro...

–Você está mesmo bem? - perguntou ao namorado sentado na maca.

–Estou sim Carla. Você não ouviu o médico? Não foi nada de mais.

A moça se manteve a certa distância fitando o namorado ajeitar a camisa, fechando os botões um por um. Ver o braço do namorado parcialmente enfaixado a fez sentir um nó formar-se em sua garganta e o sentimento de culpa voltar.

–Eu, fiquei tão preocupada. Se não fosse por mim, nada disso teria acontecid...

–Ei, nem pense em se culpar pelo que houve.

Paulo ergueu uma das mãos para a namorada que, a princípio hesitou em ir até ele.

–Carla, não quero que se sinta culpada por nada. Entendeu? - a repreendeu num tom brincalhão.

–Mas fui eu quem insistiu tanto para irmos até lá... Se, se te acontecesse alguma cois...

–Mas não aconteceu Carla. - ajeitou o cabelo dela atras da orelha delicadamente.

–Paulo... - iniciou com voz chorosa. - Eu...

–Carla, isso não foi nada. - acariciou a bochecha da namorada. - Vai se tornar uma cicatriz maneira até! - sorriu tentando descontrai-la.

–Para de graça. - irritou-se e o repreendeu.

–Tá. Eu só não quero te ver assim, ok?!

Uma lágrima desceu pela face alva da jovem mas, Paulo logo tratou de secá-la com cuidado.

– Eu... - o abraçou apertando-o em seus braços. - Eu te amo!

O rapaz ficou um pouco surpreso com aquilo. A breve frase havia saído como um sussurro tímido, mas fora alto o suficiente para que ele pudesse ouvi-la. Apenas sorriu. Gostava de ver a namorada vulnerável de vez em quando.

–Eu sei. - acariciou os cabelos dela.

–Sabe nada. - enterrando o rosto no peito dele. - Eu nunca te disse.

–Mas eu sempre soube.

Ela ergueu o rosto e viu um sorriso bobo na face dele. Paulo levou a mão ao rosto dela a trazendo para um beijo e a outra apoiou na cintura dela.

O beijo foi calmo e cheio de carinho, expressando do afeto que sentiam um pelo outro.

–Quando eu ouvi o tiro o meu coração apertou dentro do peito. Parece que sabia que tinha acontecido alguma coisa ruim com você. - disse o abraçando mais uma vez.

–Linda! - deu-lhe um beijo na testa. - Só que que foi o segundo tiro que quase me acertou.

–Paulo, para de brincar, isso é sério. - deu um beliscão na perna dele.

–Ai, Carla isso dói!

–Eu sei. - o abraçou novamente. - Fico feliz que esteja bem.

...

Amanda estava do lado de fora, esperando pelos amigos e o namorado que havia entrado para acompanhar o amigo também.

Vitor deixou o casal de amigos na sala de pronto socorro do hospital e saiu para falar com Amanda. Ao chegar do lado de fora, viu a moça escorada na lateral do capô do carro. Estava encolhida, tendo os braços em volta do corpo. Deduziu que estivesse com frio pois, já era de madrugada e ventava um pouco. Ele então tirou o blazer que usava e repousou por sobre os ombros da namorada.

–O-Obrigada. - não virou o rosto para olhar mas, pode ver que quem se aproximava era Vitor.

Ele parou ao lado dela, que em momento algum dirigiu o olhar para o rapaz. Esperou e começou a falar.

–Amanda...

–Vitor, por favor. - sua voz saiu sem ânimo. - Eu não quero falar sobre nada, o Gustavo, você ou o que aconteceu... Só quero ir pra casa. - ajeitou o casaco em si, estava mesmo com frio.

Vitor apenas ouviu enquanto ela falava.

–Eu posso ao menos me desculpar com você? - pediu ele com certa calma.

–Não é comigo que você tem que se desculpar... - disse ainda sem olhá-lo.

–Qu... - franziu o cenho e respirou fundo. - Não o defenda. Você sabe que ele também estava errado. - tentou não se alterar.

–Vitor, eu já pedi. Não quero falar sobre isso. - a jovem levantou-se do apoio do carro.

Preferiu ir para dentro do veículo, pois ali fora ficava cada vez mais frio. Mas antes que ela pudesse dar sequer um passo para longe dali, sentiu Vitor agarrar seu braço.

–Você só pode estar de brincadeira. - a virou de frente para si, fazendo com que ela o olhasse. - Sabe o que eu faria se tivesse acontecido alguma coisa com você? - a mirou firmemente nos olhos.

Amanda emudeceu com o susto que tomou com as palavras do rapaz. Não entendeu a razão de tais palavras. Vitor também, não disse mais nada. O casal apenas se entreolhou.

Vitor poderia até estar surpreso com suas próprias palavras, mas tinha que admitir que no fundo eram verdade, e parecia que olhar nos olhos dela só fazia com que tivesse mais certeza. Tinha adquirido um cuidado e atenção especiais por ela, isso por conta dessa fragilidade que a moça passava, só por isso. Somente por isso, insistiu para si mesmo em pensamento.

Os dois continuaram a se olharem e sem pronunciar palavra alguma.

Ele, sem pensar, inclinou o rosto até o dela os deixando bem próximos. Amanda sentiu um arrepio descer por sua nuca. O mesmo responsável por aquecer suas costas de tal maneira que já não precisava mais do casaco para isso.

Vitor se aproximou dela na intenção de beijá-la mas, antes de conseguir selar os lábios de Amanda, ela deu um passo para traz indo de encontro ao carro.

E mesmo com a aparente recusa da moça, Vitor continuou avançando, lentamente, enquanto a encurralava. O rapaz até estava lutando contra seus impulsos porém, estava perdendo. O mesmo estava acontecendo com ela.

Quando sentiu as costas repousarem no carro atras de si e uma das mãos de Vitor tocar seu rosto, Amanda instantaneamente colou os lábios nos dele. Vitor mais que depressa desceu a mão para a cintura dela, mas deixou que ela conduzisse o beijo pois, a tinha sentido assim uma vez e gostado. Por mais que Amanda fosse tímida, deixá-la no controle era melhor do que ele imaginava. Apenas aproveitou enquanto a boca dela percorria a sua.

No início ela resistiu mas, dava para ver que ela queria aquilo tanto quanto ele, o que fazia com que o rapaz não conseguisse raciocinar direito.

Mas num surto de consciência, Amanda interrompeu o contato repentinamente desviando o olhar e o rosto do dele. Vitor por sua vez, não a soltou. Segurou novamente o queixo pequeno da morena, fazendo com que ela olhasse para ele. Mirou os olhos de Amanda enquanto trazia os lábios da mesma de volta aos seus. A beijou com vontade mas, sem pressa já que ela imediatamente o correspondeu.

O beijo prosseguiu por mais algum tempo. Amanda se deixou levar, se rendeu completamente e não pensou em nada, apenas aproveitou o momento.

Quando enfim pararam, se entreolharam por um instante, ambos tentando resistir ao desejo que sentiam em deixar tudo aquilo acontecer mais uma vez. Amanda não saiu dos braços de Vitor, mas ele também não a soltou.

–Tudo pronto. - falou Paulo vindo na direção dos amigos. - Já podemos ir.

Carla e Paulo chegaram, e assim despertaram o casal. Os quatro entraram no carro e seguiram para casa.

...

Chegando em casa, Amanda pode enfim respirar fundo, tinha sido muita coisa para uma noite só. Em seu quarto, não conseguia parar de pensar em tudo o que tinha ocorrido. Não sabia em que focar seus pensamentos.

Não podia acreditar que Vitor podia ser tão irracional às vezes. Ela não achou nem, um pouco certa a atitude dele para com Gustavo.

Se perguntava o porque do Navarro ser assim tão cabeça quente, estourado, grosso e, ao mesmo tempo, ser tão... A moça logo tratou de interromper seus próprios pensamentos, mas ainda tinha uma coisa que não conseguia tirar da cabeça. Jogou-se de costas na cama e as palavras dele lhe vieram à mente imediatamente.

"-Sabe o que eu teria feito se tivesse acontecido alguma coisa com você?"

Tal frase ecoava em sua mente, a fazendo recordar do momento. Os olhos dele mirando os seus fixamente enquanto a segurava com força, ao mesmo tempo que a deixando sem ar e sem fala.

Ela sabia que ele só estava... Na verdade ela não conseguia entender o sentido das palavras. O que isso queria dizer afinal? Isso queria dizer que ele se importava com ela? Por que ele lhe disse aquilo? Ela se perguntava.

Será que ele realmente se importava com ela? Talvez. Será que ele não podia ser menos complicado? Se bem que, Vitor era como era mas uma coisa ela tinha que admitir, que ele era atencioso. Suspirou cansada enquanto se sentava à beira da cama.

Não queria, mas não conseguia deixar de pensar no que ele havia dito. A maneira como ele havia falado, na hora Amanda não reparou mas ele pareceu dizer por que realmente se importava e se preocupava com ela.

Não queria se confundir, mas tinha que admitir que... Amanda parou e expirou devagar pois ainda tinha mais uma coisa que, por mais que estivesse tentando evitar, também rondava e confundia sua mente. O último beijo trocado por eles.

Ao fechar os olhos, ela perdeu-se recordando do momento. Tinha sido inesperado mas... Ela não concluiu seus pensamentos, levantou-se a procura do celular. Deixou esses pensamentos de lado para focou em outra pessoa, Gustavo. Precisava saber se ele estava bem.

Tentou ligar para o loiro mas, ele não atendeu nenhuma de suas ligações.

...

Adentrou em seu quarto, retirou a camisa e se jogou na cama sem conseguir dormir ou deixar de pensar nas coisas acorridas naquela noite.

Primeiro se perguntava onde estava com a cabeça para tê-la beijado daquela maneira.

Mas, em meio a sessão de auto críticas, não conseguiu evitar e se perdeu lembrando do acontecido. A reação dela, o toque dela, o perfume. Respirou devagar fitando o teto enquanto se recordava do momento em que a beijou.

Ele até tentou se controlar mas, o que podia fazer se beijá-la havia se tornado tão bom. Era possível lembrar dos detalhes. No início ela agiu com cautela, tímida, e só isso já era o suficiente para mexer com ele. Mas no decorrer do beijo ela o acompanhou de uma maneira perfeita. O beijo dela se encaixava perfeitamente ao seu.

Decidiu que já tinha perdido tempo de mais pensando no assunto. Levantou-se, queria tomar um banho para poder dormir.

E mais uma vez lembrou-se dela só que, desta vez, sem conseguir evitar que um sorriso bobo escapasse de seus lábios.


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Notas finais do capítulo

Sei o que estão pensando: -Que autora mais exagerada! Não precisava ter feito toda essa confusão só para os dois perceberem que se importam um com o outro ¬¬
—Sim, sei que não meus amores ^^ Maas, confesso, sou exagerada.!
Pergunta rápida: -Gostaram da cena da Carla e do Paulo??
Então, pensei nela desde que fiz toda aquela confusão rolar no último capítulo ^^ Bem, muitas vezes estou ouvindo músicas quando estou escrevendo e, o momento deles foi ao som de Everybody Hurts da Avril Lavingne... Adorei aqui!!!
Espero que tenham gostado, beijos para todas e, até o próximo!!!