Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Ah!!! Que loucura :)
Odeio imprevistos, eles seempre atrapalham os meus planos aqui... enfim...
Escrevi que nem louca o.O maas consegui terminar :) Só que escrevi de mais (me empolguei, rs!!) de mais e o capítulo ficou enorme. Daí, decidi dividi-lo em dois maas, postá-los de uma só vez ^^ De novo!!
Essa primeira parte vai dedicado a minha querida flor Jhessy Lacerda!! Sei que ainda não é o que você me pediu, mas espere pois garanto que não irás se arrepender :) E também a outra linda flor, Miss Parker!!
Mas espero que todas que acompanham a fic gostem :D



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Na tarde daquele novo dia, depois do almoço, os integrantes da casa sentiram-se um tanto sonolentos. Carla e Paulo estavam encolhidos no sofá na sala. Vinícius voltou para seu quarto. Emily e Amanda estavam a beira da piscina, deitadas nas espreguiçadeiras de madeira. Enquanto Thomas e Vitor estavam na praia surfando.

Os dois passaram quase a tarde toda na praia.

Saíram da água, deixaram as pranchas na areia e sentaram-se ao lado. E depois de alguns minutos de conversa.

-Escuta Vitor, foi mal ter falado da Érika, eu não sabia que você ainda... sentia alguma coisa por ela...

-Não é isso. - interrompeu. - Esquece, valeu?

-Tudo bem cara, pode admitir, você ainda não a esqueceu completamente.

Vitor não respondeu ao amigo.

-Você gostava dela pra valer. - recordou ele. - E pelo jeito ainda gosta. Não é tão fácil assim esquecer um amor de verdade.

-Qual é Thomas?... - não soube o que dizer, queria mudar de assunto mas foi pego desprevenido.

-Mas pode deixar, eu não vou julgar você... - seu olhar se tornou vago. - Eu sei o que é gostar de alguém de verdade, sei o que isso causa na gente.

-O que foi que deu em você, hein?! - se mostrou desinteressado. - E outra, eu não sei porque você continua insistindo nessa história...

-E aí?!... - Paulo chegou de repente. - Já pararam de surfar?

-Isso mesmo. - Vitor se adiantou em responder. - E estávamos nos preparando para dar uma corrida pela praia. - levantou. - Quer vir com a gente?

-Que? - Thomas perguntou com espanto. - Correr? A gente? Sério?

-Vocês só podem estar loucos... - disse Paulo cruzando os braços. - Até parece. - desdenhou a proposta. - Vim aqui pra relaxar.

-Nesse caso, eu vou só mesmo. Leva a minha prancha pra mim quando você entrar. - perguntou a Thomas.

-Tá, pode deixar.

O loiro assentiu enquanto o amigo saía.

-É impressão minha ou ele quis sair daqui?

-Parece Paulo. Não sei, talvez.

-Anda logo Thomas, fala, o que foi?

-Eu é que sei?

-Pensa que eu não reparei que vocês ficaram de cochicho desde que você vei pra cá.

-Qual é Paulo? Estamos a muito tempo sem se falar, a gente conversou sobre bastante coisa. - levantou-se. - Que é, vai dizer que está com ciúmes?

-Muito engraçado, estou rolando de rir. - ironizou. - E algo assunto do qual vocês falaram por acaso tinha a ver com a Érika? - deixou sua suspeita explícita. - Por que pra mim essa é a única explicação para ele estar assim tão perturbado.

-Bem, sim e não.

-Que? O Vitor te perguntou sobre ela?

-Não. - pegou uma das pranchas. - Foi o contrário. - explicou.

-Que... Como assim, deixa ver se eu entendi... Ela te pediu pra saber como ele está?...

-Foi... Nós nos encontramos em uma festa de um casal de amigos que temos em comum. - esclareceu.

-Ela é mais cretina do que eu pensava. Depois do que ela fez, ela ainda se acha no direito de saber sobre a vida do Vitor?...  - soltou indignado. - E você?

-O que?

-Pra que você tinha que dizer que ela perguntou por ele? Pra você tinha que lembrar o Vitor que ela existe? - estava exaltado.

-Você sabe melhor do que eu Paulo, você está com ele desde que eles terminaram. Você sabe que ele não esqueceu dela.

Paulo suspirou derrotado. As palavras do loiro poderiam ser verdade? Será que Vitor não tinha esquecido da ex-namorada completamente?

Os dois pegaram as pranchas e depois entraram.

...

Precisava de um tempo pra pensar. Uns minutos longe de todos e de tudo iriam ajudar e lhe fazer bem.

Caminhou um pouco mas logo iniciou sua corrida.

Se concentrou em sua respiração. Corria em seu ritmo, não iria se esforçar além de seu limite. Estava à beira da água, onde a areia era mais firme e não era tão cansativo correr.

As ondas quebravam uma após a outra. E em meio a todo aquele silêncio, a não ser pelo barulho da água, o nome dela lhe veio à cabeça. O nome, o rosto, o sorriso...

Já fazia um bom tempo, ela não podia estar mexendo assim com ele ainda, podia?

Não conseguiu responder a pergunta a qual somente ele tinha a resposta.

Não podia acreditar que ainda se importava com tudo aquilo que houve entre eles. 

Estava sendo um idiota por deixar que aquilo lhe atormentasse assim. Não deixaria que acontecesse.

Vitor não iria se permitir continuar a pensar nela.

Parou sua corrida, estava ofegante e suado. Caiu na água antes de voltar pra casa.

...

A tarde passou, e, no começo daquela noite...

Caminhava pensativa enquanto vinha pelo corredor. Tinha ido ao quarto à procura de Vitor, já fazia um bom tempo que não o via.

A morena suspirou desanimada. Parecia que o fato dele ter pedido desculpas não mudava em nada sua opinião, eles ainda não seriam amigos.

Agora, vinha entretida pensando em onde ele poderia estar.

-Viu o Vitor Amanda? - Paulo veio no sentido contrário.

-Não, eu também estou procurando por ele.

-Onde será que ele se meteu? - parou ao chegar até ela. - Será que está lá fora ainda?

-Aconteceu alguma coisa Paulo?

Perguntou na tentativa de descobrir algo atravéz do rapaz.

-Hãn?! Ah, não. Não mesmo. - tentou não demonstrar preocupação. - Eu só preciso falar uma coisa com ele, só isso. - sorriu no final.

-A tá... - baixou o olhar desapontada.

-Mas deixa, eu falo com ele depois.

Os dois seguiram para a sala, onde todos, com exceção de Vitor, estavam.

Chegando a sala.

-Amanda, cadê o mala do seu namorado? - Carla abordou a moça assim que ela entrou na sala.

-Eu não sei Carla. - parou onde estava. - Acho que lá fora talvez.

Paulo sentou-se no sofá ao lado da namorada. E a porta se abriu.

-Vitor Navarro! - exclamou ao ver o amigo entrar pela porta.

O rapaz parou ao ouvir seu nome ser pronunciado daquele jeito pela amiga.

-Eu não sei o que é, mas a resposta é não. - a respondeu de uma vez, já imaginando que Carla propor que saíssem ou algo do tipo, e ele não estava com cabeça.

-Nossa Vitor, como você é chato, sabia? - sorriu descaradamente.

-Sabia, você não para de falar. - deu de ombros.

-Se as crianças me permitem... - Vinícius interrompeu os dois, voltando-se para o irmão. - As meninas estão querendo sair hoje à noite...

-Nem pensar. - Vitor sentenciou. - Eu não vou.

-Aí é que tá irmãozinho, elas estão querendo ir sozinhas. Sem a gente.

Dava pra ver que Vinícius não agradou em nada da ideia das garotas.

-Pois é, fazer o que se somos namoradas dos caras mais preguiçosos da cidade.

-Já falei Carla, não vou sair hoje mas se você quiser você pode ir. - disse enquanto passava o braço pelos ombros da namorada.

-Tá Paulo já entendi. - apertou a bochecha do namorado. - Estávamos esperando você chegar pra saber se você libera a Amanda ou não? - voltou-se para o amigo.

-Claro, se ela quiser ir. - passou por eles indo para a cozinha.

-Sendo assim, - Carla levantou-se de onde estava. - Vamos nos arrumar meninas. - sorriu batendo palmas.

-E vão se arrumar pra que se nós não vamos estar lá? - questionou Vinícius.

-Eu não vou nem te responder. - disse Carla indo pro quarto, sendo seguida pelas amigas.

As moças retiraram-se e Vinícius seguiu o irmão até a cozinha.

-Você vai mesmo deixar elas irem?

Vitor apenas abriu a geladeira e encarou o irmão mais velho.

-Vinícius, a única que eu "deixei" ir, foi a minha namorada.

-Qual é Vitor, deixar elas irem sozinhas? - cruzou os braços impaciente.

-Se você não quer que a Emily vá, conversa com ela.

-Deixa de ser ciumento Vinícius.

Paulo exclamou entrando pela cozinha e batendo no ombro do amigo.

-Não é nada disso.

-Sei. - sorriu Paulo.

-O Vinícius tá certo. - Thomas adentrou na cozinha. - Se fosse eu iria agir do mesmo jeito.

-Estão vendo, alguém aqui me entende.

-Fala sério. - Vitor pegou um copo de água e escorou-se no balcão ao lado.

-Você ri? - perguntou ao ouvir o irmão soltar um riso fraco. - Fique sabendo que a Emily é minha rainha e eu não quero ela saindo sozinha por aí.

-E vai fazer o que? - perguntou Paulo. - Trancá-la numa masmorra?

-A culpa é sua Paulo.

-Minha?

-Sim, por que essa ideia foi da Carla. Vê se coloca um freio nela.

O rapaz voltou para a sala emburrado e ligou a televisão tentando se distrair.

...

-Rapazes! - Carla chamou. - Nós já vamos.

As moças já estavam prontas para saírem. Passarem pela sala para se despedirem dos rapazes. Paulo e Vinícius estavam espalhados pelos sofás da sala, enquanto Thomas e Vitor vinham da cozinha para a sala.

-Pensando bem Carla, - puxou a namorada. - Você bonita assim e longe de mim... - abraçou-a pela cintura. - Acho que mudei de ideia.

-Obrigada seu bobo! - sorriu para ele enquanto selava os lábios do namorado. - Até mais tarde!

Enquanto Carla ainda estava abraçada ao namorado, Emily se dirigiu a Vinícius que a observou dos pés a cabeça.

-Vou falar com a Cala pra gente não demorar. - cochichou ao aproximar-se do marido.

-Você vai assim? - praticamente ignorou o que ela disse.

A loira vestia uma blusa de frente única vermelha, com um decote profundo. Uma calça jeans modelo saruel que valorizava seus quadris estreitos e um salto exageradamente alto. Os únicos acessórios que usou foram um par de brincos longos e um bracelete no pulso esquerdo, ambos dourados. Por fim, os cabelos, presos por uma trança embutida, que deixava assim suas costas e colo à mostra.

-Ué, e qual o problema? - a loira questionou sem entender.

Thomas, do sofá onde estava agora, pode notar a falta de sintonia na conversa entre o casal ali ao lado. Viu Emily sair para a cozinha e Vinícius indo atras dela. Foi o único a perceber.

 -Ah, outra coisa, e não nos esperem acordados. - anunciou Carla

-Pensei que fossem querer que um de nós fosse até lá buscá-las? - perguntou Vitor parado com as mãos nos bolsos.

-Não precisa, vamos voltar de táxi mesmo. Então, - beijou o namorado mais uma vez. - Tchau pra vocês rapazes!

Amanda, vendo que agora iriam sair mesmo, foi em direção a Vitor para se despedir de seu namorado também.

Ele ao perceber a aproximação da morena, permaneceu onde estava e como estava, nem sequer se mexeu. Isso de propósito.

A morena aproximou-se dele, que a olhava fixamente. Posou as mãos no peitoral do rapaz e devagar levou o rosto até o de Vitor. Ele apenas assistiu a investida da morena sobre si.

Dava pra ver a face de Amanda corar à medida que à distancia entre eles encurtava.

Amanda estava um tanto nervosa com sua própria iniciava. Era com certeza mais fácil quando ele comandava a situação. Sabia que tinham que fazer, mas não podia evitar aquele frio que sempre surgia em sua barriga. Vitor a deixava nervosa, e de um jeito que ela não conseguia entender.

Tomou coragem e enfim colou os lábios nos dele.

Para ajudá-la no que parecia estar sendo uma difícil missão, Vitor passou uma das mãos pela cintura da morena, mas não interferiu, deixou que ela conduzi-se o beijo, que foi leve e suave.

Durou apenas alguns poucos segundos mas, o suficiente para fazê-lo pensar. Quando foi a última vez que isso os aconteceu? Se perguntou por um breve instante.

-Vou esperar acordado até você voltar. - sussurrou ele ao final do beijo, ela apenas assentiu.

A moça respirou fundo e deu dois passos para trás.

Para ele parecia ser tudo muito simples mas, por mais que Amanda tentasse, ela não conseguia ficar a vontade com esse tipo de contato entre eles. Para ela não era impossível fingir um beijo, o problema estava sendo outro, fingir que não sentia nada quando isso lhes acontecia.

-Vamos então? - perguntou afastando-se do falso namorado.

-Ué... Cadê a Emily? - perguntou Carla olhando ao redor.

...

Os dois haviam saído para a varanda dos fundos, sem que ninguém percebesse.

-Esse seu ciúmes não faz sentido.

-Você vai sair com amigas não precisa sair assim.

Ainda estava incomodado com a vestimenta da esposa.

-Como? Vinícius você está sendo ridículo, sabia?

-Não adianta, eu não vou deixar você sair desse jeito Emily.

-Que absurdo é esse? Eu não tô entendendo o porque disso, já que você sai com os seus amigos, às vezes chega a virar a madrugada e eu nunca reclamo.

-É diferente...

-O que? - se mostrou alterada, o que raramente acontecia. - Me diz como, mas vê o que você vai falar, por que vai ter que me convencer da sua resposta.

Interrompeu o marido que se sentiu intimidado, e que não teve como dizer nada.

E Emily, vendo que Vinícius não tinha uma resposta, passou por ele voltando para a sala.

-Vamos meninas. - ordenou uma Emily um tanto estressada.

Ninguém questionou e as três saíram.

...

Estava concentrado em seus pensamentos. Não se lembrava quando fora a última vez que aquilo aconteceu entre eles, um beijo. E também não se lembrava que era tão bom.

Mas, para falar a verdade, ele recordava-se do dia em que eles se beijaram em sua festa de aniversário, os lábios dela eram mesmo tão macios quanto ele imaginou.

-Será que a gente pode conversar um minuto?

-Depende. - avisou ao ver o amigo chegando e atrapalhando seus pensamentos.

-Depende nada. Sou seu amigo e estou aqui pra te ajudar cara.

-Paulo, eu tô querendo ficar sozinho.

-Você ficou sozinho pelos cantos o dia todo Vitor.

-Isso mesmo, e, se não se importar, eu queria...

-Só que eu me importo. É justamente por que eu me importo com você que eu não vou te deixar em paz.

-Qual é Paulo, pirou foi? - perguntou sem entender a atitude do amigo.

-Você talvez, já que se deixou abater desse jeito só por saber que a Érika procurou notícias suas.

Ficou mudo com as palavras de Paulo.

-Eu estou sabendo que ela andou pedindo informações suas pro Thomas.

-E daí, isso não quer dizer nada. - fechou a cara.

-Eu até acreditaria se você não tivesse ficado tão abalado assim meu amigo, mas, pelo que deu pra perceber...

-Deixa de falar bobagens Paulo.

-E você de falar mentiras. Tá na cara Vitor, tá na sua cara que você ficou mexido com o que você soube. Vitor, você tem agido estranhamente e a culpa é ela, não é?

-Admito que foi. Mas cheguei a conclusão de que não ligo pra nada disso.

-Não sei se acredito em você. - esticou uma das sobrancelhas.

-Bom, então eu não posso fazer nada. - deu de ombros.

-Está falando sério mesmo? Agora ela é um caso encerrado de vez?

-Sim. - revirou os olhos. - E a Carla tem a coragem de dizer que eu sou sou o chato.

-Eu vou confiar em você mas, não me desaponte.

Avisou sorrindo para o amigo que lhe sorriu de volta.


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Notas finais do capítulo

Não sei se ficou bom...
Só tem um jeito de saber... vocês me dizerem ^^



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