Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 19
Rainha


Notas iniciais do capítulo

Eaii! Me desculpem pela pequena demora. Eu disse pra uma leitora que iria postar no domingo, but shit happens e eu tive que adiar, mas aqui está o novo capítulo :D Mesmo que você nao tenha deixado review no último capítulo, leia as notas finais porque tenho uma pergunta pra fazer para todos vocês e quero saber as opinioes, ok? Boa leitura, beijocas!



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19. Rainha

Novembro de 1923.

Praticamente o submundo inteiro já sabia quem Blair Waldorf era, além de apenas a filhinha mimada do governador. Ela era aquela que matou Carter Baizen no verão passado, aquela que ajudava a comandar as festas clandestinas, aquela que não sentia pena em assistir alguém sendo executado, e o mais importante: aquela que estava ao lado de Chuck Bass na grande maioria dos speak easies feitos no Victrola. É claro que a sua associação com o crime organizado chamou atenção de outros grandes chefões, mas Chuck garantiu para todos que ela não traria problema algum.

– Ela é mais confiável que qualquer um de seus capangas. – Chuck falou para Al Capone, em uma conversa pelo telefone.

Um dos meses mais frios do ano havia chego, e com ele estava a neve, os ventos, decorações antecipadas de final de ano, e o aniversário de 21 anos de Blair. Novembro era recheado de planos para a soirée de aniversário na cobertura dos Waldorf e os preparativos já começavam a ser planejados desde a primeira semana do mês, mas naquele ano, Blair já havia avisado os pais que queria apenas um jantar casual com os amigos mais íntimos da família, o que os dois prontamente concordaram.

– Acho ótimo que tenha decidido fazer algo mais simples, minha filha. – Harold comentou – Preciso focar na campanha eleitoral do ano que vem.

Eleanor organizou o cardápio do que seria servido no jantar, e Blair, com o auxílio de Serena, montou a lista de convidados e esquema de decoração. Os dias e semanas pareciam ter voado pelo calendário, e agora faltava apenas um dia para o aniversário de Blair.

– Me desculpe por você não poder ir ao meu jantar. – Ela murmurou, seu rosto encostado contra o peito de Chuck e seus braços circulando a cintura dele. Ele deu de ombros e beijou o topo dos cabelos castanhos dela.

– Não precisa se desculpar por nada. Imagine o infarto que seu pai sofreria ao me ver lá? – Chuck riu, e Blair lhe deu um tapa brincalhão no peito – Além do mais, estou feliz por poder passar pelo menos a noite anterior ao seu aniversário com você.

– Eu também. – Ela suspirou contente – Onde vai me levar hoje à noite, aliás?

– Segredo.

– Chuck...

– Não se preocupe com isso... Ah, chegamos ao meu andar. – Ele falou quando as portas de ferro do elevador se abriram.

Blair andara comentando com Chuck o fato de nunca ter conhecido a casa dele de verdade, então ele decidiu levá-la para uma tour em sua cobertura no Empire, hotel que ele chamava de casa desde os 17 anos de idade. Os dois agora estavam saindo do elevador e entrando no enorme “palácio” que Chuck mantinha no último andar do Empire.

– Tudo aqui é tão bonito. – Blair comentou, correndo os olhos pela sala de estar em sua frente. Havia um largo sofá de camurça escura bem no centro da sala, e uma linda vitrola feita no final de 1890 estava posta ao lado de uma estante cheia de garrafas de várias bebidas. Obras de arte enfeitavam as paredes e havia uma única janela no ambiente, do tamanho de uma parede e feita completamente de vidro, coberta com uma pesada cortina de veludo. Blair começou a caminhar pela sala, seguida por Chuck, e logo depois entrou na sala de jogos que era anexa à sala de estar. Nela havia uma mesa de sinuca, poltronas, outra vitrola de modelo raro e mais bebidas dispostas em uma estante.

– Você deve ter feito muitas festas por aqui. – Ela comentou, correndo a mão pelo tecido verde da mesa de jogos. Chuck abraçou-a por trás e plantou um beijo em sua bochecha.

– Nenhuma festa grande o suficiente, eu lhe garanto.

– Certo. – Ela respondeu, fechando os olhos quando sentiu os beijos de Chuck irem para o seu pescoço. – Charles Bass...

– Blair Waldorf. – Ele a ironizou, e riu contra o pescoço dela quando sentiu um tapa acertar suas mãos.

– Você me trouxe no seu apartamento apenas para me seduzir?

– Bem, desde aquele dia, Dorota faz questão de me flagrar entrando na sua casa quase todas as vezes que visito você à noite.

– Ela ainda reclama sobre o ocorrido. – Blair riu – Mas pelo menos não me olha mais com cara feia.

– Uhum. – Ele virou o corpo de Blair de frente para o seu. As bocas se encontraram em um beijo quente e Chuck levantou Blair pela cintura, sem pausar o beijo, para senta-la em cima da mesa de sinuca. A língua dele passeou pelos arredores dos lábios dela e as alças do vestido que Blair usava já haviam caído de lado em seus ombros, de modo a deixar a pele ali completamente exposta. Chuck se acomodou no espaço entre as pernas de Blair e desceu sua boca para o pescoço, beijando cada canto da nuca dela. Ele fechou os olhos e aspirou fundo, sentindo a essência da pele de Blair.

– Eu amo seu cheiro. – Chuck sussurrou, e suas mãos apertaram a cintura dela de um jeito possessivo.

– Eu amo o jeito que você me toca. – Blair respondeu, seus braços e pernas o trazendo o mais perto possível. Ele agora acariciou as bochechas dela e lhe deu um pequenino beijo.

– Eu amo a maciez dos seus lábios.

– Eu amo o jeito que você me olha.

– Eu amo a suavidade da sua pele.

– Eu amo você.

Assim que as palavras escaparam sem querer da boca de Blair, os dois congelaram. As pernas dela permaneceram imóveis ao redor da cintura de Chuck, e Chuck engoliu em seco, sem conseguir olhar nos olhos dela. Após meio minuto de um silêncio constrangedor, Chuck abriu a boca para falar algo, mas conseguiu apenas murmurar alguns “Hm”, e Blair se soltou completamente de seu corpo.

– Chuck... – Ela começou a falar, tentando fazer com que ele olhasse pra ela. Ele continuava parado, encarando qualquer coisa que não fosse ela, e quando Blair tentou falar algo novamente, o barulho das portas do elevador de ferro foi ouvido e passos se aproximaram.

– Olá? – A voz de Nate soou da sala de estar. Blair pulou da mesa de sinuca e ajeitou seu vestido, enquanto Chuck pigarreou e arrumou a sua camisa.

– Hey, eu... Oh. – Nate parou na entrada da sala de jogos, e suas bochechas ficaram vermelhas – Me desculpem, eu não sabia que vocês estavam aqui.

– Está tudo bem, eu já estava de saída. – Blair respondeu, saindo praticamente correndo e sem olhar para trás.

– O que aconteceu com ela? – Nate perguntou, apontando para o elevador por onde Blair havia acabado de sair. Chuck suspirou e se encostou na mesa de sinuca.

– Fiz uma besteira.

XOXOXO

Serena praticamente voou para dentro do quarto da melhor amiga, com uma caixa em mãos, e pulou em cima da cama onde Blair estava deitada. Ela abraçou a quase aniversariante e colocou a caixa de lado.

– Amanha é seu aniversário e você está neste estado? – Serena perguntou – Sua animação é de dar inveja.

– Cale a boca. – Blair murmurou, com os olhos fechados – Estou com dor de cabeça.

– Então vamos cuidar disso, certo? – Serena se sentou na cama e empurrou a caixa grande e branca na direção dela - Chuck mandou isso pra você. Abra logo porque também estou curiosa para saber o que é!

Blair abriu um olho e espiou a caixa.

– Não quero presente algum.

Serena franziu o cenho.

– Desde quando você recusa presentes?

– Desde que eu descobri que a pessoa que mandou o presente não gosta de mim e nunca gostou.

Serena revirou os olhos.

– B.

– Hm.

– Que besteira.

Blair bufou e se sentou na cama, de frente para Serena. Foi então que a loura percebeu que os olhos de sua melhor amiga estavam um tanto vermelhos e inchados.

– Você estava chorando? O que aconteceu?

Então Blair contou toda a sua história, desde o momento que pediu Chuck para conhecer sua casa de verdade até o silêncio embaraçoso após um “Eu te amo” dito por ela.

– Mas o seu “Eu te amo” foi acidental, não? Quer dizer, era um momento empolgante, as pessoas dizem as coisas mais diversas nestas horas.

– Foi acidental... E não foi.

As duas permaneceram quietas por alguns segundos, até que Serena entendeu o que Blair quis dizer e sua boca formou um pequeno “o”.

– Então você ama Chuck? De verdade?

Blair permaneceu calada, e Serena teve um mini ataque eufórico. Após Blair ameaçar “cortar seus longos cabelos louros com uma navalha”, Serena acalmou-se e colocou o presente de Chuck em seu colo.

– Olha, Dorota me entregou isso quando eu estava subindo para o seu quarto. Ela disse que um homem loiro e grandão, que provavelmente era Jeremy, passou aqui e disse que “o Sr. Bass mandou entregar para a Srta. Waldorf”, então ele provavelmente está mandando desculpas ou algo assim, já que foi depois do incidente no apartamento dele. Vamos lá, B, abra logo!

Blair suspirou e pegou a grande caixa do colo de Serena. Ela abriu o pacote e lá estavam uma máscara de festa e um vestido, com um cartão anexo à mascara. Ela pegou o cartão e o leu em voz alta.

Espero que goste dos presentes. Vou lhe buscar às onze. CB. – Blair revirou os olhos e jogou o cartão para o lado – Nem um pedido de desculpas, nem uma menção do que aconteceu agora de manhã! Você consegue acreditar nisso?!

Serena estava muito ocupada analisando o vestido que Chuck havia dado de presente para Blair. Era um lindo e caríssimo Coco Chanel, roxo escuro e de comprimento no joelho, com inúmeras pequenas pedras brilhantes (espere, isto são diamantes?) penduradas na saia. A máscara era preta com roxo, combinando com o vestido, e tinha uma elegante pena de enfeite em uma das pontas. Era o visual perfeito para Blair.

– Isso vai ficar lindo em você. – Serena esticou o vestido em cima da cama. Blair olhou para a roupa, e relutantemente passou a mão por cima dos cristais da saia.

– Chuck tem bom gosto.

Serena sorriu e empurrou Blair levemente com o ombro.

– Vista o vestido e a máscara e espere por ele hoje à noite. Quem sabe Chuck não tem um pedido de desculpas espetacular planejado pra você?

Blair cruzou os braços e encarou o chão.

– Tudo bem.

– Yay! – Serena abraçou a melhor amiga – Eu sabia que você ia concordar!

XOXOXO

Chuck Bass só havia pronunciado as três palavras, sete letras, uma vez em sua vida inteira e a experiência não havia sido muito boa. Ele tinha sete anos de idade, havia acabado de começar as aulas na escola preparatória exclusiva para meninos e aprendera em uma das aulas que os pais deveriam ser amados e respeitados acima de tudo. O pequeno Chuck desenhou o pai, Bart Bass, em seu livro de filosofia avançada da primeira série e mostrou a arte à ele.

– Papai – O menino abriu o livro – Olhe, desenhei o senhor!

Bart Bass baixou o jornal que estava lendo para olhar brevemente a arte que o filho havia feito. Era um desenho simples que todo garoto de sete anos sabia fazer e estava prestes a desviar os olhos, mas quando percebeu que os traçados feitos à lápis e caneta estavam no livro de filosofia, ele enfureceu-se.

– Charles, o que significa isso???

O pequeno Chuck corou.

– Eu desenhei o senhor. – Ele repetiu – Eu te amo, papai.

– Você arruinou seu livro de filosofia avançada que veio do Reino Unido! Sabe o quão caro este material é?! Custa uma fortuna!!

– Mas eu...

– E não fale aquilo de novo, “Eu te amo”. – Ele bufou – São palavras de fraqueza. Nunca fale isso, pois todos ao nosso redor querem nos apunhalar pelas costas, e ninguém merece ser amado. Agora vá para o seu quarto e dê um jeito de apagar estes rabiscos do seu livro!

O pequeno Chuck obedeceu o seu pai: foi para seu quarto, apagou o desenho, e nunca mais falou as três palavras, sete letras. Nunca mais.

– Hey, cara – Nate o cutucou no ombro – Não estava me escutando?

Chuck piscou algumas vezes e voltou à realidade. Ele estava parado em frente ao espelho de sua suíte, vestindo seu paletó negro e montando o topete de seu cabelo, faltando pouco menos de uma hora para sair e buscar Blair. Nate colocou as mãos nos bolsos de suas calças e encostou-se contra uma das paredes do quarto casualmente.

– Então, me escutou ou não?

– Desculpe, Nathaniel, pode repetir?

– Eu disse para você cruzar os dedos e rezar para que Blair não lhe empurre escada abaixo quando for buscá-la nos Waldorf. – Ele riu – Se a conheço bem, ela deve ter ficado um tanto brava com você.

– Muito obrigada pelos conselhos – Chuck revirou os olhos e terminou de fechar os botões de seu paletó – E então, como estou?

– Está supimpa. – Nate aprovou – Já está tudo pronto no Victrola, se você quer saber.

– Perfeito. – Chuck deu um último ajuste em seu cabelo e virou-se para Nate – Talvez eu deva mandar um motorista até os Waldorf, não acha?

Nate riu.

– Está com medo?

Medo. – Chuck ironizou – Só acho que será melhor se Blair me ver apenas no Victrola.

– Tudo bem. – O consiglieri deu de ombros e pegou a própria máscara, que era negra e simples, e a colocou no rosto – Mando o motorista pegar Blair. Eu vou em casa buscar Serena e depois vamos direto até o Victrola, certo?

– Certo. – Chuck respirou fundo e também vestiu sua máscara, preta com roxo – Lá vamos nós.

XOXOXO

Faltavam dez minutos para as onze horas. Harold e Eleanor já estavam na cama, Dorota estava terminando de lavar a louça do jantar e Blair vestia um vestido novo, roxo, preto e coberto de pequenos de diamantes na região da saia. A roupa coube como uma luva em seu corpo e ela conseguia apenas pensar em como Chuck acertara tão bem a escolha do visual e tamanho ideal de vestido para que ficasse tudo perfeito nela. Talvez ele tivesse memorizado cada parte de seu corpo para que pudesse comprar um vestido que lhe fazia justiça.

Onze horas. Dorota já havia se recolhido e Blair desceu as escadas pé por pé até descer no hall e entrar no cadilac preto que a esperava no meio fio. Chuck não estava lá e Blair vestiu sua máscara, com um gigante beiço de decepção se formando em seus lábios pintados de vermelho. Não demorou muito e o motorista já estava do lado de fora abrindo a porta do carro para que ela pudesse descer.

– Você sabe me informar o que está acontecendo? – Blair perguntou ao motorista, que apenas encolheu os ombros e respondeu:

– Não sei, senhorita.

Blair suspirou e entrou no Victrola. Logo no início, ela reparou que aquela era uma festa diferente: todos os convidados vestiam máscaras, ao invés de whisky e chopp eram taças de champagne que estavam sendo servidas, recipientes com morangos e bombons estavam distribuídos pelas mesinhas e cristais decoravam os arredores do ambiente. Ela caminhou pelo mar de gente e logo sentiu alguém pular em seus ombros e lhe dar um abraço animado.

– Você veio, B! – Serena exclamou. Ela usava um vestido dourado de alças grossas e uma máscara brilhante com glitter igualmente dourado que exaltava a beleza de seus cabelos louros. – Como está?

– Estou bem. Que tipo de festa é essa?

– É um baile de máscaras, oras. – Serena apontou para a própria máscara. – Chuck e Nate decidiram variar.

– Ah. – Blair respondeu, dando mais uma olhada em volta – Você viu Chuck?

– Eu... Ah, ai vem ele.

Assim que sua melhor amiga falou, Blair sentiu dois braços se fecharem em sua cintura e um beijo carinhoso sendo dado em seu pescoço. Ela se virou e deu de cara com Chuck, usando um terno completamente preto e uma máscara que combinava exatamente com a sua.

– Boa noite, Waldorf.

– O que é isso? – Blair o cortou.

– Isso o quê? – Chuck perguntou inocentemente.

– Máscaras, chocolate, champagne...

– Bom, eu vou procurar Nate. – Serena deu tapinhas nos ombros do casal – Vejo vocês por ai.

A loura se afastou e os dois olharam um para o outro. Chuck suspirou e pegou as mãos de Blair.

– Amanha é seu aniversário.

– É o que dizem...

– E eu queria fazer um speak easy diferente... Que tivesse a ver com você.

Blair corou.

– A festa é para mim?

Chuck a puxou pelos dois braços e colou seu corpo no dela. Há centímetros dos lábios um do outro, ele murmurou:

– Sim.

Blair sorriu e colou sua boca na dele. Estava tão bom que ela até esqueceu por alguns segundos dos morangos, chocolates, champagnes e acontecimentos inesperados daquela manha, mas quando os dois pararam para respirar, ela lembrou. E o sorriso apagou de seu rosto.

– Chuck, sobre o que eu disse hoje, quando estávamos no seu apartamento...

– Não precisa se preocupar, Blair, eu é que peço desculpas.

Blair ergueu uma sobrancelha

– É mesmo?

– Sim, eu fui um tanto bruto... Me desculpe, eu estou realmente arrependido.

– Hum... – Blair olhou para o chão – Tem mais alguma coisa que queira me dizer?

– Eu... – Ele deu uma leve tossidinha – Espero que goste da festa.

O olhar de Blair foi do chão para o rosto de Chuck imediatamente.

– E o que mais?

– Acho que é só... – Ele hesitou, e Blair bufou. Ela se afastou de Chuck e sumiu pelo mar de convidados da festa, pegando uma taça de champagne no meio do caminho e virando a bebida em um gole só.

Que se dane o bom comportamento. Ela pensou, pegando mais uma taça de champagne e a virando novamente.

XOXOXOXO

Cinco minutos para a meia noite, cinco minutos para o aniversário de Blair. Chuck havia procurado sua namorada por todos os lugares, mas nenhuma pista dela fora encontrada. Serena disse que não a viu mais desde que deixou os dois conversando quando chegaram à festa, e Nate também não sabia de nada. Finalmente, com a ajuda de Anthony, Chuck encontrou Blair no beco ao lado do Victrola, onde uma vez os dois treinaram tiro ao alvo juntos. Ela estava encostada contra uma das paredes, encarando o muro cheio de buracos ao fundo e cantarolando baixinho para si mesma, mas quando viu que Chuck se aproximava, assumiu uma postura ereta e parou de cantar.

– O que está fazendo aqui fora quando há uma festa inteira para você lá dentro? – Ele perguntou, parando ao lado dela na parede.

– Estava me sentindo um tanto tonta por conta do champagne e decidi respirar um pouco de ar fresco.

Chuck acenou com a cabeça. Os dois ficaram em silêncio por um minuto, até que ele fez a pergunta que o incomodara desde o início da festa:

– Porque está tão brava comigo?

– Eu não estou brava.

– Sim, está.

Blair suspirou.

– Não é brava... estou só...um tanto desapontada.

– Por quê?

Ela virou em direção à ele e os dois se olharam nos olhos.

– Eu gosto muito de você, Chuck. Mais do que eu gostaria, para falar a verdade. Aquilo que eu falei hoje pela manhã, bem, saiu na hora errada, mas eu não menti. Eu nunca me senti deste jeito em relação à alguém, e você foi o primeiro homem que eu realmente quis. Quero, para ser sincera, e duvido que vá parar de querer. – Ela sentiu seus olhos se encherem d’água, mas continuou falando – Nosso relacionamento é conturbado, secreto, e Deus me ajude, meu pai nunca poderá descobrir, mas para continuar com isso que nós temos eu moveria montanhas, Chuck. Nada é mais puro do que eu sinto por você. E me desculpe se você se sente de outro jeito, ou não tão apaixonado por mim quanto eu estou por você, mas eu realmente não me arrependo de nada.

– Blair, eu...

– Diga.

Chuck olhou para seu relógio de pulso Cartier. 23:58hrs.

– Vamos entrar.

Blair o encarou, chocada.

– Você não vai fazer isso comigo.

– Só peço que entre, por favor. – Chuck pegou o braço dela gentilmente, mas Blair se afastou.

– Não, não me toque! Depois de tudo que eu falei, você me responde com um “Vamos entrar”?? – Ela quase gritou, incrédula. – Você é inacreditável.

– Blair, eu quero te mostrar uma coisa!

– Não moverei meus pés para ir à lugar nenhum.

– Então eu mesmo levo você. – Chuck falou, e em menos de um segundo, Blair estava em seus braços, sendo carregada para dentro do Victrola. Ela fechou os punhos e bateu com força nos ombros de Chuck, mas quando o relógio bateu meia noite e os dois já estavam praticamente no meio do salão, ele a largou no chão e de repente todos os convidados retiraram suas máscaras e começaram a cantar:

Happy birthday to you, happy birthday to you, happy birthday Blair Waldorf, happy birthday to you!!

– Viva Blair! – Serena gritou no meio do público, com uma taça de champagne erguida no ar, e todos responderam com um alto coro de “VIVA!”. Blair olhou em volta, surpresa, e reconheceu o rosto de alguns chefões de máfias de outros estados, parceiros pessoais de Chuck, Serena e Nate, claro, e outros amigos confiáveis do grupo. Chuck a pegou pela mão e sussurrou em seu ouvido:

– Feliz aniversário, minha rainha. Eu te amo.

Todos ao redor continuavam a aplaudir e Blair lançou seus braços ao redor do pescoço de Chuck, capturando seus lábios em um fervoroso beijo no meio da pista. Ela sorriu e respondeu, sua boca ainda tocando a dele:

– Eu também te amo.

XOXOXO

Blair acordou no dia seguinte com uma enorme ressaca e dor de cabeça, porém feliz. Seus pais entraram em seu quarto e cantaram “Parabéns”, com um pequeno bolinho de chocolate em mãos e uma vela cor de rosa para que ela soprasse, e Dorota lhe deu um beijo na testa desejando “o melhor para sua pequena Miss Blair, sempre”. Após Harold presentear a filha com um lindo anel de diamante rosa e Eleanor com um vestido da última coleção de Schiaparelli, a fiel empregada esperou até que os dois saíssem do quarto e entregou uma nota para Blair.

– Isto foi entregue por um daqueles. – Dorota fez cara feia, mas largou um pequeno envelopezinho nas mãos de Blair.

– Muito obrigada, Dorota. – Ela piscou – Segredos, certo?

A empregada começou a xingar em polonês e se retirou. Blair abriu o envelope e leu a nota que estava escrita em uma caligrafia que ela poderia reconhecer a distâncias:

Não marque nada para o próximo final de semana, levarei você para um passeio diferente. Feliz aniversário! CB


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Notas finais do capítulo

Ok, antes de responder as reviews: Estou escrevendo uma fanfic nova (só vou postá-la depois que terminar a BK) e nela Chuck e Blair tem um bebê. A pergunta é: vocês preferem ler fanfics que o filho dos dois seja um menino ou uma menina? Antes de revelarem o Henry, eu sempre escrevia fanfics em que Chair tinha uma menininha, porque sempre quis que eles tivessem uma filha, mas depois murchei porque a criança acabou sendo um menino hahaha Enfim, me respondam. Beijocas, e até ali embaixo (ou próximo capítulo, mas né, espero que você deixe sua review):

Polyana: Hmmmmmmm será? Não sei se os pais da Blair vão descobrir tao cedo assim hahaha Beijos!

Lucy: Mandei o Dan pra bem longe e não pretendo colocar ele na fanfic de novo hahaha obrigada pelos elogios, viu? Bjos!!

Mayara: AWWW *0*

Rachel Potter: Ah, aconteceu né, fazer o que? hahahaha Ainda bem que foi a Dorota que pegou os dois, e não os pais da Blair! Enfim, obrigadinha por deixar seu comentário. Bjssssss

FromManhattan: Hahaha obrigada! Dorota sempre dá um UP nas fanfics, não é? :DD Obrigada por comentar, bjocas!

Jessica Sperandio: Ninguém resiste à Chuck Bass hihihi Beijinhos!

Gercisales: Eleanor nããooo hahaha Não vou dificultar a vida dos dois tanto assim :3 Beijocas!

Just a girl: Awww s2 Capaz, sem problemas pelo seu comentário ter sido cortado. Muito obrigada pelos seus elogios, são leitores como você que estimulam o escritor a seguir em frente. Beijocas e até a próxima!

Gabriela: Dorota pode estar de cara amarrada agora, mas ela vai ajudar muitooo esse casal lindo a se virar hahaha Beijoos!