Promise escrita por Jajabarnes


Capítulo 7
Convite.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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-Já estou indo! - Helen falou atravessando a sala de estar e seguindo até a porta, ao abri-la, encontrou um sorriso branco.

-Bom dia, tia Helen, a Susana está? - perguntou Lúcia.

-Bom dia, querida, sim, ela está lá em cima, pode ir lá. - deu passagem a moça que subiu as escadas indo em direção ao quarto da amiga. Encontrou a porta fechada, então bateu. Assim que a porta abriu, antes que pudesse formular um sorriso enorme para a amiga, Lúcia sentiu Susana puxá-la para dentro do quarto e fechar a porta.

-Lúcia! Queria mesmo falar com você! - disse a morena.

-Bom dia para você também. - brincou Lúcia, rindo e se sentando na cama. Susana foi e se sentou com ela.

-Desculpe – pediu. - Bom dia, Lu!

-Bom, parece que o que você tem a me dizer é importante. - notou sorrindo e já imaginando o que seria. - Você está tão feliz... Anda, diga logo!

Susana suspirou, jogando-se de costas na cama.

-Eu estou apaixonada, Lúcia... - falou com um leve sorriso, olhando para o teto com os olhos brilhantes. A boca de Lúcia formou um “O”, mas esse formato logo foi substituído por um sorriso; ela se deitou na cama também, de costas para o teto, apoiando-se nos cotovelos, Susana se ajeitou, deitando-se de lado com um cotovelo apoiado na cama e a cabeça apoiada na mão.

-Me conte tudinho! Tudinho mesmo! - pediu Lúcia eufórica.

-Você já viu Caspian depois que ele retornou? Não? Ah, Lúcia, você tinha razão, ele está tão lindo... - falou Susana calmamente. Lúcia pôs-se a ouvir ansiosamente. - Ele veio até minha casa no dia em que chegou, veio com o pai dele e nós fomos até a feira comprar o que faltava para o almoço...

-Sim, sim, isso você já me contou! - apressou a outra, alegre. - Ele marcou um encontro com você na clareira, conte como foi!

-Bem, eu cheguei primeiro como nos velhos tempos – Susana riu. - Mas ele não demorou nada... Nós começamos a conversar e então...! - Susana parou de falar, lembrando-se do momento, fazendo Lúcia chegar à beira de um ataque.

-Então o que?!

Susana suspirou.

-Ele me beijou.

Lúcia não conteve mais o gritinho que estava preso em sua garganta.

-Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhh! - comemorou ela.

-Shhhhh!! - pediu Susana, urgente.

-Desculpe. - pediu Lúcia, sorrindo de orelha à orelha. - Puxa, ele beijou mesmo você? Como foi?

-Foi ótimo... - Susana corou. - Caspian tem um beijo incrível... - comentou e as duas riram de felicidade.

-Mas e então, vocês estão juntos agora? - perguntou Lúcia, ansiosa e mal se contendo de alegria por sua amiga.

-Bom... Não. - disse Susana calmamente. Lúcia fez uma careta de frustração. - Lúcia, passamos muito tempo sem nos ver, temos que nos conhecer novamente, muita coisa mudou comigo nesse tempo todo e deve ter mudados várias em Caspian também. Acho que se forçarmos um compromisso agora, há mais chances de dar errado e eu sem dúvida não quero isso...

-Entendo. - concordou Lúcia, logo abrindo outro sorriso. - Mas conte mais! O que aconteceu depois? - ela viu Susana abrir outro sorriso contagiante.

-Bom, depois de nosso encontro na clareira, passamos alguns dias sem nos ver e eu estava quase morrendo de saudades dele, mas não sabia quando poderia vê-lo novamente, então decidi ir até a cachoeira. Fiquei apenas com a roupa de baixo e mergulhei, passei vários minutos nadando até que, quando volto a superfície, adivinha quem estava lá! - Lúcia permaneceu quieta, sentindo câimbras nas bochechas, mas não conseguiu desfazer o sorriso. Susana continuou. - Ele entrou na água e depois de conversar um pouco mais, ele me beijou outra vez. - Lúcia vibrou. - Então nós continuamos nadando, fomos até aquela caverna que lhe falei...

-E então? Ele beijou você de novo depois disso?

-Bem – Susana corou novamente e Lúcia soube que vinha mais um beijo por aí. - Sim. E não foi um beijo como os de antes, muito pelo contrario. Foi um beijo mais intenso e profundo... - a voz de Susana foi se perdendo enquanto ela estremecia sentindo novamente tais sensações. Lúcia sorriu, ela estava feliz pela amiga, mas, até então, conseguiu esconder o que estava lhe preocupando, o que a levara até a casa de Susana, e ela se perguntava se devia contar. No fim das contas, decidiu que sim, na hora certa, ela diria, enquanto isso, faria de tudo para manter a felicidade da amiga.

Não muito longe dali, no porto, um navio acabara de aportar e os passageiros desembarcavam. No mastro do navio era possível ver a bandeira de seu país, balançando ao vento que vinha do Leste. Um dos últimos a desembarcar foi um rapaz, ele arrastava uma mala pesada, resmungando reclamações a torto e à direito. Então, assim que conseguiu colocar a mala longe da aguá, ele ergueu os olhos, olhando para a cidade que há tanto tempo não visitava. Respirou fundo, descobrindo que fez a escolha certa em vir para cá essa época, Cair Parável é linda na primavera. Ao trazer a visão para mais perto, viu um rapaz de cabelos escuros desgrenhados e pele clara se aproximando.

-Nossa! Você crescer! - disse ao rapaz com seu sotaque acentuado.

-Você também! - eles trocaram um abraço amigável. - Como foi de viagem?

-Cansativo, mas nada forra da normal.

-Que bom... Vamos, mamãe preparou algo especial para a sua chegada.

Com a ajuda do primo, o rapaz levou a mala pesada até a casa dele, onde ficaria hospedado e onde sua tia o recebeu com todo tipo imaginável de doces sendo seguida por seu tio que fazia inúmeras perguntas a respeito dos pais dele e da vida na Calormânia.

[…]

No dia seguinte, Edmundo encontrou com Lúcia que acabava de sair da casa de Susana. Ele tentou ignorar o frio na barriga, mas foi inevitável assim que a viu sorrir e caminhar em sua direção.

-Como vai, Ed? - perguntou.

-B-bem. E você? - ele sorriu.

-Ótima! Acabei de vir da casa de Susana.

-Eu soube que Pedro vai chegar a cidade amanhã, poderíamos marcar para todos nos encontrarmos para matar a saudade. - disse, gentilmente.

-Oh, seria ótimo! - animou-se ela. - Onde?

-Poderíamos ir recepcioná-lo no castelo amanhã, fazer uma surpresa e então saímos, fazer um piquenique na praia, para comemorar por estarmos todos juntos de novo, depois de tanto tempo.

-Claro, venha, vamos falar com Susana agora mesmo! - deixando-o surpreso e extremamente nervoso, ela o pegou pela mão e levou-o até a casa da amiga.

Bem próximo dali, na Rua da Feira, Caspian selecionava o que o pai lhe pedira para comprar. Começara pelas batatas, colocando-as na sacola de papel, com um sorriso bobo no rosto, lembrando-se da agradável companhia de Susana quando ele viera ajudá-la com as compras e desejando intensamente poder estar como ela novamente. Quando seus devaneios foram interrompidos.

-Essa batata está estragada. - uma voz conhecida, porém não desejada, disse ao seu lado. Ele ergueu o olhar e encontrou os olhos azuis da loura que sorria para ele. Em seguida, Caspian olhou para a batata em sua mão, prestes a entrar na sacola. Ela realmente estava estragada.

-Er... Parece que sim... Obrigado. - disse ele, tratando de dar uma rápida olhada para dentro da sacola de papel, certificando que nenhuma outra estava naquelas condições.

-Você parece distraído. - ela puxou assunto.

-Só um pouco disperso. - ele deu de ombros, pouco animado.

-Entendo... O que tem feito desde que chegou, Caspian? - perguntou ela.

Além de pensar em Susana...?

-Nada. - falou ele, distraidamente.

-Sabe, meu irmão chegará amanhã a Cair Parável. Vocês eram muito amigos, não?

-Sim, e ainda somos, se depender de mim. Assim como Edmundo, Lúcia e Susana. - disse, fingindo estar distraído com as batatas, mas especificou os nomes para que, talvez, com sorte, ela percebesse que seu nome não contava na lista dos “Muito Amigos”. Porém ela não se tocou.

-Edmundo já falou com você sobre isso? - perguntou.

-Não, por que?

-Bom, então ele ainda vai, ele está convidando todos para irmos recepcionar Pedro no castelo. Todo mundo dos velhos tempos.

-Pedro estará mesmo de volta?

-Sim – ela sorriu radiante por ele parecer estar interessado em suas informações. - Chega amanhã depois de passar alguns anos na Arquelândia junto com o prínci...

-Sabe se Edmundo já falou com Susana? - interrompeu Caspian.

-Não sei, acho que não. - respondeu a moça. Caspian pagou as batatas sem notar o aborrecimento de Lilliandil quando ele falou em Susana.

-Então eu vou falar com ela. Obrigado por me avisar. - então ele saiu, deixando-a bastante irritada.


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Notas finais do capítulo

Então! Até o próximo capitulo!
Beijokas!!



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