The Day When I Shot Down My Lover escrita por Junky


Capítulo 1
Galaco, Cerveja e Demônios


Notas iniciais do capítulo

Se você está aqui, provavelmente vai ler, então, desde já, obrigada OwO
Eu disse que é Yuri? É só um segundo aviso se eu não coloquei anteriormente -q
Boa Leitura~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327021/chapter/1

Naquele dia, o céu estava claro e o tempo quente, mostrando os primeiros sinais do verão. Eu saio cedo de minha casa, antes do meu padrasto acordar, para fazer as compras do mês. Minha mãe casou com ele porque achava que faria bem para nós. Mas não vi aquele estúpido mexer um músculo para trabalhar. Eu saio cedo de casa por duas razões. A primeira e que o centro de Aceid era longe de onde moro. E segunda, e mais óbvia, o único horário que aquele preguiçoso fedido não estava reclamando que não tem cerveja. Essa é a vida de quem mora do outro lado da floresta de Eldoh.
 

Meu trajeto até o centro de Elphregot demorava cerca de meia hora. E como era muita coisa para comprar, eu sempre fazia 3 trajetos de ida e volta. Primeiro, eu comprava os alimentos primeiro e deixava em casa. Segundo, eu comprava as coisas para casa e voltava. E por terceiro, e último, comprava as cervejas do meu padrasto, se voltasse sem elas eu provavelmente seria mandada para Lucifenia no meio da guerra. Hoje em dia, essa é a pior ameaça.
 

Antes eu passava pela cidade de Toragay, mas, da última vez que passei estava abandonada, nenhum sinal de vida existente. E a partir desse dia, eu passei a caminhar pela floresta de Eldoh.
 

Cheguei em Aceid sentindo que podia tossir todos os meus órgãos. Tinha sorte que essa era a última vez que eu vinha aqui, pelo menos hoje. Caminhei em direção ao bar, o único de Aceid que me dava um desconto.
 

Entrei no bar e percebi que estava mais cheio que o normal, mas, antes de listar minhas suspeitas, ouvi uma voz conhecida me chamar.
 

"Mayu!!", disse o de cabelos roxos, me aproximei da bancada, apoiando meus cotovelos nela. "Quanto tempo! Faz quase um mês!", disse em um tom engraçado. Não me segurei e ri, mesmo recebendo olhares negativos de bêbados.
 

"Então, novidades, Gakupo?", perguntei enquanto ele secava alguns copos. Quase tive um ataque cardíaco quando ele chegou perto do meu ouvido sussurrando, "Teve mais assassinados, dessa vez foi em Levianta.", e se afastou sorrindo.
 

Era incrível a felicidade dele quando falava desses assuntos, as vezes me dava medo.
 

"Mas, eles já descobriram o que aconteceu em Toragay ou quem matou Michaela?", faz um tempo que esse assunto me incomodava, mas ninguém resolvia nada!
 

"Eu ouvi dizer, só ouvi, que quem matou ela foi um dois servos de Rilliane", como o esperado! Aquela rainha estava sempre metida nesses assuntos. Eu já tinha me esquecido do porquê de estar aqui. "Ah, sim, Gakupo?" "Sim?" "Pode me dar dois engradados do de sempre?", ele fez uma cara não muito alegre, "Eles só chegam depois do almoço... MAS ELES CHEGAM! EU TENHO CERTEZA!", ele bateu as mãos na bancada com uma cara desesperada. Coitado, sempre fica desesperado quando as encomendas demoram.
 

Ele suspirou, "Mayu, pode fazer um favor para mim?" "Faço." "Eu tenho uma prima minha, muito chegado, que esta chegando hoje de Marlon." "Não sabia que tinha família em Marlon." "Eu seu, eu sei. Continuando, ele não sabe onde é o bar, você pode trazer ele aqui, por favor?”.
 

"Espera. Você esta me dizendo que eu tenho que buscar uma garota que eu, simplesmente, nunca vi na vida e trazê-lo para cá?", ele fez uma cara aliviada, "Ainda bem que entendeu rápido, pensei que teria que explicar novamente.", eu esperava que ele tenha brincado.
 

Depois de um tempo discutindo se eu iria ou não, ele acabou me deixando sem opções quando disse que cobraria só um dos engradados e o outro, bem, era "por conta da casa". E eu estava andando pelas dependências de Aceid (sim, dependências!) procurando uma garota que nem conheço. A única coisa que ele disse é que o nome dela é Galaco
 

Enquanto eu andava, senti algo bater em mim e me jogar no chão, ou melhor, alguém. Eu bati minha cabeça no chão e doía muito. Levantei um pouco e tentei ver quem era. Ela tinha cabelos.e olhos castanhos, e julgando pela altura, era um pouco maior que eu. Muito bonita por sinal. Recuperei-me e levantei rapidamente.
 

Ela se levantou e veio em minha direção, "Desculpe-me, eu devia...", ela mal terminou a frase e eu interrompi, "Não, eu que devia me desculpar. Eu devia começar a olhar por onde ando", ela ficou surpresa com a minha determinação. "Bem, sendo assim talvez eu pudesse saber seu nome?" "Só se eu souber o seu.", ela riu.
 

"Meu nome é Galaco", quando ela terminou a frase eu senti meu rosto perder toda a cor. Encontrei-a meio rápido, não?
 

"Meu nome é... hm... Mayu...", falei tentando desviar o olhar. Ela riu novamente pela minha atitude. "Muito prazer em conhecê-la.", disse ele ajeitando as roupas, "Agora, com licença, eu deveria ir..." "Ao bar do seu primo.", cortei a sua frase novamente, só que desta vez, rindo. "Isso mesmo, como sabia?" "Seu 'querido' primo me nadou te procurar.", a minha vontade era de falar 'querido e preguiçoso', mas seria falta de educação. “Oh, sim...”, disse pensativa.

Um silêncio desconfortável durou 5 minutos, até que ela disse algo “Nós já nos vimos antes?”, eu acho que eu tinha deixado bem claro que eu não a conheço. Mas tudo bem, vai ver que tem alguém igual a mim em Marlon. “Não... Eu acho que não.”.
 

Começamos a andar em direção ao bar e aquele silêncio ainda me incomodava. Tentei quebrar o silencio várias vezes perguntando sobre a viagem até aqui, como é Marlon, entre outros. Chegamos ao bar e, surpreendentemente, estava lotado. Acho que Gakupo vendeu a alma dele em troca de clientes. Notei que vários clientes eram mulheres, então, agora eu tenho certeza que ele se envolveu com uma bruxa.
 

Logo que entramos, ouvi Gakupo gritar, “AQUI!”. Olhei para todos os lados e não achei. Senti Galaco me cutucar. “É ali...”, disse apontando uma porta onde Gakupo estava. Fomos até lá o mais discreto o possível.
Entramos na sala e Gakupo a trancou. “Ufa...”, disse cansado, “Finalmente! Pensei que eu ia morrer aqui!”, olhamos para Gakupo entendendo uma palavra se quer do que ele disse. “O que?”, dissemos ao mesmo tempo. Ele bateu com a própria mão na testa. Acho que agora ele sabe como eu me sinto ás vezes.
 

“Não está vendo que são caçadores de recompensas?!”, disse apontando para o lado de fora, mesmo com a porta fechada. “TANTOS BARES EM ACEID E ELES ESCOLHEM JUSTO O MEU?!”, desespero novamente. “Okay, vamos sair por trás, pegar suas coisas e partir para Yatsky antes que destruam o bar e—“ "Explique direito essa situação.", Galaco o interrompeu (Aleluia, ela falou!).
 

Só depois desse silêncio que a frase de Galaco causou, eu consegui prestar atenção na sala que estávamos. Era como um pequeno escritório, cheio de papéis. A mesa que estava no centro estava mais desorganizada que o resto da sala. Se meu padrasto estivesse aqui eu pensaria que estava em casa.
 

Gakupo suspirou, "Pelo que eu ouvi, disseram que tem um demónio solto pela floresta de Eldoh. Provavelmente ele veio de Lucifenia, mas também há suspeitas de vir de Belzenia.". Perfeito, um demónio. Por que não aparece logo um dragão e destrói tudo? "Recompensa de quanto?", disse Galaco, mesmo sério, eu conseguia ver um certo brilho nos seus olhos.
 

Eu mereço, só pode. Um é medroso e a outra quer a recompensa, o pior de tudo é que eles provavelmente vão me envolver! Se eu fugisse para Yatsky agora ninguém ia perceber. "Está decidido.", ouvi Galaco dizer. Era melhor eu sair de lá logo, antes que eles decidam me usar de isca. "Aonde vai, Mayu?", gelei ao ouvir a voz de Galaco.
 

Oh, Deus, me desculpe por todos os xingamentos que eu chamei meu padrasto, mas ele é uma praga.
 

Ela pegou na minha mão, senti que eu provavelmente eu iria morrer nessa brincadeira. Eu não sabia o que falar até ser puxada para fora da sala e, em seguida, até a saída dos fundos. Quando voltei do transe, estávamos caminhando em direcção á floresta de Eldoh segurando um engradado cada um. Como cheguei ali é um mistério.
 

Fizemos uma pausa no meio da floresta, descansar depois de 15 minutos de caminhada é muito bom. Sentamos perto de uma árvore e deixamos os engradados no chão. Galaco suspirou ao meu lado enquanto procurava algo na árvore.
 

"Achei.", disse animada. Me estiquei um pouco para ver o que era, e ela me puxou pelo pulso percebendo a minha ação. Vi uma série de riscos na árvore, só pouco tempo depois eu percebi que era uma frase.
 

"Você está na metade do caminho, siga em frente!"
 

Agora eu sei que estamos no meio do caminho, parabéns pela incrível descoberta Galaco! Assim você vai longe!
 

Voltei para o lugar onde eu estava com um suspiro. Nem quero mais saber onde eu vou para, mas eu quero ir para casa, mesmo que tenha um monstro gordo com raiva da demora da cerveja.
 

"Você não se lembra mesmo...", Galaco disse baixo, mas alto o suficiente para mim ouvir. "De que?", disse, "Tudo...". Podia ver o tom triste da voz dela, mas como eu esqueci de algo que ela sabe se mal conheci ela?!
 

Ela suspirou, " Você deve estar pensando como eu sei que você esqueceu essas coisas.", ele riu e abaixou o olhar. Eu queria consola-la de alguma forma, mas eu não sabia. Nessas horas que eu queria estar batendo minha cabeça na árvore e me chamando de estúpida e que só sirvo para reclamar da vida.
 

Olhei para ela que olhava para mim. Aquele silêncio durou um pouco tempo até eu levantar e dizer "É melhor nós continuarmos, não? Já está escurecendo.", ela balançou a cabeça num sinal de sim.
 

Abaixou para pegar um dos engradados quando sinto algo me jogar ao chão e, em seguida, vejo Galaco sendo jogada naquela árvore por um tipo de 'fumaça' negra. A última coisa que eu ouvi foi Galaco gritar 'Corre'.
 

Eu não iria ficar ali parada olhando ele ser possuído por aquilo, claro. Corri o mais rápido que pude para qualquer direção, provavelmente eu não iria parar em Aceid, muito menos na minha casa. Ao pensar que estava chegando em Yatski, tropeço em uma pedra e caio bem perto de uma árvore.
 

Estava cansada demais para continuar correndo daquele jeito, meus olhos ficavam pesados até eu decidir dormir de uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! >u
Eu vou fazer mais 2 capítulos, só pra avisar.
Reviews? ÇuÇ
Kisses :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Day When I Shot Down My Lover" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.