Death & Life escrita por Milena Lawliet


Capítulo 24
Meu esforço foi em vão?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Desculpem-me novamente. Parece que só trabalho sob pressão. ¬¬ Bom, fiz um rascunho de metas a cumprir, e pelo menos estou postando a todos os capítulos :D (vamos ser positivos...kkk)
Eu estou imensamente feliz! Algumas coisas veem dando certo em minha vida, e isso está me animando cada vez mais. Tenho algumas coisinhas para falar, mas não quero tomar muito tempo de vocês agora. Nos vemos lá em baixo.
Beijos! E...boa leitura!



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L POV’S ON

Eu falava com Mitsuko, mas ela não me respondia. Vi seu corpo marcado por duas balas e logo deduzi que estivera em uma troca de tiros voraz. Higuchi saíra do carro apontando uma arma em Misa, e mantendo-a como refém. Dei a ordem para todos os policiais presentes apontarem suas armas para ele e coloquei Mitsuko em meu colo, para leva-la até o helicóptero. Ela gemeu um pouco de dor quando a suspendi com o máximo de cuidado possível e me senti sem chão ao ver aquela cena. Seus cabelos negros estavam bagunçados, ela perdia uma quantidade considerável de sangue e seu corpo estava um tanto sem vida. E tudo isso fazia-me sentir um completo idiota. Como se não pudesse ser capaz de protegê-la o suficiente, de cuida-la. E olha só o que aconteceu? Por mais que tenha sido imprudente da parte dela, eu teria de ter previsto isso antes.

Fui caminhando para o helicóptero e pousei seu frágil corpo no banco onde antes estivera sentado. Ao lado deste, havia Light, que mantinha-se passivo a toda situação, mesmo vendo sua namorada sendo mantida como refém por aquele bandido. Por mais que soubesse que ele não iria insistir em manter Misa a ponta de seu revolver, pelo simples fato de que a linha de fogo inimiga era muito maior, mesmo assim esperava um pouco de preocupação por parte dele. Ignorei por hora esses pensamentos e voltei minha atenção a Mitsuko, que estava desmaiada e mantinha um rosto de dor. Por medo de algo assim acontecer, antes de sair da base, acionei uma pequena equipe de médicos para prestarem primeiros socorros, caso precisasse. Eles tinham acabado de chegar e assumiram o controle da situação, e pediram-me para prosseguir com toda a situação, pois quanto antes a levássemos ao hospital melhor. Watari disse que a levassem de prontidão, e que depois nos mandassem notícias. Resisti no começo, mas era o certo a se fazer. Higuchi continuava a manter Misa como sua refém, já atordoado, peguei o megafone e disse:

-Senhor Kyosuke Higuchi. Pelo bem de si mesmo, seria de bom agrado se pudesse abaixar a arma que está apontando a senhorita Misa Amane. Caso o contrário, teremos a total liberdade para tomarmos medidas drásticas. A decisão está em suas mãos. – terminei com essa oferta. Ele foi consciente e abaixou a arma. Dei sinal para que dois policiais fossem até ele para o algemar, enquanto pronunciava –O senhor está oficialmente detido por cometer uma série de assassinatos, atuando com o codinome popular de “Kira”. Podem algema-lo... – quando iam colocar as algemas, ele apontou para o peito com desespero, fez uma expressão de dor aguda naquela região, jogou-se ao chão e simplesmente parou de se mover. No começo não acreditei...Mas sim, ele acabara de sofrer um ataque cardíaco.

Esse fato não era assim tão ruim para minhas conclusões anteriores. Pois só me faz retroceder a minha suspeita de que Light Yagami é kira. Mas...como provar? Certamente será uma tarefa difícil, afinal, não tenho o conhecimento nem de como consegue matar ainda. Mas terei.

1 dia depois

O resto da noite foi ocupado com uma visita ao hospital onde Mitsuko estava hospedada. Ela passou por uma cirurgia de emergência, mas seu caso não era muito grave. E agradeço aos céus por isso. Mas...ela ainda não reagiu após o processo, continua em estado de coma, devido a uma das balas ter atingindo-a com um pouco de risco e outros fatores desse gênero. Por mais que a enfermeira me explicasse, eu não queria ouvir. Só almejava por ter de volta aqueles olhos violeta tão cheios de vida, e de ouvi-la reclamando comigo. Sim, se fazia menos de 24 horas e eu já estava com saudades até de seus gritos.

Mais 2 dias se passam...

Fomos informados de que ela saiu do coma, mas ainda encontrava-se dormindo profundamente, como se estivesse muito cansada. O médico disse que isso era normal, para nós darmos o prazo de no máximo 24 horas. Passando disso, tomaríamos algumas medidas.

Já é noite. Vim passar a noite ao lado de Mitsuko, pois ela estava com a pressão e os batimentos instáveis noite passada, o que me fez vim até aqui de madrugada. Resolvi ficar de vez, por mais que Ichiro tivesse se oferecido para executar tal ação, não confio nele. Como tudo o que faço tem de ser perfeito, vim aqui pessoalmente. Só por isso.

Deito-me na cama extra que havia pedido para colocarem dentro do quarto dela, e tiro um rápido cochilo, pois acordo com uma voz conhecida. A voz dela...

Abro meus olhos com um pouco de exaltação, como se procurasse pelo foco da voz com voracidade. Parei-os em Mitsuko, ainda deitada, sem nenhum sinal de que iria levantar daquele sono profundo. Desanimo-me, já estava me preparando para fechar os olhos novamente, até que ouço:

-L... – Mitsuko estava me chamando por L? Ela nunca fez tal coisa... –L! – levantei e comprovei uma coisa...Ela falava enquanto dormia. Isso poderia ser um efeito de uma forte febre, ela poderia estar em algum delírio, isso poderia explicar o fato dela estar falando. Acho que devo informar a alguma enfermeira. – L acha que sempre tem a razão. – espera...Ela acabou de dizer o que ouvi? Hum...isso pode ser divertido.

Fiquei de espreita, calado, a espera de novas informações que ela poderia vir a falar.

-Matsuda...você é irritante. – eu contive minhas risadas, pobre Matsuda... –Misa precisa desistir do Light. – em que ponto ela quer chegar? –Ele não parece ama-la. – é incrível como ela consegue pensar tão alto até mesmo dormindo assim. –L... – eu? Novamente? –Por quê será que ele é tão... – tão o quê? –Fechado? – todas suas sentenças eram pronunciadas em um tom baixo, mas essa última foi quase inaudível. Ela remexeu-se na cama, trocando de posição, o que acabou a fazendo gemer um pouco, pois seus machucados continuavam presentes. –Eu queria o contar minha história. – sua história? Me contar? –Pode ser que tenhamos algo em comum... Pena que não posso... - e caiu em total silencio. O resto da noite foi quieta e calma. Mas quem não conseguiu dormir fui eu, que passei toda a noite imaginando que história é essa que ela tanto queria poder me contar.

L POV’S OFF

Mitsuko POV’S ON

Acordo com uma forte luz vindo da janela. Demoro um pouco para acostumar-me com a luminosidade e quando abro por completo meus olhos, vejo-me perdida. Que lugar é esse? As paredes são brancas como a maioria dos móveis, dando ao lugar um sentimento de puro, doentiamente limpo. Uma mulher de trajes em branco e um estetoscópio em volta de seu pescoço surge, segurando uma prancheta.

-Vejo que acordou. – ela disse com uma voz doce –Se não se incomodar, mas você tem uma visita.

-C...claro que não me incomodo. P...pode entrar. – minha voz saiu um pouco falha, estava precisando de um copo de água bem gelado. A porta se abre, e Ryuuzaki aparece segurando um buquê de rosas pretas e brancas.

-Você recebeu muitas visitas ao longo desses 4 dias. A maioria do seu namorado. – a enfermeira disse se referindo à L. –Ele vinha todos os dias, e ainda deixava um novo arranjo de flores. – ela apontou para um canto do quarto, onde havia uma mesinha com 4 lindos buquês de flores variadas. Uma de rosas vermelho-sangue, outra com crisântemos cor-de-rosa, uma com magnólias lilases e o último com gérberas multicoloridas. Eram todos de uma beleza descomunal, como os que eu admirava quando ia passear com meus pais pela rua principal. Nunca ganhei sequer uma flor daquelas...E agora contava com 4 buquês recheados delas.

-O quê? Não senhorita. Ele não é meu...

-Bom dia meu amor, que bom que acordou finalmente. Preciso que ela saia ainda hoje. Isso seria possível? – L disse se aproximando de meu rosto para cravar um delicado beijo. –Ah, poderia deixar-nos a sós? Queria um momento a dois.

-Oh, claro. É um pedido mais do que justo. – ela disse radiante –Ela talvez possa ganhar alta amanhã...Porem irá precisar de cuidados e que fique sempre com uma pessoa por perto. Acho difícil ela conseguir hoje... Por sorte, uma das balas passou de raspão. A outra não estava tão profunda, nenhum órgão foi atingido. Mas seria de bom agrado se ela ficasse mais uma semana no hospital.

-Não posso ficar uma semana aqui! – disse um tanto exaltada –Não tenho todo esse tempo? – E o caso? Ficarei inativa?

-Ela receberá todos os cuidados possíveis. Caso seja preciso, irei acionar uma enfermeira para cuida-la. – L disse, ignorando o que dizia. A enfermeira ficou com uma expressão um pouco enraivada, estava pronta para contesta-lo novamente, mas ele continuou –Se era tudo o que tinha a dizer, pode se retirar por gentileza. – ela se foi em silêncio, quando ouço o barulho da porta bater, digo:

-Você pode começar a me explicar o quê...

-Quer morrer? Não sabe o quão preocupado eu fiquei! Todos esses dias Mitsuko, todos! Por quê fez isso? O que se passa em sua cabeça? Você correu sérios riscos!

-Ryuu....zaki....Me desculpe. Eu só queria ser útil e mostrar meu valor. – disse engolindo meu orgulho. Eu tinha de admitir, eu estava errada. E ver aqueles orbes pretos ver-me com tanta intensidade, percebo que há um rastro de lagrima querendo descer pelo seu olho esquerdo, mas ele reluta, para não derrubar esse pingo d’ água no chão , mostrando que ele tem os mais puros e sinceros sentimentos do mundo, como todos nós. –Por favor, eu só queria que visse que sou uma peça importante.

-Mas você é. Não precisa provar a si nem aos outros. – ele pôs a mão em seu olho esquerdo, retirando o único fragmento de choro existente. –O que queria perguntar?

-Que história é essa de namorada? O que aconteceu ao longo desses 4 dias? Poderia ressaltar as partes mais importantes? Conseguimos fechar o caso? E...você está bem? – as soltei no ar de forma rápida. Ele fitou-me, pensando um pouco antes de respondê-las.

-Para lhe tirar daqui, precisava ter alguma espécie de ligação com você. Essa foi a desculpa mas convincente. Nesses quatro dias? Melhor deixarmos essa pergunta para depois. As mais importantes...Chegamos em algumas conclusões cruciais. Eu estou bem. Aliviado por ver que está também. – notei como uma das perguntas foi excluída.

-Mas...Ryuuzaki... E sobre o caso? – ele respirou fundo antes de dizer:

-Não. Ainda não conseguimos. – foi somente o que ele me disse antes de ir a recepção, pedir autorização para minha alta.

No caminho para casa, ele foi me explicando que Higuchi falecera de ataque cardíaco, que suas suspeitas caíram sobre Light novamente, o senhor Yagami se encontra inquieto esses últimos dias, todos estavam imensamente preocupados com meu bem-estar...

-Até mesmo Misa estava perguntando sobre você esta manhã. Pois voltei para comprar flores e ver como estava indo todo o processo no trabalho. Ela está muito revoltada por ser o “único rastro feminino”, como ela mesma diz, presente naquele prédio. Esses quatro dias foram torturantes também para Light. – ele sorria enquanto contava, ria junto, de modo que meus machucados doíam um pouco com a pressão, mas era inevitável.

-Ele sofreu? Por quê? – perguntei ainda rindo

-Quem você acha que  Misa ficou 24 horas ao dia andando para todos os lugares, como de fosse a própria sombra? Se pensou Light...acertou. – eu não me aguentei. Minhas risadas foram altas, até Watari que estava na direção ria com minhas reações. Parei um pouco, devido a uma dor aguda no estômago.

-Ai. – passei a mão por cima do foco onde estava localizado aquela pontada.

-Se acalme. Quando você levou o tiro no braço, perdeu os seus total sentidos. O que a fez perder também a direção, e cair da moto. Seu corpo ainda se encontra muito dolorido, mas em uma semana estará tudo resolvido. Ah, você também recebeu uma série de arranhões. – L explicava-me com cautela, me mostrava os roxos, arranhões, onde ralei, quebrei, todos os detalhes. É...estou um pouco quebrada... No sentido literal. Descanso é só o que preciso.

-Certo...Ai! – me exaltei um pouco com um machucado que se encontrava em meu cotovelo direito. –Parece que vou necessitar de um pouco de ajuda... – falei sem graça

-Eu estou aqui. – L disse calmo –Não se preocupe. – deu um sorrisinho de canto para depois dizer –Sabe o que eu lembrei um dia desses que você estava no hospital?

-Não... – meu tom já se encontrava desconfiado

-Eu lembrei daquela nossa aposta. De quem pegasse Kira, tinha o direito a um pedido. Não é mesmo? – olhei para ele com intensidade –Está mais animada para terminar esse caso de uma vez por todas?

-É claro que sim. E ainda irei de quebra ganhar de você. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! Deixe um review para essa pobre autora que está a 48 horas sem um sono descente, pois foi inventar de farrear um dia antes da entrega do capítulo T^T (mereço é uns murros.) Não gente, falando sério. Virei a noite com minhas amigas, pois estamos engatando num novo projeto. Daqui alguns meses, eu falarei sobre ele. Mas acredito que iram gostar bastante. Só iremos voltar a nos ver dia 15.
O primeiro aviso:
*Eu não irei conseguir postar dia 4. Infelizmente tenho muitos assuntos para tratar e não terei nem minha preciosa madrugada para escrever.
Segundo aviso:
*Se gosta de meu jeito de escrita, minhas sentenças e assuntos, tenho um blog, onde escrevo sobre muitas coisas...Tenho inúmeros textos. Se tiver curiosidade...Por favor, sinta-se à vontade para invadir um pouco da minha mente: http://meugrandelivro.blogspot.com.br/
Terceiro aviso:
*Eu andei pensando seriamente sobre uma segunda temporada...Caso eu acabe de escrever nessas férias, talvez vocês tenham de me aguentar um pouco mais. >< Claro...isso é só um rascunho de um projeto.
Quarto aviso:
*Estou me sentindo igual a uma mãe quando vai passar uns dias longe do filho...Aiin, que dorzinha. Felizmente na casa onde alugamos, conta com wi-fi, então responderei MP e reviews. Mas não posso escrever, estarei apenas com o tablet...Se eu coneguir levar o computador..Talvez.
Um grande beijo! ♥ Tenho um carinho enoooorme por vocês.



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