Digimon Arcádia escrita por Starkiller


Capítulo 5
Episódio 5 - Perseguição




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Era sábado e, como sempre, Augusto estava fazendo sua corrida habitual pelo parque quando um garoto aparentando uns 15 anos passou disparado cortando o caminho dele e indo em direção às árvores. Um minuto depois uma garota de uns 18 anos passou indo na mesma direção. A garota usava uma calça preta e uma jaqueta preta com um logotipo nas costas onde se via a sigla CDD. Augusto continuou sua corrida por um pouco mais de tempo até perceber que as roupas da garota eram as mesmas do homem do dia anterior. Ele prontamente mudou o rumo de seu exercício indo atrás dos dois. No centro da floresta ele os avistou.


_ Vamos garoto. Venha comigo ou terei de forçá-lo.


O garoto estava caído no chão com uma marca roxa no braço direito. À frente da garota havia uma Palmon. Augusto não identificou nenhum outro digimon. Mas se o menino não tinha um parceiro, por que estava sendo caçado? E quem era a garota?


_ Foi você quem escolheu. Palmon faça-o entender que será mais fácil cooperar.

_ Era Venenosa! - o ataque foi certeiro, jogando o garoto para o lado com uma chicotada. As raízes prepararam outro ataque, mas Augusto foi mais rápido, liberando Wolfmon. O digimon lobo segurou o ataque antes de ele acertar o menino caído uma segunda vez.

_ Um digimon? Mas como? - indagou a garota.

_ Quem é você? E por que o CDD quer esse garoto? Ao que parece ele não possui um digimon.

_ Meu nome é Larissa Miller e os assuntos da CDD não lhe dizem respeito. Palmon, ataque!

_ Era Venenosa!!!

_ Garra do Lobo! - Wolfmon cortou as ervas e Palmon com suas garras afiadas.


* Com a mão direita pega um card no lado direito da cintura e leva até o lado direito do rosto. Aponta o card para Wolfmon. *


_ Digimudança! Acessório de Alta Potencia! - Augusto invoca o card e um microfone aparece preso na cabeça de Wolfmon.

_ Uivo Atordoante! - o uivo tem seu poder aumentado pelo microfone fazendo Palmon cair sem forças.

_ Droga! Dessa vez você teve sorte garoto. Mas da próxima você não escapa. - disse Larissa ao menino caído. - E quanto a você, se nos encontrarmos de novo vou adorar ver os dados do seu amiginho se dispersarem no ar. - ela ameaçou Augusto. - Digiporte para a Central! - finalizou ela se teleportando dali.

_ Tudo bem com você? Sou Augusto qual o seu nome? - disse o garoto ajudando o outro a ficar de pé.

_ Meu nome é Phelipe Dallas.

_ Prazer. Você pode me dizer o que aquela agente da CDD sem noção queria com você?

_ Ela queria a mim. Para me forçar a falar o que eu sei sobre a real intenção da CDD. E ela queria recuperar isso. - disse o garoto mostrando um ovo do tamanho de um de avestruz

_ Um digitama! - exclamou Wolfmon. - Há anos não se vê um no mundo digital. Onde você conseguiu esse?

_ No prédio da CDD. Estive colhendo informações na noite passada e encontrei esse por acaso, mas acredito que hajam outros lá. É assim que eles estão criando os parceiros deles, alterando os digitamas para responder aos digivices sintéticos.

_ Então você é um espião. Quem te incumbiu dessa missão?

_ Isso eu vou contar quando os três Kanjis estiverem juntos.

_ Tudo bem. Vem comigo, vou ligar para os outros e chamá-los aqui.


Eles foram até a casa de Augusto contatar os outros e depois voltaram para o parque onde esperaram. Os primeiros a chegar foram May e Labramon, eles pareciam preocupados. Alguns minutos mais tarde o Eiri chegou com o Patamon no ombro como sempre. Ele estranhou o garoto novo ali, sem parceiro e tão à vontade no meio dos digimon. Ouviram em silêncio a história sobre como ele entrou no CDD e chegou até a sala de arquivos, onde descobriu que por trás dessa coisa toda de proteger o mundo da ameaça dos seres digitais havia outro objetivo, o verdadeiro objetivo para ser exato. O misterioso chefe da CDD queria na verdade capturar um digimon em particular. Pois segundo as pesquisas do arquivo esse digimon poderia controlar todos os dados do digimundo, e o humano que o controlasse teria acesso a qualquer informação digital. Por trás da perseguição aos digimon ele estava tentando realizar incursões ao digimundo para encontrar esse digimon misterioso. Infelizmente Phelipe foi descoberto antes de poder fazer copias dos arquivos e durante a fuga encontrou o digitama e o trouxe consigo.


_ Você só não disse como ficou sabendo sobre a CDD, nós três e quem o mandou ir até lá.

_ Humm.... quem me deu a missão de ir até lá foi também quem me falou de você e do resto. Ele. - disse o garoto chamado Phelipe apontando para trás dos garotos.


Surpresos todos se viraram para ver o que o garoto mostrava. Uma névoa começava a se forma bem ali.


\ OMEGAVICE ativado... digicampo de distorção detectado... presença de entidade digital confirmada... /


A neblina aumentou até cobrir os garotos. Dentro dela alguma coisa os aguardava. Não era possível ver sua forma, pois estava pouco visível e coberta por um capuz. O ser emanava uma aura de paz e tranqüilidade que invadiu a todos em pouco tempo.


_ É muito bom vê-los unidos meus companheiros. Ainda virão mais alguns para se unir a nós, mas isso só o futuro revelará. Vim apenas para dizer que vários perigos rondam nossa Arcádia. As tentativas do CDD de invadir o digimundo estão desestabilizando a barreira entre os dois mundos e dando chances ao inimigo que nasce aqui de chegar até vocês. Se a organização não for detida a barreira irá se desfazer e os digimon terão passe livre entre o seu mundo e o meu. Agora tenho que partir. Sinto uma presença hostil se aproximando.


Com isso o estranho desapareceu e a neblina se desfez instantaneamente. Pouco depois Larissa chegou onde eles estavam.


_ Dessa vez você não vai fugir. E você - disse ela apontando para Augusto. - vai se arrepender de ter me atrapalhado. Palmon.

_ Era venenosa! - o ataque foi de surpresa. Augusto foi jogado contra uma árvore. May foi jogada no chão. Eiri foi levantado e jogado de lado. Restando apenas Phelipe, imóvel pelo susto.


“Todos me acolheram como um deles, mesmo eu não tendo um digivice, eles ficaram no caminho para me proteger. Esses são amigos de verdade, mas o que eu posso fazer por eles? Sou só um garoto normal. Se ao menos fosse um Kanji." - pensava Phelipe.


* Brilho estranho... Digitama escapa das mãos do garoto e flutua para a luz... Da luz sai um omegavice e depois ela vira um Lopmon. *


\ OMEGAVICE ativado... DNA digital cadastrado... compilando dados... /


_ Droga! o Digitama chocou, e pior se aliou ao garoto. Vou ter problemas na Central.

_ Seus problemas só começaram. - disse Lopmon. - Pequeno Tornado! - girando o corpo o digimon coelho marrom lançou um pequeno furacão no digimon planta derrubando-o.


_ Vai Lopmon! - gritou Phelipe. - Acaba com ela.

_ Hálito de Gelo! - o digimon cuspiu pequenas bolas de gelo no digimon planta congelando a mãos de Palmon e impossibilitando um ataque. - Pequeno Tornado! - com um novo giro Lopmon acertou Palmon jogando-a em cima de sua parceira.

_ Ah não! Perdi outra vez e ainda quebrei a unha. - disse Larissa toda chorosa. - Digiporte para a Central.


A garota foi teleportada uma segunda vez. Phelipe foi ajudar os amigos, mas ninguém havia se ferido gravemente. No fim do dia os garotos tinham algumas respostas e muitas novas perguntas.


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Notas finais do capítulo

Agora a nova classe de digi-escolhidos sabem sua missão. Impedir que o Centro de Deleção Digital invada o digimundo e encontre o misterioso e poderoso digimon capaz de controlar os dados da rede. Será que eles conseguirão fazer isso? O que era o estranho informante dos garotos? Quantos mais ainda se unirão a este grupo? E quem é este inimigo que vem do digimundo e que todos os digimons dominados chamam de mestre?