Pretty Little Liars — A Verdade escrita por GabrielMarcellus


Capítulo 5
Capítulo 4 — “MemoriAl”


Notas iniciais do capítulo

Três anos se passaram desde que o corpo de Alison fora achado, e a família DiLaurentis resolve dar uma última chance ás meninas para se despedir novamente de Ali. Spencer se recusa á ir - já que talvez Alison não fosse uma amiga tão boa afinal de contas. Lerry pede mais dinheiro á Spencer para rastrear Toby; Aria se muda para a casa de Ezra para passar algumas semanas; Hanna tenta ajudar Emily em um lugar incomum para ela e Emily recomeça a ter pesadelos com "aquela noite" - levando ela a descobrir mais segredos sobre o verão do assassinato de Alison DiLaurentis.



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PRETTY LITTLE LIARS — A VERDADE

CAPÍTULO 4 “MEMORIAL”

[Casa de Noel – Festa]

Hanna abaixava o celular enquanto um incêndio começava á alguns metros atrás dela.

Hanna virou-se rapidamente quando viu o reflexo de uma luz forte na vidraça. Um dos banheiros químicos estava pegando fogo. Jeremy, o garoto do segundo ano saiu correndo da festa até o lago com um extintor na mão, e várias outras pessoas o seguiram para verem o que estava acontecendo. Hanna tentou sair da multidão que a cercava, sem sucesso.

Uma pessoa encapuzada saiu correndo na direção de Hanna, e tudo o que ela pôde ver foi os sapatos do menino quando ela caiu no chão.

— Hanna! Você está bem? — gritou Emily, correndo até Hanna, que estava caída no chão.

— Não. “A” pegou ela, Em...

— Ela? Ela quem?! — Emily franziu a testa, esperando Hanna dizer o nome:

— Aria.

— O quê?! Ela estava... — continuou Emily.

— “A” sabia o tempo todo o que estávamos fazendo — Hanna tossiu com o último cheiro da fumaça que deixava o local.

— Tudo bem! Espaço! A festa acaba aqui! — gritava Noel Kahn, carregando o corpo de uma menina junto á Jeremy.

Hanna e Emily se aproximaram da multidão.

— Você está bem? Quem fez isso? — perguntou Jeremy, tirando o cabelo da menina do rosto.

— Eu não sei — disse a garota. Agora Hanna e Emily viam perfeitamente quem era. — Eu só vi... só vi... — continuou Mona, chorando. — Alguém em um casaco preto.

Hanna ficou furiosa.

— Você está mentindo! — gritou ela, e todos olharam em volta.

— Hanna, ela... — disse Noel, mas Hanna continuou falando.

— Ela está! Deve ter sido ela...

— Pessoal! Ali! — gritou um menino da margem do lago.

Todos olharam para onde ele estava apontando. Hanna correu ao lado de Emily até a margem do lago com várias pessoas fazendo o mesmo. Foi quando elas viram um barco à motor parar até o deck do outro lado do lago. Uma placa estava sendo erguida na ponta do barco por alguém encapuzado que logo depois subiu no deck, limpando as mãos e apertando alguma coisa na placa. Hanna e Emily arregalaram os olhos ao mesmo tempo quando a placa ascendeu e revelou, em luzes vermelhas, a frase:

SALVE ARIA

A pessoa encapuzada ligou novamente o motor do barco e ele começou a acelerar em direção a... a outro deck perto da margem onde todos estavam.

— Meu deus, se Aria bater ali ela vai morrer! — gritou Emily, puxando Hanna pelo braço para guia-la até o deck perto delas. Elas empurraram as pessoas em volta o mais rápido possível para chegar ao deck á tempo. O barco estava na metade do percurso quando uma lancha apareceu ao seu lado. A lancha estava iluminada, e os cabelos de uma garota voavam ao vento quando ela fez um retorno para parar a lancha. A lancha parou na frente do barco, fazendo o impacto derrubar a garota na água em questão de segundos. O barco explodiu em vários pedaços de madeira, fazendo várias garotas em volta d’lago gritarem. Hanna só gritou quando percebeu quem acabará de cair da lancha no lago:

— Spencer?!

Intro da FANFIC:

Got a secret.
Can you keep it?
Swear this one you'll save.
Better lock it in your pocket,
Taking this one to the grave.
If I show you,
Then I know you won't tell what I said.
'Cause two can keep a secret if one of them is dead.

— Ah, meu deus! — gritou Hanna, e quando virou para olhar para Emily ela já estava na metade do lago, nadando o mais rápido que pôde.

— Spence! — gritou Emily, chegando até ela. — Você está bem? Onde está Aria? — ela chegou perto de Spencer, que estava nadando.

— Estou. Eu não sei... — ela começou a contornar a lancha e o barco em que Aria estava.

— ARIA! — gritou Emily, procurando enquanto contornava o a lancha. Foi quando encontrou Aria agarrada á lancha de Spencer entre o barco em que estava e a própria lancha.

— Eu não sei nadar — disse Aria, tossindo.

— Vamos, aqui — disse Emily, pegando Aria e colocando-a no seu ombro. — Consegue subir na lancha?

Aria fez que sim com a cabeça e subiu primeiro com a ajuda de Emily. Emily ligou o motor e Aria se segurou na amiga para não cair. Spencer estava nadando ao lado delas quando viu a placa caída entre os destroços do barco. Ela observou atentamente a letra que ainda piscava em um vermelho neon. A letra que aterrorizava sua vida e a das garotas:

A

[Delegacia de Rosewood]

— Boa noite, delegacia de Rosewood. Em que posso ajudar? — dizia a detetive Pam, mãe de Emily. — O quê?! Onde é essa festa? Mandaremos viaturas, obrigado.

— O que houve? — perguntou o detetive Wilden, entrando no escritório de Pam.

— Adolescentes. Uma festa perto da cidade com incêndio e afogamento, acredita? Bom, eu tenho que correr. Pode avisar á Emily que eu chegarei tarde em casa?

— Claro. — disse Wilden, que iria continuar falando, mas desistiu quando Pam passou correndo em sua frente.

[Casa de Noel — Festa]

— Aria! Você está bem? — Hanna agachou ao lado de Aria, junto de Emily e Spencer, que estavam encharcadas.

— Sim. Não deveríamos ter prendido Mona no quarto, ela deve ter avisado a outra “A”.

— Estou cansada — interrompeu Spencer, levantando do deck.

— Spence? — disse Aria, olhando ela andar até a direção de Mona, que estava perto de um monte de pessoas olhando para elas.

— Seu jogo não deu certo, Mona. Avise para todos que nós não estamos jogando.

— Do que você está falando? Eu fui atacada também! — disse Mona, recuando para perto de Jeremy.

— Ela foi Spencer! Eu vi — disse Jeremy, protegendo Mona.

— Eu vejo o que você fez aqui — continuou Spencer, encarando Mona com ódio.

Spencer voltou para onde as garotas estavam quando Aria disse:

— Não brigue. Não vale a pena, não com ela. — Aria colocou a mão em volta do ombro de Spencer.

— Spencer? Emily? — disse Pam, subindo o deck. O barulho da policial ecoava no lugar. As garotas levantaram quando viram ela, mas Emily foi a primeira.

— Mãe?! Você... o quê você veio fazer aqui? — disse Emily.

— Deus, ainda bem que você está bem — ela abraçou Emily com força. — Todas vocês.

De repente Pam acordou do torpor e voltou a ficar zangada.

— Você não deveria estar aqui! Tem que estar em casa, lembra? Para que coisas assim não acontecessem.

— Me desculpe... — Emily viu a luz d’o poste refletir no distintivo de sua mãe. — Você... é uma detetive?

As garotas olharam surpresas.

— Eu ainda não estava pronta para contar. Depois de tudo que aconteceu com você...

— Não, pare. Não...

— Depois de tudo o que aconteceu eu percebi que foi por minha culpa não ter lhe protegido o suficiente. Quando eu era mais nova eu tentei uma vaga para ser policial, e agora eu retornei ao meu sonho.

— Mãe...

— Não fiz isso só por você, Em. Eu peguei esse emprego por nós.

— Você não entende?! Isso tudo aqui é muito perigoso para nós! Para mim, Hanna, Aria, Spencer, você. “A” não acabará com tudo isso até nos fazer sofrer o suficiente!

— “A”...? Emily, você disse que essa garota tinha acabado de perturbar você e suas amigas.

— E acabou. — disse Hanna, tentando mentir.

— O quê está acontecendo aqui?

— Olha, nós podemos... — dizia Aria, enrolada em uma toalha e com os cabelos encharcados caindo sob sua testa.

— Uma mãe que não disse para sua filha que queria protegê-la o suficiente. É isso... — dizia Emily. —... que está acontecendo aqui.

Emily se afastou de sua mãe, indo embora.

— Emily! — gritou Aria.

— Não. — disse Pam, balançando a cabeça. — Ela irá entender. Espero.


If there's a future, we want it no-o-o-oo-o-o-ow
If there's a future, we want it no-o-o-oo-o-o-ow


DIA SEGUINTE


[Rosewood — Rua]

Eco: If there's a future, we want it no-o-o-oo-o-o-ow

— Ugh, cadê ele? — Spencer estava começando a falar sozinha com tanta demora do homem. Andava de um lado para o outro no beco sem saída esperando por ele. Quando finalmente ele apareceu, Spencer quase tomou um susto.

— Me desculpe. Não queria assustar — disse Lerry, um cara com uns 30 anos e de jaqueta preta que Spencer havia contratado para perseguir Toby. Um detetive particular.

— Oi. Achou o que eu queria?

— Sim. — disse ele, botando as mãos na jaqueta preta. — Rastreei o cartão de crédito dele. Hoje, ele comprou uma garrafa de uísque e uma de vodca.

— Não, não, não, tudo bem. E três dias atrás? — Spencer estava ansiosa.

— Três dias... — Lerry procurava. — Ele começou a usar dinheiro. Comprou um sanduíche, abasteceu o carro e comprou hortênsias.

— Hortênsias? — Spencer perguntou mais para si mesma do que para ele. Toby não aparecia na escola a mais de uma semana, e mesmo ela sabendo que ele era “A”, estava preocupada com o que poderia ter acontecido.

Spencer acordou de seus pensamentos quando Lerry voltou a falar.

— Sim. 65 dólares em hortênsias. Quando o dinheiro dele acabar, volto a rastreá-lo. Quer saber sobre a chave?

— Sim. — disse Spencer, cruzando os braços e olhando atentamente para o que Lerry dizia.

— Não foi fácil, mas rastreei o código numérico do fabricante. — disse ele, mostrando o chaveiro com um “A” vermelho reluzente no meio. — Ele tem uma série de edifícios no lado oeste da cidade.

Ele ficou encarando Spencer.

— E?

— E, se quiser que eu entre nessa porta, preciso de mais... Encorajamento. Está pensando se isso vale a pena?

— Não. Não “isso”. Você.

— Posso te dar um conselho profissional? — o homem andou contornando Spencer para se apoiar no muro ao lado dela. — No meu trabalho, eu só sigo criminosos, cafajestes, delinquentes. Pessoas do tipo.

— E daí?

— Nenhum comprava hortênsias antes de sumir.

Spencer olhava a chave, pensando em Toby. E se esse homem estivesse certo? Talvez valesse a pena. Ou não. Algumas coisas levam tempo para serem concertadas, outras, quebram tão facilmente quanto. Lerry virou-se para a saída do beco e já estava quase virando a rua quando Spencer disse:

— Ei. Avise-me sobre a chave — disse ela; e o homem sorriu, virando a rua.

Spencer agora rodava e rodava o extrato do cartão em seus dedos, pensando se era a coisa certa a se fazer.

[Cafeteria Moon’s]

— Aria, você está bem? — disse Emily, chegando ao local e sentando ao lado dela e de Hanna.

— Não mesmo. Não consegui dormir depois dos acontecimentos de ontem.

— Eu também não. — disse Hanna, tentando melhorar a situação.

— Obrigada. Á todas vocês, por me ajudarem. — disse Aria, sorrindo para Emily e Hanna.

— Não agradeça á mim! Eu não sei nadar e mesmo se soubesse eu estaria chegando até você hoje naquele lago — Aria e Emily riram um pouco, até Spencer chegar. Seu cabelo estava todo amarrotado, e ultimamente sempre estava desde que ela terminara com Toby.

Spencer sentou em uma poltrona, com um café em suas mãos e dobrou as pernas para sentar em cima delas.

— Spence, você ainda não disse. Como soube que... — perguntava Emily.

— Como eu sabia que Aria corria perigo? “A” mandou uma mensagem avisando que minhas lágrimas afogariam uma de vocês ontem. E eu sabia onde vocês estavam então tive que ajudar. Não deixaria que nada acontecesse com uma de vocês se “A”...

— Ei, meninas. — disse Jason DiLaurentis, parando perto do sofá e da mesa onde as garotas conversavam.

— Oi, Jason. — disseram as garotas, umas antes e outras depois.

— Haverá um reenterro da Ali. — disse ele, tentando forçar um sorriso.

— Ela será enterrada de novo? — perguntou Aria.

— Não no chão. No mausoléu. Haverá um memorial, só para a família, mas arranjei um tempo para vocês depois que meus pais saírem.

— Obrigada. — disse Emily, sorrindo com tristeza ao se lembrar de Alison.

— Tem outra coisa. As coisas colocadas no caixão com a Ali ainda estão sumidas. A polícia acha que quem abriu o túmulo está mantendo as coisas em um tipo de loja de lembranças. Quando os policiais acham que quando encontrarem as coisas, eles encontrarão quem fez isso.

— Eu acho que eles estão certos. — disse Hanna, forçando um olhar sério para Jason não perceber a mentira.

— Só queria que vocês ouvissem isso de mim. — ele sorriu, novamente. — Mando mensagem quando souber os detalhes da despedida da Ali.

— Não se incomode. Já disse o adeus que queria. — Spencer encostou a xícara na mesa.

— Spencer. — disse Aria.

— O quê? Agora ela é a Santa Ali? E seus ossos são relíquias ou algo assim?

— Você precisa superar isso. — disse Hanna.

— Não, superem vocês! Eu terminei com tudo isso. Querem pagar para visitar um mausoléu? Ótimo. O problema é de vocês, mas me deixem fora disso! — disse Spencer, deixando o café não terminado na mesa; já fechando a porta da cafeteria sem olhar para trás.

Jason olhou para as garotas, confuso, e elas olharam para ele preocupadas.

— Nós estaremos lá! — disse Aria, sorrindo.

[Rosewood High School — Corredores]

— Mona! — gritou Andrew, o capitão do clube de estudos do terceiro ano.

Mona parou assim que percebeu os cabelos loiros correrem até ela do fim do corredor.

— Oi! O que aconteceu?

— Eu... Eu queria perguntar se você estava bem. Você sabe, sobre ontem. — disse ele, sorrindo.

— Ah, sim. E muito obrigado por ter me soltado daquele quarto, eu... eu só não... — dizia Mona, fingindo um choro. — Eu não sei quem poderia querer fazer aquilo comigo...

— Muita gente, pelo o que eu sei. — disse Tabitha, uma garota do terceiro ano, irmã de Andrew. — Vamos, Andrew. Ela só mente.

— O quê foi que eu fiz para você? — perguntou Mona, forçando uma cara triste que fez Andrew não desgrudar o rosto dela.

— Não para mim. Há boatos que você atormentava Spencer e aquelas garotas. Eu não sei se é verdade, mas eu quero você longe de nossas vidas. — disse Tabitha, aproximando seu rosto ao de Mona.

Mona fingiu um choro e saiu correndo pelos corredores. Escondeu-se assim que virou o corredor, pronta para escutar o que ela queria. Andrew brigando com Tabitha. Sua cara de choro em um segundo transformou-se em um sorriso bem largo. Mona percebeu que Hanna acabará de entrar no banheiro. Assim que percebeu isto, ela entrou.

Fingiu lavar o rosto porque estava chorando e viu Hanna observá-la pelo espelho.

— Olha, Hanna... Eu sei que você acha que eu tive algo a ver com o que aconteceu no lago, mas não fui eu. Eu nunca faria uma coisa dessas. — Mona tentou parar de chorar.

— Está me dizendo que você não matou Maya nem afogar Aria, então? — Hanna não acreditava no que Mona estava fazendo.

— Mas é claro que não! Tentaram me matar ontem! Eu... Eu não sei quem está fazendo isso, mas alguém não quer eu viva.

Hanna ficou assustada com as últimas palavras de Mona. Como se na verdade ela nunca tivera feito um mal á ela e as suas amigas, e que agora era ela, Mona, que estava correndo perigo. Hanna acordou de seu torpor quando ouviu o sino tocar.

Fechou a porta do banheiro antes de ver a cara de Mona novamente.

[Aula de Inglês]

— Bom dia, alunos. Todos estão com caras cansadas! Não deveriam ter saído ontem para uma festa não é? — dizia Meredith, sorrindo, e rapidamente todos os meninos da sala sorriram em retorno.

Hanna mandou uma mensagem para Aria. Aria pegou seu celular da bolça e leu:

“Babacas. Imagino como ela

sabe da festa de ontem?!

–H”

— Novamente, meninas? — disse Meredith, e Hanna deixou seu celular cair. — Eu disse que devolveria o celular de vocês essa semana, mas não tinha a ideia de que vocês comprariam outro até hoje.

Meredith pegou o celular de Hanna do chão. Hanna arregalou os olhos para Hanna, mas Spencer foi quem salvou tudo. Meredith acabou não lendo a mensagem e deixou o celular na mesa de Hanna novamente. A porta se fechou atrás de Spencer com força.

— Você está atrasada.

— Eu sei disso. — disse Spencer.

— Você trouxe algum atestado para chegar á essa hora?

— Não. — Spencer sentou na cadeira sem olhar para Meredith.

— Tudo bem, nós conversamos mais tarde. Pessoal, façam uma roda para lermos o livro. — disse Meredith, e em questão de poucos minutos todos já estavam em uma roda. — O livro de hoje é sobre uma menina que não queria contar a verdade, então ela sofria radicalmente com todas as mentiras que eram sobrecarregadas nela e que afetavam o seu eu interior, eu li e realmente é muito...

— Chega. — disse Spencer, estressada. — Estamos perdendo tempo com tudo isso!

— Spencer. — disse Meredith, assustada. — Se você tem algo para compartilhar conosco diga por...

— Sim, eu tenho! Esse livro não nos ajudará quando o pior acontecer em nossas vidas. Às vezes a verdade é difícil de aparecer porque não queremos machucar as pessoas próximas da gente! Essa aula é uma perca de tempo, tudo isso é! — Spencer jogou o livro no chão, fechando a porta as suas costas com força.

Aria olhou para Hanna, que olhou para Emily e que olhou para elas duas e depois para a porta balançando para frente e para trás. Algo de muito ruim estava acontecendo com Spencer novamente.

[Rosewood High School — Corredores]

— Algo não está certo com Spence. — disse Aria, refletindo.

— Ela ainda está abalada com Toby sendo “A”. Vocês sabem. Aliás, ele não veio á escola essa semana toda...

— Eu sei. — disse Emily, continuando a andar pensando. — Tudo o que eu consigo pensar agora é em Paige.

— O quê houve? — perguntou Aria.

— Paige e Caleb estavam conversando sobre “A” na festa de Noel, ontem. Estavam planejando fazer o mesmo que nós estávamos... Fazer Mona contar. E Paige disse que a menina com quem eu a vi junto na festa de Mona, era Shana... Ela trabalha na loja de fantasias e Paige estava tentando descobrir quem era a garota vestida de Rainha de Copas daquele último baile.

— Então, ela não estava... — dizia Aria.

— Não. Ela tentou nos ajudar.

— O quê? Caleb estava fazendo o quê sobre “A”? — Hanna acordou de seus pensamentos enquanto colocava a senha de seu armário.

— Ele estava tentando descobrir... — dizia Emily. Hanna ignorou a conversa de Aria e Emily ao ver o que estava dentro de seu armário.

— Quem fez isso?! — gritou Hanna, ao ver todo o seu estojo de maquiagem destruído e espalhado pelo seu armário. Um monte de pó colorido sujou seu vestido verde claro, o preferido de Hanna havia semanas.

— Ah, meu deus... Olha. — disse Aria, apontando para o espelho quebrado na portinhola do armário de Hanna.

Hanna leu em voz alta as letras escritas com o seu batom vermelho da Lancôme, estressada demais ao lembrar que a ponta do batom nunca mais seria a mesma depois do mau uso do objeto.

“Quer ficar bonita para sempre? Morra jovem.

Alison seguiu meu conselho.

–-A”

— Não... — disse Hanna.

— Não ligue para o que “A” diz. Lembra? Só estão jogando conosco. — disse Aria, tentando reconfortar Hanna.

— Não... Não é isso. É que esse batom foi caro.

— Hanna! Isso é sério — disse Emily, quase rindo.

— Isso é sério! Esse batom da Lancôme custou US$149 dólares, e acredite minha mãe não comprará outro tão cedo. — disse Hanna, jogando o ar de sua frustação no cabelo de Aria.

— Sua mãe está com... Problemas, novamente? — disse Aria, não querendo tocar no assunto.

— Não. Quer dizer... Ela foi demitida de novo, mas dá para passar esse mês com a grana que temos. Ela achará outro emprego bem rápido. Eu sei que sim.

Hanna fez um sorriso de “está tudo bem”, mesmo quando “não estava tudo bem”.


DIA SEGUINTE


[Casa de Spencer]

Spencer acabava de jogar a última colher de sorvete no liquidificador. Assim que ligou o liquidificador a campainha tocou. Olhou pela janela transparente da porta e viu os cabelos loiros de Andrew; ele estava agachado tentando ver se alguém estava em casa. Ela bufou de raiva e foi até a porta, sem paciência.

— Oi. Ocupada? — perguntou ele, sorrindo.

— Sim. Eu já ia trocar o capacho. Seria: "Vá embora!"

— Spencer, sei o seu valor para a equipe. — disse ele, tentando se desculpar para Spencer do porquê dele não aceitá-la á entrar na competição do Clube de Estudos. Quando Spencer saiu cedo da aula naquele dia, ela encontrou com Andrew no corredor e tentou se inscrever para o Clube, sem sucesso.

Andrew entrou na casa de Spencer, olhando em volta da casa dela para ver se não havia ninguém no local.

— Mas tem uma Guerra dos 100 anos acontecendo entre você e Mona, e isso é uma distração. Precisamos focar em uma coisa. Ganhar esse título.

— Você que abriu a votação, não foi? — perguntou Spencer, indignada com ele por não aceitá-la no Clube de Estudos.

— Não podemos permitir tensão interna. — disse Andrew, desviando do olhar de Spencer. — "Guerra precisa ser jogada com sorrisos”.

— Pare de citar a Mona! — disse Spencer, irritada com o que Andrew dissera.

— Isso é de Winston Churchill.

— Parece muito... Com a Mona. — Spencer tentava se desculpar com o tom de voz que acabará de usar com Andrew. Spencer voltou á pensar no que precisava fazer para entrar no clube. — E você sabe muito bem, que sem eu vocês serão aniquilados em História Mundial.

— Acho que estamos protegidos. — disse Andrew, convencido.

— Por quem? — perguntou Spencer.

— Por mim.

— Tudo bem. Andrew... Quer minha ajuda? Vamos fazer isso. Mas se eu vencer, você anula o seu voto e me coloca na equipe. — disse Spencer segurando o livro de história mundial na direção de Andrew. Ela tinha que jogar pesado.

— Não posso fazer isso. — disse Andrew, inconformado.

— Sim! Você pode.

— Spencer, mesmo se eu pudesse... — Andrew pegou o livro da mão de Spencer e ficou encarando a capa. —... Como saberei que não vai nos abandonar?

— Você não terá certeza. Mas tudo na vida é um risco, e você gosta de apostar. — Spencer pensou na tática perfeita para entrar no Clube de Estudos. — Novas regras! Cada pergunta que eu errar, eu tiro uma peça de roupa. — disse Spencer, sentando no sofá e encarando Andrew. Ele sorriu. — O mesmo vale para você... — Andrew riu dessa vez. — E o jogo só acaba quando um estiver pelado.

Spencer cruzou as pernas no sofá, tentando fazer Andrew ficar caidinho por ela.

— Você está fora de controle. — disse ele, balançando a cabeça como “não”.

Spencer sorriu, sabendo que ele aceitaria.

— Ainda não.

[Rosewood — Rua]

Aria parou em frente á casa de Ezra com Hanna.

— Você e Ezra já se desculparam? — perguntou Hanna

— Não exatamente. Ele viajou para Nova Iorque para visitar Maggie e o filho dele. Está tudo bem, eu acho. Não vai querer entrar? — perguntou Aria quando viu que Hanna não subira o segundo degrau da escada com ela.

— Não... Minha vó está chegando de Boston hoje. Aliás... — Hanna olhou para o relógio. — Ela já deve estar lá. Eu tenho que ir. Beijos!

Hanna fez um gesto de tchau para Aria bem rápido enquanto virava a rua. Aria achou a chave da casa rapidamente na sua bolça enquanto subia o primeiro andar de escada. Assim que colocou encaixou a chave na porta, ela se abrira.

— Olá. — disse Wesley, e Aria reconheceu o irmão mais novo de Ezra.

— Oi. Ezra... Ele voltou? — perguntou Aria, confusa.

— Não. Eu só estava checando o local. Ah, pode entrar. — disse ele, saindo da frente de Aria. Ela entrou, colocando a bolça no sofá enquanto Wesley fechava a porta. — Ezra disse que eu podia ficar, se ele não estivesse.

— Você... Sabia que ele foi embora. — concluiu Aria.

— Ele me ligou a caminho de Delaware. Ele foi bem vago em como descobriu sobre Maggie e Malcom.

— Não foi vago, foi um desastre. — disse Aria, concertando Wesley. — O fato é que ele descobriu.

— Eu devia ter assumido a culpa. — disse Wesley, olhando tristemente para Aria.

— Não. Olha... Ele sabe, foi lá e... E está conversando com ela.

— Algum problema de eu ficar alguns dias aqui? — perguntou Wesley, mesmo já estando na casa á duas horas.

— O quê? Não. — disse Aria. — Você não tem aulas?

Aria percebeu que havia pastas de faculdade e vários cadernos na mesa de Ezra.

— Não, estão reformando os dormitórios. Eram da época do Clinton. — Wesley sorriu para Aria.

Ela retribuiu o sorriso.

— Fique. Quero dizer, Ezra o convidou. — Aria tentou escapar do olhar de Wesley. — Assim, não preciso me preocupar com as plantas.

Aria apontou com a cabeça para a planta ao lado dela.

— Tudo bem. Obrigado. — disse Wesley.

— Tudo bem, vou te deixar em paz. — disse Aria, pegando sua bolça no sofá. Ela estava de saída.

— Você sabe... Devia continuar checando as plantas. Não sou bom nisso. Uma vez matei um cactus. — Wesley voltou a sorrir para Aria. — Achava que ele só morria com uma arma.

Aria riu.

— Tudo bem. Eu... Eu ligo quando vier. — Aria foi até a porta. — Tchau.

Wesley retribuiu com um sorriso e depois virou o rosto, observando Aria até ela fechar a porta.

[Casa de Hanna]

— O que é isso? — perguntou Hanna, enquanto abraçava sua vó e via uma cesta na mesa da cozinha.

— Ah! Alguém fez muffins para você e deixou ali na porta. — A vó de Hanna estava mexendo na carta presa á cesta de muffins. — Quem é "M"?

— Mona. — disse Hanna, não gostando da letra que a avó dissera.

— Mona? — perguntou ela. — Bem, você não precisa comer isso. Fiz ovos coloniais, linguiça de porco e batata frita.

— Por favor, pare. — disse Hanna, estressada.

— Está doente?

— Eu poderia estar.

— Essa Mona é a mesma Mona... — perguntava a vó, percebendo o olhar de preocupação de Hanna.

— Sim. Ela quer recomeçar.

— E você está pronta para isso?

— É complicado, vovó. — disse Hanna, não querendo preocupar ela.

— Eu entendo, querida. Quando seu primo Heshy voltou, ninguém o queria por perto.

— Quem é o primo Heshy? — perguntou Hanna. Sempre havia uma história de um parente que Hanna nunca ouvira falar na vida.

— O mais novo da Alberta. — disse a avó, como que a resposta fosse óbvia. — Ele sempre foi meio maluquinho, mas no colegial, ele pirou.

A avó virou a chaleira de café na xícara em que Hanna segurava.

— O que ele fez?

— Um dia, no café da manhã, ele serviu para os pais dele, duas tigelas de pregos enferrujados com leite por cima. Quando eles se recusaram a comer, ele pegou os parafusos na mão e apertou até sangrar.

A avó de Hanna estava perdida em todo drama que ela tentava passar contando a história trágica de Hersh.

— Desculpe. — Hanna tossiu. —Qual é o nosso parentesco com essa pessoa?

— Não! — disse sua vó. — O que quero dizer é... Eles o mandaram para longe por quatro meses. Ele está bem, desde então.

Hanna refletiu sobre o que sua avó queria dizer com aquela história.

— Acha que as pessoas podem mudar?

— Heshy mudou. O que quero dizer é, o que está feito, está feito! Quando a pista fica lisa...

— Estou exausta. — disse Hanna. — Não consigo.

— Hanna, amanhã você vai para a escola. Precisa deixar essa garota ter a chance de te reconquistar. Se eu fosse ela, lutaria até a morte para ter você como amiga.

— Tudo bem. — disse Hanna, querendo não pensar em Mona no momento. — Eu tenho que sair de qualquer jeito.

— Você acabou de chegar! — disse a avó, colocando a xícara de Hanna na pia.

— Eu sei vovó. Mas eu tenho assuntos para resolver... Ajudar uma amiga.

— E eu posso tentar ajudar também? — sua avó parecia entediada de ficar em casa.

— É... É complicado. Mas eu volto rápido, prometo. — disse Hanna, abraçando sua avó rapidamente.

— Olhe só para você, á algum tempo atrás não sabia nem contar carneirinhos... E hoje tem assuntos para resolver! — disse a avó, querendo mexer com Hanna.

— Vovó! — disse Hanna, repreendendo ela com um olhar enquanto fechava a porta de casa.

[Casa de Spencer]

— O documento que formalizou o fim da I Guerra Mundial, foi conhecido originalmente...

— Tratado de Versalhes. — respondeu Spencer. Andrew sorriu, passando o livro de história para ela. — Defensor da criação de uma nação que ex-escravos pudessem voltar à África... — continuou Spencer.

— Abraham Lincoln. — Andrew sorria enquanto Spencer perguntava.

— Errado. Marcus Garvey. — disse Spencer, e rapidamente Andrew olhou para sua camiseta. Ele tirou a camiseta lentamente, fazendo Spencer observar rapidamente seu peitoral e seus braços.

Spencer sorriu ao jogar o livro na mesa para Andrew. Ele sorriu, pronto para perguntar:

— Conflito sangrento entre Espartanos e Atenienses que durou mais de três décadas?

— Guerra de Tróia. — disse Spencer, tendo certeza de sua resposta até Andrew sorrir novamente.

— Errado. Peloponeso. — disse Andrew, e Spencer colocou as mãos para trás. Não tirou sua camisa primeiro, mas sim seu sutiã.

Andrew não parava de olhar para Spencer esperando ela tirar a camisa. Quando viu que Spencer Hastings tirara o sutiã primeiramente, ele quase enlouqueceu. O sutiã de Spencer era roxo, e ela mostrou á ele antes de largar no chão. Spencer se preparava para a próxima pergunta quando alguém bateu na porta. A persiana estava levantada na porta transparente, fazendo Andrew gritar:

— Caramba, é a Emily Fields! — disse ele, que estava praticamente pelado; vestido somente de uma samba canção azul. Escondeu-se atrás do sofá baixo de Spencer assim que ela levantou para atender á porta.

Spencer quase riu da situação de Andrew.

— Relaxa. Você não faz o tipo dela. — disse Spencer para Andrew. Abriu a porta vendo Emily trazer alguns cupcakes.

— Oi. — disse Emily, vendo claramente Andrew Cambell sem camisa atrás do sofá baixo de Spencer. — Eu devia ter trazido mais cupcakes.

Andrew ficou nervoso ao vê-la.

— Não, obrigado. Estou de saída. — disse ele, cobrindo seu peitoral com a camisa embolada nas mãos e seus sapatos mal colocados nos pés. — Oi Emily. — disse ele ao Emily abrir espaço para ele passar.

Emily olhou para Spencer, confusa.

— O que foi? — disse Spencer, ignorando o que acabara de acontecer. — Estava tentando minha vaga na equipe.

— Fazendo o quê? — perguntou Emily, entrando na casa de Spencer.

— Eu ia mostrar meus cupcakes ao Andrew.

— Desde quando precisa ficar pelada para conseguir algo? — Emily não estava acreditando no que acabara de escutar; não de Spencer.

— Desde que meu intelecto não influenciou o voto dele. — Spencer sentou no sofá.

— Spencer, você é esperta para bancar a burra. Você primeiro briga com Jason sobre a Alison, e nós temos que concertar. Então você pula no primeiro cara só para se vingar do Toby...

— Não tem nada a ver com o Toby! — disse Spencer; ela não queria ouvir aquele nome novamente. — Mona é a inimiga, lembra?

Spencer agora calçava seus sapatos.

— Isso não mudou. Mas você sim. — disse Emily, não entendendo Spencer. Eu sei que o Toby deve ter uma razão para ter feito o que...

— Você falou com o Toby?

— Não! — disse Emily.

— Não fale! — Spencer estava tentando avisar.

— Por quê? Eu tenho que... — dizia Emily.

— Falar com ele? Não! Ele é “A” mas... Você não entenderia.

— Sério? Porque eu não perdi alguém que eu amava? Você não é a única que sofreu, Spencer. Todo mundo tem a sua cota. — Emily estava irritada. — Nós superamos tudo isso, porque tínhamos uma às outras. E suas amigas não ficarão aqui, vendo...

— Vendo o quê? — disse Spencer, não aguentando mais aquela discussão. — Eu não ser aquela Spencer Hastings? Isso não está funcionando para mim. Então, se acostume Emily. Essa é a nova eu!

Spencer saiu correndo escadas acima, enquanto Emily olhou em volta, tentando compreender tudo. Ela saiu da casa de Spencer batendo a porta; havia algo que Spencer não queria lhe contar.

[Boate]

Hanna entrou na boate e rapidamente achou Paige conversando com a mesma garota que Emily vira na festa de Mona. Elas conversavam em uma mesa no canto da boate. Hanna estava se aproximando mais até uma mulher tocar em seu ombro, chamando-a. A mulher entregou uma taça com um limão na borda, depois encheu a taça até o fim. Colocou um canudo; Hanna não estava entendendo.

— O que é isso? — perguntou Hanna.

— Flirtini de Framboesa. — disse a mulher. Ela tinha um cabelo raspado de lado e um topete para cima. Hanna achou totalmente fora de moda.

— Obrigada, mas não pedi isso. — disse Hanna, pensando que a mulher estava dando em cima dela.

— Eu sei. Ela pediu para você. — disse a mulher, apontando com a cabeça para o fundo da boate, e logo ela foi embora com sua bandeja de bebidas.

Hanna virou, e logo uma garota sorriu para ela. Hanna sorriu de volta, embaraçada. Ajudar Emily estava sendo mais complicado do que ela achava naquela boate.

[Rosewood — Rua]

Spencer segurava uma carta contendo 500 dólares. Espera por Lerry no beco sem saída.

—É um lugar em um pequeno prédio em Mayflower Hill. — disse ele, entrando no beco. — O que acha que tem nesse prédio, Spencer?

Ele entregou a chave com o “A” no chaveiro para ela.

— Não sei. — Spencer olhou para a chave.

— Tudo bem. O que acha que está do outro lado? — perguntou Lerry, sorrindo.

— Nós tínhamos um segredo, eu e ele. E isso irá me contar se ele o guardou. — Spencer levantou a chave. — Você já fez aquela brincadeira com as flores quando era pequeno? Bem me quer ou mal me quer? Bem me quer ou mal me quer... — Spencer voltou á olhar a chave, tristemente. — O truque é achar uma flor com um número de pétalas.

— Ranúnculos. — disse Lerry. — Tagetes.

— Quantas pétalas tem uma Hortênsia? — perguntou Spencer.

— Então você... Abre a porta e... — dizia Lerry, entendendo o que as pétalas iriam dizer.

— Abro a porta, e se estiver cheio do que penso que é, significa que há esperança. Significará que ele me ama. E que eu não estava errada sobre nós. E se não estiver...

Spencer abaixou a cabeça.

— Se não estiver... — disse Lerry, olhando para Spencer. — Será a hora de deixá-lo ir.

Lerry foi embora, e Spencer ficou pensando no que ele dissera. Se não estivesse... Seria a hora de deixá-lo ir.

[Boate]

Hanna estava de costas para a mesa de Paige e Shana. Fingia dançar para escutar a conversa das duas.

— "I Miss You". Se tocarem a versão sem cortes, aí terei que te beijar. — disse Shana, e Hanna pôde ver Paige sorrindo.

Paige virou o rosto para a direção dela, e por alguns segundos Hanna não teve um ataque cardíaco. Ela se abaixou para debaixo da mesa delas antes que Paige á visse. Uma voz falando em um microfone salvou sua vida:

— Senhoritas, drinks por 1 dólar se gritarem pela próxima meia hora... Então se preparem, que eles estão sexy, sexy, sexy! — disse uma mulher em um alto falante. Paige e Shana saíram da mesa em que estavam e foram até ao balcão de bebidas.

Hanna continuou andando agachada até sair de perto delas; quando olhou para cima vendo uma garota ruiva á observando estranhamente. Hanna levantou, envergonhada.

— Oi. Espero que não se importe. Amo essa música. — disse Hanna, mentindo. A garota sorriu, e começou a dançar na frente de Hanna. Hanna dançou também, não imaginando situação mais embaraçosa que esta.

Uma garota com cabelo punk parou perto da ruiva, pegando-a pela cintura. As sobrancelhas de Hanna subiram ao ver a intimidade das duas.

— Quem é esse pedaço de lixo? — disse a garota de cabelo punk.

— Ei. Cuidado com o que fala! — disse Hanna, irritada. A garota jogou sua bebida rosa na camisa branca de Hanna, e foi embora abraçando a ruiva pela cintura. Hanna ficou irritada até chegar outra mulher perto dela. — Olha... — dizia Hanna.

— Posso ver sua identidade? — disse a mulher. Hanna levantou o rosto e viu o boné preto com escritas brancas dizendo “SEGURANÇA”.

Hanna entregou a identidade para a mulher; logo depois, a mulher pegou-a pelo braço. Hanna estava sendo levada para a delegacia.

[Casa de Ezra]

Aria entrou na casa de Ezra. Wesley teclava sem parar em uma máquina de escrever antiga. Ele virou o rosto assim que ouviu o barulho da porta se fechando.

— Ei, as plantas estavam chamando você. — disse ele.

— Eu sei, ouvi elas chorando por mim lá do corredor! — Aria sorriu. Wesley riu.

Aria colocou sua bolça no sofá, onde sempre deixava.

— Teve notícias dele? — perguntou Aria enquanto Wesley continuava á teclar.

— Não. Mas isso não significa que ele não esteja pensando em você.

— Então o que significa? — disse Aria, andando até a cozinha para pegar um copo d’água. O telefone tocou e Wesley foi o primeiro á se virar para o objeto, assustado.

O telefone tocou novamente.

— Não vai atender? — perguntou Aria.

— Provavelmente é um engano. — disse Wesley, nervoso. Voltou á teclar; ignorando o telefone.

— Não, pode ser o Ezra. Ele sabe que está aqui. — disse Aria, quase pegando o telefone... Até Wesley atender.

— Alô? — perguntou ele. — Ligaram por engano. — concluiu. — Está com fome?

— É, acho que sim. — Aria sorriu.

— Tudo bem, vamos sair. Preciso mesmo de ar.

— Tudo bem. — Aria foi até o sofá pegar sua bolça.

Wesley não fechou a porta até olhar novamente para o telefone, encarando-o seriamente.

[Delegacia de Rosewood]

— Hanna? — perguntou Emily, levantando do banco de espera.

— Oi. — disse Hanna, quase que correndo ao ver Emily.

— O que está fazendo aqui? Que cheiro é esse? — Emily fez uma cara estranha. — É Tequila?

— Não. Na verdade, é Gin. Caiu um pouco na minha boca, quando a menina jogou na minha cara, então...

— Quem jogou? O que aconteceu? — perguntou Emily, preocupada.

— Nada. Eu só... Fui pega bebendo, coisa que nem estava fazendo. Infelizmente, "Só estava segurando", não cola com aquele gordão. — Hanna olhou para trás, apontando com a cabeça para um policial falando ao telefone.

— Você estava numa boate?

— É mais um bar. — respondeu Hanna.

— Que bar? — perguntou Emily.

— É mais uma boate. Você nunca ouviu falar. Minha mãe vai me matar quando souber.

O detetive Wilden apareceu por trás delas, parecendo preocupado.

— Olá, Emily. Hanna. Acabei de falar com sua mãe. Disse que você queria entregar uma coisa.

— O que está fazendo? — sussurrou Hanna, virando-se para Emily novamente.

— Eu vim me desculpar com minha mãe pelo o que eu disse no lago. E... A polícia precisa ver isso. — Emily apontou com a cabeça para um caderno azul do seu lado na mesa. — Infelizmente, ele é um deles.

— Obrigado por ter trazido isso. — disse o detetive Wilden, pegando o caderno. — Devolveremos assim que pudermos. Emily, você fez a coisa certa.

O detetive Wilden sorriu para elas, mesmo não querendo. Ele saiu de perto, e Hanna não estava entendendo nada.

— O quê é isso? — disse Hanna.

— Um caderno de biologia de Ali que encontrei na caixa que minha mãe recebeu. De Nate. O garoto que matou... Maya, a família dele mandou entregar essa caixa na minha casa. Eu estava lendo e... Tem uma conversa dela com um alguém onde ela mencionava um “gostoso da praia”. Acho que ele pode ter matado Ali.

— O que você estava pensando ao entregar isso para ele?! — disse Hanna, perplexa.

— Que podemos acabar com isso. Vou pegar café, você quer?

— Não, obrigada. Vou pegar papel, para assoar o nariz. — disse Hanna, esperando Emily sair.

Emily deu a volta por um corredor quando Hanna á viu parar. Emily estava olhando para um quadro na parede.

— Qual o problema? — perguntou Hanna, indo até Emily.

Olhe quem esteve em Cape May naquele verão. — disse Emily, apontando para o quadro de fotos da delegacia. Entre milhares de fotos, uma se destacava para Hanna e Emily. Wilden segurando um enorme peixe com mais dois amigos, em um barco velho com escritas brancas que diziam:

“BAÍA DE CAPE MAY”

[Escola de Rosewood]

— Bom dia, Spencer. — disse Mona, parando em frente de Spencer, que arrumava seu armário com seus livros. Spencer olhou para Mona como se não a conhecesse. Ignorou-a e continuou guardando seus livros.

— Tudo bem, alguém está de mau humor. Só passei para lembrar que falta só uma semana para a Maratona. Então, aqui está a programação. — disse Mona, entregando á Spencer uma pasta azul. — Informações do hotel, questões práticas, e o bilhete de permissão.

Mona sorria o tempo todo. Spencer fingiu um sorriso irônico e guardou a pasta azul no armário.

— Olha, Spencer... Sei que esse é um assunto delicado, mas como capitã tenho que te dizer você está fora do jogo "A” ultimamente. Essa é a maior competição do ano, e não posso deixar o seu deslize afetar todo o time.

Spencer deixou de ignorar Mona assim que ouviu aquilo.

— Deixa eu esclarecer uma coisa para você, Mona. — disse Spencer, falando todas as palavras claramente para atacar Mona. — Isso não é um jogo para mim. Não mesmo.

— Ótimo. Porque eu odiaria ver o pobre Toby viajar tudo isso, para acabar torcendo por mim. — Mona sorria enquanto ia embora.

Spencer fechou a portinhola do armário fortemente para fazer barulho. Esperou que Mona escutasse o barulho para ela sair dali.

[Casa de Emily]

Emily dormia. O mesmo pesadelo sempre á perturbava antes de ela ir dormir.

[Flashback/Sonho]

Um irrigador girava, jorrando a água para várias direções. Emily andava séria. Estava vestida com um casaco roxo, e segurava a arma do crime. O lugar era muito escuro. Emily não sabia onde estava. Alguém acabava de ligar todos os irrigadores. Emily via ela.

Alison virou-se para Emily, assustada. Vestia uma blusa amarela e uma calça jeans. A mesma da noite em que... Havia desaparecido. Era aquela noite. Alison olhava para Emily como se soubesse que iria morrer. O irrigador continuava a fazer barulho.

— Você não deveria estar aqui. — disse Alison, quase chorando. — Isso é ruim. Não devíamos estar fazendo isso.

Alison olhou para baixo e viu a pá que Emily trazia consigo.

— Você precisa parar. O que acha que está fazendo?! — gritou Alison ao ver Emily levantar a pá. — Não pode fazer isso! Pare! Pare! — gritou Alison, tropeçando e caindo no chão. Continuou á gritar até Emily acertar ela com a...

[Casa de Emily]

Emily acordou suando. Não podia ser verdade... Não podia...

— Ah, meu deus. — disse Emily, procurando pelo seu celular. Assim que achou, mandou uma mensagem urgente para alguém. Emily havia achado uma foto na qual ela precisava tirar suas dúvidas e descobrir mais sobre aquela noite... Ou não conseguir dormir novamente.

[Rosewood — Rua]

CeCe segurava a foto. Ela e Emily estavam sentadas em um banco verde que ficava em frente ao parque de Rosewood.

— Isso é loucura. Lembro-me totalmente disso. — disse CeCe, vendo a foto de Alison e ela sorrindo em frente á um grande bote escrito “CAPE MAY”. — Estávamos presas no carro com os pais de Ali, duas horas da costa e os celulares estavam descarregados. Foi brutal. Saímos e ficamos tirando algumas fotos até a câmera descarregar.

Emily sorriu.

— Então, quem era o "gostoso da praia"? — perguntou Emily.

— Não tenho ideia. — disse CeCe.

— Mas você estava escrevendo sobre ele no caderno. — Emily franziu as sobrancelhas.

— Só o conhecia por esse nome. Ali nunca me disse quem ele era. — CeCe olhou para a foto novamente.

— Então você nunca o conheceu? — perguntou Emily.

— Bem, provavelmente sim. Honestamente, havia tantos caras gostosos naquele verão... Mas Ali estava sendo muito superficial sobre ele. Achei que ele estava encontrando ela às escondidas. Provavelmente ele tinha namorada ou algo assim.

— Jason conhecia essa pessoa? — Emily estava curiosa.

— Se conheceu, fez se arrepender de ter olhado para a irmã dele. — disse CeCe.

— Por quê? — Emily ficou preocupada com o olhar que CeCe lhe dera.

[FLASHBACK — Bar de Cape May]

— Alguém pode ligar pro Jason e dizer para ele largar a maconha e vir se divertir com a gente? — disse CeCe, rindo com um monte de pessoas envolta de uma mesa. Todos bebiam e conversavam alegremente, e CeCe também — até seu humor mudar ao ver ela. Alison DiLaurentis estava parada atrás de uma árvore. Olhou para CeCe preocupada mente, e CeCe conhecia aquele olhar de Alison. Problemas. Ela levantou da mesa e foi até ela.

— O que está fazendo aqui? — perguntou CeCe.

— Eu preciso falar com você. — disse Alison; seu rosto aparentava que estava chorando havia horas.

— Qual o problema? — percebeu CeCe.

— Acho que estou encrencada. — Alison começou a chorar. Estava vestida de um casaco cinza e largo, com os braços entre os peitos. Estava com frio.

— O que quer dizer? — CeCe ficou preocupada.

— Está atrasada. — disse Alison, sua voz sumindo entre as palavras.

— Sua... — CeCe não precisava dizer “menstruação”. Sabia o que estava acontecendo ali.

— Sim! — respondeu Alison.

— Não usaram camisinha? — disse CeCe, irritada.

— Usávamos. — Alison olhou para o bar, as pessoas se divertindo naquela noite. —Só não todas as vezes.

— Quanto tempo está atrasada? — perguntou CeCe.

— Duas semanas. — respondeu Alison, ela parou de chorar.

— Já atrasou alguma vez antes? — perguntou CeCe. E Alison fez que não com a cabeça.

Novamente, ela começou a chorar.

— O que farei? — perguntou Alison, preocupada.

— Contou para ele?

— Não posso. Se ele descobrir, ele vai me matar! — disse Alison, chorando cada vez mais.

— CeCe! — chamou alguém de dentro do bar.

CeCe olhou para trás. Alison também, ainda chorando.

[Rosewood — Rua]

— Ali estava... — refletia Emily.

— Escute, não sou médica, mas... Ela achou que estava. Como disse, foram semanas intensas. — disse CeCe, olhando a foto mais um vez antes de entregar para Emily.

[Escola de Rosewood]

Aria, Emily e Hanna estavam conversando na mesa da lanchonete. Era o último tempo, e vários alunos estavam indo embora, menos elas.

— Encontrei essa ontem á noite. — disse Emily, mostrando a foto á Aria e Hanna. Na foto, CeCe e Alison estavam sorrindo, e um enorme bote atrás dela revelava o lugar onde estavam: Cape May.

— É do verão em que Ali foi morta. — disse Aria, olhando a foto novamente.

— Eu sei. — disse Emily. — Eu pesquisei na internet... Se estava no inicio da gravidez... E ela foi enterrada há um ano atrás, então...

— O que devemos fazer? — perguntou Hanna.

— Eu não sei.

— Se algum cara em Cape May a engravidou, e depois ameaçou matá-la se descobrissem... Isso é muito maior que um segredo. — disse Aria. — Precisamos entregar para essa foto para a polícia.

— Estava preocupada que dissesse isso. — concluiu Emily. — Mas eu concordo.

— Então... — disse Hanna. — As probabilidades de Alison e Wilden não terem se conhecido são...

— Pequenas. — disse Spencer, chegando à mesa delas. — Eu só vim aqui entregar o seu caderno. — disse Spencer dando um caderno branco para Aria. — Obrigada.

— Não, Spence. Espere. — disse Hanna. — Você soube? Ali estava grávida quando morreu.

— Em... Emily não viu a autópsia dela dois meses atrás? — disse Spencer, não desviando o olhar de Hanna.

— Eu pesquisei e não foi confirmado nada na autópsia de Ali. Mas é possível... E ela estava. CeCe me contou. — Emily falava para Spencer olhando diretamente para Aria.

— Tudo bem. O que aconteceu aqui? — perguntou Aria, não entendendo a tensão entre as duas.

— Nada. Nós... — disse Emily.

— Brigamos. — concluiu Spencer, olhando para Hanna e Aria antes de ir embora.


DIA SEGUINTE


[Mayflower Hill — Prédio pequeno]

Oh Darlin’ darlin’ darlin’

I can’t wait to see you…

Spencer colocou a chave na porta certa. Assim que a chave encaixou na fechadura, ela empurrou a porta. Estava tudo escuro, e música continuava á tocar.

Your love ain’t enough without you…

In the flesh. In the flesh

As lágrimas dos olhos de Spencer começaram a derramar no momento em que ela ascendeu à luz. O pequeno quarto estava vazio. As paredes descascadas e somente um som estava ligado em uma tomada no fundo do quarto. Spencer não estava acabava, estava destruída por dentro.Colocou a mão na boca para abafar o barulho de seu choro, sem sucesso.

Uma lágrima de Spencer Hastings caiu no carpete do lugar quando ela fechou a porta. Seria a hora de... Deixá-lo ir.

O-oh... O-oh... Oh Darlin’ darlin’ darlin’…

[Memorial]

Aria, Hanna, Emily e Jason estavam parados em frente ao portão para a entrada do memorial de Alison DiLaurentis. Cada uma das garotas estava vestida com um vestido. Aria estava com um vestido vermelho longo até os pés, acompanhado de uma jaqueta preta. Emily estava com um vestido amarelo curto com jaqueta preta e Hanna um vestido amarelo de bolinhas com uma jaqueta preta, também.

— Vamos esperar? Ou... — disse Hanna, impaciente.

— Acho que ela não virá. — disse Jason, entrando no portão com as garotas atrás dele. Pararam em frente á uma parede com centenas de nomes escritos em dourado. Aria, Hanna e Emily pararam ao lado de Jason na lápide que dizia:

"Os amados não podem morrer, o amor é imortal”. — leu Hanna. — Isso é assustador.

— É da... Emily Dickinson. — notou Aria, olhando para Hanna.

— Eu não ligo se é do Papai Noel, isso me assusta. — disse Hanna para Aria.

— Tudo bem. — Jason chegou perto delas, colocando duas velas no chão perto do nome de Alison. — É um pouco assustador aqui. Meus pais não ficaram nem dois minutos.

— Ei. — disse Aria olhando para Emily, que estava calada olhando para o nome de Alison. — Você está bem?

Um barulho no portão e os quatro olharam de onde tinham entrado naquele lugar. Spencer chegou, e estava com olheiras horríveis de choro.

— Spencer, mudou de ideia? — perguntou Jason, surpreso.

— Não, mas sabia que te encontraria aqui. — disse Spencer, sorrindo. — Preciso te dizer algo.

— Spencer. — disseram Aria e Emily juntas, percebendo o que ela estava prestes á fazer.

— Ali estava grávida, quando morreu. — disse Spencer.

— O quê? Do que está falando? — Jason estava confuso. Não acreditava no que acabava de ouvir. — É verdade? — agora ele olhava para Aria, Emily e Hanna.

— Não temos certeza. — continuou Spencer. — Emily pesquisou, e a gravidez não apareceu na autópsia. Certo, Em?

— Você não tem ideia do que está dizendo agora. — disse Hanna, irritada.

— Qual o seu problema? — disse Aria para Spencer.

— Como sabe disso? — perguntou Jason, diretamente para Spencer. — Digo, com quem ela...

— Quem é o pai? — disse Spencer, agora começando á sorrir. — Essa é a melhor parte.

— Quem, Spencer?! — Jason estava louco para saber.

— Spencer. Não faça isso. — disse Hanna, seriamente.

— Eu não ligo! — gritou Spencer.

— Não faça isso. Não aqui, Spencer. — Aria não estava acreditando no que estava acontecendo.

Jason observou os lábios de Spencer se mexerem lentamente quando ela revelou o nome:

— É o detetive Wilden. Um dos bonzinhos de Rosewood. — disse Spencer, e Jason DiLaurentis passou pelo meio das quatro meninas rapidamente ao descobrir esses segredos. Dobrou o corredor do portão, deixando as quatro meninas sozinhas.

— Por favor, me diga que isso é parte de um plano brilhante. — disse Hanna, olhando para Spencer.

— Não é. — disse Emily. — Ela está machucada e quer nos machucar também.

— Somos suas amigas, não seu sacos de pancada. — contra-atacou Aria. Logo depois Aria foi embora, junto de Hanna e Emily que á seguiram para fora do memorial.

Spencer continuou ali, parada, observando o local. Aproximou-se do canto da parede que estava escrito em dourado, bem grande, o nome da garota que causara tanto sofrimento á vida delas depois de seu desaparecimento:

“Alison DiLaurentis. Os amados não

podem morrer, o amor é imortal.”

[Memorial — Jardim]

— Tudo bem. Agora como consertamos isso? — perguntou Hanna, descendo as escadas. — O que diremos ao Jason?

— Esqueça o Jason. Há algo errado com a Spencer. Digo, maior do que a partida do Toby e ele sendo “A”. Quero dizer, também estou triste, mas ela parece...

— Destruída. — completou Emily. Hanna e Aria viraram o rosto para Emily. — Uma coisa é duvidar da pessoa com quem está... Se ela já te amou, ou se ela não te amou... Outra coisa é duvidar de si mesma.

Emily olhava para um irrigador á alguns metros atrás de Hanna e Aria. O barulho era interessante; lembrava Emily de algo...

[FLASHBACK — Cemitério de Rosewood]

Um irrigador girava, jorrando a água para várias direções.

[Memorial — Jardim]

— Ouviu isso? — perguntou Emily, se lembrando de algo.

— O irrigador? — disse Hanna.

— Ah, meu deus. Ouvi naquela noite. — disse Emily. — Não no jardim da Ali, foi no túmulo dela. Misturei os pesadelos!

[FLASHBACK — Cemitério de Rosewood]

Um irrigador girava, jorrando a água para várias direções. O túmulo estava bem á frente de Emily:

“Alison DiLaurentis.

Filha amada, amiga fiel.”

— Não deveríamos estar aqui. — disse Emily, assustada. Alguém encapuzado acabava de pular no caixão de Alison DiLaurentis com uma marreta em uma das mãos enluvadas.

Emily segurava uma pá.

— Isso é ruim. Não deveríamos fazer isso! — disse Emily, cada vez mais nervosa. A pessoa encapuzada não parava de tentar abrir o túmulo de Alison com a marreta.

Emily estava muito assustada.

— Você precisa parar. O que acha que está fazendo?! Não pode fazer isso! Pare! Pare! — gritava Emily. A pessoa encapuzada de preto segurou a marreta com força e subiu o buraco até chegar á Emily. Colocou suas mãos na boca de Emily, fazendo-a parar de falar. Emily continuava gritando, até que a pessoa encapuzada apontou a marreta para sua cabeça. Antes de Emily desmaiar ela viu a pessoa...

[Memorial — Jardim]

— A menina... A menina do casaco vermelho! — disse Emily, finalmente lembrando-se de tudo. — Aconteceu bem aqui. — disse Emily, parando perto da grade do cemitério de Rosewood. — Não machuquei a Ali.

[FLASHBACK — Cemitério de Rosewood]

A menina estava com um casaco vermelho; também encapuzada. A sombra cobria seu rosto, mas Emily pôde ver antes de levar a pancada na cabeça seus lindos cabelos loiros saindo do capuz vermelho e caindo sob seus ombros. A garota saiu andando do campo de visão de Emily ao notar que ela á olhara. Foi quando “A” acertou ela na cabeça e Emily desmaiou.

[Memorial — Jardim]

— Ali? — perguntou Aria, surpresa. — Claro que não.

— Parece ridículo, mas preciso perguntar... Acham que era a Alison no casaco vermelho? — perguntou Hanna, pensando nas possibilidades.

— Alison cavando seu próprio túmulo? — Aria não acreditava em nada daquilo.

— Disse que era ridículo. — retrucou Hanna.

— E estava certa. — concluiu Aria.

— Só sei que era uma mulher, loira, e ela usava um casaco vermelho. E... — dizia Emily.

Hanna e Aria olhavam para Emily ansiosa.

— E o quê? — perguntou Aria.

Emily ofegava de ansiedade quando disse:

— É ela quem está no comando.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo deu muito muito muito trabalho mesmo... por isso, ainda não revisei ele. Qualquer erro por favor me diga que eu concerto (só irei concertar depois). Levei uma semana e meia para escrever esse capítulo, porque minhas aulas voltaram e ai fica mais dificil de escrever. Espero que tenham gostado do capítulo e da nova capa ;D
MÚSICAS DO CAP 4:
NOW - PARAMORE
IN THE FLESH - LOW SHOULDER
Comentem o que acharam do capítulo para eu saber se já leram... ;D



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