How Did This Happen? escrita por AnahKB


Capítulo 30
Broken Angel


Notas iniciais do capítulo

Então, nada pra falar aqui, boa leitura e até lá em baixo ;)



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POV Scorpius

Ok. Esse é aquele momento que eu fico pensando: hey idiota, planos servem pra alguma coisa, portanto cadê o seu? E eu penso de volta: não tenho. Porque nesse exato momento tem no mínimo uns 20 comensais me encarando, como se me esperassem fazer alguma coisa e eu estou consciente dos meus amigos também. 

-O que você faz aqui seu maldito Malfoyzinho??-berrou uma enfurecida Sra. Parker. Eu dei um sorriso de lado.

-O que você acha sua energúmena? Vim salvar a minha namorada desse bando de doidos!-eu respondi. Não, eu não conseguia simplesmente cooperar, era pedir muito depois de tê-la visto ser torturada.

-É realmente uma pena. Porque ela vai MORRER aqui!-ela respondeu, e depois gargalhou. Eu tenho certeza absoluta que essa mulher não é normal. Naquele momento Rose gemeu de dor, e eu olhei para ela, que tentava se arrastar pelo chão em direção a uma porta aberta. Rezei para que ela fosse mais rápida, afinal eu não iria segurá-los por muito tempo. E então Claire falou, utilizando a técnica de enrolação para psicopatas mentalmente perturbados mais antiga do mundo: pedir explicação do plano.

-Mas então você nos deve algumas explicações. Tipo como diabos você descobriu tudo isso??-ela perguntou. Era uma coisa que realmente me incomodava. Se era um feitiço fidelius não tinha como eles saberem, afinal os Potters e Weasleys eram tudo menos burros o bastante para falar sobre isso. Então ela sorriu de lado. E quem falou foi o desgraçado supremo.

-Sabe qual é a coisa mais perigosa para um homem meu caro Scorpius? Mulher ferida-ele disse, alargando seu sorrisinho. Eu o fitei em total confusão. Como assim, mulher ferida? Tudo bem que eu já devo ter "ferido" metade das garotas de Hogwarts, mas nenhuma delas poderia saber.

-Ahm?-eu disse, exprimindo toda a minha confusão. A Sra Parkinson, Pansy, cachorra, vagabunda ou o caralho a quatro, deu uma gargalhada. Sério, eu vou arrancar as cordas vocais dessa mulher só pra não ter mais que ouvir ela rir.

-Duas palavras pra você, e veremos se você adivinha: Dominique Weasley-ela disse. E então meu cérebro começou a funcionar.

-Ela ficou puta com você quando você recusou ela. Se tem uma coisa que não se faz na vida é rejeitar uma garota que te quer, principalmente uma vingativa-ele disse. Eu fiquei estático- E como ela havia ouvido por trás das portas que a ruiva era a fiel, ela correu me contar. Acredite, aquela Grifinora é uma mancha na família Weasley mais do que vocês imaginam. Ela me disse que não se importava com nada, só queria ver Rose Weasley sofrendo - ele disse, lentamente e lambeu os lábios depois, como se estivesse sentindo o gosto das palavras que disse. Eu senti meu sangue martelar nas orelhas. Aquela vagabunda da Dominique me paga, e me paga bem caro.

-Tá, mas como ela sabia que vocês queriam isso, como ela sabia que você fazia parte dessa merda toda?- perguntou Claire, como se não estivesse fazendo mais do que levantando uma questão prática sobre o comportamento das mandrágoras. Eu me pergunto como ela consegue se manter sempre tão calma.

-Como eu disse a garota é uma mancha na família Weasley-ele disse, e finalmente se virou para a ruiva, que ainda não havia andado muito e segurou ela pelo cabelo para levantá-la. Eu automaticamente tentei ir até lá, mas um comensal "armário" da Morte me segurou. Peter segurou ela bem a sua frente- Bem no meio da família. Ela sempre foi meio malvada. Sempre teve aspiração a arte das trevas, e eu convidei ela para fazer parte da Nova Ordem. E ela aceitou- ele disse, fazendo carinho no cabelo da Rose, que gemia e tentava se soltar dele, ao mesmo tempo que seu corpo sofria espasmos de dor.

-Sabe, eu esperava de tudo dela, menos isso-ouvi James resmungar. Eu também não esperava uma merda dessa. 

-Mas porque vocês querem fazer isso? Sério, Voldemort já morreu, já acabou tudo!-eu berrei, ainda tentando em vão me soltar do Comensal que me segurava. Pansy riu de novo.

-Não docinho. Nunca vai acabar enquanto houverem pessoas fiéis ao Lorde!-ela berrou histericamente.

-E mais uma vez vemos o exemplo da mulher ferida-disse um outro comensal que até então estava em silêncio. Ela se virou para ele e gritou um cala boca bem agudo. Eu não entendi nada.

-Como assim?-perguntou Alvo, se pronunciando pela primeira vez.

-Acontece que o pai dele-disse ela, apontando o dedo de forma acusatória para mim- fez uma péssima escolha de mulher. Eu estive sempre ao lado dele! SEMPRE! Esperando pelo dia que ele fosse perceber que eu o amava, que eu era a mulher certa para ele. Mas então quando a guerra acabou e nós devíamos ficar juntos, ele simplesmente se casou com aquela vagabunda sem sal da Greengrass e me abandonou!-ela berrou. Sério, esse dia ta ficando mais estranho do que eu planejei. Então quer dizer que esse buldogue ambulante fez tudo isso porque foi trocada pelo meu pai? Eu tive vontade de matar todos eles, incluindo meu pai. Minhas mãos se fecharam em punhos.

-E então você resolveu descontar isso em nós? Nós que não temos nada a ver com isso?-eu perguntei, praticamente rosnando.

-Tem sim! Você é filho dele, ela abandonou o meu filho do mesmo jeito que seu pai e abandonou! Vocês Malfoys são todos iguais, todos lixos, escórias da raça bruxa!-ela gritou, e depois cuspiu na minha direção. Foi então que uma outra voz preguiçosa dos comensais resolveu se pronunciar.

-Acho que isso já se arrastou demais. Eles só querem enrolar, façam logo o que tem que fazer-Dominique Weasley falou. Eu fiquei com tanta raiva que quase comecei a espumar quando vi ela deslizando calmamente e se colocando ao lado do Peter. Comecei a me sacudir de todo modo para tentar me livrar do aperto do comensal, mas ele m segurava com tanta força que tudo que eu consegui foi quase deslocar o ombro.

-Sua vaca!- berrou Claire, tentando jogar um feitiço nela, que foi bloqueado e não surtiu em merda nenhuma além de tirar a sua varinha. Foi ai que eu comecei a pensar que a minha varinha ainda estava comigo. Se eu pudesse me mexer só um pouco eu pegaria ela e então poderia aparatar, mandar uma mensagem ou o caralho a quatro. Eu só precisava pegar a varinha.

-Não minha cara. Eu só estou lutando pelo que eu quero- Dominique respondeu, chegando perto de mim e fazendo carinho no meu rosto. Infantilmente talvez u tntei morder a mão dela. Ela riu- E eu quero ele.

-Mas nunca vai ter- disse uma voz fraquinha, como se a dona estivesse fazendo um esforço enorme só para pronunciar essas quatro palavras. E realmente estava um vez que era Rose que estava falando.

-Calada pirralha, já esqueceu a sua lição?-gritou a Sra. Parkinson. Rose meramente riu.

-E você já esqueceu que eu disse que me recuso a obedecer ordens?-retrucou a ruiva. A outra então lhe deu um tapa na cara.

-CALADA!-berrou, mas Rose apenas riu novamente. Eu fiquei pasmo. Como diabos ela podia rir numa hora como essa? Ela era realmente uma guerreira, porque rir e brigar depois de ter sido torturada por sei lá eu quando tempo era coisa para poucos mesmo.

-Deixa ela-disse Dominique, com um sorriso divertido aparecendo por baixo de sua máscara- Eu quero ouvir o que ela tem pra me dizer.

-Quer mesmo vaca?-disse Rose, se soltando do Peter com um puxão e se mantendo em pé com muita dificuldade caminhou até a frente da Weasley podre.

-Quero.

-Você é uma puta. Sempre foi a pior. Você não tem nada além da beleza. Isso até pode ser útil quando você só quer alguém pra sua cama, mas os garotos sérios procuram mais que isso. A inteligência sempre vai superar a beleza.

-Você só diz isso porque não sabe de nada! Você sempre foi a favorita de todos, até meus pais me comparavam a você, a perfeitinha Rose Weasley! Até o garoto que eu gostava você roubou, e isso foi bem antes do Scorpius. Eu amava o James. Sempre, desde criança, mas com quem foi que ele ficou? Você!-ela berrou, como se estivesse guardando isso por muito tempo e finalmente tudo explodisse.

-Ele sempre te amou também sua vaca, mas você tava muito ocupada dando pra qualquer um que olhasse pra você pra perceber!-Rose explodiu também. Eu fiquei meio confuso por um tempo. Sim, eu sei, todos sabem na verdade, que Dominique é uma vadia, mas nunca imaginei toda essa mágoa guardada dentro dela. Ela sempre pareceu tão “livre”.

-Porque fez isso Domi? Sério, porque? Qualquer um podia perceber que eu te amava!- disse James, com a voz magoada. Ela sorriu.

-Isso mudou depois que eu percebi que ficar do lado de vocês não ia mudar merda nenhuma da minha vida. Eu sempre ia ser a pior por comparação. Então eu me esliguei da família e segui meu caminho. Mas eu preciso de um homem forte ao meu lado, e eu esperava que fosse você Scorpius-ela respondeu, e me olhou com doçura. Fiz uma careta.

-Como a Rose já disse, você nunca vai me ter, porque eu só tenho uma dona, e o nome dela é Rose Weasley -  respondi. Ela ficou vermelha de raiva.

-Tudo bem então, vamos acabar com isso- disse simplesmente, e então Peter segurou Rose pelo cabelo de novo e ela berrou e tentou se soltar assim como eu. Ele a forçou a se ajoelhar e puxou um punhal do cinto. Eu comecei a chorar, chorar de verdade, e gritar mais que nunca. Ele simplesmente me olhou e depois olhou para ela, colocando o punhal em sua garganta.

-Quais são suas últimas palavras Rosinha?-perguntou. Ela sorriu novamente e me olhou nos olhos, dizendo naquele olhar tudo que não podia verbalizar: eu te amo.

-A morte será minha maior aventura-foi tudo que ela disse. E então, no momento em que o punhal deveria se mover e ceifar sua vida para sempre, mais uma janela foi quebrada e nós vimos seus pais, tios, avós, primos e etc e meus pais também, todos com as varinhas em punho.

-Tire suas mãos da minha filha seu animal!- berrou a Sra. Weasley, atirando um feitiço em Peter, que desviou elegantemente, deixando Rose cair no chão. Eles eram muitos, mas se equiparavam em numero com os Comensais. Então o que me segurava teve que me soltar para ajudar, e eu corri direto para Rose. Puxei ela do chão e a abracei, tão forte quanto pude.

-Eu te amo-foi a primeira coisa que ela disse.

-Eu te amo também. Muito mesmo-eu respondi, beijando seus cabelos.

A nossa volta a briga ainda estourava. Meu pai enfrentava a Sra. Parkinson, a Sra. Weasley enfrentava Peter e os outros os outros. E então virei Rose de frente para mim e segurei seu rosto bem próximo do meu.

-Nunca mais faça isso-eu disse. Ela riu fraquinho, mas de repente ela gemeu baixo e sangue escorreu por sua boca. Olhei para baixo e vi sua blusa se tingir de vermelho, uma mancha que só aumentava. Quando olhei por trás de seu ombro vi Peter olhando vitorioso para nós, e então olhei para suas costas e quase desmaiei quando vi o maldito punhal cravado ali.

Rose caiu de joelhos e eu caí a sua frente. Simplesmente não sabia o que fazer, quase não conseguia respirar. Todos os sons se tornaram turvos e eu fiquei tonto. Mecanicamente arranquei o punhal de suas costas e ela caiu no chão. Eu comecei a chorar de novo.

-NÃO ROSE! NÃO, VIVA, VOCÊ TEM QUE VIVER!- eu gritava, completamente histérico.

Mas era inútil. Seu olhar já não brilhava mais, era apenas uma cor morta. E então mais nada.

E ai eu senti uma coisa quebrar dentro de mim. Como se meu coração fosse um cristal muito fino que tivesse sido jogado de um prédio muito alto e se despedaçado, despedaçado de um jeito que não dá pra consertar.

Ela está morta. Eu simplesmente não consigo acreditar nisso. Me sentia culpado, me sentia quebrado, me sentia a pior coisa do mundo.

Sentia como se não valesse mais a pena viver.

Então me debrucei em cima dela e chorei. Ignorei toda a guerra a minha volta e simplesmente chorei. Dane-se se uma maldição da morte me atingir, eu já estou morto por dentro mesmo.

Morri junto com ela.


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Notas finais do capítulo

Antes de me matarem e torturarem em suas mentes, lembrem que a história não acabou ;) #justsaying
Então, reviews para a autora má?? saushausha