Narrado por Bella


Quando voltei da escola acompanhada por Jasper, Edward já havia contado a Alice a novidade e ela estava simplesmente eufórica.

-Bella temos que pensar em tudo, nos convites, na festa, na decoração! -falou ela me puxando para o sofá sem ao menos me deixar dar um beijo em Derek ou em Edward - Aliás, quando vocês pretendem se casar?

Olhei para Edward  e Jasper pedindo socorro.

-Calma Alice - falou Jas tentando acalmá-la, enquanto Edward sentava ao meu lado e me abraçava - eles ainda não decidiram.

-Como assim não decidiram? Vocês fazem idéia do tempo que se leva para organizar um casamento? Precisam resolver logo - falou mandona.

Eu ri imaginando como ela ficaria doida até o dia do casamento.

-Ah Alice eu não preciso me preocupar, pois terei a pessoa mais competente do mundo para organizar meu casamento.

-Claro, claro. Você tem dinheiro suficiente para isso, mas os melhores do ramo normalmente têm uma lista enorme de espera, por isso tem que decidir logo Bella.

-Então...como vai sua agenda Alice? Espero que você possa me encaixar já que somos amigas e também não vá me cobrar muito... - eu me calei segurando o riso enquanto olhava sua cara de espanto.

Edward e Jas também riram baixinho.

-AHHH! Você está dizendo que eu vou organizar seu casamento? - ela gritou pulando de alegria.

-E você conhece mais alguém que goste tanto de organizar festas e saiba mais os meus gostos do que você Alice? Eu não confiaria em mais ninguém para isso.

Ela me puxou para um abraço animado.

-Vai ser lindo Bella, isso eu prometo a vocês, mas por favor definam logo a data está bem?

Concordamos felizes mas então Jas resoveu se pronunciar.

-Meu bem - falou para Alice - você sabe que agora precisamos arrumar uma casa para nós não é mesmo? Aliás já conversamos sobre isso um monte de vezes e eu entendi que você não queria deixar Bella sozinha, mas agora a situação mudou, eles vão se casar e terão que ter privacidade.

Alice e eu nos olhamos com cara de pena, não queríamos nos separar.

-Que isso Jas - eu falei depressa - aqui é a casa de vocês. Não precisam se mudar, a casa é grande e sei que Edward não se importa.

-Não mesmo - falou ele - por mim podemos viver todos na mesma casa sem problemas.

-Jas por favor - pediu Alice - Bella é como uma irmã para mim, estamos a tantos anos juntas que não sei se consigo ficar longe dela e Derek é como um filho, eu quero estar com ele o tempo todo.

Jas suspirou contrariado.

-Tenha dó Alice! Em Nova York nós não morávamos juntos. Bella e Jake tinham a casa deles, se lembra? - falou muito sério.

-Eu sei - choramingou Alice - mas era em frente ao nosso prédio e nós estávamos sempre lá.

-Chega Alice,vamos ter uma casa para nós e esse assunto está encerrado.

Olhei para Edward assustada, eu nunca tinha visto Jasper tão bravo e antes que aquilo se transformasse numa briga mais séria resolvi interferir.

-Calma Jas, não é para tanto, o que deu em você?

De repente ele começou a rir nos deixando completamente confusos.

-Não acredito que consegui enganar vocês, acreditaram que eu estava mesmo nervoso?

Alice fechou a cara para ele e eu revirei os olhos.

-Porque tudo isso então Jas? - foi Edward quem questionou.

-Porque eu já comprei uma casa e queria saber a reação das duas, fechei o negócio ontem com o antigo proprietário, antes de saber do casamento de vocês. E ainda bem que é bem próxima daqui pois pelo que eu pude perceber ficar longe uma da outra é coisa impossível para as essas duas - zombou.

Eu dei um tapa em seu braço e Alice um beliscão.

-Ai meninas - ele riu -  perdoem a brincadeira e venham conhecer a casa, dá para ir a pé.

Alice ainda emburrada foi de má vontade, Edward e eu os seguimos. A tarde estava fria mas não chovia, tinha até um pouco de sol o que era raro em Forks. Em frente à casa ao lado da minha Jasper parou e Alice o olhou sem entender. Ele então colocou um molho de chaves em suas mãos.

-Sua nova casa meu bem - falou sorrindo para Alice - é perto o suficiente para vocês duas? - me incluiu na conversa.

Eu e Alice nos abraçamos e rimos. Seríamos vizinhas.

-Jas, você é demais! Eu não sabia que essa casa estava a venda - falei.

-E não estava, mas como eu disse, há algum tempo eu já vinha conversando sobre isso com Alice e sabendo da resistência dela em ficar longe de vocês eu ofereci um bom dinheiro e convenci o sr. Jones a me vender a casa. Estão felizes agora?

-Sim - falamos juntas  e o abraçamos enchendo ele de beijos.

Edward resolveu brincar com eles:

-Vocês deviam aproveitar e oficializar também a união de vocês, faríamos uma festa só, o que acham?

Alice e Jasper ficaram mudos por um momento mas então Jas tomou coragem:

-Não é má idéia Alice, eu sempre quis um casamento tradicional, ver você vestida de noiva...o que acha?

Alice suspirou olhando para ele com um imenso carinho.

-Jasper  porque nunca me disse? É claro que eu aceito! - e se jogou nos braços dele lhe dando um beijo emocionado.

Eu ri feliz e me abracei a Edward sussurrando em seu ouvido:

-Virou casamenteiro agora amor? Devíamos fazer isso também com Emm e Rose. Eu acho que ela ia adorar a idéia.

Ele sorriu para mim concordando com a idéia.

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Marcamos a data do casamento para dali cinco meses, eu queria esperar completar um ano do falecimento de Jacob para só depois me casar, para mim era uma questão de respeito à memória dele e ninguém contestou. Como o planejado por mim e Edward, Rosalie tinha adorado a idéia do casamento, ainda mais porque casaríamos todos juntos e ela já estaria com um barrigão enorme para exibir.

Alice começou a reformar sua casa e a organizar o casamento, eu ajudava nas horas vagas e Rose, via internet.  Edward continuava trabalhando muito e por ter pouco tempo comigo e com Derek decidiu se mudar de vez para a minha casa, agora nossa casa. Derek havia adorado e eu também, afinal todo o tempo que eu tinha com Edward sempre parecia pouco para mim.

Os dias passaram depressa e faltando menos de três meses para o casamento eu já estava me sentindo a pessoa mais feliz do mundo. Achava que Deus, apesar de tudo que eu havia enfrentado, tinha sido bom para mim. Mas eu estava enganada, ele ainda me daria mais um presente, inesperado e surpreendente, mas que encheria meu coração com mais amor.

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Era um sábado depois do almoço. Alice e Jas tinham ido visitar os pais dele, Derek tinha ido ao parquinho com Carlisle e Esme, e Edward e eu, aconchegados no sofá assistíamos a  tv. Foi quando o telefone tocou.

-Por favor - falou uma voz suave de mulher - eu precisava falar com a Sra. Black.

-Sou eu - respondi cismada - mas quem está falando?

-Ah! Isabella não é? - questionou a voz com alívio evidente e eu confirmei -  que bom conseguir falar com você. Eu  sou Summer,  assistente social aqui do Hospital do Câncer de Phoênix e nós temos aqui uma paciente terminal que precisa muito falar pessoalmente com você.

Eu analisei aquilo por um instante.

-Desculpe - comecei - mas você deve ter se enganado, eu não conheço ninguém em Phoênix... Quem é a paciente? - perguntei mais por educação pois acreditava ser realmente um engano.

- É Leah Clearwater - eu fiquei muda e a assistente pigarreou do outro lado - ela me disse para implorar se fosse necessário Isabella e eu preciso ser sincera com você, ela deve ter no máximo alguns dias de vida. Eu não posso adiantar o assunto, mas posso lhe dizer que é realmente importante. Você estaria disposta a vir conversar com ela?

Analisei aquilo mais uma vez. Porque Leah, depois de todos aqueles anos e  de quem eu nem ao menos gostava, pediria para falar comigo estando em seu leito de morte? Devia ser realmente importante.

-Tudo bem - confirmei - eu vou, pode ser amanhã?

-Claro Isabella - a Assistente parecia realmente aliviada - quanto antes melhor, ela está muito debilitada e pode falecer a qualquer momento. Obrigada e até mais.

Porém antes que ela desligasse resolvi perguntar levada por uma compaixão súbita por Leah:

-Leah é ainda muito jovem, não há nada que possa salvá-la ou aumentar seu tempo de vida?

-Infelizmente não Isabella, ela tem um tipo agressivo de câncer no pulmão, já fez cirurgia, quimioterapia e radioterapia, mas a doença voltou e agora também já se espalhou para outras partes do corpo.

-Sinto muito - falei com sinceridade.

-Eu sei que sim. Talvez você ainda possa dar a ela um conforto antes da morte, obrigada mais uma vez e até amanhã.

Eu desliguei e contei toda a conversa a Edward que ficou tão pasmo quanto eu.

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No dia seguinte depois de quase cinco horas de vôo, eu e Edward, que insistiu em me acompanhar e eu estava muito grata por isso, desembarcamos em Phoênix e seguimos de táxi direto para o hospital. Na recepção procurei por Summer a Assistente Social e logo ela veio nos receber.

-Olá Isabella e Edward - ela falou assim que nos apresentamos - prazer em conhecê-los. Leah a está esperando anciosa Isabella. Vamos entrar?

-Eu posso entrar também? - perguntou Edward.

A Assistente franziu as sombrancelhas e olhou para as nossas mão unidas.

-Vocês são namorados?

-Noivos, nos casaremos em dois meses - explicou Edward.

Ela pareceu ponderar sobre a informação e decidiu.

-Acho que Leah não vai se importar, pois já que irão se casar o assunto interessa a você também.

Quando entramos no quarto fiz o possível para não demonstrar a consternação que senti com o estado de Leah. Ela não era nem sombra daquela moça  que conhecemos, a doença havia lhe roubado toda a beleza, deixando apenas um corpo esquálido e sem forças no lugar. Nos aproximamos do leito a cumprimentando e ela apesar de demontrar confusão com a presença de Edward sorriu dizendo:

-É muito bom ver vocês, por favor sentem-se.

Eu me sentei na poltrona mais próxima a ela e Edward em uma cadeira que estava encostada na parede. Suspirei, não sabia o que dizer a ela.

-Não se atormente pela minha situação Bella - ela falou observando meu desconforto - eu mereço tudo isso.

-Ah não diga isso Leah, ninguém merece uma coisa dessas - contestei.

-Eu mereço Bella - e ela suspirou profundamente fazendo uma careta, devia sentir muita dor - eu fui sempre muito egoísta e orgulhosa, e talvez essa doença tenha sido a forma que Deus arranjou para me fazer aprender alguma coisa.

Eu mordi os lábios nervosa e olhei para Edward. Ele observava Leah atentamente e quando voltou a me olhar  eu entendi rapidamente a expressão de seus olhos treinados de médico.

Ele queria que eu a ouvisse sem interferir, pois aparentemente ela estava em suas últimas horas de vida.

-Diga-me Leah - falei gentil - porque me chamou aqui?

Ela me olhou com uma firme determinação apesar de sua fragilidade.

-Eu sei que você nunca gostou de mim Bella e deve ter gostado menos ainda quando fiz Jacob sofrer.

Eu assenti confirmando, ela merecia minha sinceridade.

-Mas sei também - ela continuou - que você é uma boa pessoa e amava muito Jacob, e só por este motivo eu serei capaz de lhe fazer este pedido.

Ela se calou e eu esperei pacientemente que ela recuperasse o fôlego.

-Naquela época eu gostava de Jacob Bella mas não  amava, e como já disse era egoísta demais. Quando vim para Phoênix, senti o gosto da liberdade e resolvi que queria curtir a vida sem me prender a ninguém, por isso terminei com Jacob. Dias depois eu descobri que estava grávida. Como eu não havia ainda ficado com ninguém aqui sabia que o filho era dele. Minha primeira idéia foi o aborto, eu não queria um filho naquela idade, tinha toda uma vida pela frente - ela riu amarga - mas quando eu fui à uma clínica clandestina para o procedimento perdi a coragem, eu não era uma assassina e ali me dei conta que já amava meu filho. Resolvi ter o bebê, mas nunca me passou pela cabeça contar a Jacob, eu achava que além de não ter nada a me oferecer financeiramente ele provavelmente faria pressão para que nos casássemos. Decidi trabalhar e criá-lo sozinha.

Ela fez uma pausa novamente sem fôlego e quando olhei para Edward o rosto dele estava tão transtornado quanto o meu próprio deveria estar.

-Você tem um filho de Jacob? - ela confirmou - e nunca passou pela sua cabeça contar a ele Leah? Ele tinha o direito de saber! - eu me exaltei, esquecendo completamente do estado frágil dela.

-Bella - repreendeu-me suavemente Edward - deixe que ela continue amor.

-No começo eu não queria contar, mas um ano depois de seu nascimento, eu trabalhava todos os dias sem folga  e mal conseguia pagar as contas. Comecei a perceber que meu egoísmo estava prejudicando meu filho a quem eu não conseguia sequer sustentar direito. Resolvi então ligar na casa de Jacob, tentar falar com ele, talvez ele pudesse nos ajudar, mas foi quando Billy me contou sobre o casamento de vocês. Decidi então não falar nada, Jacob merecia ser feliz longe de mim. Muito tempo depois fiquei sabendo pelos jornais, quando da inauguração da boate que vocês construíram, da herança que ele havia recebido. Admito que nesta época fiquei tentada a exigir o dinheiro a que meu filho tinha direito mas fiquei com medo pois Jacob poderia lutar pela guarda dele. Então por todos estes anos eu trabalhei em dois empregos e consegui dignamente criá-lo sem ajuda. Mas agora eu vou partir Bella e deixá-lo sem ninguém, ele sabe que o pai morreu, minha tia que era minha única família também já não está entre nós e é por isso que eu a chamei aqui; você, seu filho e  Billy são o mais próximo de uma família que ele tem. Billy já está velho para criar uma criança cheia de energia, então eu só posso pedir a você que acolha meu filho, o filho de Jacob, que o ame, que o eduque, que cuide dele para mim. O que me diz?

Ela terminou e me pareceu que suas forças estavam realmente acabando a cada esforço para falar que ela fazia. Eu suspirei e mordi os lábios, minha vontade era acusar Leah de muitas coisas, mas quem era eu para julgá-la?

-Sabe Leah - falei por fim mas em um tom leve - você é mesmo uma idiota - ela riu - Jacob a amou muito e era uma pessoa boa o suficiente para perdoá-la e você não lhe deu chance. Sabe o que é mais triste nisso tudo? Ele amou, cuidou e criou meu filho como se fosse dele e não teve a chance de fazer isso pelo próprio filho.

-Desculpe Bella, não estou entendendo. Seu filho não é de Jacob? Eu acompanhei as notícias depois da morte dele, fiquei sabendo daquela loucura toda e de Angela, mas isso eu não sabia.

-Quer saber de toda a história, eu posso contá-la a você .

Ela concordou  e eu lentamente fui contando todo o drama das nossas vidas a ela, sem esconder nada, quando terminei ela estava pensativa.

-Nossa que história! Há muito tempo eu percebi que tinha feito besteira  ao terminar com Jacob mas agora sabendo o quanto ele era realmente bom, espero encontrá-lo do outro lado para que eu possa pedir perdão.

-Você acredita mesmo em vida após a morte? Ah me desculpe Leah perguntar isso neste momento...

-Não tem problema, e sim, eu acredito. Há de ter um motivo para todas essas coisas que aconteceram, vidas que foram entrelaçadas ou separadas - ela deu de ombros - Preciso acreditar que existe uma motivo maior para tudo isso.

Eu fiquei em silêncio por um momento ouvindo a respiração ofegante dela.

-Espero que você tenha razão sobre a vida após a morte. Quanto a seu filho, não se preocupe, eu vou cuidar dele como se fosse meu próprio filho - aí então me dei conta de que a decisão não devia ser só minha, olhei para Edward que permanecia em silêncio apenas ouvindo, ele balançou a cabeça para mim concordando e então falou:

-Ele vai estar em boas mãos Leah, nós o criaremos como nosso filho e ele terá um lar feliz, fique tranquila.

-Obrigada - ela sorriu para nós - ele é um menino muito bom. Eu já o preparei para a nossa separação, ele está triste mas conformado. Eu o amo tanto, ele foi a única decisão certa da minha vida - ela se calou, tentando segurar as lágrimas - Edward por favor veja se ele já está aí fora, eu pedi para a assistente buscá-lo para conhecer vocês. Eu deixei também tudo organizado com o advogado para que vocês possam adotá-lo; Summer, a assistente social pode orientar vocês nisso.

Quando Edward abriu a porta um garotinho  adentrou o quarto cabisbaixo, passou por nós  e foi ficar junto da mãe, abraçando-se a ela.

-Meu filho - Leah falou suave - essa é Bella, a viúva do seu pai e o noivo dela Edward. Eles serão os seus pais depois que eu partir.

O garotinho enxugando uma lágrima se endireitou para nos cumprimentar e quando ele ergueu o rosto eu não pude conter uma exclamação de prazer, ele era a cópia de Jake. Ele estendeu a mão.

-Oi eu sou o Taylor, prazer em conhecê-la.

Eu me ajoelhei e sorri para ele, peguei em sua mão e o puxei para um abraço, meu coração já tomado de carinho por aquele garotinho lindo de olhos negros como a noite.

-O prazer é meu Taylor, sua mãe já lhe disse que você se parece muito com seu pai?

-Sim, você pode me contar um pouco sobre ele? - ele sorriu de volta.

-Claro que posso e Edward também - Edward sorriu para ele - eles eram grandes amigos no colégio.

-Legal, minha mãe me disse que eu tenho um irmão, como ele se chama?

-O nome dele é Derek, e ele é um pouquinho mais novo que você, mas tenho certeza que vocês vão se dar muito bem.

Eu, Edward e Taylor conversamos por muito tempo, sendo observados por uma Leah que definhava a olhos vistos, mas que estava tranquila. Ao nos despedir ela disse:

-Vocês são pessoas boas, muito obrigada por aceitarem Taylor na família de vocês, sei que ele será feliz. E eu vou poder ir embora em paz sabendo que ele será amparado e amado.

Eu a abracei deixando as diferenças de lado e sentindo pela primeira vez simpatia por Leah, apesar de todos os erros ela era uma boa mãe e para mim isso fazia toda a diferença. Edward se despediu  e ficou o tempo todo ao lado de Taylor, como um pai protetor, dando apoio enquanto ele se despedia da mãe. Uma cena tocante e muito triste, depois saímos abraçados do quarto junto de mais um filho, presente inesperado que Deus nos havia confiado.

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Nos instalamos em um hotel  depois de ouvir atentamente todas as recomendações de Summer e ela consentir em deixa Taylor conosco. Enquanto ele tagarelava com Edward, eu entrei em contato com Emmett, explicando tudo e pedindo que ele fosse nos encontrar em Phoênix, pois como meu advogado eu  queria que ele cuidasse de todos os trâmites legais por mim. Ele atendeu prontamente meu pedido, dizendo que chegaria na manhã seguinte.

Percebendo que Taylor já estava se dando muito bem com Edward, que por sua vez estava também encantado por ele, decidi que deixaria os dois no hotel e voltaria para passar a noite no hospital com Leah, fazer companhia a ela por algumas horas, que talvez fossem as suas últimas.

E naquela madrugada, enquanto eu segurava sua mão, Leah deixou este mundo serenamente e eu não pude deixar de chorar diante de mais uma vida que terminava tão cedo.

De manhã, eu dei a notícia a Taylor e ele se refugiou em meus braços enquanto chorava, e com muito amor eu o consolei e acalentei como só uma mãe sabe fazer.