“Querida amiga,

Depois de ter terminado de escrever para você eu fui dormir e...”

Acordei no dia seguinte ao som de Help, I’m Alive do Metric. Teria que ir para o colégio, argh. Fiz minha higiene pessoal, tomei um banho bem refrescante. Assim, que sai, coloquei uma calça preta florida, a camisa do uniforme, amarrei meu cabelo num rabo de cavalo alto e parti para aquele lixo. Caminhando. Ouvindo minhas músicas. Mas, do mesmo jeito ouvia as pessoas zombando de mim.

Chegando na escola, fiquei lá e aguentei muita gente falando de mim. O bom é que esse tempo que passei com o Oliver, indo para a clínica todos os dias me fizeram aprender a não ligar. E quando ouço começo a rir. Estranho.

Chegando em casa, fiz tudo que eu precisava fazer. Tentei arrumar meu quarto, não sei o motivo ao certo. E então fiquei assistindo American Horror Story no notebook enquanto conversava por mensagens de texto com o Andrew.

Ao acabar o episódio liguei a televisão e estava passando “Eu Sou O Número 4”. Adoro aquele filme. Principalmente, o Alex Pettyfer e a Dianna Agron.

Porém, acabei dormindo no meio do filme.

[...]

Acordei com meu celular tocando estridentemente. Era o Oliver.

– Alô!? – disse sonolenta

– Oi Car, acabei de ver que tava passando Eu Sou O Número 4 na televisão da clinica e lembrei de ti.

– Eu também estava vendo, porém dormi.

– Preguiçosa pra caralho.

– Cala a boca Oliver.

– Ei, vamos só nós dois pra minha cabana?

– NÃO. – pode ler sim, se quiserem.

– PÊ ÉFE.

– Que?

– Por favor.

– Nossa, Oliver, cala a boca mesmo. Meu Deus. – rimos

– Qualé, vamos comigo.

– Tá, mas quando nós vamos?

– Amanhã eu te busco. Bem cedo.

– Cedo? Você só pode estar brincando...

– Não. Mas e suas aulas?

– Foda-se elas. Eu reponho depois e passo de ano, rapidinho.

– Ok, eu te busco amanhã CEDO. – disse ele aumentando o tom de voz em “cedo”

– Tchau, gay.

– Tchau gostosa.

Ao desligar o telefone, desci na cozinha e comi tudo o que tinha na minha frente que era comestível. Estava faminta.

Depois de comer, usei mais um pouco a Internet e então fui tomar um banho bem refrescante. E então fui dormir.

[...]

No dia seguinte, ao acordar arrumei minha mala e fiquei esperando Oliver.

Depois de alguns minutos ele chegou, fui ao carro e ficamos a viagem toda em silêncio ouvindo Daniel Newman (Oliver era meio fã desse cara, sei lá... mas, às musicas eram muito boas!)

[...]

Ao chegarmos Oliver me empurrou e sussurrou em meu ouvido:

– Eu te quero. – ao terminar a frase eu o beijei.

Subimos para o quarto ainda aos beijos e transamos, praticamente, o dia inteiro. Foi quente... Gostoso... E excitante.

[...]

No último dia, nós tivemos uma pequena discussão.

– Car, eu te amo demais. Por favor, fica comigo.

– Eu não posso, Oliver. Estou tão confusa.

– Por favor...

– Desculpe-me.

“... Oliver virou e saiu da sala, triste ou bravo. Não posso ficar com ele. Não agora. Eu estou completamente confusa. Eu tenho que me acertar e só assim irei saber quem eu realmente amo. Oliver? Andrew? Ashley? Eu preciso de ajudo, Kristy. Por que diabos você me deixou? Se estivesse comigo nada disso teria acontecido. Volta pra mim e me ajude, por favor.”