Ressurgence escrita por Louiz Blakenin


Capítulo 15
Capítulo 14 - Em ruínas.




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Sobreviver, esta é a mágica.

- Vamos entrar.

Eles abriram a frágil porta de madeira, e de repente dezenas de flechas foram atiradas contra eles.

- Plasma Shield!

Blake formou um escudo de plasma, protegendo todos das flechas que se dissolveram ao chegar à proteção.

- Obrigado, Blake. É, eles foram bem inteligentes com as armadilhas. – falou Steve. – Vamos, tenham muito cuidado com o piso, esse lugar é bem perigoso.

Eles caminharam no que parecia ser um corredor. Não foram pegos por nenhuma armadilha, porém ao chegar no fim do corredor já ficaram em um impasse, pois tinha dois caminhos disponíveis. Havia uma placa de madeira na parede, indicando um enigma.

- O que é isso? – perguntou Matt.

- Um enigma, já na primeira parte... – respondeu Blake, analisando a placa de madeira.

- O que o enigma diz? – perguntou Lars.

Blake começou a ler.

Uma decisão vocês precisam realizar

Para a morte ou o prêmio abraçar

Em um lado chamas você encontrará

Enquanto no outro, o caminho continuará

Para prosseguir, responda a questão:

Você cairá na ilusão?

Eles olharam para os lados em que os corredores seguiam. Em um lado, estava uma mancha de sangue enorme um túnel que parecia ser muito mais obscuro. O outro parecia ser um palácio imperial com paredes de outro.

- Que porcaria é essa? – perguntou Lars, sem entender nada. – “Ilusão” Ah, me respeita. Vamos por ali. – ele apontou para a parte dourada.

Blake olhou novamente para os lados.

- Devo concordar com o Lars, aquele caminho parece ser muito mais seguro...

- Não, eu entendi o objetivo. Naturalmente, nosso impulso é escolher o corredor dourado, muito mais bonito que uma mancha de sangue na parede, porém é este o objetivo do enigma.

- Você pensa muito.

- Blake tem razão. – falou Steve. – O enigma fala de ilusões. O impulso é ir na parte mais bonita, mas aquilo pode ser pura ilusão e na verdade o caminho sombrio pode ser o seguro.

- Esses caras nem pensavam direito, eram um bando de primatas! – ele gritou. – Está óbvio...

Steve ignorou, e começou a caminhar pelo lado mais escuro. Matt os seguiu também. Ayla hesitou por um tempo, mas começou a caminhar com eles também.

- Idiotas...

Lars começou a caminhar para o outro lado, o imperial.

O grupo, que caminhava pelo assustador corredor escuro, começou a ouvir gritos do garoto rebelde.

- Gente, dêem uma ajudinha, por favor! – gritou.

- Fiquem aí, eu já volto. – falou Steve, correndo para o outro lado para socorrer Lars.

Ao chegar no outro corredor, ele viu lança-chamas tentarem queimar Lars, que continha o fogo com seus poderes.

- Me ajude a sair daqui! – gritou.

Steve o agarrou e deu um jeito de puxá-lo para trás, conseguindo retornar para a parte segura, olhando a parede de fogo que se formava do lado deles.

- Parabéns. – falou.

- Cale a boca.

O mentor riu. A dupla caminhou até encontrar o grupo, que estava parado no corredor escuro.

- Vamos continuar, não gosto daqui. – falou Steve.

Eles continuaram a caminhar. Enquanto isso, Ryan estava escondido em outra sala, assistindo toda a cena olhando por um buraco na parede. Um grupo de cerca de quinze pessoas estava com ele.

- Vamos indo. – falou Ryan. – Deixemos que eles façam o trabalho sujo por nós, e quando chegarmos ao objetivo, os matamos e ficamos com a pedra do selo.

Ele guiou seu grupo para a direção onde seus inimigos haviam ido.

O grupo continuou caminhando até acharem mais uma porta. A abriram, desta vez sem armadilhas. Eles caminharam, finalmente saindo do corredor escuro. Agora estavam em uma sala circular feita inteiramente de pedra com tochas iluminando o local.

Eles viram vários esqueletos com lanças e escudos no chão.

- Aqui tem alguma coisa para esse tanto de cadáveres no chão... – falou Matt.

- Fiquem atentos.

Eles caminharam pelo salão, e percebeu que não havia saída.

- Que ótimo... Um beco sem saída... – falou Ayla, desinteressada.

De repente, Blake pisa em um quadrado no chão. Linhas azuis aparecem no piso, cada uma sendo levada até um esqueleto.

Quando se viram, já havia cerca de trinta esqueletos em pé, prontos para atacar.

- Não sei o que isso significa, mas ataquem! – comandou Steve, e o grupo se preparou para destruir os esqueletos, que possuíam uma lança dourada e arco com flechas de madeira.

Os esqueletos tentaram atirar flechas contra seus oponentes, mas Blake formou um escudo em torno do grupo que os protegeu. O desfez, e cada um foi atacar um grupo das sombrias criaturas.

Blake tentou atacar um esqueleto, acertando seu braço um osso da costela. Porém, nada aconteceu, e a criatura tentou apunhalá-lo com sua lança. Ele rapidamente tirou sua espada das costelas do esqueleto, pulando para trás e escapando do golpe.

- Como nós os matamos? – perguntou Blake, gritando.

- Não sei, vamos tentar explodir o corpo deles! – respondeu Steve.

Blake e Matt obedeceram, e tentaram jogar projéteis de plasma em seus inimigos, mas os esqueletos eram ágeis e conseguia desviar dos ataques fatais.

- Mas que droga de tecnologia é essa? – perguntou Matt, irritado.

Ayla também tentava apunhalar os esqueletos com sua espada, mas nada acontecia. Ela começou a jogar paredes de vento para empurrar e pressionar eles contra uma parede, mas não dava certo, eles nem sequer se mexiam com cada tentativa.

- Molder! – gritou Steve, tentando jogar uma bola corrosiva de ácido em um esqueleto, e conseguiu acertar. Os ossos dele foram corroídos até derreter e sobrar apenas uma poça de ácido no chão. – Ácido funciona contra eles!

- Que bom, então mate eles! – gritou Lars, tentando queimar eles, em vão.

- Subam em alguma pedra, alguma coisa assim! Um lugar que seja alto!

Eles subiram em pedras grandes e estavam espalhadas pela sala, enquanto os esqueletos tentavam atacá-los com suas lanças e flechas.

- Acid Lake! – Steve fincou sua espada no chão, de onde começou a jorrar ácido. Um lago tóxico verde começou a ser formado, e alguns esqueletos foram atingidos, sendo corroídos até não sobrar nada. As pedras também começaram a ser corroídas, e Steve cessou o ataque, e o lago tóxico de ácido se desfez em pó. O chão estava derretido em parte, sem ácido.

Cerca de dez esqueletos sobraram na arena. Ele retirou sua espada do chão, e gritou:

- Se protejam! Deixem comigo!

Blake e Matt formaram escudos em cada um do grupo, menos Steve, que retornou a atacar os esqueletos. Cada golpe que ele acertava na cabeça dos esqueletos, seu crânio derretia enquanto o restante de seus ossos caía no chão, sem vida.

Não demorou muito para ele terminar o trabalho, aniquilando-os. Quando o último esqueleto foi morto, luzes azuis retornaram a surgir no chão, indo em direção a uma parede e a desfazendo, revelando mais um corredor.

- Vamos! – falou Steve. O grupo caminhou pelo corredor até chegar em uma porta de madeira.

Enquanto isso, Ryan os assistia, rindo.

- Bom trabalho, obrigado por fazer o trabalho... – falava, escondido com seu grupo. Ele continuou caminhando pela sala que antes tinha esqueletos, e os observou entrarem na porta de madeira.

A equipe chegou em uma nova sala. Ela tinha dezesseis pedras brilhantes espalhadas em forma de quadrado. Um pilar estava em frente a eles, com mais uma placa de madeira com escritos negros, revelando mais um enigma.

- Mais um desses... – falou Blake, cansado.

Steve o pegou e leu.

Em uma das pedras a chave para continuar está

Mas nas outras a morte você encontrará

Acerte a pedra de primeira

Ou morrerá nas chamas da fogueira

Para achar a resposta do enigma

Destrua aquela que é o paradigma.

- O que é paradigma? – perguntou Matt.

- Um modelo a ser seguido, algo assim. Temos de achar a pedra que é o modelo das outras, a original.

- Que templo mais chato... – respondeu Lars.

- Vamos ir vasculhando.

Os cinco foram olhando pedra por pedra para achar alguma pista. Algumas tinham rachaduras e expeliam Plasma azul, outras tinham apenas uma pequena lâmpada para passar a ilusão de ser iluminada, mas não achavam nenhuma que fosse um diamante puro.

- Mas que droga de enigma é esse? O que temos que procurar? – perguntou Lars, já irritado com aquilo.

Blake viu uma pedra normal, sem iluminação alguma, no centro do quadrado.

- Já entendi o enigma. As outras são pedras, porém com uma iluminação falsa. Essa aqui é o modelo, a pedra original, sem iluminação ou algo assim.

- Blake, tem plena certeza disso? Podemos morrer aqui.

- Vocês acharam um diamante azul puro?

- Não.

- Então essa é a resposta.

Blake, em um gesto arriscado, golpeou sua espada na pequena pedra, destruindo-a. Uma luz azul saiu dela, e a parede se abriu, revelando mais uma sala.

- De nada. – falou.

- Convencido... – retrucou Lars.

O grupo caminhou até a próxima sala, e finalmente viram a estátua - que media três metros de altura - de Arturo Itoll.

- Vamos pegar essa pedra e vamos embora logo! – falou Lars.

- ... Ou não. – surgiu uma voz atrás deles.

O grupo se assustou, e avistaram Ryan e seu grupo.

- Nos reencontramos! Olá, Blake Sword!

Ayla reconheceu seu rosto, e percebeu que era o assassino de sua mãe.

- Você! – gritou Ayla, encarando Ryan. – Eu vou te matar!

Ryan reconheceu a garota, lembrando de seu antigo assassinato.

- A filha de Rosie Melanie! É claro... Você cresceu bastante, vejo que sua mãe fez algo útil e colocou uma garota muito bonita no mundo... Mas ela era muito estúpida, tentou achar pistas de Darkan, e o fim dela foi merecido.

- NÃO OUSE FALAR DELA! – Ayla estendeu suas mãos e jogou paredes de vento em Ryan, que se tele transportou e reapareceu atrás dela, tentando golpeá-la. Porém Steve apareceu na frente dele e defendeu o ataque que atingiria Ayla em cheio.

- Eu sou seu adversário, Ryan.

- Tudo bem. – respondeu. – Ataquem!

O grupo de Ryan atacou, e iniciaram uma batalha no salão.

Blake e Matt batalhavam em dupla, enquanto Ayla dava cobertura, evitando que fossem pegos de surpresa. Lars tentava queimar todos, geralmente sem sucesso.

As espadas de Ryan e Steve se separaram, e os dois soldados se encararam.

- Ouvi falar bastante de você, Ryan Clyyn. Um assassino habilidoso, devo dizer.

- Obrigado.  Mas e nem te conheço, não posso falar nada, apenas dizer que você é muito feio.

- Ridículo. Vamos, me ataque.

Ryan começou atacando, e Steve facilmente se defendeu, tentando realizar dois cortes transversais com sua lâmina, todos os golpes desviados. O general de Darkan tentou desviar para o lado e realizar um corte lateral, porém foi interrompido com um chute em sua costela, caindo mais para o lado.

- Plasma Ball! – Ryan atirou uma esfera de Plasma vermelha, porém Steve conseguiu desviar e soltou um projétil de ácido em Ryan, que conseguiu fazer um escudo antes de ser atingido.

- Você é bastante ágil, devo admitir. – falou Steve.

Steve tentou atacar, mas teve sua lâmina desviada. Ryan tentou fazer dois cortes, mas Stewart recuou, escapando dos ataques. O general atacou novamente, mas o soldado de elite desviou e conseguiu golpear a mão que Ryan segurava a sua espada, fazendo-a cair.

- Argh! Seu filho de uma-

Steve fez um corte no ombro de Ryan, que caiu.

- Ayla, venha finalizar!

Ayla matou o soldado que batalhava, e caminhou até Steve, que olhava para Ryan.

- Por favor, não! – choramingava o homem.

- Justiça seja feita. – Ayla estava prestes a matá-lo, porém um estrondo foi ouvido. A estátua de Arturo de repente ganhou vida.

- Vocês invadiram meu palácio! – um megafone estava localizado na boca da estátua, que começava a andar. – Vocês devem morrer!

Ele apontou seu cajado para Blake e atirou uma esfera de Plasma azul, mas ele desviou do ataque. A esfera atingiu um soldado de Ryan, e foi suficiente para causar uma explosão que carbonizou o corpo de três soldados que estavam perto, matando a todos.

- Droga! – gritou Steve.

A estátua avançou contra Steve e Ayla, tentando os acertar com seu cajado. Eles desviaram, e a estátua pisoteou a perna de Ryan, que gritou.

- ARGH!

Itoll olhou para ele, e apontou seu cajado. Atrás dele, um soldado de Ryan atirou um projétil na cabeça da estátua, que olhou para trás. Lançou uma rajada de plasma que fez explodir cinco soldados em pedaços.

- Morram! – gritava a estátua, saindo de perto de Ryan e atirando projéteis em todos os lugares.

- Vou tentar acertar a pedra do selo! – gritou Blake, atirando um projétil no cajado da estátua, conseguindo acertar a pedra e fazendo-a soltar da ponta do bastão. A estátua, de repente, desmoronou sobrando apenas pedras. Matt pegou a pedra que caiu no chão.

- Vencemos! – gritou Matt. Ryan ainda jazia no chão, esperneando e praguejando.

De repente, o chão começou a tremer. Partes do teto começaram a cair.

- Essa coisa vai cair! – gritou Lars. – Vamos sair daqui!

- Não há tempo! Blake, Matt, formem um escudo!

Não houve tempo.

As paredes e o teto se racharam, e tudo começou a desabar. Tudo caiu, até sobrar apenas um amontoado de pedras.


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