Titanic - A Garota Congelada escrita por Camila Arroio


Capítulo 4
Capítulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

Oi! Voltei um pouco antes! o/ Agora é verdade. Não sei quando postarei o próximo capítulo, minhas aulas vão começar e eu estou com uma prima de RS aqui em casa, então vou estar corrida. Mas não vou deixar vocês na mão, prometo! Eu dou minha palavra. Quarta ou quinta, quem sabe. Mas depende de como estará meu tempo. Obrigada pela atenção! :D
Não se esqueçam dos comentários, fiquei muito feliz com os Reviews que recebi no outro capitulo! Sério mesmo, muito obrigada, vocês não tem noção do quanto isso é importante e me motiva a escrever mais e mais! Muito obrigada! :D
Sem mais delongas, aqui está o quarto capítulo.
Espero que gostem!
Boa Leitura.



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17 de janeiro de 2013 – 14:47 – A Caminho do Hospital Mount Sinai

 -Sério mesmo que as mulheres hoje em dia usam isso? – Melissa perguntou, tentando arrumar a calça jeans que a secretária de Klavy havia dado para ela.

 -Sim, ainda usam vestidos, mas não iguais os da sua época. – responde a secretária, Mandy, que estava no banco de trás do carro junto com a jovem.

 Melissa estava com uma calça jeans justa, escura e uma blusa branca com um casaquinho lilás, e nos pés uma sapatilha preta com um laço. Seu cabelo estava solto, mostrando suas belas madeixas castanhas escuro. A secretária que escolhera, e estava orgulhosa de si. Mas a moça estava um tanto quanto desconfortável com as roupas do mundo atual.

 -Senhoritas, chegaremos um pouco atrasados, aqui tem congestionamento.

 -Falou o motorista e guarda de Melissa.

 -Chegando antes das 16 horas, está ótimo. – respondeu Mandy.

 Já estavam á quase 15 minutos dentro do carro e Melissa não agüentava mais. Queria sair de lá logo.

 -Já chegamos. – falou o motorista estacionando o carro. A jovem deu um pulo do carro que assustou os seguranças, pensando que ela fugiria.

 -Não se preocupem, eu não sou desobediente. – falou a moça, revirando os olhos.

17 de janeiro de 2013 – 15:19 – Hospital Mount Sinai

 -Senhora Overight, a senhora tem visita. – falou a enfermeira, assim que entrou no quarto onde Madeleine estava.

 -É Melissa? – perguntou a velha, com um sorriso no rosto. A enfermeira concordou e logo em seguida um homem de terno preto, seguido de Melissa e mais um homem.  A velha Madeleine sentou-se na cama.

 -Por favor, não se levante. – advertiu a enfermeira.

 -Ah, me deixe. Só vou ficar sentada. – resmungou a velha e a enfermeira saiu.

 Os dois armários, quer dizer, guardas, ficaram cada um em um lado da porta. Assim que Melissa viu sua irmã, tão velha, assustou-se um pouco. Não acreditava que era mesmo sua irmãzinha. Tão diferente. Os olhos azuis de Madeleine estavam mais acinzentados, não iguais quando ela tinha sete anos. Ela era tão viva, odiava, mesmo pequena, ficar parada, estava sempre andando, brincando, e agora lá está a velha Madeleine, de cama, em um hospital e, provavelmente a beira da morte. Não era para Melissa estar vendo a irmãzinha tão velha, provavelmente, se tivesse sobrevivido ao naufrágio, Melissa já estaria morta.

 -Oi, minha irmã! – falou a Madeleine, dando um sorriso. Melissa sentiu seu coração apertar, Madeleine a chamava assim, sempre a chamou assim. Uma lágrima brota do rosto da jovem.

 -Oi Mad. – ela fala e se aproxima da irmã, a abraçando.

 Um abraço amoroso, de duas irmãs que não se viam a anos. Ambas saem do abraço e Melissa senta ao lado de sua irmã.

 -Você continua tão linda. Tão jovem. – falou Madeleine – Minha filha lembrava muito você, os aspectos físicos e o jeito. Sempre que olhava para ela me lembrava de você, minha irmã.

 -E como a senhora está? Como a senhora passou todos esses anos? – perguntou Melissa.

 -Eu fui morar com nossos avós. Quando completei 18 anos me casei com Felipe, um garoto que conheci logo após o naufrágio, no navio que nos ajudou. Tive três filhos, dois homens e uma mulher. Minha filha faleceu faz quase 20 anos. E logo depois meu marido. Eu sofri muito. Mas ganhei bisnetos, o que me animou um pouco. E, com 102 anos, eu vim parar aqui, nesse hospital. – a velha bufa – Você sabia que eles não me deixam levantar da cama? De jeito nenhum! – a jovem ri. Sua irmã sempre foi teimosa. – E você? Como está reagindo? Quando você acordou?

 -Acordei hoje mesmo. Pedi para vim te ver. – a menina ajeita novamente seu jeans – Bem, com as roupas eu não estou me dando muito bem, mas... – Agora foi a vez de Madeleine rir.

 -Você não mudou nada. Continua a mesma garota que implica com roupas por serem justas. – as duas riram.

 -Quando que te acharam? – perguntou a garota – Quando te acharam e te levaram para o navio que os ajudou?

 -Logo após você dormir. Uma luz veio no meu rosto e eu soltei sua mão. Foi aí que você...

 -Que eu afundei e me congelei? – completa a garota.

 -Sim. – a velha suspira. – Eu me culpava todos os dias por isso. Até acharem você no fundo do mar.

 A velha Madeleine para de fazer qualquer movimento. Apenas olha para a parede.

 -Madeleine? – pergunta a irmã. Sem resposta. – Mad? – a jovem toca a velha, que cai para o lado. – Mad! Irmã! Madeleine! – estava desesperada. – O que vocês estão fazendo parados aí, seu idiotas!? Chamem alguém! – ela gritou se referindo aos guardas.

 Um deles sai e logo em seguida um grupo de médicos aparecem e levam a maca em que Madeleine está. Melissa vai atrás, mas é impedida por uma enfermeira assim que eles entram em uma sala.

 Passam-se cerca de trinta minutos e nada. Nenhum sinal de médicos, ao menos as enfermeiras. Nada.

 -Senhorita Overight, nós precisamos ir. – falou um dos guardas.

 -Ir coisa nenhuma! Eu não saio daqui até receber noticias da minha irmã! – protestou a jovem, furiosa.

 -Mas nós só cumprimos ordens, e o Senhor Klavy falou para 16 em ponto estarmos de volta com a senhorita. – falou o outro.

 -Então o senhor Klavy vai ter que esperar, eu não vou sair daqui. – falou a garota, cruzando os braços.

 -Nós só cumprimos ordens. – falou o guarda.

 -Nós só cumprimos ordens! – imitou Melissa. – Se vocês só cumprem ordens, vão ter que cumprir as minhas. Eu não saio daqui enquanto não receber notícias de Madeleine. Ou vocês voltam sem mim, ou vocês ficam aqui e me esperam! Vocês escolhem! – ela estava muito nervosa.

 Os homens, que já estavam de pé, sentam-se nas mesmas cadeiras que estavam antes e suspiram.

 -Pronto. Viu? Foi tão difícil assim? – falou a garota se sentando.

 Mais 15 minutos se passaram, quando um médico chama Melissa.

 -E então? – pergunta a jovem.

 -Meus pêsames, Senhorita Overight, Madeleine não resistiu. Teve um ataque cardíaco e... Faleceu. – responde o médico.

 Melissa ficou paralisada, sentiu lágrimas involuntárias escorrerem por seu rosto. Ela vira a morte da própria irmã mais nova.

 -Co... Como assim? – perguntou a jovem, desacreditada.

 -Nós tentamos de tudo para reanimá-la, mas sem sucesso. – respondeu o médico, educadamente.

 A única coisa que ela queria fazer era fugir daquele hospital, na verdade, queria que nunca tivesse sido encontrada pelos cientistas e ainda estivesse no fundo do Atlântico, congelada.

 -Muito obrigada doutor. – falou a jovem, mas ao invés de sair normalmente, ela correu, correu o mais rápido que pudera.

 Melissa não voltaria para o laboratório, não mais. Ela não queria mais servir como cobaia. Passou pelos guardas correndo, um deles, Mark, a segurou pelo ombro, mas a jovem o empurrou com tanta força que ele caiu sentado novamente. Logo em seguida voltou a correr com os dois homens atrás dela, até a saída. A garota não sabia onde encontrara tanta força, afinal, os homens eram duas vezes maiores que Melissa. Ao sair do hospital, Melissa da de cara com um carro amarelo com um letreiro escrito Táxi. Entra dentro, e, ainda entre soluços, pede para o taxista levá-la para um restaurante em algum lugar movimentado, que, de acordo com seus pensamentos, evitará que a encontrem tão facilmente.

 Dez minutos dentro do carro e ela ainda estava sendo perseguida pelo carro preto no qual estavam os guardas.

 -Será que você conseguiria despistar esse carro preto atrás de nós antes de chegarmos no restaurante? – ela pergunta ao taxista. O homem, que aparentava ter uns 40 anos concorda e consegue despistá-los.

 Melissa não tinha certeza de nada, nem se conseguiria arranjar um lugar para dormir, e muito menos sobreviver naquele novo mundo o qual nada tinha conhecimento. Apenas sabia que nunca, jamais, voltaria por vontade própria para aquele laboratório para servir de cobaia.

 Melissa só percebeu que estava totalmente encrencada assim que o taxista a deixou na frente de um Mc Donald’s em uma rua super movimentada.

 -Senhora, deu 18 dólares. – falou o taxista, assim que a moça colocou os pés para fora do veículo.

 -O que? – ela falou, não lembrara que com certeza teria que pagar. – Ah! Só um minuto. – ela fingiu mexer nos bolsos de trás de seu jeans. Arregalou os olhos ao ver que tinha uma nota de 50 dólares dentro do mesmo. Aquele dinheiro não era seu, mas que se dane. A pessoa não faria falta do dinheiro mesmo. – Aqui. – ela entregou a nota e logo em seguida o troco veio. Ela usaria aquilo para comer algo.

 O taxista a deixou e a jovem adentrou no restaurante, que estava cheio.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Espero que sim! ^-^
Muito obrigada para quem está acompanhando minha Fic! :)
Não se esqueçam de comentar!
Tchau Cupcakes! o/o/