After He Returned escrita por Bárbara Marques


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mas um capítulo. Agora a tristeza e preocupação do Juan... Espero que gostem!



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Don Juan pov:


Quando a vi, quase não pude acreditar. Minha esposa no meio da floresta, amarrada, sangrando e inconsciente. Uma cena horripilante. Todos os meus sentidos de proteção já estavam ligados desde quando saí do restaurante, e vendo minha amada Doña Ana daquela maneira, fiquei cego. Minha primeira reação foi tomá-la em meus braços, tê-la na proteção de meu corpo. Ela parecia tão vulnerável toda amarrada e desmaiada. Eu não conseguia ver o local em volta de mim. Só via Ana e só queria envolver-me nela.

Levamos ela para casa. Ela ainda murmurava coisas. Pensava que estava morta. Em hipótese alguma eu permitiria que minha Ana nos deixasse, a mim e Anita. Quando eu me mexia embaixo dela, ela gemia baixo com alguma dor. Era frustrante, temeroso e assustador não saber o que haviam lhe feito. Mas eu não queria pensar nisso ainda. Só queria cuidar e proteger meu amor.

Quando chegamos em casa, fui direto ao quarto e coloquei-a em nossa cama. Ela estava suja de lama da floresta, sangue e suor, mas ainda assim, era a mulher mais linda do mundo. Don Octávio perguntou-me se poderia examiná-la e eu o permiti. Ele era um psiquiatra, mas tinha algum conhecimento em medicina.

– Juan, terei que ver de onde vem o sangue. Não parece vir das pernas dela. – Falou Don Octávio, pedindo permissão para ver as partes íntimas de Ana. Concedi e ele o fez.

Senti-me um pouco desconfortável, mas quando Don Octávio levantou o vestido de Doña Ana, sua expressão passou de desconforto à horror em segundos. Ele abaixou a saia do vestido e me pediu para pegar o kit de primeiros socorros que ele mantinha em seu carro. Sem questionar, eu fui até lá e o peguei. Nele havia gazes, álcool, ataduras e um monte de outras coisas que eu não reconheci.

Don Octávio vendo o desespero em meus olhos, contou-me o que tinha visto.

– Juan... A genitália de Ana sofreu uma série de cortes profundos. Muitos pequenos cortes, mas consideravelmente profundos. – Explicou ele enquanto eu tentava entender. – Ela perdeu bastante sangue, mas os cortes foram tão pequenos e as pernas dela estavam tão rígidas que estancou o sangramento. Mesmo assim é preciso desinfetar, limpar e tampar os cortes.

– Faça tudo o que deve, Don Octávio... – Eu disse automaticamente. Minha mente escureceu.

Mas que tipo de maníaco psicopata faria tamanha atrocidade? Que maluco seria capaz e teria uma mente tão distorcida para fazer isso? Cada um desses pensamentos que iluminavam minha cabeça me enfureciam totalmente. Pensar em alguém tocando sua doce e macia pele e danifica-la para sempre, me descontrolava absolutamente. Eu nunca havia sentido ciúmes ou algo do tipo. Mas em pensar que as mãos sujas e nojentas de algum maníaco tocaram a intimidade de minha esposa. Que alguém a machucou fisicamente. Que a raptou, amarrou-a e deixou-a em meio a floresta. Isso me deixava insano!

Antes que eu percebesse, já estava andando para fora da cabana. Precisava do ar puro e fresco da noite para me acalmar. Eu me sentia tão inútil. Minha Ana precisou de mim e eu não estava lá. Não a ajudei. Não a encontrei a tempo de impedi-lo, seja lá quem for. De repente tenho a terrível imagem dele cortando-a enquanto ela está inconsciente. Seu sofrimento e sua dor me invadem. É tão forte e intenso que eu não aguento. Puxo todo o ar em volta enchendo meus pulmões completamente e solto um grito alto, desesperado e angustiado. Deixando toda a minha raiva fluir para fora. Preenchendo o ar com toda a dor que eu sinto por minha esposa. Sento-me na areia á beira do mar com meus joelhos em meu peito e meus braços em volta das penas. Fecho os olhos e tento clarear a mente pensando em nossa Anita.

Não acho que eu conseguiria criar nossa Anita sozinho. Seria difícil demais. Ana era uma mãe maravilhosa. Cuidava de nossa menina com todo o carinho, paciência e amor que poderia existir. Anita era tão parecida com Ana. Os olhos azuis de Anita eram quase os mesmos de Ana, só um pouco maiores talvez. O nariz de Anita era igual ao de Ana e suas mãozinhas tão delicadas quanto as da mãe...

– Juan! – Grita Don Octávio, tirando-me de meus pensamentos. – Ana está acordada!


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo será a visão da Ana, já que ela acordou. ;) Obrigada por ler. =D



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