After He Returned escrita por Bárbara Marques


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais tensão galeraa!



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Doña Ana pov:

 – SOCORRO! PELO AMOR DE DEUS, ALGUÉM?! – Eu gritava com todo o ar de meus pulmões, mas ninguém respondia além dos animais da Floresta Di Eros.

Por algum motivo desconhecido por mim, minha virilha doía e ardia de forma incômoda. Minhas pernas estavam cobertas de sangue. Meu sangue?, eu me pergunto.

Minha cabeça doía demais e, por mais que eu me esforçasse, não me lembrava de absolutamente nada. Nada a não ser estar na estrada durante o entardecer e ouvir passos na floresta. Depois de ter virado e olhado em todas as direções e, de repente, nada. Mesmo agora, acordada, nada passava em minha mente além de Anita e Juan.

Eu só queria estar nos braços de meu marido e ter minha filha nos meus. Ver seu pequeno rosto se iluminar ao me ver. Beijar meu Don Juan e correr minhas mãos em seu cabelo negro.

 O desespero volta forte como uma onda na tempestade e eu me contorço sob as cordas que me prendem e me impedem de fugir. Quando me mexo, minha virilha realmente dói e eu gemo com a dor. O que fizeram comigo? Quem fez isso? Por que fariam isso?, minha mente forma as perguntas. Quando rolo minha cabeça, ela lateja incomodamente.

A floresta está um breu. Já era noite e minhas esperanças se esvaindo com o tempo.

 – ALGUÉM ME AJUDE! POR FAVOR! SOCORRO! – Eu grito em vão e minha voz falha. Agora minha garganta dói. Gritei por tempo demais.

Sem esperança, sem força, com as dores de meu corpo me entorpecendo, não posso mais fazer nada. Ninguém ira me encontrar aqui e a essa hora e eu não consigo mais segurar minha angustia e as lágrimas se formam e escorregam sobre meu rosto copiosamente. Rendendo-me, meus pensamentos me apavoram e me magoam.

Não verei minha Anita crescer. Não a ensinarei a andar de bicicleta para ir ver Doña Lucinda no escritório de Don Octávio. Não segurarei sua mãozinha quando for para o Ginásio. Não a ensinarei a viver. Nunca mais ficarei presa em seus olhinhos azuis como o mar. Ver o brilho de sua pele bronzeada sobre o Sol. Ouvindo-a dizer “Mamá!” com seu sotaque derivado de seu pai Juan.

Ah, Juan! Meu amado e querido marido. Sei que ele vai conseguir criar nossa menininha sem mim. Ele é forte suficiente para tanto. Sinto muito não poder ter a eternidade que prometi compartilhar com você. Eu o amo tanto. Não poder mais beijar-lhe, tocar-lhe. Sentir o cheiro de sua pele quente, seus cabelos. Perder-me na profundidade de seus olhos. Ouvi-lo dizer que me ama. Oh, eu também te amo, meu amor. Cuide de nossa Anita e esteja sempre ao seu lado.

O cansaço e o torpor me invadem e me sinto puxada de volta a escuridão. Antes que eu caia na obscuridade, meu cérebro brinca comigo quando vejo luzes e ouço passos e vozes ao longe. E então, eu adormeço.

Não estou totalmente acordada. Não consigo focalizar algo específico. Sinto-me leve, mas minha cabeça e virilha doem muito. Não estou mais amarrada e sinto onde as cordas estavam. Viro a cabeça e vejo um rosto embaçado. Tem cabelos longos até o pescoço, nariz reto e pele morena. Sinto seu cheiro. Conheço esse cheiro.

— Ju... – Minha voz falha pela fraqueza e dor. Mas tento novamente. – Juan...?

Sinto que ele para, vira a cabeça na minha direção e nos abaixa. Isso leva pontadas à minha virilha.

— Dios mio! Ana. Ana, mi amor. – Ele fala com alívio e desespero ao mesmo tampo.

Não acredito. Sei que é um sonho. Eu estou morta e este é o céu. Os braços de meu Juan. Sem dúvida estou no céu. Seu cheiro de praia me invade.

— Eu. Te. Amo. Juan. – Pronuncio cada palavra com uma lufada de ar. – Me. Perdoe... por estar. Morta.

Abro meus olhos e consigo ver seu belo rosto não mais embaçado.

— ¿Qué? – Confusão passa por seus olhos. – Mi amor, tú no estás muerta. Está viva y conmigo.

— Juan, vamos. Ela não parece nada bem, meu amigo. Temos que leva-la para casa. – Don Octávio diz e antes que eu possa considerar algo, a escuridão me envolve novamente. "Ana!"


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Notas finais do capítulo

Traduções:
Mi amor, tú no estás muerta. Está viva y conmigo.: "Meu amor, você não está morta. Está viva e comigo.



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