Já era tarde da noite, o tempo estava frio e nublado. Uma pequena chuva de verão estava para acontecer, o silêncio nos becos da antiga cidade central é quebrado quando inúmeros sons de passos são ouvidos. Uma garota, aproximadamente 19 anos, cabelos negros e olhos castanhos escuros, corria por entre as ruínas, vez ou outra olhando para trás. Parecia divertida com aquilo, mas atrás dela havia quatro homens, com coletes e armados.  A garota virava em toda ou qualquer viela e curva que encontrava na esperança de despistar seus perseguidores, mas infelizmente o som de seus passos a condenava, o lugar estava abandonado há meses e nenhum barulho além dos passos era escutado a distâncias. Então ela não viu alternativa, correu o mais rápido que pode, olhando para trás, viu que eles haviam a encontrado e um deles tentava mirar a arma para atingi-la. Ela não teve escolha, com um movimento firme das mãos, ela golpeou a parede com o punho e alguns dos tijolos da parede se moveram, mudando suas posições. Ela escalou usando os tijolos e eles tornaram a mudar voltando a sua posição normal. Os homens olharam para cima a ponto de ver a menina terminando de subir no prédio, um deles ligou para alguém avisando que a menina subiu nos prédios e tentaram procurar um meio de entrar no prédio e subir. A garota estava no terraço do prédio procurando algum meio de sair dali, mas o sorriso de diversão não deixava seu rosto, até que um helicóptero pequeno apareceu cortando os céus da noite com um canhão de luz apontando o topo dos prédios. Assim que a encontraram, ela estava respirando fundo, os olhos estavam fechados, mas o sorriso não saiu do rosto dela. Ela começou a mover dos braços lentamente, posicionou as pernas no chão, fechou as mãos, e as moveu rapidamente para baixo, o chão de concreto tremeu, ela pisou forte com o pé esquerdo no chão e um pedaço de concreto se soltou e levantou, então com uma das mãos, golpeou a pedra arremessando a rocha em direção ao helicóptero, arrebentando uma das hélices e o fazendo cair na rua. Uma das portas do telhado abriu, ela novamente se movimentou, pisou firme no chão e uma parede de concreto se levantou na sua frente parando os tiros disparados contra ela.

Ela entrou deu alguns socos na parede, e pedaços de rocha se desprenderam da parede e foram com uma rapidez incrível ate os atiradores, perfurando seus corpos e os arremessando para trás. Ela olhou para os lados, correu rapidamente em direção à beira e saltou, assim que o último dos homens chegou ao telhado, à chuva havia começado. Ele só viu os estragos causados, mas a garota havia desaparecido.