Desde Que Eu Te Conheci escrita por Lady Lynx


Capítulo 2
Se conhecendo...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem mil vezes pela demora,
Muito obrigada pelos ótimos (e vários) reviews



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Mais uma vez o despertador toca. Só que desta vez ela queria se levantar. E fez isso rápido. Assim que ouviu o som dele. Abriu os olhos e sentou na cama. Viu a luz vindo da janela e sorriu.

Aquele dia tinha tudo pra ser bom.

Muito bom.

Graças aos conselhos de sua amiga, ela havia criado coragem para falar com ele. E já sabia ate o que fazer pra deixar as coisas mais fáceis.

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Assim como no dia anterior elas chegaram e se sentaram com Susan na primeira fileira.

Desta vez Susan e Rita prestaram mais atenção na palestra mas não deixaram de notar como sua amiga estava nervosa.

Assim que o telão atrás da bancada escureceu, todos aplaudiram e novamente Grissom foi cercado por estudantes com algumas duvidas. As duas olharam para Sara que mesmo sem se mexer percebeu que elas estavam esperando que se levantasse.

Ela as arrepiou.

RW: Cof cof... - Rita a olhou com uma cara de quem esta prestes a rir.

SS: E-eu vou esperar essa multidão... Sair dali...

RW: Escuta, eu acho que...

Quando Rita ia protestar, Susan se levantou – Você não acha nada. – Pegou rita pelo braço a fazendo se levantar também. – vamos Rita, a Sara sabe o que fazer.

As duas saíram andando por meio das cadeiras e Sara as acompanhou com o olhar. Assim que se virou viu apenas três alunos perto de Grissom.

Levantou-se.

Pegou suas coisas.

Suspirou.

Era agora ou nunca. Foi se aproximando devagar e quando cruzou caminho com os outros estudantes, memorizou o que tinha que dizer.

Subiu os poucos degraus da escada e ficou frente a frente com ele.

Ou seria, frente a costas.

Deu mais um passo e respirou fundo.

SS: Oi, é...

Ele se virou e a encarou.

Foi aí que ela se tocou de algo que não havia reparado.

Ele era bonito. Muito bonito.

Seus olhos eram do azul mais profundo que já vira, seus cabelos eram negros e encaracolados, seu rosto era perfeito e apesar de estar com os braços cobertos ela podia ver como ele era forte.

GG: Gil Grissom, sou eu – ele estendeu a Mao a ela que se aproximou mais e também estendeu a sua a ele. – Posso... Ajudar em alguma coisa?

SS: Sim, é... eu...

XX: Gilbert! Como vai explicar isso?

Eles se viraram e viram uma mulher que parecia ser mais velha que ele segurando um tipo de moldura de quadro, grossa, com uma aranha empalhada e bem centralizada nela. (Inner: Notas finais.)

GG: Deixe na minha sala, eu cuido disso depois. – ele colocou seus papeis numa pasta e virou-se para Sara.- podemos conversar em outro lugar? Me parece que ale não vai largar do meu pé hoje.

SS: É claro! – ela respondeu sem pensar, por impulso e sorriu de nervosismo. Agora era tarde, já havia aceitado o pedido. – Bem, é... onde você... quer ficar?

GG: Tem um café há duas quadras daqui, se não me engano, podemos ir até lá, eu te pago alguma coisa, o que acha?

SS: Tudo bem. – agarrou seus livros e o seguiu.

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Ao abrir a porta do café , um som de um sino tocando ecoou por todo o lugar. Todas as pessoas olharam para a porta e encararam os dois.

Eles entraram e se sentaram em uma mesa ao lado da janela, com só dois lugares. Grissom colocou sua pasta ao seu lado e ergueu o braço chamando a garçonete.

G (garçonete): o que vão querer?

GG: Dois cafés por favor, um simples e um... – ele olhou para Sara para que La continuasse e dissesse o que queria em seu pedido.

SS: Dois cafés simples. – não queria que ele pensasse que ela ia aproveitar e pedir algo caro já que ele ia pagar.

A garçonete foi buscar os pedidos e ele continuou.

GG: Então, você tem alguma dúvida, alguma pergunta?

SS: Sim, eu não entendi bem umas coisas sobre antropologia... (Inner: Notas finais).

GG: Claro, eu posso explicar. – ele pegou as xícaras que a garçonete trouxe e deu uma para Sara.

O tempo todo ela olhava pra ele, não que estivesse atenta ao que ele dizia, na verdade, as duvidas de antropologia eram uma desculpa. Ela estava mesmo era “viajando” naqueles olhos tão azuis... Até que ele terminou a explicação.

GG: Bem, é isso. Mais alguma pergunta? – ele levou a xícara de café aos lábios e notou que aquele era o ultimo gole.

SS: Não, era só isso, muito obrigada. – ele pediu a conta e quando a garçonete levou as xícaras ele notou que ela não havia nem tocado no seu café.

Ele se levantou e os dois saíram. Ainda na porta ele notou que ela estava um pouco perdida.

GG: Você... vai pegar um taxi? Eu vi que você sempre vai embora com sua amiga.

SS: Bem eu acho que sim... – ela parou um pouco e pensou, como ele sabia que ela ia embora com a amiga? Eles só ficavam no mesmo espaço durante a palestra, nada quanto a entrada.

Seus pensamentos foram interrompidos pela pergunta que ele fez. Com certeza era A pergunta.

GG: Quer que eu te leve pra casa?

Ela engoliu seco. Tinha acabado de praticamente ter um encontro com um homem que conheceu naquele mesmo dia, que era seu professor e que queria dar uma carona até sua casa!

Ele notou o seu olhar angustiado e achou que ela não ia responder.

GG: Sara?...

SS: Eu aceito.

GG: O quê? – ele entendeu errado por que ela tinha dito aquilo. Na hora pensou em uma coisa bem diferente...- aceita o quê?

SS: Pode me levar pra casa.

GG: Ah sim, venha, meu carro está no estacionamento. – Ele estendeu o braço para ela, que sorriu e segurou o dele. Ela havia notado a expressão dele quando ela disse “eu aceito”. Se soubesse teria dito somente “sim” para o convite dele.

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Assim que chegou ao seu apartamento, ele desceu do carro e abriu a porta para ela, segurando sua mão. Ela sorriu com aquele gesto.

A acompanhou até a porta e no caminho pegou uma rosa que estava em um dos arbustos, retirou alguns espinhos e lhe entregou.

GG: Rosa Gállica, ou simplesmente rosa vermelha. – ela corou. Sorriu e pegou a rosa da mão dele. – eu... acho que isso termina aqui... Te vejo amanhã na palestra.

Ele se virou para ir embora, mas ela não deixou.

Como num impulso segurou o braço dele, que se virou de repente. Ela, muito depressa colocou a mão em seu ombro e o beijou. Não como um simples beijo, era um beijo com muitos significados. Ela ficou com os lábios colados aos dele, até que ele se deixou levar e tocou o rosto dela.

Depois de um tempo sentindo aqueles lábios que a pouco tempo conhecera mas que já era apaixonada, ela se soltou.

Ele era mais alto do que ela, então ela teve que ficar na ponta dos pés. Se afastou ainda de olhos fechados, e quando os abriu notou que ele a encarava espantado.

“o que é que eu tenho na cabeça!” – pensou enquanto andava mais pra trás.

SS: G-gil, me de-desculpe eu não, não queria... – se afastou bem mais.

GG: Sara, é... é que... – ele também gaguejava enquanto a seguia.

SS: Gil eu não devia ter feito isso, me desculpe, eu... – ela parou e olhou para ele.

Depois daquilo não teria coragem de falar com ele de novo, estava muito envergonhada.

Ele estranhou a situação, mas não quis que ela ficasse triste. Queria explicar para ela porque aquilo não poderia ter acontecido.

Ainda olhando em seus olhos tão azuis, não lhe restou outra opção.

SS: Me desculpe por isso. – mas um único passo pra trás e ela empurrou a porta e entrou na casa.

Ele ficou ali do lado de fora, paralisado. Não sabia porque mas sentia que aquilo já havia acontecido. Não o fato de uma aluna lhe beijar, mas o fato dela ter lhe beijado.

Do lado de dentro, ela havia jogado suas coisas no chão e estava sentada agarrando os joelhos encostada na porta.

“como eu fui burra, estava indo tão bem...”

Foi ai que ela viu a rosa.

Saiu do lugar e a pegou junto com suas coisas no chão.

A cheirou.

O perfume era ótimo.

Olhou mas uma vez pra ela e se lembrou dos olhos azuis que acabara de deixar do lado de fora, muito confusos.

Ainda estava triste por ter feito aquilo, sabia que era errado, agora teria que enfrentar as consequências de dar em cima de seu professor.


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Notas finais do capítulo

Confirmação das dúvidas de antropologia de Sara no episódio 8x02 “À lá carte”, cena final.
E aquela aranha! A irritante aranha da sala do Gil, deve ter mais participações na série do que a própria Lady Heather!

Referências ♥