Cheguei em casa e minha mãe não estava... Fui direto para o banho. Quando sai do banheiro foi direto para a cama e fiz umas atividades que meu professor de História, o Sr. Mason passou e fui dormir. Até que não tinha sido tão ruim assim né?

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E se passaram dias e dias e nada de interessante aconteceu, eu acordava, sentava sempre na mesma mesa, eu não me dou tão bem com eles, mas tenho me aproximado bastante de Jack, aquele garoto de cabelos lisos, pretos, que estava sentado no fundo no primeiro dia de aula sempre fica me observando, ou melhor, encarando, mas ele não encara com nojo ou ódio como fazia com Potter... ele apenas olhava, o que era bem irritante. Voltava pra casa, as vezes lia, ou ficava no computador, fazia as atividades que seus professores davam e ia dormir.

Com o passar do tempo comecei a gostar um pouco de Dylan, um menino do 3 ano, mas não era da turma, mas nada muito certo, só achava ele lindo mesmo, resolvi esperar até segunda pra contar pro Jack, pois agora eu sempre contava tudo pra ele, até cheguei a contar sobre a morte de meu pai, mas preferi não tocar no assunto do sonho.

Cheguei na sala de aula em cima da hora, todo mundo ja tinham entrado, me sentei no meu lugar de sempre, na fileira do canto direito, ao lado de Luana. Passou a aula de Geografia com Sra. Brukes, a de Ciências com o Sr. Brown, a qual eu mandei um bilhetinho para o Jack "preciso fala com vc, no intervalo a gente vai pro patio ta bom?" e ele me respondeu com um "ta, to curioso"

Depois da aula Matemática com a Sra. Darbs, finalmente chegou a hora do intervalo, fui até o pátio e esperei por Jack, que chegou poucos segundos depois.

– e então o que você tem pra me falar? - perguntou ele impaciente.

– ah, sabe o Dylan? então...

– você gosta dele?

– é... quer dizer, não sei, talvez...

– então não olhe pra trás!

– porque? - disse virando pra trás

Dylan estava beijando uma garota.

– mandei não olhar pra tras

– falar isso é a mesma coisa que dizer "OLHE PARA TRAS"

– NÃO GRITA COMIGO QUE EU NÃO SOU TEUS ESCRAVO NÃO MOCINHA! - fiquei encarando ele com uma sobrancelha levantada - mentira, sou sim mas não grita comigo!

–ta, desculpa....

só tem uma coisa que eu notei: acabei de ver Dylan beijando alguem e eu não senti nada... é, acho que não é nada mesmo...

– tudo bem - falou Jack com cara de pena

– porque ta me olhando com essa cara? eu não gosto dele!

– mas você acabou de dizer que...

interrompi ele.

– NÃO! eu disse talvez.

– ESSE SEU TEMPERAMENTO É COISA DE OUTRO MUNDO

Eu ia retrucar quando aquele menino, aquele que fica me encarando, como é mesmo o nome dele? Severus Snape? aparaceu.

– ah Lily eu preciso fala com você...

– comigo?

– com ela? - se meteu Jack

– é, pode me dar licença?

– ta bom... eu acho, to de olho em você hein! Sem gracinhas com a ruiva aqui ok? - falou Jack em tom de desconfiança... e saiu.

– o que você quer? - perguntei direto.

– não precisa ser tão antipática

– você foi pior comigo quando eu tentei falar com você lembra?

– lembro - ele baixou a cabeça olhando para os pés - desculpa

– o que você quer? - repeti

– eu venho pensando, te observando, e lembrando daquele dia... fiquei curioso com uma coisa, qual personagem de qual livro eu te lembro?

– lembraVA

– qual?

– Charlie de The Perks of Being a Wallflower.

– ah. isso é bom?

– ERA bom.

– ta, continuando... você foi a primeira pessoa a falar comigo, a primeira a não me ignorar nessa escola, a primeira a parecer se importar e se interessar, se eu pudesse eu voltava no tempo, pro dia em que você foi falar comigo, eu não te trataria daquele jeito e aposto que seriamos grandes amigos.

– será mesmo Severus?

– eu tenho certeza. - ele deu um sorrisinho nervoso - mas eu não dei valor aquelas palavras, tudo poderia ser diferente né?

– talvez...

– e eu só queria que você soubesse que eu te amo.

– você o que? - GENTE MEU DEUS NINGUEM NUNCA DISSO ISSO PRA MIM E ELE PARECIA SER ALGUEM TÃO INCAPAZ DE AMAR.

– você ouviu.... - disse baixinho, olhando novamente para o chão.

– ta mas... você nem me conhece, como pode "me amar"?

– eu simplesmente a amo.

– ah ok. vá iludir outra pessoa ta bom?

– não é ilusão, é que

não deixei ele terminar de falar, eu sai dali em direção ao refeitório, enquanto ouvia ele chamar meu nome. Fui direto para a mesa onde eles estavam....

– o que ele queria? - perguntou Jack logo que me viu

contei tudo pra ele e a reação deles foi bem engraçada... ele começou a rir, só que rir muito, e ficou fazendo piadinhas em relação a isso, mas tudo bem.

Lá pelo meio do ano, aconteceu uma coisa, que mudou bastante minha vida, bom, ouve algumas discussões entre meu grupo de amigos e eles acabaram se separando. Liv tinha começado a namorar Brian a algumas semanas, mas acabou brigando com Debbie por ciumes, foi uma briga e tanto, dava pra ver o ódio nos olhos delas. Brian acabou terminando com Liv, porque tudo aquilo era ridiculo... e realmente era. Debbie saiu de nossa mesa, levando Elsie e Ash junto, naquele mesmo dia Brian e Jack sairam, eu fui junto, Jenni também.

Mas isso, não mudou muita coisa, a mudança começou quando Brian e Jack resolveram se sentar com Remus, Sirius, Peter e James. Jenni concordou. Eu não. Eles viviam me atormentando, fazendo piadinhas com a cor do meu cabelo, minha altura e eu não suportava eles, bem... eu gostava de Remus e não tinha nada contra Peter, mas Sirius me irritava e James... ele me irritava, ele me tirava do serio mais que qualquer pessoa nesse mundo, em pensar que um dia eu achei ele legal me causa nojo.

QUATRO MESES DEPOIS

– ta vendo aquela ali de jeans claro? - perguntou Sirius a James - ja peguei e não recomendo.

os dois riram.

Brian e Jack estavam conversando.

Peter tentava participar da conversa de James e Sirius mas sem sucesso.

Jenni, Remus e eu estavamos brincando de STOP.

– nome? - perguntei.

– Simon - respondeu Remus.

– Samanta e você Lily? - disse Jenni.

– Samara! uuuuhhh

– depois que a Samara puxar teus pés de noite não reclama. - disse Jenni.

Remus riu.

– não tenho de filmes de terror. - falei.

Potter se meteu.

– duvido você não ter medo! aposto que fala isso mas deve gritar o filme inteiro, e ficar agarradinha no namoradinho.

– não sou dessas.

– quer fazer uma aposta de que não vai nem tocar em mim durante o filme?

– apostado. Quando?

– hoje. a noite. esteja na minha casa 1:30 pro filme terminar as 3 horas.

– o que eu ganho com isso?

– você escolhe.

– não fará mais piadinhas sobre minha altura, nem a cor dos meus cabelos, me chamara de Lily, e não ruiva.

– que exigente, mas se eu ganhar, eu quero um beijo.

– fechado. você vai perder Potter! - e sai de lá.

Quando cheguei em casa, minha mãe não estava lá, mas no fim de tarde ela chegou, e eu a pedi se podia me levar a casa do Potter.

– Onde é?

E ai que eu me liguei, eu não tinha o endereço dele. Eu podia simplesmente não ir, e explicar amanhã que não fui por que não sabia onde era a sua casa, mas eu sou uma pessoa muito orgulhosa, eu disse que estaria la, e eu vou. Eu vou provar a ele que não irei nem piscar durante o filme.

Liguei pra ele.

– Oi, é a Lily

– Ruiva? desistiu né?

– nada disso, eu não sou de desistir

– como você tem meu número?

– você me passou

– mas você me disse q tinha jogado fora

– não lembro de ter dito isso

A verdade é que eu lembrava sim. Um dia, James estava flertando comigo, e ele disse "pode me ligar quando quiser" e me deu um papel pequeno, com seu numero de telefone escrito a mão. Por um minuto eu pensei "ó, ele esta dando o numero dele pra mim" mas ai eu pensei, bom, se ele tem papeis escrito seu numero, ele deve dar para todo mundo por aí. Então eu disse que nunca iria ligar para ele, que eu ia jogar no primeiro lixo que visse pela frente. Ele olhou um pouco assustado pra mim. E eu sai de la, passei por vários lixos, mas continuei segurando o papel, ele amassou e ficou um pouco molhado de suor, sempre que to irritada ou ansiosa, minhas mãos suam. O problema é que eu não conseguia me desfazer dele. E aqui estou eu... ligando para James Potter.

– você não mente bem, ruiva.

– hum, enfim... eu não sei seu endereço Potter.

– me chame de James. E não precisa, passa o teu que eu te busco ai.

– tudo bem... POTTER

ele riu. eu passei meu endereço pra ele.

fui ler Lolita e acabei me distraindo, quando percebi era 23:47

Terminei de ler o capitulo e fui direto pro banho, me vesti com uma calça preta e uma blusa de manga comprida branca e preta dos beatles.

Ele chegou 3 minutos antes. Minha mãe já estava dormindo. Eu desci as escadas e entrei no carro.

– Boa noite ruiva - disse me olhando dos pés a cabeça.

– oi Potter - disse em um tom de tedio.

– é James pra você - ele falou, e deu um sorrisinho de canto.

– é Lily pra você - falei sem olhar pra ele

– ok, Lily - respondeu de uma maneira grossa

e eu não sei por quê mas aquela frase foi como um soco no estomago.

eu ignorei.

ele ligou o rádio, quebrando o silencio.

Quando chegamos me dei de cara com uma casa muito, muito grande mesmo.

– wow - disse

– pode entrar - ele disse abrindo a porta

eu entrei. a casa dele era realmente bonita, entramos e temos uma sala de recepção, com poltronas e uma mesa ao centro, ao entrar na sala vi almofadas pelo chão, arrumadas uma do lado da outra, cobertores dobrados em cima do sofá, pipoca, tinha um dvd perto da tv.

– você preparou tudo - comentei impressionada

– é... eu sou demais não sou? quer uma coca?

Fiz que sim com a cabeça e ele entrou em um lugar que devia ser a cozinha.

A casa dele tinha 3 andares, e era bem aconchegante. Não era aquelas casas que você sente que tem que sentar no sofá de perninhas cruzadas sorrindo e acenando, era o tipo de casa que você tem vontade de rolar no tapete.

Olhei o dvd. O nome do filme era Ilha do medo, parecia ser bom, mas já ouvi dizerem que esse filme da medo, e eu não quero perder a aposta. Eu não quero beijar James.