Antes De Panem escrita por Leila Edna Mattza


Capítulo 11
The Battle of Camp Half-Blood


Notas iniciais do capítulo

Sentiram minha falta? Hum, acho que vocês só queriam o capítulo, mas tudo bem. Gente, os leitores que tem histórias que EU acompanho, vejam se postam logo, tá?
Boa leitura!



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Fazia oito meses que Percy não visitava o Acampamento Meio-Sangue. Ele se lembrava do aroma dos campos de morango sob o sol quente de verão, fogos de artifício iluminando a praia nas comemorações do Quatro de Julho, sátiros tocando flautas à noite ao redor da fogueira, do barulho do martelar nas forjas dos filhos de Herfesto... e um beijo no fundo do lago. Mas agora tudo o que via era um grande tumulto de semideuses desesperados, para lá e para cá, ajustando armaduras, polindo espadas, preparando os escudos... todos na expectativa de uma batalha. E essa luta, finalmente aconteceria.

Percy observava tudo, montado em Blackjack, muito acima do chão. Logo abaixo dele, escondidas pelas árvores, a Quarta e a Quinta Cortes estava de armas levantadas e esperavam uma ordem de ataque. Na base da Colina Meio-Sangue, a Primeira e Segunda Cortes armados com balistas-escorpião, sob o comando de Octavian. Um pouco acima da Praia dos Fogos, a Terceira Corte inteira estava montada em águias gigantes, sendo liderada por Reyna. Seria uma ataque e tanto.

É claro, que Octavian não seria a primeira escolha dos pretores, mas afinal ele era o centurião da Primeira Corte, e se o deixasse falar, todos obedeceriam. Ele já poderia ter o controle de Roma, mas era leal a seus pretores, por mais que quisesse o poder.

Havia sido uma longa viagem de quase uma semana, até Long Island. Arion, o cavalo mais rápido do mundo, de Hazel, havia ajudado. As águias também, com mais alguns cavalos do Acampamento Júpiter. Tinha demorado, mas sua demora deixava os gregos mais confiantes de que fosse demorar ainda mais, ou, para alguns, que nunca atacariam. Chegaram no meio da madrugada, quando os únicos acordados no Acampamento Meio-Sangue eram os semideuses que fariam uma patrulha noturna, em turnos.

Os romanos poderiam atacar naquele momento, enquanto os gregos ainda estavam se preparando, mas não era covardes. Atacariam quando estivessem prontos. Os romanos eram orgulhosos, e seus pretores, mais ainda. Eles sabiam, por mais que não conseguissem evitá-lo, que o orgulho é muito perigoso.

Quando a última armadura grega foi colocada, a Quarta e a Quinta Cortes deram um alto grito de guerra:

Senatus Populusque Romanus!

Da floresta irrompeu pelo menos quarenta jovens semideuses de armadura romana, para a surpresa dos gregos. Por um momento, ficaram estáticos, sendo despertados por um barulho estrondoso. Se viraram para a Colina Meio-Sangue, onde viram meia dúzia de balistas-escorpião e vários jovens de armadura romana. Então ouviram gritos de águias, e viram, vindas da Praia dos Fogos, dez águias gigantes e castanhas, com duas figuras montadas em cada uma.

Ninguém do Acampamento Meio-Sangue conseguia acreditar no que estava vendo. Haviam sido pegos na pior das enrascadas. Tudo aconteceu bem debaixo de seus narizes! Alguns saíram correndo para ao encontro de seus "inimigos", algumas filhas de Afrodite começaram a jogar o pior perfume da face da Terra nos romanos, videiras cresceram ao redor de suas pernas.

O problema, é que não eram apenas os filhos de Deméter e Dioniso, que usavam seus poderes. Em algum outro lugar nos Estados Unidos, um vulcão entrava em erupção. Em outros lugares, terremotos enormes, incêndios, tsunamis , furacões, tempestades de raios e relâmpagos... tudo isso junto, devastando a América do Norte.

É claro, Gaia ajudava. Abismos se abriam, montanhas ruíam. Mortais desesperados, correndo para todos os lados, em busca de salvação. Alguns não conseguiram sobreviver...

Mas voltemos para a batalha. A habilidade dos campistas, tanto gregos, como romanos, era muito grande. Muitos se feriram, alguns, gravemente, mas depois de horas de luta, não houvera nenhuma morte.

Annabeth corria entre os outros semideuses, batendo, de vez em quando, seu escudo na cara de alguns, que rodavam um pouco antes de cair desacordados. Pelo menos três das dez águias gigantes tentaram pegá-la com suas garras. Porém, não conseguiam ao menos vê-la. Isso mesmo, ela estava usando o boné de invisibilidade dos Yankees, desviando de golpes mortais, e acertando meio-sangues que não poderiam enxergá-la.

Mas Percy já conhecia esse truque. Procurava o menor sinal de movimento na paisagem, algo que não deveria se mexer. Então viu. Uma agitação nas folhas, alguns metros dali.

Um movimento! Estava a apenas três metros dele, se aproximando. Desviou-se no mesmo momento que uma cabeleira loura surgia do nada, e se jogava em sua direção.

Os olhos cinzentos de Annabeth se arregalaram para Percy. Este sorriu debochado. "Este não é Percy", a filha de Atena pensou. Teve a desagradável sensação de que a culpa pela sua mudança, era dela. Percy se aproximava lentamente, o sorriso tinha sumido de seu rosto.

– Por quê? - Ele perguntou. - Por que você me traiu com o idiota do Jason?

– Eu... - Ela tentava falar, mas não conseguia encontrar um jeito de se explicar. - Percy...

– Eu confiei em você, Annabeth! - Ele aumentou o tom de voz. - Você era a pessoa em que eu mais confiava. - Ele balançou a cabeça, decepcionado. - Sua mãe tentou me avisar. Ela disse para eu tomar cuidado com minha lealdade. Me arrependo de não tê-la escutado.

Annabeth franziu o cenho.

– O quê?

Percy assentiu.

– Meu defeito fatal, Annabeth - ele disse -, é a lealdade. Atena tentou me avisar isso, alguns anos atrás. - Os olhos dele ficaram tristes. - Sou leal, Annabeth. Mas nunca, jamais, esperei uma traição. Especialmente de você.

Ele se aproximou, levantando a espada. Sem nem mesmo que pudesse se conter, Annabeth foi mais rápida. Desembainhou sua adaga de bronze, e investiu contra Percy. O pretor grunhiu de dor quando o bronze entrou em contato com seu rosto, atingindo seu lábio inferior, e indo até o pescoço. Subitamente, se lembrou de seu sonho, da cicatriz que vira em si mesmo. Agora sabia porque a teria.

Ele cambaleou para trás, mas logo já estava em posição de ataque. Os dois começaram a lutar, espada contra faca. Enfim, Percy desarmou Annabeth, e a derrubou com uma rasteira.

Ela esperou, de olhos fechados, Percy abaixou a lâmina em sua direção. Mas a espada que ela esperava sentir, cravada em seu peito, ela nunca sentiu. Quando abriu os olhos, teve tempo de ver Percy dar meia volta, com o rosto sangrando, em direção a batalha. Parecia focado em um ponto, olhando com puro ódio para um só lugar. Annabeth seguiu seu olhar, e ela logo compreendeu o motivo de tanta raiva.

Percy avançava em direção a Jason.

– Jason, seu maldito! - Ele gritou.

O filho de Zeus se virou a tempo de se desviar da espada de Percy. Foi por pouco. Muito pouco. O filho de Netuno rugiu de raiva. E tentou de novo. E de novo. Atacava com tamanha brutalidade, que Jason quase não tinha tempo para se defender, muito menos para revidar. Quando Percy deu um chute em seu peito, ele caiu. O pretor romano pôs sua lâmina de bronze na garganta de Jason.

– Agora você vai pagar, Jason. - Ele disse, com tanta raiva na voz, que Jason não teve nem uma mínima esperança de sobreviver.

Percy levantou a espada, pronto para cravá-la na garganta do louro imprestável. E teria o matado, claro que teria, se não tivesse sido impedido.

Ele parou no meio do golpe, quando, em quatorze flashes, os Doze Olimpianos, mais Héstia e Hades, apareceram.

– Já chega! - Zeus gritou, e todos tiveram a decência de parar com tudo.


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Notas finais do capítulo

Tá grandinho, né?
Gostaram? Odiaram? Mereço reviews? Por favor, comentem! E recomendem, isso vai ajudar com a postagem dos capítulos, vai mostrar que vale a pena.
Comentem!
Beijos!