A Profecia escrita por Annabel Lee


Capítulo 14
CAPÍTULO XIV


Notas iniciais do capítulo

Cabeças vão rolar! O Conselho será marcado. E quanto a Faya? Como será sua reação ao ver seu irmão morto?



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HELENA

Nenhum de nós conseguiu falar nada. Faya entrou sorrindo, brilhante como sempre era. Mas assim que pôde colocar os olhos na mesa de jantar, seu sorriso saiu com extrema rapidez. Sua pele ficou pálida. Seus olhos ficaram totalmente sem cor.

- O que... Kirin? - posso ver as lágrimas descerem por seus olhos. Desespero e dor.

- Faya - diz Zyah, num tom calmo e acalentador - nós o encontramos enquanto caçávamos e...

Faya ignorou Zyah completamente. O rosto começou a ficar vermelho de tanto chorar. Então ela olha para a mãe de Zyah, que embalava Cyra nos braços para que a mesma não visse a cena toda.

- Foi ela! É culpa dela! - Faya grita loucamente.

- Faya você está maluca? - Tür grita confuso para a filha.

- Foi ela, pai - continuava a gritar - foi ela. Não aguento mais.

Faya caiu sentada no chão e continuou a chorar desesperadamente. Então ela olha para mim e sussurra alguma coisa em outra língua. Uma coisa que eu entendo.

- O que você disse, minha filha? - pergunta a mãe dela confusa. Mas Faya permanece em silêncio. Então o pai dela a abraça e os dois saem para caminhar.

Ainda estou perplexa. Não só porque eu entendi, mas porque Faya sabia que eu entenderia.

Ela havia dito: Faça alguma coisa, Guardiã.

Eu não havia comentado nada com ela, e tenho certeza que Zyah ou o Capitão não o fariam... Muito menos Lert.

Como ela soube? E o que quer dizer em "faça alguma coisa".

Procure em sua memória, Helena. Uma voz muito semelhante a da vovó sussurra em minha mente. E não para de dizer a mesma coisa.

Pense, Helena. Todas aquelas maluquices que vovó falava podem servir para alguma coisa. É isso que ela quer que você faça.

A Profecia é poderosa - ela dizia - não chegue perto do Espelho. Mas caso faça, não estará totalmente vulnerável. Invoque os Poderes!

Invoque os poderes? Faça alguma coisa? Mas que merda querem de mim, afinal?

- Já escrevi a carta - diz o pai de Zyah - mandarei para a Aldeia Quinta, aposto que responderam imediatamente.

Sem dizer nada eu saio dali. Abro a porta do Castelo e saio andando pela Aldeia Primeira. Ando até um lugar onde eu pudesse ficar sozinha. Qualquer lugar que fosse.

Então encontro uma fonte de água límpida, ninguém estava por perto. Embora eu ficasse surpresa que ninguém esteja em um lugar tão bonito.

A água era linda. E a fonte feita de um mármore prateado que eu nunca vira na vida. Haviam flores em volta. Desconhecidas. Umas roxas e outras brancas.

- Helena? - ouço uma voz atrás de mim.

- Oi, Zyah.

Ele senta do meu lado.

- Quer conversar? - ele pergunta.

Faço que não com a cabeça. Não sei bem como ficar ali com Zyah. Eu... juro que senti uma espécie de energia quando ele me ajudou com o arco.

Besteira. É só parte da sua fértil imaginação, Helena. Como talvez tudo isso aqui.

Sinto tanta falta de casa. E agora eu posso morrer, e não irei acertar as contas com meu pai.

Sinto sua falta, papai.

Vejo que já comecei a chorar desesperadamente. Sinto os braços de Zyah em volta de mim, e sem pensar em nada enterro meu rosto em seu ombro.

Em pouco tempo ele já estava molhado de tantas lágrimas.

Ele levanta meu rosto devagar, pelo queixo. E olha nos meus olhos.

- Ei, vai ficar tudo bem! - ele diz - vamos resolver tudo isso.

- Você é... tão legal!

Continuo a chorar.

- Calma, calma. Quero que você pare de chorar!

Paro de chorar.

Ele sorri.

- Pronto. Vamos voltar ao Castelo. Você saiu assim que o passáro entregou a carta.

- A Aldeia Quinta respondeu?

Ele coloca uma mecha dos meus cabelos atrás da orelha. A energia volta. Mas ele simplesmente sorri.

- Sim. Respondeu.


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