A Profecia escrita por Annabel Lee


Capítulo 12
CAPÍTULO XII


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Mas postarei um capítulo muito bom (eu acho) !



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ZYAH

Papai finalmente quebrou o silêncio da sala e perguntou:

- O que devemos fazer, Genoi?

- Uma reunião. Convocar todos os Governantes. Há muito mais coisas envolvidas além da sombra na Aldeia Nona.

Posso ver que Genoi olhou fixamente para Helena. Só nós dois entenderíamos que ele estava relembrando o que conversamos com o Capitão Reyn. Sobre a Aldeia Décima querer conquistar o outro Mundo... E até imagino o que pode ocorrer depois disso! Nitha poderia ser atacada. Poderíamos ficar até vuleráveis.

- Que tipo de coisas? - mamãe pergunta.

- Isso é assunto para a Reunião - responde Kindra gentilmente.

Genoi olha devagar para o relógio.

- Olha só a hora - ele exclama - querida, temos um encontro na Aldeia Sétima daqui a 11 minutos.

- Aldeia Sétima? - papai pergunta - o que quer com eles?

- Uma conversa rápida em relação ao Espelho.

- Vocês sabem disso, também?

Genoi dá uma piscadela para meu pai. Ele e a esposa se levantam e fazem uma reverência para nós.

- É uma honra estar na presença de vocês! - diz Genoi de forma amigável.

Todos respondemos com um "adeus" gentil ou um amigável "boa sorte".

A criada os acompanha para a Porta.

Lert se levanta.

- Já vai Lert? - Cyra pergunta.

- Eu e Zyah pretendemos ensinar Helena a caçar e lutar.

Helena levanta a cabeça, surpresa. A expressão de Faya não era nada satisfeita.

- O quê? - ela pergunta.

- O quê? - repito a pergunta, também surpreso com a ideia.

- Com todo esse papo de Aldeia Décima, e sendo Helena a única aqui que não sabe lutar, acho que é uma boa.

Penso no assunto.

- Realmente é uma boa ideia.

- Eu vou também!

- Você tem uma entrevista agora, Fadinha - diz Lert, depois olha para Helena - você topa?

Helena dá de ombros.

- Por mim tudo bem - ela diz.

- Tudo bem, filho, mas tome cuidado! - mamãe acrescenta super preocupada.

- Tudo bem, mamãe.

Me levanto. Helena segue eu e Lert até a o lado de fora.

- Onde ficam as armas de vocês? - ela pergunta.

- Num toco velho na floresta - respondo.

- Velho e encantado - Lert continua, rindo.

Helena pareceu um pouco confusa.

Chegamos nos Potões prateados da Aldeia Primeira.

- A senha - diz o Porteiro.

Digo a senha para ele. E como sempre, ele a repete na Língua Antiga e os Portões se abrem.

Andamos um pouco pela estrada e paramos em frente ao toco velho e brilhante onde ficam nossos arco-e-flechas.

Helena parecia encantada com a floresta.

- Que lugar é esse? - ela pergunta.

- É só uma floresta comum perto de nossa Aldeia... Mas você tem que ver a Floresta do Verão - digo - é linda!

Lert volta com nossos dois arco-e-flechas prateados.

- Helena você usa o arco do Lert! - eu digo.

- Por que o meu?

- Porque eu sou melhor explicando que você.

Lert revira os olhos. Me esforço para não cair na gargalhada.

Mas Helena olhava o arco em suas mãos como se você explodir.

Entrego a aljava para ela e ela a põe nas costas de maneira correta.

Ela puxa uma flecha.

- Como você sabe o que fazer? - pergunto.

- Eu vejo filmes.

- Vê o que?

- Nada.

Dou de ombros. Não sei que bosta são "filmes" mas ela já teve um bom começo.

- Se posicione - digo. Ela puxa a flecha pelo elástico perfeitamente, mas havia alguns erros aqui e ali na posição.

Entrego meu arco a Lert e fico atrás dela. Seguro o braço dela que segura a flecha e o puxo devagar mais para cima. Ela estremece um pouco. Não entendi bem porque.

Puxo o braço dela um pouquinho mais para trás mirando na árvore.

- Tente mirar no tronco, tudo bem? - murmuro para ela.

- Hum-rum.

A outra mão segurava o arco de forma certa. Soltei o braço dela e disse:

- Agora!

Ela soltou a flecha, que cai exatamente no meio do tronco.

Ela sorri.

- É fácil! - diz.

- É agora - Lert comenta - depois vamos treinar atirar em animais em movimento!

Dou um sorriso.

- Pega leve com ela, Lert. Ela foi muito bem!

- Posso tentar sozinha?

- Pode!

Ela pega a flecha que estava na árvore e mira no mesmo lugar. Ela posiciona o arco e a flecha. E acerta na altura que eu coloquei. Então ela solta.

A flecha cai num galho um pouquinho acima do outro alvo. Mas foi perfeitamente no meio dele.

- Muito bom - digo.

- Bom, eu não tava mirando lá... Mas pelo menos não caiu no Lert.

- Agradeço por isso - exclama Lert.

Nós rimos.

Tentamos mirar várias outras vezes. Ela errou na maioria. Mas aos poucos foi aperfeiçoando. Tinha uma mira boa! Admirei-a por isso. Mas acho que eu devia treinar outra coisa com ela... Algo que Sollun havia me contado.

- Helena - chamo.

- Que foi?

- Você é Herdeira não é?

- Sou!

- Você sentiu algo mágico depois que chegou aqui?

- Mágico?

Chego mais perto, notando que Lert estava distraído. E sussurro.

- Sollun tinha uma enorme influência. Ele não tinha só poderes lunares, como nós da Aldeia Primeira, ele tinha tudo de todas as Aldeias! Era algo incrível!

Ela para e pensa. Depois fala numa língua estranha.

- O que?

- Estou falando grego - disse, depois falou outras palavras estranhas - agora turco! Eu... Sempre tive isso. Por isso sempre gostei de história. Falo qualquer língua.

- Você pode ter poderes aqui também! Vai ser muito melhor e você poderá nos ajudar...

- Você tem poderes?

- Sim. Assim como todos!

- Você me mostra? - era a primeira vez que eu a via animada.

- Claro! Hoje a noite eu te mostro.

- Pessoal - diz Lert - vamos voltar, já está bom por hoje.

Então ouvimos um grito de pavor. Vindo da fronteira da Floresta do Verão. Eu conhecia o grito. Pois já o ouvira em minha própria casa.

Era um dos irmãos de Faya.


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