A Profecia escrita por Annabel Lee


Capítulo 1
CAPITÚLO I


Notas iniciais do capítulo

A história pertence inteiramente a mim. Plágio é crime! Boa leitura!



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HELENA

Meu nome é Helena Rodriguez, eu tenho 15 anos e extamente dois meses. Moro no Flamengo, Rio de Janeiro. Tenho um irmão mais novo chamado André, ele tem 10 anos.

Essas informações são tudo que qualquer outra pessoa existente poderia saber sobre mim. E se você passar um dia comigo, poderá saber absolutamente tudo sobre a minha vida inúltil e monótona.

Neste exato momento, estou voltando da escola com minha melhor amiga, Márcia. Estamos caminhando para minha casa, como sempre. E ela estava falando do amor da vida dela, como sempre.

– O Marco Aurélio me disse que meu cabelo estava legal! - ela comentou animadíssima.

– Que legal, Márcia! - eu falo, tentando mostrar ânimo.

– Sinceramente, Helly, você tem estado tão sem sal ultimamente.

– Como assim "sem sal", Márcia?

– Sei lá. Você quase nunca ri...

– É porque é sempre a mesma coisa na minha vida, Marcy. Sempre a mesma coisa.

– Se chama rotina, amor - ela diz colocando uma mecha de seus cabelos loiros atrás da orelha - todo mundo tem isso!

O pior é que ela estava certa. Todo mundo tem sua rotina diária. Que em alguns casos devem ser muito mais chatas que a minha. Talvez eu esteja assim pelo fato de papai estar um ano sem falar com a gente.

Caminhamos um tempo silenciosas. Márcia tem cabelos lisos batendo no pescoço, seus olhos eram verde-escuros e ela nunca dispensava um batom.

Nesse momento, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. E ela estava de batom, obviamente.

– Acho que você está certa - digo enfim.

Ela abre um sorriso vitorioso.

– Eu quase sempre estou!

– E como está indo seu trabalho de história? - pergunto para mudar logo de assunto.

– Nem sequer comecei - ela bufa - e o seu?

– Está na metade.

– Escolheu qual tema?

– Crise do Feudalismo.

Ela finge fazer uma ânsia de vômito. Isso me faz rir um pouco.

– Você adora escolher o mais chato, não é?

– Não é chato - eu digo rindo mais.

– Você quem sabe... Chegamos. Tchau, Helly.

– Tchau, Marcy - digo perdendo o ânimo.

Abro a porta de casa e a observo sair andando rua acima, cantando uma música do Maroon 5.

Tranco a porta e penduro a chave.

– Mãe, cheguei! - grito.

– Oi, querida! - minha mãe grita de volta.

O divórcio dos meus pais foi extremamente escandaloso. Um dos motivos foi porque mamãe havia assumido a homossexualidade. E ela disse para papai que era infeliz e tudo o mais. E meu pai não ficou nada feliz, talvez pelo fato de ele ser um preconceituoso ridículo.

Mas eu amava ele assim mesmo. Amava os dois. Mas, como eu disse, faz um ano que meu pai não dá notícias. Me ignora quando eu ligo e quando eu o vejo na rua finge não ouvir.

Isso estava acabando comigo.

Subo as escadas que levam em direção ao meu quarto. Largo minha mochila na cama e troco de roupa.

Ponho um short branco simples e uma camisa do Rolling Stones. Quando desço para a cozinha André já havia chegado e mamãe estava cozinhando. Os dois conversavam.

– ... Você precisa voltar para casa com sua irmã, André - dizia minha mãe.

– Mas eu não suporto a conversa dela com aquela garota. Elas são muito chatas - ele se queixava.

– Chato é você! - eu disse. Ele me deu língua. Muito maduro!

– É, mocinho - disse minha mãe - mas você não pode voltar sozinho!

– Não volto sozinho! Volto com o Thiago e o Jonas...

– Dois delinquentes!

– Não são deliquentes!

– Ainda não...

Eles prosseguiram com a discussão. Enquanto isso, eu fui para a sala (que é praticamente grudada com a cozinha) e liguei a televisão.

Quando o almoço estava pronto, peguei um prato e fui para a sala. André mudou o canal e eu tive que ver Transformers pela oitava vez. É... Bem-vindo à minha vida!


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews!



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