Pessoa Certa escrita por Mary


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Mais uma história pra vocês.



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Prólogo.

Meu nome é Callissa Miler, e meu trabalho é entreter as pessoas.

Há quatro anos vivo em Seattle, num apartamento em um bairro suburbano. Me mudei para cá para me tornar escritora, mas como nem tudo são flores e eu precisava pagar o aluguel, arranjei um emprego em uma boate.

Você deve estar pensando: “O que essa mulher faz para entreter pessoas em uma boate?”ou “ Será que ela é striper?”. A resposta é: Sim, eu danço. Não, não tiro a roupa. E não,com certeza eu não posso arranjar uma entrada grátis pra você. Não insista.

Ainda me lembro de quando encontrei esse lugar: Estava desesperada andando pelas ruas de Seattle, com dois meses de aluguel atrasado e um aviso de despejo. Eu estava encostada em uma parede suja procurando anúncios de emprego no jornal quando um casal esbarrou em mim, a mulher derrubou minha bolsa e se abaixou para me ajudar. Ela reparou nos círculos no jornal e perguntou se eu sabia dançar.

- Bem, que tipo de música você tem em mente?

- Hip Hop.

Aquilo me assustou de primeira. Eu não era exatamente uma fã de hip hop. Mas se me pagassem...

- E o que você quer eu faça? Striptease? Fora de cogitação.

- Não, imagina. Acalme-se. É que trabalhamos na boate onde você está encostada, mas estamos encontrando dificuldade em fazer as pessoas dançarem. Sabe, elas não entendem que o hip hop vem da alma e não precisam saber passos super avançados para se divertirem.

Olhei-a desconfiada, arrumei minha bolsa no ombro me preparando para correr, mas ela percebeu:

- Olha me desculpa. Meu nome é Ally. Eu sou a dona da boate, quer dizer eu e meu marido, Oliver.

De repente me dei conta de que o cara ainda estava lá, nos encarando. Sorri e lhe dei um aceno de cabeça.

- Meu nome é Callissa.

- Vamos lá Calli. É só por uma noite, se você não gostar é só não voltar. Entre, vou te passar as regras.

E foi isso. Allyson e Oliver foram meus primeiros amigos em Seattle. Depois de todo esse tempo ainda é difícil me acostumar com a beleza dos dois. Ally é loira e deve ter uns dois metros de cabelo, mas não é tão alta quanto um e sessenta. Já Oliver não tem cabelo, mas se tivesse seriam cabelos castanhos escuros. Porque eu sei disso? Obvio: a barba que ela se mata para deixar com a aparência de “acordei assim e sai” diz tudo. Ele deve ter um e noventa de altura. Mas nem me importa muita a aparência dele, eles estão juntos há muito tempo para olharem pro lado procurando por outras pessoas.

Certo, certo. Pessoas á parte. Eu não comecei isso pra contar a história de outras pessoas. O caso aqui sou eu e minha eterna falta de amor. Amor a mim, amor aos outros. E essa é a história de como eu descobri que ninguém é certo para ninguém... Mas sempre tem os que são bons o suficiente.


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Notas finais do capítulo

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